Percy POV
Sábado. Minha irmã saiu e eu estou completamente entediado, estou deitado olhando o teto como um idiota, que às vezes sou. Suspiro pesadamente.
O que tinha pra fazer num sábado? E sozinho?
Nunca gostei de sair sem ninguém comigo, sempre tinha alguém, seja a Lucy, o Tyson, a Thalia e, bem, etc. Mas nunca foi meu foco sair, se eu ficava sozinho eu ia ler alguma coisa que eu gostasse e tal...
Uma ideia me ocorreu, eu podia ia comprar algum livro de série... Hum, isso era bom. Me levanto da cama e pego uma roupa já correndo para o banheiro.
***
Eu demorei um tempo pra conseguir uma vaga na bookstore de Manhattan, uma que eu gostava de ir sempre. Me perguntava o motivo de lá estar tão cheio a ponto de quase não ter vagas.
Descobri o motivo logo que entrei na loja. Estava tendo uma publicação de um livro famoso, mas eu não tinha ideia de qual seria, por isso desviei das pessoas e comecei a ir para as partes mais vazias.
- Você precisa de ajuda? – pergunta uma garota perto de mim e eu supus que ela era uma das funcionárias.
- Hum... não sei – digo sincero olhando as prateleiras, mas estava tudo diferente. Ela sorriu pra mim simpática e piscou seus olhos duas vezes rápido.
- O que você deseja? – sua voz saiu estranha, mais baixa do que estava antes.
- Um livro de infanto-juvenil – ela gentilmente me puxa ainda sorrindo até uma das prateleiras ali perto, seu cabelo longo foi jogado um pouco pro lado quando ela virou a cabeça.
- Mudaram as coisas de lugar.
- Entendo – começo a olhar os títulos atrás de algo interessante, só percebo que a moça ainda está ali quando ela toca meu braço.
- Tem algo que posso fazer por você? – sussurra e eu percebo que ela está flertando comigo. Abro a boca surpreso e tento pensar, mas a proximidade estava me deixando nervoso, mas não de um jeito bom.
- Ah... hum, acho que não – gaguejei nervoso, ela se aproximou mais com um sorrisinho malicioso e eu erijeci.
- Cabeça de Alga? – ouço uma voz e me viro pra ela de imediato...
Justin POV
Sua respiração estava muito perto da minha e eu podia sentir seu hálito fresco se misturando com o meu. Meu coração acelerou de um jeito frenético e eu estava achando que poderia ter um ataque ali mesmo.
- Justin – avisou baixo e isso me fez acordar pra realidade, me afastou – Espera – ela pegou a minha mão se aproximando de mim. Ela parecia extremamente nervosa e confusa – Eu preciso saber – ela respirou profundamente – O que você quer comigo?
- Como assim? – meu coração estava acelerado assim como a minha respiração. Ela mordeu os lábios e isso me distraiu bastante.
- Eu só quero saber o que você, exatamente, quer comigo. Eu não sou uma garota apenas pra ficar – pisco os olhos confuso agora – Eu gosto de você, muito. Só preciso saber – admitiu baixo e meu coração deu um salto.
Ela gostava de mim? Como eu gostava dela? Deuses.
Me perdi em pensamentos, seu olhar confuso foi para triste. Ela se levantou e foi como um flash, era como se eu a tivesse perdendo, isso me fez acordar e segurar sua mão.
- Eu não posso fazer isso. Eu não posso simplesmente ficar com você, isso vai me machucar – o tom dolorido que ela deu foi como se eu compartilhasse de sua dor também.
- Não – minha voz estava fraca. Segurei sua cintura e puxei seu rosto pra perto do meu – Por favor – praticamente imploro. Seus olhos verdes estavam intensos nos meus, estavam tristes e doloridos e eu podia sentir isso refletido em mim. Eu precisava dizer, não podia perdê-la – Você me pegou de surpresa, mas não iria propor algo assim – respiro fundo ainda olhando em seus olhos – Você é a primeira garota por quem eu me apaixono e talvez a única – fecho os olhos tentando criar coragem pra dizer as palavras seguintes – Eu acho que amo você – foi quase um sussurro, mas eu sabia que ela tinha ouvido.
- Justin – me chama e eu sinto uma onda percorrer meu corpo.
Eu tinha ido muito rápido. Droga. Tinha a assustado.
Tento me afastar, mas é a vez dela me puxar. Sua resposta foi um beijo, um selar de lábios no início, mas logo se tornou intenso e profundo. Seus lábios tinham um gosto doce e viciante, suas mãos estavam no meu cabelo me segurando perto dela e meus braços envolveram sua cintura com firmeza.
Ela se separou de mim com um sorriso alegre e isso foi o bastante para fazer meu coração saltar de novo. Seus olhos estavam brilhando e ela acariciou meu lábio inferior com o polegar.
Como ela tinha esse efeito sobre mim? Como eu podia responder tanto as suas ações?
Caio sobre um joelho imediatamente e sei o que tenho de fazer. Puxo o anel do meu bolso e ela arregala os olhos pra mim, mas isso não importava.
- Você aceita namorar comigo? – pergunto olhando em seus olhos ela sorri pra mim e assente com a cabeça.
- Sim – diz baixo, mas parecia um coro na minha cabeça.
Sim, ela disse sim.
Deslizo o anel por seu dedo e ele serve certinho. Eu não tinha o ajustado nem nada, o dedo dela era do mesmo tamanho do da minha vó.
Me levanto e sei que o sorrisinho bobo já está em meu rosto. Ela pula sobre meus braços e me beija de novo, necessitada. Seus dedos se embolam no meu cabelo e isso me faz gemer baixo pela garganta.
- Ah, eu amo você – diz em um suspiro, mas sei que suas são sinceras, ela não diria se não fosse. Afundo meu rosto em seu pescoço sentindo minhas emoções se misturando e se envolvendo como estávamos agora.
- Como você consegue? Nós nos conhecemos a tão pouco tempo, mas já parece que eu não posso viver sem você – meu tom é divertido e eu levanto a cabeça pra olhá-la.
- Eu que deveria perguntar – ela bate no meu ombro de brincadeira e nos rimos em seguida.
- Você é perfeita – digo suave e ela sorri docemente.
- Não sou, mas sei que serei o melhor que eu puder por você – seus dedos acariciam meu rosto.
Então eu percebi que nada no mundo podia mudar o que eu sentia por ela.
Lucy POV
Me deitei na toalha de piquenique enquanto o Justin levava a cesta pro carro. Quando voltou ele se deitou ao meu lado e entrelaçou nossos dedos. O anel era lindo, tinha uma pedra vermelha maior e várias outras menores brilhantes. Era tão especial, eu podia ver isso, mas não sabia por quê.
- É tão lindo – digo me referindo ao anel.
- Não como você – ele me beijou suavemente e eu me aconcheguei sobre seu peito.
- Cadê a sua? – me refiro ao anel.
- Por quê? Ciúmes? – pergunta divertido.
- Claro, as pessoas tem que saber você tem namorada – era diferente dizer isso em voz alta, tornava as coisas mais reais.
- Está arrumando.
- O Jason vai me encher tanto – diz rindo, faço uma careta.
- É, mas sou eu que passarei por um interrogatório – digo em um gemido.
- É, de quem? – pergunta brincalhão.
- Meu irmão, Thalia, Jason, Nico, Will, Calipso, acho que só – digo em deboche e ele me olha estranho.
- Você e Will...? - pergunta hesitante, o faço olhar pra mim.
- Não, eu e ele somos só bons amigos – digo, mas ele ainda estava desconfiado – ele gosta de outra pessoa, hey – olho em seus olhos – É de você que eu gosto, não se preocupa – o beijei rápido, mas ele me puxou para um mais intenso.
- Eu... Me desculpa, é que eu não consigo evitar - ele diz quando nos separamos, agora ofegantes.
- Tudo bem – digo por fim. Nos ficamos mais um tempo juntos, comentamos sobre algumas coisas, mas quase todo tempo ficamos apenas abraçados.
Nós fomos pra casa dele depois e fizemos várias coisas legais. Acho que ele ainda não tinha esquecido sobre Will, porque a gente começou a brigar sobre isso e eu tive que beijá-lo pra poder se acalmar.
Depois disso não brigamos nem nada, mas eu sabia que essa história ainda não tinha acabado. O pior era que não podia fazer nada para assegurar que Will não gosta de mim, só esperava que ele confiasse em mim.
Eu o amava, não queria que estivesse inseguro.
Naquela noite foi a primeira vez que eu dormi fora sem ser na casa de um parente ou da Calipso. Apenas dormimos juntos e não sabia que isso poderia ser tão bom.
Percy POV
[...]
- Sabidinha – digo quase aliviado e me separo da garota que estava praticamente em cima de mim.
Annabeth me sonda com seus olhos e eu sorrio a ela, paro ao seu lado envolvendo sua cintura com um braço.
- Essa é minha namorada – digo e a garota assente constrangida.
- Prazer, Annabeth – diz fingindo um sorriso.
Eu estava agradecendo por ela não negar a minha mentira, apesar de eu querer dizer que aquilo de verdade.
- Anh, prazer – ela saí de perto rápido. Suspiro aliviado quando ela se afasta.
- Obrigado - Annabeth me dá um olhar cauteloso.
- Ela estava te comendo pelos olhos - escolho os ombros.
- Eu sei.
- Você estava gostando - acusa. Abro a boca indignado.
- Claro que não - nego firmemente.
- Claro que estava, que garoto não gosta de garotas se jogando em cima dele? - pergunta sarcástica. Então eu percebo que ela está com ciúmes, isso me faz sorrir.
- Que ciumenta - brinco e ela abre a boca, mas depois fecha.
- Estou com ciúmes sim, idiota - bate no meu braço e eu não resisto, eu a puxo e a beijo. Ela me bate, mas depois cede e me beija de volta com carinho.
- Minha ciumenta - digo em seu ouvido e posso ver que ela sorri um pouco - Quer comer algo? - ela assente e nós saímos de mãos dadas, como se realmente fôssemos um casal.
Ela era tão linda e ela estava errada, eu não gostava das garotas dando em cima de mim. Era só ela, só ela que estava fazendo meu coração palpitar e acelerar, só ela que sorria e me fazia derreter. E acho que, nesse momento e para o resto da vida, só seria ela que faria isso, apenas ela eu amaria e era por isso que esperaria...
Porque sabia que quando admitisse que gostava de mim, seria pra sempre.
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