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História Abuse Me - Um estralar de uma lárgima


Escrita por: LoboBebado

Capítulo 2 - Um estralar de uma lárgima


Os lânguidos feixes de luz solar tocavam-me o rosto,que,parcialmente ocultado por ambos os joelhos,era secado pela iluminação tênue e natural.A mesma atingira minhas pálpebras,que,por ser uma camada demasiada fina,causa-me certo incômodo.
 Cocei os cansados olhos antes de enfim levantar.Cambaleando e escorando-me às paredes,eu segui até o banheiro.Lavei o rosto marcado e tentei recordar-me de algo mais alumiado,pois à mente vinha apenas negros borrões.
Levei a canhota até a lateral da cabeça,sentindo ali certas pontadas.O que era-me tudo aquilo?.Eu havia embebedado-me com míseros três copos de champanhe?.
Após tanto ponderar rente ao espelhos,visualizar e perpetuar meus suspiros direcionados às minhas visíveis olheiras,eis que felizmente dei de ombros.
Quase não recordava-me de nada,mas tinha plena certeza de que boa coisa não era.
 A cama era desarrumada,a olência de outrem difundia-se pelo ar presente no cômodo compartilhado por mim e pelo chinês;qual agora já não mais considerava sequer alguém digno de meu olhar.Mas simplesmente não o ignorava,não o tratava mal,simplesmente o amava.
Sentei-me à beirada da cama,perpassei ambas as mãos sobre as articulações das pernas e suspirei em conjunto.Expirei com veemência ao deparar-me com o retrato meu e de Yibo.Uma foto de recém-casados, tirada casualmente;nela,estávamos numa praia,tendo nossos pés submersos pela areia úmida,esboçando sorrisos largos.Na fotografia,eu encontrava-me sobre as costas do maior,levando em uma das mãos uma coroa de flores,a apontava para o imenso céu enquanto sorria junto ao chinês,que na época detinha madeixas ainda virgens.Eu jurei ser o dia mais feliz da minha vida,jurei também não jurar,pois tinha em mente um casamento celeste,uma união sublime.Mal sabia eu que seria-me algo tão desastroso,tão duro de se viver.Mal sabia eu que seria designado à sorver tristeza,à adormecer com as lágrimas,e que a única coisa que a majestosa Lua presenciaria seriam minhas lamúrias,minha prantina.
 Um dolorosa arfadura desprendera-se de minha garganta,assim,forçando-me à levantar do colchão.Levei as madeixas para trás em arfares sôfregos e permaneci com os dígitos cravados aos fios por longos minutos;estava à decidir qual seriam meus próximo passo.

     Ajeitava meu colarinho,afivelava o cinto,apertando ,assim,a negra calça qual trajava.Sorri tênue ao notar tamanha semelhança com o chinês,e lancei,então,os fios para trás.
Havia deixado bilhetes sobre a mesa,havia pego as distintas chaves,havia deixado a casa,novamente com um sorriso amargo estampado nos lábios.
 O dia não poderia ser mais tórrido,o céu não poderia estar mais límpido.
Como parte do meu habitual,estacionei o carro rente ao extenso hospital,bem ao lado da extremidade do estacionamento,uma vaga nunca usufruída.
Boquiaberto e pouco frustado fiquei ao avistar um automóvel negro ocupando a tal vaga com todo o seu luxo,pude até mesmo criar certa expectativa de que,possivelmente,o tal carro pudesse pertencer à Yibo.No entanto,toda a perspectiva esvaíra-se por meus dedos,tal mimo não me era permitido.
 Adentrei,pelas portas envidraçadas e automáticas do âmbito de saúde.Pairava certa melodia sedante sobre o clima tranquilo qual preenchia todo o interior refrigerado da clínica,corria tudo como os conformes.Rumei até o vestiário,para que pudesse enfim trocar-me,livrar-me do aroma inebriante que Yibo conseguira impregnar em minhas vestes.
Abotoava a camisa esverdeada enquanto batia os calcanhares cobertos pelo calçado simples e esbranquiçado ao chão.Na deixa à sala privada,nada mudara,a timidez não poderia alcançar-me em melhor momento.
 Sorri amarelo para tais olhos tão curiosos,e continuei a caminhar pelo piso ruidoso até ser embargado por mãos,quais puxara-me em sentido contrário.


  —Sala de soro. —Um parceiro qualquer comentara,fazendo-me dissipar o espanto causado pelo estorvamento inopino.

Assenti pouco aturdido e logo rumei em direção a mesma,que,parcialmente cheia,permanecia tão silenciosa tal como se não houvesse ninguém ali presente.
Quebrei meus lábios em um sorriso debochado.Quem eu deveria atender,quais soros específicos para cada um dos enfermos que ali estavam?

Poltrona 14,crise de sinusite. —O soro fisiológico fora entregue em conjunto à esparadrapo,um equipo,um conector,uma pequena bolsa de soro,dentre outros objetos.

Ainda desentendido,assimilei o sussurrar esclarecedor.Revirei os olhos por ser empurrado de maneira tão eventual,mas logo tratei de lavar minhas mãos num pequenino banheiro ali próximo. Após vestir as luvas de látex,dirigi-me sorridente à adolescente,que,pouco grogue,olhara-me com seus olhos tão opacos.O sorriso fraco ao estender do braço me deixara um tanto quanto intrigado.Afinal de contas,haviam dopado aquela jovem?.Dissipei as cogitações supérfluas e amarrei ao antebraço uma tira emborrachada,para que não perdesse a veia tão visível de vista;mais tarde tive plena convicção de que a tira não me ajudara,porém não me atrapalhara.

A aplicação fora fugaz,a cesta de plástico em minhas mão amaçara afastar-se.

—Seung Yeon?. —A voz embriagada chamara-me posterior à mim.

O ar gélido batia contra minha face,e o giro em direção ao indivíduo de timbre calmo não amenizara o frio sentido.
 Meus olhos expandiram-se,meu coração palpitou em uma faísca antes suplantada.

—Sung..Joo..?. —De lábios trépidos interpelei incrédulo.

Sobre uma das inúmeras poltronas amplas e esverdeadas estava o corpo de Sung Joo. Trajando uma camisa social negra,nada justa,uma calça também negra e rasgada,e calçados estilosos,o mais velho parecia-me,mesmo que debilitado,em ótima forma.

 



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