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História Acaso - Acaso


Escrita por: flarke e greatelly

Notas do Autor


Olá pessoas do meu coração, olha eu de novo com oneshot. Está é uma linda parceria com a @CellyCastagnoli O AMORE DA MINHA VIDINHA SZ Então vamos aos recados básicos.

❖ Acaso é totalmente de nossa autoria.
❖ Sinopse feita pela linda e espetacular @nighteyes. ♡
❖ Shawn Mendes e Gemma Chan não nos pertence, mas a personalidade deles yes!
❖ Plágio é crime, então sai daqui se seu intuito é esse.
❖ Terá um capítulo bônus lindinho pra vocês.
❖ Queremos dedicar essa "one" para uma pessoa que vem nos atormentando desde que acaso era apenas uma ideia, NÉ THALINE? a gente te ama babe ♡
❖ Boa leitura amorecos! ♡

Capítulo 1 - Acaso


Fanfic / Fanfiction Acaso - Acaso

Excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração.

Em mais uma manhã de segunda, Christine se vê sozinha em sua cama ampla. Em um movimento momentâneo ela inspira todo oxigênio possível para seus pulmões e solta o ar pelas suas vias respiratórias vagarosamente. Todo dia é mesma coisa. Todo dia não. Todo fim de semana. Sempre que ela saía, sozinha ou acompanhada, acordava de manhã sozinha na cama. Não que ela quisesse que a acordassem com um café na cama – ou talvez quisesse –, mas que ao menos dissessem seus nomes. Homens.

A mulher inteiramente despida toma coragem para se levantar da cama aconchegante e da uma ligeira olhada no relógio ao lado de sua cama, averiguando se estava atrasada para o trabalho e como sempre, a responda foi um sim espantoso. Isso é algo que não a surpreende mais, pois todas as suas noites de domingo são recheadas de bebida alcoólica e música alta, dando a ela uma aterrorizante ressaca no dia seguinte e assim ela se esquece que tem um serviço no qual a sustém. Christine segue para o seu banheiro localizado dentro de seu quarto e toma um banho rápido, porém satisfatório. Velozmente ela se veste, arruma o cabelo em um coque alto totalmente bagunçado e desce para a cozinha com todas as suas coisas em mão, isso inclui sua bolsa e as chaves do carro.

Christine abre os armários rapidamente procurando por algo para comer, mas logo se lembra que não faz compras a um bom dia, então a sua única escolha é parar em algum lugar para comer algo, pois sabe que sua barriga logo protestará de fome. Em um dos armários abertos ela encontra remédio para dor de cabeça e logo engole um com um pouco de água. Corre o mais rápido possível para o carro, mas antes se certifica de trancar a porta de casa. A mulher adentra seu carro e joga suas coisas no banco do passageiro nem se importando que aquilo acarrete em um grande desordem. A morena liga o veículo e dirige o mais rápido possível para a empresa de marketing no qual trabalha, mas no caminho, exatamente em um semáforo fechado, ela sente uma forte batida na parte de trás de seu carro.

Claramente irritada com esse contratempo ela sai de seu carro quase soltando fumaça pelas narinas. Anda velozmente até a parte de trás de seu automóvel e vê o grande estrago que o motorista de trás fez. A lataria está visivelmente amassada e em algumas partes percebe-se que a tinta foi arrancada. Estressada a mulher grita para o motorista – que até agora não saiu do seu respectivo carro – ver o grande estrago que fez em seu carro. O rapaz sai com as mãos na cabeça encenando muito bem, como se realmente estivesse arrependido do que acabou de fazer, mas internamente ele está rindo da euforia da morena em seu frente.

― Moça, desculpe-me por isso. – ele profere olhando a destruição. Christine o olha com fúria e ri satírica de sua pronuncia não suficiente, porém não deixa de notar que o rapaz no qual literalmente acabou com seu dia, é um tanto quanto encantador e seu sorriso é capaz de tirar o ar de qualquer mulher por ai, todavia ela não desce do salto, continua com sua pose de imperiosa, até porque um rosto bonito engana fácil.

Desculpe-me por isso? Eu espero que você pague esse estrago, porque eu não vou tirar um dólar sequer do meu bolso. Escutou? – ela grita raivosa e o rapaz assente a contragosto vendo que não há possibilidade dos dois debaterem normalmente sobre isso.

―Sim, eu escutei. – o homem tira de seu bolso um papel e estende para que Christine pegue e assim ela faz, vendo que no papel só há o número de seu telefone, obviamente para ligá-lo para conversarem a respeito do conserto ― Pode me ligar para acertarmos o quanto isso ficará, só peço que leve a oficina, pois eu não tenho tempo. – Christine revira os olhos e anota mentalmente a placa do carro do rapaz, caso ele queira dar um de esperto e dar-lhe o número errado.

― Não tente dar um de esperto, ok? Eu te sigo até o inferno, mas faço você pagar essa merda. – ela aponta raivosa para a batida e ele assente segurando para não rir da cara dela.

A mulher volta para o seu carro e escreve rapidamente o número da placa do carro dele e o seu número de telefone em seu celular, jogando o papel dentro de sua bolsa. Ouvindo as buzinas incessantes atrás de seu carro ela acelera para chegar o mais rápido possível em seu serviço, e logo na entrada do prédio ela consegue ouvir seu chefe gritando com ela pelo horário. Não é como se ela fizesse isso uma vez no ano, se o chefe de Christine dissesse que irá demiti-la, bom, ele terá uma boa justificativa do por que.

✖✖✖

Após deixar seu carro na oficina que estava prestes a fechar, Christine caminha até sua casa a pé, até porque seu carro teve que ficar na oficina e o mecânico disse que a liga no dia que seu carro ficar pronto. O sol já se foi há muito tempo e tudo que resta agora são ruas relativamente vazias, poucos carros na rua e apenas as luzes das ruas iluminando a calçada, já que os estabelecimentos estão todos fechados e alguns já prestes a fechar. Christine se abraça impedindo que o frio entre por dentro de sua jaqueta preta, causando-a tremedeiras constantes. Os arrepios ficam intensos quando ouve gemidos em uma viela próxima, praticamente onde ela terá que passar, pelo menos na frente da mesma. Ela olha para trás sentindo uma sensação ruim reagir em seu corpo e começa a andar lentamente, com medo de passar na frente do beco mal iluminado.

Com as mãos soando ela se abraça ainda mais e passa com os olhos fechados pelo beco, porém uma voz a chama, fazendo-a não saber se corre ou volta para ver se é alguém precisando de ajuda. Contudo ela decide dar alguns passos pra trás quando ouve alguém pedir por ajuda incansáveis vezes, com uma voz apagada, como se não conseguisse dizer qualquer palavra, por causa da dor. Christine adentra o local escuro e encontra um rapaz caído no chão com uma das mãos no abdômen, ela se aproxima do mesmo e pega seu celular em sua bolsa tentando iluminar o rosto do rapaz e para a sua surpresa, o rapaz ensangüentado no chão quase morto, é o mesmo que bateu em seu carro.

― Você precisa me ajudar, por favor. – ele murmura com expressão de dor. Christine se vê em um fogo cruzado ao saber que o rapaz necessitado de ajuda é o mesmo que a fez explodir hoje de manhã. Ela olha para todos os lados procurando por uma ajuda, só que nesse horário é impossível encontrar alguém andando por ai. Ela volta a olhar o rapaz gemendo de dor e ajoelha-se vendo seu estado de perto.

― Eu queria muito te deixar aqui pra morrer por ter me feito quase perder o emprego, mas como eu sou uma pessoa boa, vou chamar uma ambulância pra você. – ela diz séria, sem demonstrar dó por ele. Quando ela desbloqueia o celular, o rapaz a impede de digitar o número da policia, isso de fato a deixa mais assustada do que antes, até porque quem quase morrendo em um chão frio e molhado negaria ajuda de uma ambulância?

― Você não pode fazer isso. – ele sussurra e Christine arqueia as sobrancelhas ― Eles me bateram e me deixaram aqui pra morrer, eles vão me encontrar se eu for pro hospital, por favor, não ligue. – aquilo parecia mais conversa fiada, por mais que seja nítido os machucados no corpo do rapaz.

― Ah, ok – ela diz pausadamente ― Então você quer que eu te deixe aqui pra morrer? – Christine indaga franzindo o cenho ― Será um prazer. – ela faz menção de se levantar e ir embora, no entanto ele a impede outra vez.

― Eu sei que fui um filho da mãe por ter batido no seu carro hoje, mas... – ele leva a mão até a boca para tossir e após fazer isso Christine vê a quantidade demasiada de sangue em sua mão ―Eu preciso de ajuda. Leve-me pra sua casa, eu juro que não vou te fazer mal algum.

― Se você tentar algo contra mim, eu faço questão de te matar! – resmunga após pensar muito no que fazer. Christine guarda seu celular na bolsa para ajudar o pobre rapaz que está beirando a morte.

Com certa dificuldade ela consegue fazê-lo se levantar e a segurar para não cair. A mulher sai da viela com o rapaz em seu encalço e agradece ao ser supremo quando um táxi aparece na rua. O motorista para o carro e ajuda a morena a colocar o rapaz machucado no banco de trás do táxi. Depois de feito isso ela se senta no banco do passageiro e diz o endereço para que o homem os deixe na porta de sua casa. Não demora muito para que o automóvel pare em frente a residência de Christine. O motorista outra vez a ajuda a colocar o rapaz dentro de sua casa e ela agradece dando a ele o dinheiro da corrida.

Ela o leva atenciosamente até seu quarto e pede que ele se sente na cama. Joga sua bolsa na mesinha ao lado de sua cama.

― Você consegue tomar banho sozinho?  Eu preciso que você se lave pra que eu faça um curativo. – ela pronuncia calma, vendo que os ferimentos dele não são tão pequenos quanto imaginava.

― Acho que consigo. – o rapaz profere levando as mãos até o quadril para se levantar da cama, mesmo reclamando de dor ele consegue ir até o banheiro e tirar apenas a calça ― Pode me ajudar com a camiseta? – ele pergunta a Christine que está encostada no batente da porta o olhando se despir e esse momento seria insano se o homem não estivesse com sangue por todo o corpo. Ela rapidamente sai de seus devaneios e vai até ele o ajudando a tirar a camiseta ― Obrigada. – a morena assente, mas continua no mesmo local que o rapaz e ele se sente levemente incomodado com a presença dela ali ― Pode ir agora, eu consigo tirar a parte de baixo. – vendo o grande mico que ela passou, Christine sente suas bochechas arderem e então rapidamente ela sai do banheiro e fecha a porta dando privacidade a ele.

Olhando para todos os lados ela procura por uma camiseta ou qualquer roupa masculina que ela possa ter de algum cara que foi parar em sua cama. Logo ela encontra uma camiseta preta, uma calça moletom de algum outro rapaz e uma box cinza que ela daria de presente para algum ex-namorado, só que acabou não dando. Ela coloca as roupas em cima da cama, juntamente com uma caixa de primeiros socorros e grita para que ele possa ouvir, que quando sair do banho pode se trocar no seu quarto. Ela desce até a cozinha e lembra que ainda não tinha comprado as coisas para abastecer seus armários e que só havia parado para comer no almoço. Pega seu celular e disca o número da pizzaria, pedindo duas pizzas e um refrigerante, com certeza as compras ficam pra depois.

Ela senta-se no sofá e liga a televisão vendo se algo de interessante possa chamar sua atenção. Ao ouvir passos na escada olha pra trás vendo que o rapaz está devidamente vestido e com os curativos nos lugares certos, mas o seu modo de andar denuncia que as dores não passaram. Ele para ao lado dela inteiramente constrangido e ela arqueias as sobrancelhas tentando entender o que se passa na cabeça dele nesse momento, já que o mesmo está imóvel sem dizer qualquer palavra.

― Pode se sentar, eu não vou te agredir ou te estuprar. – diz sarcástica e ele sorri envergonhado, logo se sentando ao lado dela, mas com certa distância.

― Não sei como te agradecer. – ele declara olhando-a.

― Sabe sim – Christine o encara ―, pagando o conserto do meu carro. – ela ri lembrando-se do ocorrido e ele faz o mesmo achando que realmente existe alguma graça naquilo ― Porque está rindo? Eu não estou brincando. Já levei no mecânico.

― Fica tranqüila, se eu não tiver dinheiro, qualquer coisa eu vendo um rim para o mercado negro. – ele ri de sua pronuncia, mas logo para ao sentir uma pontada na costela.

― Acho melhor você parar de rir. – ela adverte vendo que rir não é a melhor coisa a se fazer no momento ― Mas pode responder uma pergunta; Porque está todo machucado? – Christine abaixa o volume da televisão e senta-se de frente para o rapaz, esperando pela sua resposta.

― Eu estava devendo algo a eles e não entreguei no tempo concedido. – confessa humilhado.

― Que merda, eu estou hospedando um traficante, é isso mesmo? – Christine indaga vendo a grande burrada que fez e ele da um riso curto tentando não provocar mais dores em seu corpo literalmente quebrado.

― Não exatamente. – responde breve ― Agora você responde uma pergunta minha. Você tem namorado? Porque essas roupas estavam aqui, então suponho que você tenha alguém. Ou gosta de se vestir como homem. – ele faz piada e Christine se reprime para não rir disso.

― Essas roupas são de caras que passam pela minha cama. Eles acabam deixando algumas roupas aqui, acham sexy quando me vêem com camisetas deles. Só com as camisetas. – ela ressalta o fazendo rir e logo gemer de dor, mas com um sorriso no rosto ― Vai, pode me chamar de vadia, prostituta, não engula as palavras, isso faz mal. – ele a encara e sorri abertamente.

― Porque eu te chamaria disso? Você só gosta de fazer sexo, e para isso não existe um nome especifico. Ok, existe ninfomaníaca, mas acho que você não se encaixa nesse termo. Por mais que talvez você tenha uma parte do closet apenas para “roupas dos caras que passaram pela minha cama”. – Christine não consegue segurar a gargalhada e a solta livremente, fazendo-o sorrir por tê-la feito rir como criança apesar da situação que os dois se encontram.

― Acredita que nenhum desses caras me disseram o nome deles? Eu não sei o nome deles, de nenhum deles, isso é estranho porque eles compartilharam da minha intimidade – o rapaz faz uma cara de malicia com um longo som de hmmm ― Ah cala sua boca, não é pra maliciar. – Christine bate em seu braço e ele resmunga dolorido ― Desculpe-me – se desculpa no meio de um riso ― Mas não é disso que eu estou falando, eles entraram na minha casa, me viram acordar no outro dia com o cabelo nas alturas, bom, metade deles, mas mesmo assim meio que eles compartilharam ou fizeram parte do meu dia. Não que eu me importe com nomes, mas... – a campainha toca a interrompendo de falar ― Esquece, é a pizza.

A morena pega as duas pizzas e o refrigerante e paga o entregador. Coloca as coisas na mesa de centro em frente ao sofá e vai até a cozinha para pegar dois copos. Enche os dois do liquido escuro e pede para o rapaz comer, e assim ele faz, no meio de gargalhadas quase que dolorosas e conversas inapropriadas. Por um momento eles se esqueceram do carro na oficina, do desentendimento no semáforo hoje, ali naquela noite eles pareciam dois amigos de longa data, comendo pizza e vendo série até a madrugada, como se fizessem isso há muitos anos – o que será prejudicial a Christine.

― É melhor nós irmos dormir, já está tarde. – ela pronuncia sonolenta quase deitando sua cabeça no ombro do rapaz.

― Pode ir, eu durmo aqui no sofá, não quero ser um incomodo pra você, mais do que eu já fui hoje de manhã.

― De jeito algum que você vai dormir aqui, eu posso ser chata, respondona, autoritária ou totalmente estressada, mas tenho um coração bom. Pode dormir junto comigo na cama, é espaçosa e bom, ter um homem na minha cama não é algo novo. – ela diz revirando os olhos e sorrindo brevemente.

― Tudo bem, mas se eu te incomodar, pode me empurrar da cama. – ele diz sério.

― Vai ser um prazer. – Christine leva as coisas para a cozinha e apaga a luz do cômodo logo voltando para a sala e o ajudando a levantar do sofá.

Ela tranca as portas, apaga as luzes do andar de baixo e sobe para o seu quarto vendo o rapaz sentado no outro lado da cama tentando retirar a camiseta de seu corpo. Christine vai até ele e oferece ajudar que é aceita de muito bom grado. A morena retira a camiseta e a coloca em um lugar que não importa muito agora, pois seus olhos estão centralizados no abdômen definido do rapaz. Não que ela esteja vendo agora pela primeira vez, pois na hora do banho ela observou muito bem esse local, e plenamente descaradamente, como agora.

― Merda, ela quer me estuprar. – ele murmura apavorado a fazendo rir de sua brincadeira.

― Inconveniente. – ela resmunga revirando os olhos e indo até seu closet para pegar a camisola curta e quase transparente para colocá-la depois do banho, mas antes de ir para o banheiro ela repensa sobre usar aquela peça tão provocativa, então troca por um pijama que infelizmente também é curto, mas ela não tem escolhas, todos seus pijamas são assim.

Christine avisa a ele que irá tomar banho e ele assente já deitado no seu lado da cama. Ela toma um banho rápido lavando o cabelo e logo desliga o registro. Enxuga-se e coloca a lingerie – sem o sutiã – e o pijama. Seca seu cabelo parcialmente na toalha e sai do banheiro ainda fazendo esta tarefa. Ela coloca a toalha na cadeira da escrivaninha e apaga a luz do banheiro, logo se deitando na cama e respirando fundo, pois dormir ao lado dele será uma péssima idéia.

― Qual é o seu nome? – o rapaz indaga e Christine o olha nitidamente, pois a luz do quarto não foi desligada.

― Christine. – responde e ele sorri sentando-se na cama com certa dificuldade ― Ei, você pode tratar de dormir, pervertido. – ela também se senta na cama vendo seu sono desaparecer totalmente.

― Qual é, eu só faço as coisas com conscientização da mulher. – responde gabando-se como se tivesse uma mulher em sua cama todos os dias.

― E se eu disser que você tem minha conscientização? – Christine o desafia olhando bem em suas íris castanhas. O homem aproxima seu rosto lentamente do dela e Christine não se afasta em momento algum, ele solta um breve riso e olha descaradamente para a boca entreaberta da morena.

― Eu já estou todo quebrado. – pronuncia jogando seu hálito quente no pescoço destampando de Christine. Ela por sua vez revira os olhos e solta um longo suspiro.

― Que pena. – profere subitamente deitando-se de novo, ela estica o braço e apaga a luz do quarto o deixando completamente escuro ― Boa noite. – deseja vendo que o rapaz ainda está parado do mesmo jeito, sem qualquer reação, a vontade de rir fica contida dentro de si, pois sabe que se rir agora isso não resultará em algo bom.

Christine sente o outro lado da cama se remexer e deduz que ele também tenha desistido e está prestes a dormir, entretanto dedos passam delicadamente pela sua perna indo em direção a sua coxa e como ela está de costas pra ele, ela não sabe qual a expressão em seu rosto, por mais que possa imaginar. Os dedos continuam a acariciar sua pele na medida em que somem mais um pouco chegando a sua cintura, a morena se remexe ao sentir o calafrio chegar lentamente em seu corpo. Ela fecha a boca rapidamente para reprimir um gemido quando sente a mão do rapaz adentrar seu pijama da parte de cima e sem conseguir segurar aquela vontade incessante de fazê-lo ser mais um em sua cama, ela se vira com tudo e sobe vagarosamente em cima do corpo dele. Pela falta de luz é impossível ver sua reação, mas o volume em sua box acusa o quanto ele também está excitado.

― Posso fazer o trabalho sozinha. – ela sussurra perto do ouvido do rapaz e logo deposita um chupão em seu pescoço que deixará marca no dia seguinte.

E a madrugada foi repleta de gemidos de ambos e muitas carícias que Christine com toda certeza vai lembrar nos próximos dias.

✖✖✖

Acordada pelo despertador, Christine abre os olhos lentamente e bate no celular fazendo-o desligar. A morena leva o dorso de sua mão até os olhos e os esfrega tentando se acostumar com a luz do dia logo de manhã. Ela se remexe na cama e olha para o lado não encontrando o rapaz de ontem ali deitado e por um lado ela não se espanta, já que todos são assim, porém algo naquele momento a fez ficar extremamente triste por não poder ver o rosto dele de manhã. A mulher ouve barulhos no andar de baixo e desce com um salto na mão – após ter colocado um roupão já que estava nua –, com medo que seja um ladrão a roubando e ao chegar à cozinha, vê que na verdade não é um ladrão e sim o rapaz que a causou múltiplos orgasmos na noite passada.

― O que você está fazendo aqui? – ela pergunta assustada por vê-lo na sua cozinha. O rapaz vira para trás, sorri abertamente ao vê-la e não consegue segurar o riso quando vê o salto em sua mão.

― Bom dia, eu iria fazer café da manhã, mas você tem definitivamente nada nesses armários. – ainda surpresa ela permanece no mesmo lugar quando vê que ele se aproxima e para deixá-la ainda mais admirada, ele segura em sua cintura e a puxa para dar um selinho.

― Você ia fazer um café da manhã? – pergunta surpreendida e ele sorri assentindo. Vendo que Christine estava pasma com tudo aquilo, o rapaz segura em seu rosto e olha profundamente em seus olhos, deixando-a tonta.

― Algum problema? – indaga franzindo o cenho.

― É que geralmente os rapazes com quem eu... Transo, vão embora antes de eu acordar. – ela diz meio duvidosa ― Eu só estou surpresa por você estar aqui, ainda. – pronuncia narcotizada pelo sorriso atraente do rapaz a sua frente ― Droga, eu sei por que você está aqui! Quer me agradecer por ter te ajudado ontem com um gentil café da manhã. – Christine revira os olhos e solta o salto no chão aborrecida, tira as mãos do rapaz de seu rosto e suspira derrotada ― De nada, já pode ir embora.

Ei, as coisas não são assim. – ele profere chegando mais perto dela e levantando sua cabeça para que ele possa a olhar.

― Não é o que parece. – debocha sentando-se no braço do sofá.

― Christine – ela o olha deprimida ― Quantos caras você já trouxe pra cá? – indaga e ela arqueia as sobrancelhas, não entendo muito bem onde ele quer chegar com isso.

― Eu não sei – responde como se fosse obvio ― Não fico contando quantos entram aqui.

― E você se sente feliz quando acorda de manhã e se vê sozinha na cama, como se nada tivesse acontecido na noite passada? – pergunta aproximando-se mais.

― Eu já disse que não me importo com isso, não é como se fosse obrigação deles me acordar com café da manhã na cama ou chocolate só porque eles tiveram uma transa boa comigo. Eles não precisam ligar no outro dia pra perguntar se eu estou bem, porque eu prefiro que seja assim. – ela diz franca.

― E você vai viver assim até quando? – Christine não responde, apenas fecha a boca entreaberta e o encara ― Você ficou surpresa por me ver aqui, porque gostou de me ter aqui no dia seguinte, porque eu fui o único que se importou com você no dia seguinte. Eu não iria fazer o café pra te agradecer, de forma alguma, eu queria fazer porque você ta frustrada. Você acorda na segunda e espera que o cara ainda esteja na cama para pelo menos te dar bom dia e não é preciso ser vidente pra ver que você sempre acaba sozinha e deprimida na segunda de manhã. Christine... – ele se aproxima e entrelaça as suas mãos na dela ― Isso não te faz feliz, sexo não é o passagem para a vida perfeita, pare de tentar nadar pra cima sendo que o mar já está te submergindo, no final, de qualquer forma você ficará sem forças e vai morrer afogada. É isso que você quer pra sua vida? – a morena fecha os olhos e abaixa a cabeça.

― E você vai ser o salva-vidas que irá me tirar do mar? – indaga levantando a cabeça para encará-lo. O rapaz sorri espontaneamente e Christine se hipnotiza novamente.

― Posso tentar. – ele da de ombros e a puxa para levantar e quando ela o faz recebe um abraço afetuoso dele ― Quanto tempo você não ria como ontem? – indaga ainda a tendo nos braços. Christine deita a cabeça em seu peito e fecha os olhos como se precisasse daquele abraço há anos.

― Alguns anos. – pronuncia sucinta, sem delongas.

― Então vamos procurar séries novas e fazer maratona delas, comendo muita besteira. – pronuncia a balançando levemente de um lado para o outro enquanto ainda estava abraçado a ela.

― Depois de pagar o conserto do meu carro. – ela adverte e os dois riem.

― Com certeza! Você não precisa de um homem na sua cama pra se sentir bem Chris, e eu vou te provar isso, tudo bem? – ela assente ainda com os olhos fechados ― A propósito... – ela se afasta e encara os olhos sedutores do rapaz ― Meu nome é Shawn. – Christine sorri de lado por ele ter sido o primeiro a falar seu nome ― Shawn Mendes.


Notas Finais


Esperamos que tenham gostado, beijocas sz


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