História Acaso ou destino - Eu quero levar ele comigo

O caminho de volta para o hotel fora extremamente engraçado, eu estava bêbado e isso era bem claro para mim e para as pessoas a minha volta, BaekHyun só estava mais feliz que o normal, mas não tão afetado, e durante o trajeto, coisas um pouco fora do comum para mim, aconteceram, como por exemplo, o fato de que eu estava um pouco assanhado demais, e apesar do álcool ter um efeito forte, eu ainda estava com o senso de decência em público, e só por isso não o agarrei na rua mesmo.

E ao chegarmos ao hotel, tinha a sensação de que havia entrado no paraíso, mas a entrada estava cheia de burocracias por causa da babá, que demorou alguns minutos para enfim sair do quarto e quando saiu, tudo o que tive foi os braços de BaekHyun me arrastando para a cama enquanto distribuía beijos em meu pescoço.

Tudo em meu corpo parecia mais aguçado com seus toques, seus olhos pareciam ainda mais sensuais com a pouca luz que saia do abajur, fora o modo como fazia questão de estalar seus lábios onde os tocasse em minha pele, ele parecia fazer tudo o que mais me afetava.

Sua respiração parecia ofegar toda vez que eu ganhava um pouco de confiança para tocar em seu corpo, inicialmente, na cintura, apertando com delicadeza enquanto tentava de uma forma desajeitada manter um beijo quando seus lábios não se ocupavam com outra parte do meu corpo. Mas assim que desci as mãos para a bunda redondinha, notei que aquela era uma parte sensível ao toque, já que um gemido baixo e contido fugiu de seus lábios.

- É bem notável que você é virgem... – Sussurrou com a voz levemente risonha e aquilo me matou tanto de vergonha quanto de insegurança por achar que ele não estava gostando, mas seus ditos seguintes, me fizeram mudar de ideia em questão de segundos. – E eu estou adorando tudo isso.

Dito tal, não se demorou ao puxar sua própria camisa para longe de seu corpo, e como não sabia bem o que fazer, apenas o imitei, deixando também a calça no caminho para facilitar as coisas. Seu sorriso foi tão largo ao ver minha ereção que eu quase me vesti de novo e mandei parar com aquilo por pura vergonha, mas enquanto ele dava aquele maldito sorriso sexy, sua calça também era tirada, mas levando a cueca junto, coisa que fez minha mente entrar em colapso, eu queria o tocar e o observar com a mesma intensidade.

- Vem... – Chamou com o dedo indicador, dando-me um sorriso mais calmo, que claramente queria mostrar alguma confiança para que eu fosse, e funcionou. Me livrei da última peça e com cuidado, me coloquei sobre seu corpo na cama, puxando os lençóis sobre nossos corpos para me sentir menos culpado quanto a JongHyun.

Suas mãos foram rápidas em direção a minha bunda, a apertando com força, fazendo assim meu membro começar a se chocar com o dele, no começo apenas de leve e movimentos circulares, mas assim que retomamos o beijo, a coisa toda se intensificou em um nível quase incontrolável.

Respiração ofegante, mãos nada castas assim como leves e fortes arranhões por onde nossas mãos tocavam. Tanto eu quanto ele suávamos demais, mas passava por minha mente tirar os lençóis de cima, aquele clima parecia isolado do mundo ao redor e quanto mais eu sentia seu corpo contra o meu, mais excitado eu ficava.

Tudo parecia tomar proporções ainda maiores quando eu ouvia sua voz sussurrar meu nome enquanto prendia meu quadril entre suas pernas, fazendo vez ou outra meu membro escorregar por entre suas nádegas.

Eu estava tentado a levar aquilo para mais longe, e ele empenhado em me fazer o controle, pois a cada segundo, levantava mais ainda o quadril para que minha glande passasse por aquele lugar, que eu queria muito me afundar, mas não sabia se ainda estava pronto.

- Nem pense, quero que seja especial... quem sabe quando voltarmos... – Sussurrou, já prevendo o que se passava em minha mente quando se virou de costas na cama e deixou a bunda empinada, rebolando contra meus testículos, fazendo o falo ser friccionado pelas bandas dali.

- Mas... – Tentei murmurar qualquer coisa que não fosse meus ruídos nada sensuais, mas ele pouco se importou e continuou naquilo até o próprio orgasmo em suas mãos, não demorando a me fazer chegar no meu, sujando toda suas costas, que pareciam ainda mais bonitas com aquela “sujeira” ali.

- Vem, vamos dormir... – Se soltou contra o colchão, sem se preocupar com a sujeira feita na cama, mas eu o entendia, as pernas estavam bambas e tudo o que eu mais queria era dormir, provavelmente enfeito do orgasmo e do vinho.

Não consegui dizer nada, apenas o trouxe para perto e o abracei com todo carinho do mundo, pronto para dormir, mas o mundo não queria isso, pois assim que fechei os olhos, ouvi o choro alto e sofrido de JongHyun.

- Appaaaaa, tem uma tatiranha... – Ouvi sua voz soar ainda mais alta e berrada, e ali eu não soube se levantava para o ajudar e descobrir o que era ou se ria do que diabos era tatiranha.

Mas tanto eu quanto BaekHyun nos colocamos para fora da cama em questão de segundos, somente enfiando a cueca no corpo para não aparecermos completamente pelados na frente do bebê.

- O que foi meu anjo? Appa tá aqui. – BaekHyun indagou todo preocupado enquanto o pegava no colo, mas aparentemente ele só teve um pesadelo, porque ainda estava todo sonolento e de olhos quase que completamente fechados.

- Mas a tatiranha qué me pegá, appa. – Aquilo parecia assustador para ele, mas para mim era extremamente fofo, e para BaekHyun também, porque fazia aquela típica cara de assassino que todo mundo faz quando vê algo fofo.

- Appa vai dormir com você e nenhuma tatiranha vai te pegar, tá bem? – Eu sussurrei baixinho e pareceu fazer efeito, pois assim que terminei de falar, seus olhinhos voltaram a se fechar normalmente e sua cabeça ficou completamente mole nos ombros de BaekHyun.

Aproveitei a situação e troquei os lençóis sujos, eu não ligaria se fosse em outra hora, mas com JongHyun no nosso meio, seria impossível deixar aquilo tudo ali e logo após vesti uma calça de pijama apenas, para não ficar quase que completamente pelado.

BaekHyun o colocou deitado bem ao centro da cama e logo se vestiu também, tomando seu lugar para dormir e deixando o lado oposto para mim.

Me vi naquele ambiente como uma pessoa extremamente feliz. Não que já fossemos uma família formada ou coisa do tipo, mas era claro para mim que ambos nutriam algum tipo de afeto verdadeiro, mesmo com o pouco tempo de convivência.

- Chan... – BaekHyun começou inserto, atraindo minha atenção. – Eu volto para Bucheon amanhã... e queria saber se você deixaria o Jong comigo por alguns dias até você resolver tudo aqui sobre a sua mãe. Eu quero conviver com ele um pouco para tentar me acostumar com isso...

Confesso que no fundo fiquei com medo dele roubar JongHyun de mim, mas quase ri desse medo, se ele fizesse, teria total direito já que era o pai biológico dele, mas BaekHyun não tinha cara de ser o tipo de pessoa que rouba crianças dos outros. Se quisesse roubar, já teria feito.

- Claro... Vai ser até melhor, assim ele se acostuma com você e eu consigo resolver as coisas por aqui. Amanhã conversamos com ele, hm? – Parei de falar apenas para bocejar e logo após terminar, recebi um selinho gostoso nos lábios.

- Boa noite...

- Boa noite, Baek.

Era perigoso? Era, mas eu estava precisando de perigo na minha vida.