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História Acampando no coração de Park Chanyeol. - Chupando o pau da barraca.


Escrita por: wtfsehunnie

Notas do Autor


Olá meus amores!
Desculpa pela demora e não vou prolongar muito as notas iniciais, mas apenas preparem o psicológico porque acho que esse é o capítulo mais sem noção de todos! KAPOKA Tudo acontece de forma maluca (o que poderíamos esperar de um Baekhyun apaixonadinho? KAOAKP).
Boa leitura ♥

Capítulo 12 - Chupando o pau da barraca.


Chanyeol me fita por alguns segundos, um pouco desorientado, como se esperasse por alguma explicação. O problema é que eu preciso de uma também. Não digo nada, então ele mesmo diz.

– Oi.

Sua resposta vem num tom entre a incredulidade e a incerteza.

O silêncio paira novamente.

Ergo minha mão discretamente – mas que certamente não passou despercebido, já que seu olhar se mantém fixo em mim – e tento pela milésima vez, abaixar a maçaneta, torcendo para que ela abra a porta.

Entretanto, não podemos esquecer que sou Byun Baekhyun. Nada poderia dar certo.

Não posso me derreter.

Não posso me deixar levar pelo charme de Chanyeol.

Só por que ele é lindo?

Só por que ele é cheiroso?

Só por que mesmo sério ele me desconcentra?

Só por que eu sou apaixonadinho por ele?

Pffffffffffffft, por favor, né?

A fila anda.

Se ele não quer, tem quem queira.

Me deixe dar apoio moral para eu mesmo em paz.

– Posso... – dá um sorriso evidentemente forçado – posso ajudar em alguma coisa?

– Pode – cruzo os braços.

Não Baekhyun, não Baekhyun, não...

Não posso demonstrar que me importo, mas eu me importo demais.

– Pode começar me explicando...

– Pare Baekhyun – pausa – sério.

– Eu estou falando seríssimo – reviro os olhos – por que ainda não veio falar comigo?

– Mas eu estou falando com você agora.

– Meu Deus, Chanyeol! – passo as mãos pelo rosto – você é tão cínico!

– Eu sou? – faz-se de desentendido – talvez esteja confundindo cínico com não idiota.

– Você é os dois.

– Por que sou eu quem deve ir atrás de você? – seus olhos não se desviam dos meus por nada nesse mundo. Se ele quer me intimidar, acho que está conseguindo.

– Oras, por que... – isso é tão óbvio – porque você me deve uma explicação.

– Acha mesmo que eu devo alguma coisa? – ri.

– Deve – arqueio as sobrancelhas, desaprovando totalmente essa atitude brincalhona que ele mantém.

– Você é mau mesmo – diz baixo.

Eu sou mau? Euzinho? Alguém me segura porque eu estou prestes a matar esse garoto numa salinha de inspetor agora mesmo! Como ele tem coragem de dizer que eu sou mau? Byun Baekhyun, a flor mais cheirosa do jardim da vida?!

Às vezes eu acho que a vida faz piada com a minha cara, não é possível.

– Gosta de jogar na cara, né? Gosta de esfregar na cara das pessoas o quão trouxa elas podem ser?

Querido – coloco meu peso sobre a perna direita – eu aqui fazendo origami com meu papel de trouxa e você me diz essas coisas? Eu vou é esfregar meu chinelo na sua cara se continuar de papo furado. Pffft. Eu? Ruim? Já olhou para o seu próprio nariz?

O mais alto ignora totalmente o que digo, organizando os papéis na mesa como se eu não existisse. E se tem uma coisa que eu odeio, essa coisa é ser ignorado.

Abro a boca para dizer qualquer coisa, apenas para chamar sua atenção, mas ele é mais rápido.

– Suponho de já saiba do plano de Sehun.

Engulo em seco.

Desta vez ele fala calmamente, sem nenhum contato visual, o que me desespera.

– Quando você nos viu – continua – brigou com Sehun. Deu um show. Quem era Park Chanyeol naquele momento?

Não.

De novo isso?

– Por isso você não reagiu? – digo mais para mim do que para ele.

Sem respostas.

E bum!

– Você é um trouxa mesmo! Céus, Chanyeol, você é o garoto mais idiota que eu já vi na vida! – minhas mãos gesticulam por vontade própria – esse tempo todo eu fiz de tudo pra você me notar e você nunca percebeu? Provavelmente sim, mas caso contrário, precisa urgentemente de óculos! Como ousa dizer que eu não gosto de você? Achei que já tivéssemos resolvido esse equívoco – o mais alto ainda parece desinteressado, então caminho até a escrivaninha e retiro as folhas de suas mãos – olha pra mim! Estou falando com você!

Seus olhos brilham um pouco mais que o normal.

Um sorriso fraco adorna seus lábios por um instante, exatamente como no dia em que ele falou que eu era uma gracinha e me deixou plantado no corredor.

Tento recuar, mas ele segura meu pulso.

Eita Giovana.

Jogo as folhas contra ele como se, por algum motivo, elas fossem me proteger.

Não quero me proteger de Chanyeol.

Quero me proteger do sentimento que se impregna em mim.

Quero me proteger de mim.

Dessa loucura que me fez levar tudo na esportiva, mas que, agora vejo o quanto estou perdido no veterano bonitão.

Chanyeol senta-se sobre a escrivaninha e se arrasta para perto de mim, derrubando todos os objetos que atrapalham seu trajeto.

Chacoalho-me como um cachorro prevendo o banho, mas sua boca alcança a minha numa rapidez incrível. Ou talvez ele faça meu cérebro trabalhar mais devagar.

Comprimo os lábios e tento me afastar, ainda que meu subconsciente tente revidar os protestos que meu corpo faz. Suas mãos prendem meus pulsos atrás de meu corpo e sou puxado pela cintura por seus braços.

Ser orgulhoso é uma droga mesmo.

– M-me solta...

Minhas palavras são abafadas por seus lábios.

Sinto como se os guerreiros de minhas fortalezas abaixassem as armas e deixassem o inimigo invadir.

A luta entre o sim e não atormenta minha mente e condena meu corpo, fazendo com que eu tenha todas as desvantagens possíveis.

Tento negar, mas talvez eu queira. Talvez.

Suas mãos delineiam minha cintura e escorregam para minhas nádegas, apertando-as com força e precisão.

Golpe baixo.

Nos dois sentidos.

Totalmente desprevenido aos seus toques – merda, eu estou tão vulnerável – gemo baixo, entreabrindo os lábios minimamente, porém, já é o suficiente para que sua língua intrusa – não irei admitir que bem-vinda – adentre minha cavidade.

Estávamos brigando há um milésimo e agora, nem sei direito como cheguei aqui: nos braços de Chanyeol. Mas é bom, é confortável, é quente.

Sou virado de costas e colocado entre suas pernas.

Estou totalmente entregue, e me xingo por isso, mas céus, é tão maravilhoso.

Apoio minhas mãos em seus joelhos e seus lábios maltratam meu pescoço como se estivesse provando um pouco de mim, como um lobo faminto.

Acho que me deparei com um dos lobos da lenda, não é mesmo?

Tão perto o tempo todo.

E olha só, quem caiu na armadilha fui eu.

Euzinho.

Seus dedos buscam a barra de minha camiseta e minha pele formiga a cada toque seu. Levanto os braços para que ele a tire com rapidez, pois cada parte de mim implora por seus toques, roga por seu calor.

Chanyeol abre o botão e o barulho do zíper de minha calça me atormenta, como uma contagem regressiva. Abaixa o jeans colado com um pouco de dificuldade até as coxas, trabalhando arduamente com a boca em meu pescoço.

Segura minha cintura com uma mão e desliza a outra pela minha barriga, fazendo com que todos os meus pelos se ericem, descendo até meu membro quase desperto por cima da box branca.

Seus dedos fecham-se em torno de meu membro forte e demoradamente e o solta em seguida.

Hum – deito a cabeça sobre seu ombro e aperto seus joelhos entre os dedos para descontar o recente tesão alucinante. Ele adentra o tecido sem avisos, tocando-me diretamente, e posso sentir seus dígitos escorregando por meu comprimento numa lentidão torturante – Chanyeol-ah...

Molhadinho – sussurra em meu ouvido – só pra mim.

Fecho os olhos e deixo alguns gemidos arrastados desprenderem-se de meus lábios.

Posso estar explodindo em impaciência, entretanto, saber que é Chanyeol aqui me conforta. Saber que é ele quem me toca e me beija me conforta. Acho que não se trata apenas de uma coisa carnal. Tudo parece melhor com ele.

Sua velocidade aumenta, e aperto os olhos, mordendo os lábios para não fazer muito barulho.

– Não se segure, Baek – sua voz rouca ecoa em minha mente – quero te ouvir.

Continua com a felação por alguns segundos e se afasta.

Giro-me e entre os beijos afoitos, nossas roupas caem no chão, exceto pela minha calça e as cuecas.

– Você podia parar de usar essas calças apertadas – comenta enquanto jogo meu peso sobre seus ombros e levanto os pés para que ele a retire.

– E você acha que manda em mim? – balanço o pé para tentar facilitar – não sou pau mandado de ninguém.

– Eu não quis dizer isso – ri – mas é a segunda vez que elas nos atrapalham.

Ignoro o que ele diz, até porque ele leva na brincadeira um caso tão sério como o rasgo da minha querida calça.

Quando – depois de muito esforço –, finalmente nos restam apenas as roupas íntimas, permito-me explorar seu peitoral com as mãos e lambo a curvatura de seu pescoço de baixo para cima. Mordo sua clavícula e encontro seus lábios, escutando nossos dentes baterem suavemente por um segundo, pois não consigo segurar o sorriso de vê-lo se arrepiar.

Chanyeol passa as mãos pelas minhas costas até alcançar minhas nádegas pela segunda vez. Coloca os pés no chão, apoiando-se na mesa e se mantendo na mesma altura que eu.

Fita-me por alguns segundos.

– Eu já disse que você é lindo?

– Não – mas você é – eu acho que não.

– Não o quê? – sorri também – não se acha lindo?

Meu amor, eu sou maravilhoso.

– Acho que não disse.

O moreno joga a cabeça para trás rindo de forma escandalosa e me flagro o admirando discretamente.

Aproveito a deixa e passo a língua por seu pomo-de-adão, antes de envolvê-lo em minha boca. Sua risada se transforma numa longo suspiro e suas mãos massageiam minhas nádegas, como se estivesse tentando estabilizar sua força.

– Você não sabe o quanto esperei por isso – sussurro.

Eu sei que com essa fala eu até pareço um menininho de dorama, mas céus, desde que cheguei nesse acampamento, foi uma luta conquistar esse garoto.

– Meu Deus – me puxa para perto e roça nossos membros cobertos – eu estou tão duro.

– Não diga essas coisas – finjo falsa inocência.

– O quê? – enrosca sua língua à minha – que eu estou muito excitado por você?

Quase posso senti-lo pulsar com este contato. Suas mãos me prensam contra seu corpo, de forma que o atrito aumente e gemo em puro deleite.

Movimento meu quadril para aumentar a intensidade. Chanyeol engole meus gemidos baixos com sua boca faminta, e vez ou outra posso escutá-lo também.

Mexo-me cada vez mais rápido contra si, procurando por mais proximidade.

O mais alto me segura pelas coxas e me suspende, sentando-se na cadeira preta de frente para a escrivaninha.

Rebolo em círculos perfeitos, sentindo seu membro encaixando-se perfeitamente sob mim. Encosto minha testa à dele, sentindo seu ar bater contra meu rosto em cada arfar.

– Eu quero chupar você – digo baixo.

Seus olhos escuros me fitam intensamente e sua respiração se mistura à minha.

– Também quero que me chupe – responde no mesmo tom.

Ajoelho-me entre suas pernas e posso sentir o peso dos olhos alheios observando cada movimento meu. Eu até poderia enrolar, porém, não consigo mais esperar.

Abaixo o tecido e arfo com a visão.

Seu pênis pulsante está completamente ereto e minha boca saliva minimamente. As veias saltadas decoram o membro gotejante. Aproximo-me e pressiono a ponta sobre os lábios, logo acolhendo a glande. Saboreio um pouco de seu gosto e sua destra segura meu cabelo, empurrando-me para baixo, fazendo com que eu engula todo o comprimento.

Penso em reclamar, mas logo sou presenteado com seu gemido alto ao chupá-lo fortemente.

– B-Baekhyun...

Deslizo meus lábios sobre o falo lentamente, gravando cada expressão do moreno imerso em prazer. Sua boca está entreaberta e os fios de sua franja grudam em sua testa, deixando-o extremamente sexy.

Eu sei que estava sendo orgulhoso demais, mas às vezes o que realmente se precisa fazer, é chupar o pau da barraca.

Opa, eu quis dizer chutar.

Chutar o pau da barraca.

Os olhos do mais alto se abrem e encontram os meus. Chanyeol geme alto, satisfeito com a visão e seus dedos que até então apenas puxavam alguns fios sem muita precisão, puxa-me para cima, e deixo o membro alheio num estalo erótico.

Levanto e o beijo outra vez.

Seguro sua mão e coloco dois de seus dedos na boca.

Ele faz alguns barulhos com a língua em desaprovação.

– Eu não vou te preparar – diz.

– Como não? – a palavras saem meio emboladas por conta de seus dígitos ainda em minha boca.

Ele acha que vai assim?

O negócio não é lacrado, mas tá fechado.

– Você vai se preparar por mim, baby – sorri.

Demoro alguns segundos para processar o que ele diz. Nunca ninguém me pediu para que eu fizesse isso, mas algo me diz que talvez seja melhor.

Fico em pé e retiro minha última peça.

Apoio as mãos no tampo da mesa e pulo sobre ela, arrastando-me um pouco para trás sob os olhos desejosos de Park Chanyeol.

Respiro fundo para reunir coragem e, num fôlego só, abro as pernas em cima da mesa, deixando-me totalmente exposto para o mais alto.

Levo o dedo indicador e médio até os lábios lambuzando-os com minha própria saliva e fecho os olhos ao levá-los até minha entrada. Coloco o primeiro dedo do modo que acho mais viável, imaginando ser o maior ali, violando-me com seus próprios dígitos. A sensação incômoda vem de imediato, mas a ignoro ao adicionar mais um e deixo minha cabeça pender para trás na medida em que as sensações prazerosas começam a me percorrer.

Desligo-me do mundo real, concentrado em apenas apreciar o prazer.

Abro os olhos e gemo ao ver a figura de Chanyeol masturbando-se com os olhos intercalando entre os meus semelhantes e minha entrada.

– P-Por favor, Chanyeol – choramingo – não aguento mais.

O mais alto se livra da cueca e caminha até uma das gavetas do armário de ferro atrás da escrivaninha, voltando dali com um preservativo.

– Como sabia que...? – balbucio.

– Isso aqui é do Chen – ri enquanto coloca em seu pênis – ele acha que ninguém sabe que guarda um estoque, mas a verdade é que nunca usou.

Sorrio e acharia mais graça se eu não estivesse tão excitado.

– Acha que consegue? – deposita uma mão em minha cintura e segura minha coxa com a outra me expondo ainda mais enquanto encosta a glande em minha entrada sem penetrar – já fez isso antes, né?

Meu bem, sou mais rodado que catraca.

Brincadeirinha.

– Algumas vezes...

Chanyeol parece não muito contente com minha resposta. Talvez por que queria ser o primeiro? Ou por que não gostaria de me imaginar com outro cara?

Força seu corpo contra o meu, invadindo-me aos poucos.

Deito sobre o tampo e me o mais alto me puxa para mais perto pela cintura, preenchendo-me por completo.

Sou estocado lentamente, e gemo baixinho, sentindo sua velocidade aumentar e o barulho de nossos corpos se chocando fica cada vez mais alto.

Tento permanecer de olhos abertos, porque nossa, uma cena dessa eu jamais quero esquecer. Isso é experiência pra contar pros netinhos. Finalmente Chanyeol exterioriza seu prazer de vez, a boca aberta quase num O perfeito e o suor escorrendo por sua pele.

Sinto meu corpo estremecer com a sensação alucinógena, quase alcançando meu ápice e, por fim, me desfaço num gemido arrastado.

Chanyeol estoca mais algumas vezes antes de se desfazer também e deixa o tronco cair sobre o meu. Nossos peitos sobem e descem numa busca desesperada por oxigênio.

O moreno me dá um beijo singelo e inúmeras borboletas voam, dançam e dão piruetas em meu estômago, subindo euforicamente até meu pobre coração.

 

– O que é isso aí? – pergunto, tentando ver o que o mais alto segura.

– Brigadeiro – responde, fechando a geladeira e caminhando em minha frente.

O sigo pela cozinha até a porta, segurando desajeitadamente minhas roupas nos braços, já que Chanyeol falou pra que eu não as vestisse ainda.

Aí você me pergunta: mas vocês não estavam trancados?

A resposta é: sim, nós estávamos!

Acontece que, Chanyeol acabou se aproveitando da situação e me manteve ali, mesmo sem saber como diabos eu tinha surgido naquela sala. Porque aquela sala se chama sala do inspetor e é ali que existem as cópias de todas as chaves desse acampamento, ainda que a chave principal que abre essa porta pertença unicamente à Kim JongDae, o cozinheiro que não vai com a minha cara e estoca camisinhas.

E ele guarda a chave principal num esconderijo que os veteranos já descobriram, – então posso concluir que – Chen é realmente horrível em esconder as coisas.

Caminhamos em silêncio até a porta do refeitório e sinto a brisa da noite me atingir friamente, entretanto, continuo o seguindo.

– Você é louco – murmuro – imagina se Xiumin nos pega andando pelados por aqui?

Ele ri.

– Xiumin nunca descobre nada – pausa.

– Tem certeza? Ele aparece quando eu menos imagino.

– Isso é porque você não se esconde direito.

Reviro os olhos e não consigo deixar de resmungar dos gravetos que pinicam meus pés quando entramos na trilha.

– Já estamos chegando – lança um olhar sobre mim – quer que eu te leve no colo?

Eu até aceitaria se não estivéssemos nus.

Sim, eu sei que já aconteceram coisas, mas o trem não anda nesse rumo não.

– Não precisa – reprimo uma careta.

O moreno sai de debaixo das árvores, e se ajoelha na beira do rio, deixando ali seu calçado, as roupas e o pote de brigadeiro.

Corro para o seu lado para:

Resposta errada: aproveitar sua companhia.

Resposta certa: comer o brigadeiro.

Abro a tampa e o pote está praticamente cheio, como se ninguém tivesse comido.

– Mas isso aqui tá intacto – digo, entretanto, pego a pequena colher ali dentro e coloco-a na boca.

– Eu sei – Chanyeol pula no riacho e desaparece por alguns segundos, antes de submergir e colocar o cabelo molhado para trás.

Tão lindo, senhor.

– Eu fiz pra você porque não estava mais te vendo no refeitório, o que logicamente indicava que não estava comendo – aproxima-se da margem e apoia os braços cruzados ali – Ia levar pra você, mas parece que não foi preciso.

Como o brigadeiro num segundo, descobrindo o quanto esfomeado eu estava.

– Você não vem? – o mais alto pergunta e mergulha outra vez.

– Eu não sei nadar.

– Eu seguro você – sorri malicioso.

– Não sei não – respondo colocando os pés na água gelada – é aqui que as pessoas vem sujas de porra pra se limpar?

– Deixa de graça.

Sou puxado para dentro e até me afogaria se não fosse segurado por seus maravilhosos braços.

– Me segura direito que eu acabei de comer – aviso, já que minha mãe sempre diz pra não comer e ir nadar, um conselho que eu nunca aderi porque nem nadar eu sei.

– Mas eu também quero comer – seus olhos me fitam e rapidamente entendo o que ele quer dizer.

Ele me abraça e deito minha cabeça em seu pescoço.

– Deixei-me te amar mais um pouquinho.

E sabe de uma coisa? Eu deixei.

Deixei porque depois de tanto tempo nesse acampamento, eu finalmente estou me alojando no lugar que mais quero: No coração de Park Chanyeol.

 

 

 

– A bela adormecida morreu, é? – alguém grita em meu ouvido.

– Que droga! – jogo meu travesseiro contra Sehun, que ri ao lado de minha cama – me deixa dormir, encosto!

– E por que tá com tanto sono assim? Que horas você voltou ontem, senhor Baekhyun?

– E te interessa? – viro meu corpo.

– Interessa sim – responde – fui eu quem te levei pra lá, esqueceu?

– É mesmo, seu desgraçado – levanto com os olhos ainda meio fechados, tento acertá-lo com um tapa, mas ele desvia.

– Não parecia tão bravinho enquanto gemia – brinca.

Fico quieto.

Ele ficou lá escutando as coisas que rolaram? Meu Deus, o que eu faço com a alma desse garoto?

– Estou brincando, não fiquei lá porque já sabia que isso ia acontecer – balança a cabeça fervorosamente, tentando expulsar os pensamentos supostamente terríveis – mas o mínimo que você devia fazer é me agradecer.

– Seria além da sua capacidade se você me deixasse dormir um pouquinho mais, né? – resmungo.

– Seria – comprime os lábios – daqui a pouco anoitece e você aí babando no travesseiro.

Passo a mão na boca e desfruto da maravilhosa – perceba a ironia – risada de Oh Sehun. Fui enganado, mas pelo menos eu não babei.

– Que horas são? – coloco os pés no chão, fitando qualquer ponto deste.

– Cinco da tarde – diz – você anda muito sonolento ultimamente, meu caro.

Ignoro o que ele diz, levantando pronto para ir até o banheiro tomar um banho e acordar de vez.

– Baekhyun?

– Desembucha – giro nos calcanhares.

– Eu não queria comentar, mas você ainda tem bastante maquiagem?

– Hum – o encaro, completamente desconfiado. Desde quando Oh Sehun se importa se eu tenho maquiagem ou não? – tenho?!

– Que bom, porque vai precisar de muita pra esconder essas coisas aí no seu pescoço.

Mas gente.                        

Corro para o banheiro e encosto a porta rapidamente antes de me olhar no pequeno espelho sobre a pia para ver a catástrofe, e não é preciso muito esforço. Em outras ocasiões eu diria que fui espancado, mas certamente não, até porque Chanyeol é muito carinhoso e nem sei como essas marcas vieram parar aqui.

Tá, talvez eu saiba.

Mas eu juro que não foi nada selvagem quanto parece.

E nem está tão aparente assim.

Sim, eu sei. Talvez esteja um pouquinho.

Tranco a porta e retiro minhas roupas, disposto a tomar banho e verificar se há mais lugares marcados como este, entretanto, nada se compara ao meu lindo pescoço. Mas é aquele ditado: a gente vai fazer o quê?

E apesar de eu estar envolto em minhas próprias realizações, não posso me esquecer de Sehun. Céus, ele parece tão bem. Acho que o admiro por isso, sabe?

Eu estava tão na bad em meus problemas, louco pra desabafar e ele me aparece com um plano sem pé nem cabeça pra me ajudar, como se tivesse se esquecido de suas próprias dores.

Todavia, acho que eu não sou de grande ajuda. Primeiro porque não posso nem olhar pra cara de falsiane de Xiao LuHan, e isso acaba dificultando todo o resto do plano inexistente.

Mas como prometi a mim mesmo ontem à noite, preciso ter uma conversinha com Suho hyung. Se não eu, quem fará a revolução?

Tudo que eu preciso é de uma mente brilhante – no caso, eu – e um cúmplice:

– Sehun? – faço minha melhor cara de anjo ao aparecer no batente da porta.

E o loiro me olha com a expressão totalmente desconfiada, sabendo que lá vem bomba e esquadra o quarto na tentativa de achar qualquer saída.

– Só pra avisar, eu acho que você não passa pela janela.

 

 

Fecho a porta da cozinha e caminho em busca do avental xadrez de Kim JongDae, sabendo que a área está limpa e a chance de eu ser pego é quase inexistente, já que preciso reconhecer o progresso de Sehun nos planos. Só espero que ele não estrague esse.

O negócio é seguinte, depois de muita luta pra desentalar a mula do Sehun da janela – sim, ele tentou fugir por ela – e não vou entrar em detalhes, porque foi uma cena linda – ironia 100% –, consegui o convencê-lo de me ajudar e expliquei os pontos positivos da minha revolução por um ambiente melhor, porque, fala sério, ninguém merece passar as férias nesse lugar que não parece acompanhar a atualidade. Só quero fazer uma melhoria que retorne futura e positivamente nos bolsos de Junmyeon, ainda que inicialmente seja preciso um pouco de prejuízo.

Todos sabemos o quanto Chen valoriza sua comida, então foi só Sehun – fingir – passar mal que o cozinheiro correu pra ver o que estava acontecendo e tentar debater sobre a qualidade de seus alimentos.

Vejo o avental pendurado perto da pia e ando pelos corredores das bancadas até ele, vasculhando o pequeno bolso e achando a chave.

Seguro o objeto e corro para fora, até o corredor, parando em frente à porta com uma plaquinha dizendo que é aqui a pequena sala do inspetor.

Abro a porta e a fecho calmamente, trancando-a caso ocorra algum imprevisto.

Circundo a escrivaninha – que me traz algumas lembranças – até o armário de metal atrás dela composto inteiramente por gavetas, estilo aqueles de detetive de filmes e abro uma por uma, até que, com muita dor por conta de meu sedentarismo, agacho pela milésima vez e encontro as chaves. Há um bolo delas em cada quadradinho, identificados com o número dos alojamentos e outras isoladas, mas igualmente etiquetados.

Cozinha, não.

Refeitório, não.

Lavanderia, não.

A.J... Será?

Seria algo como Alojamento Junmyeon?

Mexo mais um pouco em busca de algo semelhante, mas acho que esta chave é minha última esperança.

Fecho a gaveta e dou o fora antes que alguém apareça, caminhando sobre o gramado e escutando ao longe as vozes altas de Sehun e JongDae, o que faz parte do plano. O silêncio muitas vezes não é um bom sinal.

Dirijo-me até o grande casarão de madeira um pouco afastado do refeitório e de todo o resto ao lado do riacho. Do lado de fora há alguns bancos e um jardim. As diferenças começam por aí.

Rodeio a casa e consto que todas as janelas estão fechadas e não há uma única luz acesa, o que indica que Suho não está.

Volto para a porta principal e respiro fundo, rezando para que o objeto encaixe.

E felizmente escuto o trinco e a porta abrir num ranger suave.

Fico paralisado por alguns segundos ao ver a enorme sala de paredes altas, decoradas com inúmeros quadros de flores, animais e paisagens. Há um enorme sofá marrom de camurça, uma televisão de última geração, tudo sobre um maravilhoso tapete enorme que deve ter custado o olho da cara de cada pessoa desse mundo, uma lareira apagada e um enorme lustre pendurado no teto distante. Há uma porta na esquerda e na direita, uma enorme escada que só Deus sabe onde acaba.

Certo.

Eu pensava que aqui teria um pouco mais de luxo, mas não esperava algo que superasse tanto as minhas expectativas. Porém, isso só serve como combustível para minha presença aqui.

Caminho até a porta e quase derrubo um suporte com alguns chapéus, bolsas, cachecóis e afins.

A porta range outra vez e sinto meu coração pular do peito, quase quebro o pescoço com a rapidez e o choque, mas não há ninguém. Posso dizer que o silêncio me assusta um pouco? Aqui está meio distante. Escuto a porta novamente e olho despreocupado, mais um alarme fals...

– MEU DEUS DO CÉU – grito as palavras todas emboladas e engasgo com a própria saliva ao ver Minseok parado no batente – o q-que está fazendo aqui?

– Sou eu quem te pergunto, Baekhyun – me fita incrédulo.

– E-Eu juro que não...

– Tudo bem... – levanta as mãos na frente do peito para me acalmar – é só você sair agora e me dizer por que veio aqui que posso ver se consigo manter isso entre nós.

Não.

Não posso desistir agora.

Por que Xiumin tem que aparecer justo nessas horas?

Recuo um passo, em silêncio, calculando um plano rápido.

– Vamos... – diz baixo, como se eu fosse uma criança medrosa.

Nego com a cabeça e ele cai na armadilha. Anda em passos lentos em minha direção e sinto o ar ser expulso de meus pulmões com dificuldade.

Ai meu Jesus Cristinho.

Dê-me forças e vergonha na cara.

Quando ele está perto o suficiente, pego um cachecol preto com uma mão enquanto me jogo sobre ele com o corpo. Tudo num segundo só porque meu reflexo é terrível e qualquer falha ruirá meu plano.

– Baekhyun!  O que está fazendo?

Minseok se chacoalha enquanto minhas mãos trêmulas tentam suas semelhantes com o cachecol que, felizmente, é de boa qualidade.

– Desculpa, Xiumin, ai meu Deus – tento fazer alguns nós, mas minha tremedeira é impressionante – me desculpa!

Ajoelho-me e alcanço um cachecol vermelho, ocupando-me em amarrar seus pés.

– Juro que vou te soltar – digo – por que você vem me aparecer agora?

– SOCORRO – ele grita em plenos pulmões – SOCORRO!

– Ah céus! Não grita! – levanto e pesco outro cachecol azul para amarrar em sua boca – sério, me desculpa, não me odeie por isso!

Respiro fundo após tanto esforço e fito os olhos arregalados de Xiumin. Vou deixando bem claro que a culpa não é minha, porque isso não seria preciso se ele continuasse no cantinho dele e não viesse atrás de mim.

Fico em pé e tranco a porta, tomando liberdade para girar sobre o tapete de braços abertos.

– Olhe só este alojamento! Pergunte se nessa televisão passa canal de venda de vaca? – busco o controle jogado no enorme sofá e ligo a televisão – imagem limpinha! Vários canais! Aposto que o quarto dele é maravilhoso!

Subo as escadas que dão para um enorme corredor, escutando perfeitamente a sola de meus tênis batendo contra o piso de madeira totalmente limpo e brilhoso, e abro as portas até encontrar um closet. Sim, meus caros, um closet.

Duas paredes são praticamente cheias de prateleiras e as outras duas por cabides com inúmeras peças de roupas evidentemente organizadas por cor. Rente ao chão há calçados organizados no decorrer das quatro paredes fielmente pintadas e impecavelmente brancas.

Visto um enorme casaco escuro e coloco um óculos de lentes redondas marrons, amarrando um lenço vermelho nos cabelos. Pego um pente e desço as escadas correndo, cantarolando uma música qualquer.

Pesco o controle e mudo de canal incessantemente até que alguma música alcance e agrade minha audição. Conecto as caixas de som enquanto danço ridiculamente na voz de PSY - DADDY, porque, nossa, meu corpo se movimenta por vontade própria nessa batida.

Cada passo meu é seguido pelos olhos esbugalhados de Xiumin, que ainda tenta se desprender, mas sem sucesso. Eu até poderia me sentir intimidado, mas vê-lo presenciar serve como um combustível, no qual eu consumo sem parar, louco para demonstrar minha insatisfação.

Poderia ter melhor protesto? Sinto muito, mas ninguém superará Byun Baekhyun.

Posso até ver meu lindo nome no livro de pessoas que serão lembradas para sempre na história deste humilde – mas que com garra, se tornará um luxuoso – acampamento.

Infelizmente a brincadeira não se prolonga como esperei, pois tudo o que é bom, dura pouco. Entretanto, eu já devia saber que com toda essa baderna que estou fazendo, seria facilmente descoberto.

A porta é aberta num estrondo e nela aparece Junmyeon totalmente surpreso. Seus braços caem sem reação sobre as laterais do corpo, desacreditando da cena que vê. Danço sobre o sofá com um enorme sorriso no rosto, ainda que lá no fundo – bem lá no fundo – eu ache que tenha exagerado um pouco.

Em seus olhos não decifro raiva. Na verdade, não decifro nada, já que sua expressão é tão vazia quanto Sehun.

– O que... – leio seus lábios, já que é impossível escutar sua voz com a música alta.

Atrás dele aparece Yixing, que corre até mim e me puxa para baixo. Pulo do estofado com gingado, sorrindo.

– Finalmente achei você! – Lay grita me puxando para fora.

Paro na porta, ainda sendo segurado por Lay e posso ver a multidão de campistas em frente à porta, repletos de curiosidade, enquanto Suho mantém a pose de estátua ao meu lado.

– OLÁ PESSOAL! – grito – EU ESTAVA APROVEITANDO UM POUQUINHO O MELHOR ALOJAMENTO DE TODOS, JÁ QUE NOSSAS CABANAS PARECEM SER DO SÉCULO RETRASADO!

– Baekhyun! – escuto a voz de Chanyeol entre tantas outras e este luta para chegar mais perto – você bebeu?

– VOCÊ NÃO ACHAM QUE DEVERÍAMOS TEM UM POUCO MAIS DE LUXO? FALA SÉRIO! DORMIMOS COM O MEDO DE A CABANA DESABAR A QUALQUER MOMENTO! – grito.

– Baekhyun, anda logo! – Lay me puxa com toda a sua força – preciso falar com você!

Falar comigo?, uma vozinha atrás das montanhas do subconsciente pergunta, mas estou concentrado demais para desviar do foco agora.

Para minha felicidade, todos começam a gritar em prol do meu discurso totalmente improvisado e a gritaria se torna geral, misturada à música.

Olha só o que eu estou fazendo!

Meu Deus!

Eu quero parar, mas quero continuar. É uma loucura, mas eu nunca realmente disse que sou normal. Ninguém é.

– ESSE ACAMPAMENTO É DEMAIS, MAS PODE SER MAIS E...

– Não foi o LuHan quem enviou aqueles bilhetes! – Lay suplica por atenção.

– O quê? – digo, como se acordasse de uma hipnose, desligando-me completamente do mundo que explode ao meu redor.

Foi isso que eu acabei de escutar, produção?

– Me escuta, pelo amor de Deus! – Yixing suplica.

Suho segura meu braço direito, pedindo por atenção e Chanyeol surge em minha frente, mas Lay agarra meu pulso e me arrasta pra longe e, talvez porque eu também queira, corremos para longe enquanto várias pessoas me chamam, inclusive Chanyeol, que minha mente não consegue ignorar.

Cada passo é um sufoco para minha vida de sedentário, mas me recuso a parar. Vejo um corpo alto e magro com madeixas loiras e tenho certeza de que é Sehun assim que nos aproximamos.

– Que barulheira é ess... Baekhyun! – protesta assim que o puxo também e o mais alto quase cai de cara no chão.

Sehun começa a empacar ao reconhecer o caminho que estamos tomando, mas com muita força, Yixing e – consequentemente – eu, não deixamos que ele pare. Avisto a cabana de Chanyeol e respiro fundo, angustiado e ansioso pelo que está por vir.

Lay praticamente derruba a porta e o garoto ruivo sentado no sofá pula como um gato assustado.

– Como... Assim não foi... O Lu... Han? – pergunto, mesmo que esteja sem ar.

– Fui eu! – os olhos úmidos de Lay me fitam num pedido de perdão silencioso, totalmente arrependido – fui eu quem enviei os bilhetes!

LuHan parece entender rapidamente o que se passa e fica em pé num segundo, tapando a boca de Yixing.

– Não liga para o que ele diz! Ele está maluco! – Luhan diz desesperado.

– Eu... Não... pfff... Es... Tou... Maluc... – Yixing tenta se soltar.

– Ah, céus! Me levem a sério uma vez na vida! – coloco as mãos nas bochechas e fito Sehun, que parece morto demais para estar vivo.

O mais alto me fita sem nenhuma expressão – como de costume – e franze o cenho, logo retirando os enormes óculos de sol que tampam minha visão, que por sinal eu havia até me esquecido de estar usando.

– Solta essa peste, garoto! – estapeio LuHan, que tenta se esquivar e distrai-se.

– Fui eu quem enviei os bilhetes! – Yixing se desvencilha do ruivo e tenta segurar os punhos da boneca enraivada.

– Por quê? – pergunto.

– Não acredita nele! – Luhan tenta morder os punhos do primo de Sehun.

– Ai meu Deus! Se mexe cara pálida! – empurro Sehun sobre o ruivo e ambos parecem hesitar por alguns segundos, mas o mais alto o imobiliza com rapidez e sem rodeios.

Respiro fundo junto a Yixing pelo sufoco.

– Fui eu quem enviou os bilhetes!

– Meu Jesus Cristinho, você já disse isso! – seguro nas laterais do rosto de Lay – agora desembucha! Me diz, por quê?

– Porque ele gostava do Sehun e ficou com ciúmes de você, mas ele nunca seria capaz de destruir o que possivelmente vocês tinham, e aí como ele era amigo de Chanyeol e dividem a mesma cabana, pensei que talvez ele estivesse tentando ficar com Chanyeol, então falei pra que você ficasse longe dele, mas aí você apareceu e começou a seguir o Park, e aí LuHan se aproximou de Sehun, e aí eu pensei “poxa, acho que agora vai”, e aí falei pra você ficar com Chanyeol pra que você não atrapalhasse o caminho – o silêncio inunda o ambiente quando este toma ar e quase posso sentir seus pulmões explodindo – mas aí LuHan descobriu e achou que tinha culpa, mas a culpa foi minha por ter feito essa burrada, mas meu senhor, dai-me paciência e capacidade de entender mentes alheias, POR QUE A CULPA É DE VOCÊS DOIS QUE NÃO RESOLVEM COM QUEM QUER FICAR E...

Yixing cai sobre mim e quase vou junto.

– Mas gente... – digo – escutaram o mesmo que...

– A-Acho que ele desmaiou – LuHan fica na ponta dos pés para ter uma visão mais ampla, ainda trêmulo nos braços de Sehun.

– E não é pra menos – resmungo.

– Então não foi você? – Sehun pergunta para o ruivo.

Este último fica parado, sem sequer uma reação por alguns segundos, até que finalmente balança tímida e negativamente sua cabeça.

– É tudo culpa desse maluco do Yixing – tento explicar, mas nem sei se eu mesmo entendi – quer bancar de cupido, mas quebra a asa antes do voo.

Fito ambos os garotos abraçados que se encaram intensamente.

– Se vocês dois não se beijarem agora, eu juro que os mato aqui e agora – digo em alto e bom som, arrastando Yixing pelas axilas até a porta – querem privacidade? Aqui está.

E me retiro, fechando a porta com muito esforço.

Todo meu corpo está suado e minha respiração acelerada. Permaneço mergulhado na pura adrenalina. Acho que realmente sou pirado.

Arrasto o corpo com – não muito – cuidado pelas escadinhas da pequena varanda brega e o largo no chão.

– Mas o quê...?

Giro nos calcanhares e deparo-me com Chanyeol, reunindo todas as perguntas do mundo num só olhar. Ao longe, posso escutar a multidão de campistas se aproximando e até imagino o cenário de guerra sendo liderado por Junmyeon.

Até sinto o chão tremer, imaginando a boiada vindo me matar ou me vangloriar, mas seja qual for o objetivo, já imagino meus ossinhos sendo pisoteados.

– PRECISAMOS FUGIR! – jogo-me em seus braços.

– O quê? Tem um corpo desacordado no chão e você...

– CORRA PARA AS COLINAS – puxo Chanyeol pela mão e corro.

Literalmente.

Corro como nos filmes, com o ar batendo na cara e minha alma gêmea a me acompanhar. Com a brisa da tardezinha, o sol se pondo e a pequena lua no céu a iluminar. Isso aqui não é fábula, mas lhes deixo minha lição de moral: não importa o quanto seja difícil conquistar o senpai, nunca desista. Nunca diga nunca. Baseie-se no exemplo de minha vidinha medíocre e na minha luta. Faça de tudo pra conquistar o senpai, porque ele se faz de difícil, mas é só questão de tempo.

E fico por aqui mesmo.

Talvez eu não seja aceito no ano que vem, mas com certeza darei meu jeitinho, ou bolarei um plano infalível com a ajuda de um amigo sem cérebro e um namorado bonitão.

Até as próximas férias, pessoal.

 

F I M

 


Notas Finais


GENTE NÃO SIGAM O CONSELHO DO BAEKHYUN, VÃO PAGAR MICÃO AKPOKOPAKAPOKAPJDOIHFHDIUF


/Respira fundo
Bom, como começar?
Primeiramente eu queria agradecer a todos que leram até esse último capítulo, porque pode ser que não pareça, mas é algo muito importante pra mim. Vou contar um segredinho que talvez já não seja mais tão secreto assim. Fico muito feliz quando vejo notificação de comentários e favoritos, porque escrever é uma das coisas que eu mais gosto nesse mundo, e ver que existem pessoas que gostam do que faço é muito, muito, muito bom.
Fico muito contente quando elogiam minha escrita, mas eu sei que ainda tenho que evoluir. É algo que eu mesma espero de mim. Não que eu esteja reclamando, aliás, de uns tempos pra cá eu melhorei e espero estar sempre evoluindo pra oferecer minha imaginação sem nexo pra vocês.
Ah, pra quem já assistiu EXO SHOWTIME, o estilo do Baekhyun no final com os óculos e tudo mais foi totalmente inspirado num dos episódios que ele ficou assim.
Lembra que eu disse que começaria uma nova fanfic nas férias do meio do ano? Eu ia começar uma agora e já ia divulgar ela nesse capítulo, mas ainda não acabei o primeiro capítulo eu já tinha enrolado demais, então não sei quando ou se vou postar ela mesmo, porque lá no fundo tô indecisa porque já tive ideia pra três fanfics. Quem sabe não dá uma louca e apareço de repente com uma?
Já falei muito e, nossa, não consigo mais parar.
Pensei que minha fanfic anterior fosse o meu máximo, mas vejo que ancdpc foi muito bem recebida pelos leitores e só me cabe dizer que é mais uma história guardada no coração.
Obrigada senhorita @BabyTurtle , você me acompanha desde My Neighbor e não vou me esquecer de você tão rápido.
Então, acho que acaba, né?
Até as próximas férias (literalmente), talvez?
Um beijo ♥
P.S.¹: Baekhyun foi iludido, porque LuHan é o inocente da história kpoaka
P.S.²: Lemon clichê mesmo com passivo chupando ativo e blabla
Comecei uma nova fanfic! Deem uma passadinha por lá:
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-exo-como-reconquistar-sem-desapaixonar-5685934
P.S.³: ♥


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