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História Acasos do Destino - Capítulo 42


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS INICIAIS, POR FAVOR!
Hey demigods! Como vão?
Então...
Eu vi os comentários e percebo que a história tá saindo dos trilhos... Eu pensei muito seriamente em desistir, mas resolvi achar uma opção melhor que essa.
A questão é o seguinte: como tem oito casais (sim, oito!), eu resolvi fazer uma divisão nos capítulos, ou seja, quatro casais em dos cap e os outros quatro no outro. Sei que vão ficar caps grandes, mas se eu fizesse dois em cada, ia demorar muito pra desenvolver a história.
Resumindo: esse capítulo é um teste pra mim saber se vocês vão gostar desse estilo, então passarei a fazer desse jeito todos, a não ser que o contexto da história não permita, mas isso é outro caso.
Por isso peço que me respondam, é MUITO importante pra mim!
BOA LEITURA!

| Editado |

Capítulo 42 - Capítulo 42


Percy POV

Eu não fiquei surpreso de ver a Drew ali, talvez já imaginava ou pressentia isso. Na minha primeira aula, eu não tive uma surpresa muito agradável, digamos assim. No canto da sala, com a cabeça baixa e os mesmos olhos verdes claros estava Rachel Elizabeth Dare.

Eu não sentia mais rancor dela, não estava mais magoado pelo que fizera porque eu não a amava mais. Eu amava a Annabeth e isso não chegava nem perto pelo o que eu senti pela ruiva. Só que ainda tinha uma parte de mim que se preocupava com ela, que queria Rachel perto de mim, mesmo que fosse apenas como amiga. Ela tinha sido importante pra mim, de um jeito ou de outro.

Ninguém mais percebeu, nem mesmo Jason que estava ao meu lado. Entenda, eu não sentia mais aquilo por ela, era mais como uma preocupação de amigo, se é que poderíamos ser amigos. Duvido que alguém entendesse isso, principalmente Lucy que a odiava com todas as forças, mas ela era a única que eu podia contar sobre isso.

Então eu entrei em seu quarto com os ombros rígidos e olhei pra ela pedindo permissão. Ela me conhecia bem demais pra saber que tinha algo errado comigo.

- O que houve? – eu apenas me sentei perto dela na cama e respirei fundo.

- Rachel está de volta. Na escola – concluí e vi ela enrijecer. Lucy fechou os olhos se acalmando antes de continuar.

- Vocês conversaram? – pergunta olhando pra mim, atenta.

- Não, mas... Lucy, eu não sei. Eu queria poder ser amigo dela – digo abaixando os olhos.

- Você ainda gosta dela? – pergunta segurando meu queixo e eu dou um suspiro dolorido.

- Não desse jeito, eu amo a Annabeth mais que tudo. Mas eu me preocupo com a Rachel, algo como o que eu sinto pela Caly – tento explicar o que eu sinto. Eu tinha certeza que amava a Sabidinha, mas eu me preocupava com a Rachel. Ela parecia tão quieta, tão tímida e como ela era quando eu a conheci. Isso me amoleceu de algum jeito.

- Eu entendo – ela disse finalmente com um suspiro, eu a olhei – Você ainda a ama, como amiga, mas ainda a ama – diz simplesmente.

Como ela conseguia me entender tão fácil?

- Você consegue entender que isso é muito confuso? – pergunto fechando os olhos e deixando minha cabeça repousar em suas pernas. Fazia tempo que não tínhamos momentos como esse, apenas irmãos. Eu senti falta.

- Não é confuso. Por mais que eu não goste dela, eu entendo, Percy – ela suspira de novo – Rachel foi seu primeiro amor, sua primeira namorada e a primeira que te aceitou mesmo pela fama – Rachel também era rica e odiava isso, só não entendia quando ela tinha mudado tanto – Eu realmente entendo, mesmo que ela te magoou e te enganou, você não pode evitar se preocupar com ela. E isso é uma das coisas mais incríveis em você – a olho confuso.

- Como isso pode ser incrível? – pra mim isso só mostrava o quanto eu era estúpido. Foi assim que ela me enganou e me machucou tanto.

- Porque você simplesmente tem um coração muito bom, um coração que eu não sei se eu tenho – diz olhando nos meus olhos e eu percebo a sinceridade de suas palavras.

- Não diga isso – digo com repreensão – Você tem um ótimo coração – ela me dá um meio sorriso.

- Talvez – pondera – mas não sei se conseguiria fazer isso que você fez. A perdoar - suspiro. A muito tempo eu tinha a perdoado, não que fosse um assunto que eu gostasse de comentar.

- Talvez – concordo – não é como se eu tivesse apaixonando de novo, mas ela parecia com a garota que eu conheci ano passado. Aquela que era quieta e não se importava em se sujar com tinta – suspiro fechando os olhos.

- Você quer falar com ela? – nego. Eu não queria conversar com ela, apenas me preocupava a distância. Acho que isso não faz nenhum sentido.

- Só não queria guardar isso apenas pra mim. Mesmo sabendo que você a odeia, eu vim aqui te falar disso. Só não podia ter isso apenas comigo – ela acena com a cabeça.

- Você vai a observar, não vai? Ver se ela está bem – concordo um pouco. Eu ainda me importava, mas não tinha esperanças que ela tinha mudado. Ainda tinha uma parte de mim que não queria ela por perto, aquela que tinha medo de se decepcionar de novo.

- Eu não sei o que ela é realmente, não sei como ela é agora – ela balança a cabeça devagar.

Lucy a culpava pelo que tinha acontecido e uma parte era culpa dela. Contudo, tinha uma parte que era culpa minha ou da minha ingenuidade se preferir. Talvez seja o momento de dizer o que realmente aconteceu.

Nós namoramos ano passado. Eu tinha conhecido Rachel no início do ano letivo, ela era meiga, fofa e adorava artes. Eu me apaixonei muito rápido. Só que com o tempo as coisas mudaram, ela já não era mais a mesma garota. Se tornara fútil e vulgar. Uma pessoa superficial e eu não gostava nada disso, mas eu a amava.

Eu era muito cego na época pra me importar e ela me pressionou muito pra nós "ficarmos". Era como uma necessidade pra ela e mesmo achando que não era o momento, eu iria concordar. Qual não foi a minha surpresa quando eu cheguei a casa dela e a encontrei com outro? Mas não culpe o cara, ele não sabia e no final nos tornamos amigos. Era o Luke, mas eu confio nele e sei que não ficaria com ela se soubesse que ela tinha namorado e apenas por isso eu o confiava Thalia, porque sabia que ele não a magoaria.

Voltando, eu saí de lá magoado e desiludido. Mas ainda sim eu resolvi aceitar seu convite para conversarmos, pretendia terminar tudo oficialmente. Então eu fui a casa dela, mesmo com a minha irmã dizendo que não queria me ver mais triste. Garanti que voltaria cedo.

Foi aí que eu fui ingênuo. Nós conversamos e ela me ofereceu brownies, seu sorriso era insinuativo, mas eu não entendi o motivo. Eu comi os brownies. Depois disso foi fácil dela me manipular, eu experimentei drogas a mais do que já estava no meu sangue. Não se preocupe, não fiz nada que eu me arrependesse além de me intoxicar.

Incrivelmente, eu lembro de cada detalhe daquela tarde. A gente se divertiu tanto, só depois que percebi que ela não era o que eu pensava. E mais uma vez eu devo uma a Lucy, ela me ligou querendo saber o que tinha acontecido e por quê ainda não voltara.

Sabe quando dizem que mãe te protegem de tudo? Então, acho que como minha mãe não estava lá, era a minha irmã que fazia isso por ela.

Eu estava com a voz mole e não falava as coisas coerentemente. Lucy chegou lá e me olhou com uma expressão horrorizada e até... dolorida. No início eu não queria ir, mas quando a vi desse jeito... não sei, algo dentro de mim doeu. Assim eu fui com ela sem questionar.

Lembro que eu estava muito chapado e muito idiota. Eu cheguei ao hospital cambaleando feito um bêbado, minha irmã me ajudando a andar. Depois disso eu não lembro de muito mais, eu apaguei. Lembro de vomitar e de ficar muito, mas muito enjoado.

Nunca mais vi a Rachel depois disso e nem queria. Eu pedi, supliquei pra que Lucy não contasse nada e mesmo relutante ela concordou. Foi ali que ela conheceu Will, no início eu achava que eles formariam um casal, mas minha irmã me segredou que ele não gostava da fruta. Acho que foi por isso que fiquei tão surpreso que ele estivesse com Nico e eu não tinha percebido. Era tão óbvio.

Mais no fundo eu não culpava Rachel por tudo. Ela tinha me traído e me enganado, mas eu que fui ingênuo demais pra me tocar das coisas. Talvez, só talvez ela achasse que eu sabia no eu estava me metendo quando me ofereceu brownies. Acho que eu nunca ia saber.

- Você está bem? – pergunta Lucy com uma voz serena e tranquila. Ela acaricia meu rosto com o polegar.

- Estou – sinto minha voz fraca. Eu odiava quando isso acontecia, mas isso tudo não me afetava tanto quanto antes.

- Não fica assim, pensando no que aconteceu? – concordo virando o rosto e deixando que ela me consolasse. Eu sabia que nunca me sentiria cem por cento, mas ainda era bom ser consolado pela minha irmã.

- Não dói tanto – murmuro – Não como antes – era verdade. Rachel não era tão doloroso quanto era antes, talvez eu tivesse realmente a superado. Isso ainda me afetava, mas agora era como uma lembrança ruim, apenas. E não como uma faca que me feria toda vez que eu pensava.

- Isso é bom - sua voz era calma, paciente. Deixo o ar sair e fico imóvel durante um tempo, sem falar nada. Me sinto relaxar depois, essa era a primeira vez que a lembrança dela não me fazia chorar. Pra ver como isso me afetava antes. Apenas me movo um pouco até estar confortável e durmo.

***
No dia seguinte eu estava me sentindo muito melhor, mais em paz com isso tudo, porque eu sabia que amava a minha Sabidinha. E tinha até uma surpresa pra ela.

Annabeth POV

- Percy! – digo rindo quando ele me pega no colo.

Entrelaço meus braços em seu pescoço e o beijo devagar. Eu precisava mais e mais do meu Cabeça de Algas, acho que nunca teria o suficiente dele, mas eu o amava tanto.

- Eu te amo, Sabidinha – diz me colocando no chão.

Seus olhos verdes estavam brilhando e aquilo apenas fez com que meu coração falhasse uma batida. Não importava quantas vezes ele falasse, sempre seria único pra mim ouvi-ló dizer que me amava.

- Eu te amo – digo sorrindo e seus braços me prendem perto dele.

Percy não liga que estejamos na minha casa e que meus pais e meu irmão estejam perto, ele age normalmente comigo. Eu acho que gostava disso. Não queria um namorado medroso e sabia que o meu Cabeça de Algas não era assim.

- Vamos sair hoje – anuncia depois de uns segundos em que eu apenas fico aconchegada em seu abraço.

- Pra onde? – pergunto, mas ele apenas me dá um sorriso travesso.

- Surpresa – faço uma careta.

- Eu odeio surpresas – afirmo e ele ri.

- Você vai gostar dessa, espero – seus lábios vão de encontro aos meus e eu deixo de ficar brava.

***

Assim que entramos no carro ele colocou uma venda no meu rosto, o que não me deixou muito feliz, mas concordei. Ele dirigiu por cerca de quinze, vinte minutos e depois que chegamos ao tal lugar, Percy abriu a minha porta e me guiou para algum lugar que tinha degraus.

- Não olha – diz atrás de mim enquanto me ajuda a não tropeçar e apesar de não o ver, sei que está sorrindo.

- Ok – passo minhas mãos na frente de meu corpo procurando algo que me faça parar ou esbarrar. Encontro um metal gelado e percebo que se trata de uma maçaneta.

- Abra – giro a tranca e abro a porta pra dentro. Entro e sinto Percy me seguir, ele fecha a porta atrás de nós.

- Posso olhar? – pergunto. Suas mãos em resposta tiram o laço da minha venda, então posso ver o lugar.

Era uma casa enorme, maior do que eu achava necessário, mas linda. Nós estávamos no centro de uma sala com um lustre pendendo do teto. Estava tudo vazio, mas era tão maravilhoso.

As paredes eram de cores claras, quartos se seguiam mais a frente e tinha uma cozinha toda em branco perto da sala de jantar. Tinha um jardim do lado de fora todo verde e mesmo sendo de noite, dava pra ver a beleza dali. Eu estava deslumbrada com aquilo tudo, era muito bonito.

- É nossa – diz Percy de repente e isso me faz arregalar os olhos pra ele.

- Como? – pergunto incrédula.

- É minha na verdade, foi um presente dos meus pais faz pouco tempo. Eu comentei que quero construir uma vida com você para meu pai e ele achou essa casa aqui em NY. Disse pra ele que não queria uma casa enorme como a dele e dos meus tios, então ele me mostrou isso – seu sorriso é tão lindo quando ele continua, seus olhos brilham – mas a partir de já, tudo que é meu é seu. Essa casa vai ser o lar dos nossos filhos e onde eu terei minha felicidade com você – meu coração dá uma cambalhota e eu sorrio.

- Oh Percy – pulo em seus braços rindo tão feliz que não consigo parar quieta. Beijo seus lábios e sinto quando suas mãos apertam minha cintura por cima da roupa, me fazendo soltar um ofego baixo.

- Meu coração é seu – então isso se torna uma declaração importante pra mim. Meu coração é dele e o dele é meu. Estamos ligados por toda a nossa vida, porque eu sei que nunca deixarei de amá-lo.

- Meu coração é seu – repito olhando em seus olhos e não me importo com mais nada naquele momento. O beijo me sentindo meu peito se encher de felicidade, um sentimento muito bom que me faz pensar que nunca poderei viver sem ele.

- Linda – murmura sobre meus lábios.

- Eu gostei – digo de repente e ele me olha confuso.

- Como? – pergunta com aquele jeito dele lerdo e eu rio.

- Da surpresa, eu amei a surpresa, Cabeça de Algas – ele sorri em resposta e me abraça, coloca o rosto no meu pescoço beijando minha pele.

Nós deitamos no chão gelado e ficamos apenas abraçados durante longos minutos. Meu sorriso não cabia no rosto, de forma que eu escondia meu rosto em seu peito.

Meu Cabeça de Algas, eu te amo.

Leo POV

Eu estava sorrindo naquele momento. Na verdade, eu andava sorrindo muito ultimamente, era assim que eu ficava sempre ao lado da Calipso. Ela tinha me arrastado para uma balada, então estávamos em uma boate.

É claro que eu tinha que aguentar caras flertando com ela e mesmo que isso me enchesse de ciúmes, não podia não sorrir com a carinha linda da minha namorada. Estávamos no bar, não tínhamos bebido nada de alcoólico pois se ela bebesse seu pai me matava, sério mesmo.

- Vamos dançar? – pergunta com aquela expressão pidona.

- Eu não sei dançar, Caly – tento dizer, mas ela não tira aquela carinha.

- Eu te ensino – ela me puxa para o meio da pista e envolve meu pescoço com seus braços. Okay que a música era agitada, mas dançar assim também era bom. Meio sem jeito eu coloco as minhas mãos na sua cintura.

- Isso está certo? – pergunto totalmente corado.

- Está sim – emtão nos balançamos de um lado pro outro calmamente. Eu tentava não pisar no pé dela e sorria meio sem graça.

Eu fui me soltando aos poucos, até comecei a dançar um pouco mais animado. Eu estava me divertindo e ela também estava, dançávamos coladinhos e isso era muito gostoso.

Ficamos ali durante umas três músicas, então ela diz que precisa ir ao banheiro. Eu vou até o bar de novo e peço uma água, estranhamente eu estava com calor. Me sento em uma das cadeiras enquanto espero minha namorada voltar.

- Hey, qual é o seu nome? – pergunta uma voz atrás de mim. Me viro e vejo uma garota loura alta me olhando com um sorriso.

- Leo – digo estranhando aquilo.

- Sou Quione, é um prazer – ela fala a última parte em um tom estranho e eu franzo as sobrancelhas com aquilo.

- Legal te conhecer – o que ela queria comigo?

- Posso me sentar? – pergunta sorrindo ainda. Ela não espera a minha resposta e se senta ao meu lado.

- Hãn... okay – digo bebendo minha água e começo a me sentir com menos calor. Contudo, quando lembro da minha namorada acabo sentindo uma pressão na parte abaixo da minha barriga.

- Então... você vem sempre aqui? – pergunta a garota me tirando dos meus devaneios com a gata da minha namorada. A olho confuso e depois processo o que disse.

- Não, vim com a minha namorada – digo simples e mostro a aliança no meu dedo. Ela dá um sorriso estranho pra mim.

- E quanto tempo estão juntos? – pergunta.

- Alguns meses – dou de ombros com um sorriso nos lábios. A Calipso era simplesmente incrível, eu amava muito ela. Ficamos um tempo em silêncio, mas eu não me incomodo com isso, pois não ligo realmente pra presença dela.

- Quer dançar? – pergunta e se levanta ficando de frente pra mim. Como eu estava sentado seus seios ficaram na altura dos meus olhos, o que foi bem constrangedor se considerarmos o tamanho do decote dela. Acabo ficando constrangido, porque isso com certeza isso não era a sua intenção. Afinal, por quê ela flertaria comigo? Não fazia sentido.

- Hãn... não? – digo meio perdido e sou salvo pelo gongo, ou pela minha namorada mesmo.

- Leo? – pergunta desconfiada e eu me levanto indo até ela. Sorrio segurando sua cintura.

- Flor do dia – dou um beijo na sua bochecha – estávamos falando de você – digo sorrindo. Ela me olha torto.

- Estavam? – levanta uma sobrancelha.

- Claro, sou Quione – diz a garota sorrindo forçado.

- Calipso – diz seca. E eu? Eu apenas fico ali do lado da minha namorada olhando de uma pra outra e tentando não ficar tenso.

O que estava acontecendo? Boa pergunta.

Elas trocavam olhares muito esquisitos, então a garota saí dali me olhando de cima a baixo e sorrindo. Fico confuso e me viro pra minha namorada com um olhar ainda mais confuso.

- Eu não posso sair cinco minutos que já tem garotas dando em cima de você? – pergunta irritada.

- Dando em cima de mim? – pergunto confuso.

Por quê aquela garota daria em cima de mim?

Eu não era bonito, nem forte ou o que quer que seja.

- Não se faça de desentendido, Leo Valdez – diz brava e batendo o pé no chão.

- Eu não entendo – o que a garota tinha visto em mim? Tá que eu não sou burro de não perceber aqueles sorrisos, mas, ainda sim não fazia muito sentido. Caly ainda está irritada, porém, se acalma parcialmente quando percebe que a minha confusão é real

- Você realmente não entende? – era mais uma afirmação do que uma pergunta, mas assinto.

- Quer dizer, eu vi ela... meio que colocando os peitos dela na minha cara – ela me olhou com um olhar atravessado – Não que eu tenha olhado muito tempo – ela ri –, mas eu não tenho nada de especial, por quê ela daria em cima de mim? Isso me confunde – digo sincero e ela sorri, meiga.

- Você não tem nada de especial? – pergunta retoricamente e acaricia meu rosto – Você só é simplesmente a pessoa mais incrível que eu conheço, Bad Boy Supremo – seus olhos são tão lindos que eu me perco –, e a única que consegue combinar timidez com comédia, eu te amo – diz sorrindo e eu não evito sorrir também.

Caly me beija de um jeito novo, ainda com mais carinho e amor do que antes. Sinto meu estômago se revirar e minhas mãos soarem um pouco. Isso sempre acontecia quando nos beijávamos. Apenas deixo minhas mãos em sua cintura enquanto estamos tão perto assim, a primeira vez que elas ficam quietas.

Justin POV

A mão dela está no meu joelho quando vamos nos sentar pra comer. Eu e Lucy tínhamos saído pra jantar juntos em um restaurante japonês e agora que já tínhamos pedido esperávamos chegar.

- Eu nunca experimentei isso – digo apontando para o cardápio de frutos do mar. Ela olha pra mim quase abismada.

- Sério? Nunca teve curiosidade? – nego com a cabeça.

- Achava estranho – dou de ombros. Nós tínhamos pedido yakissoba, e apesar disso ser um prato chinês se não me engano, eu gostava bastante.

- Eu gosto, é diferente. Qualquer dia eu vou te fazer experimentar – sorri pra mim e eu faço uma careta. Isso é tão esquisito, essas coisas cruas e geladas.

- Hum... não sei se quero – murmuro e ela ri de mim. Lucy está divertida ao me olhar, ela me dá um selinho demorado e volta a repousar a mão na minha coxa.

- Você vai sim – murmura bem perto de mim.

- Eu não vou discutir isso com você agora – ela solta uma risada e isso apenas me faz sorrir.

- Apenas experimenta, se não gostar eu não insisto mais – ela faz um biquinho lindo e eu acabo concordando.

- Você não presta, gatinha – mordo seu lábio antes de beijá-la devagar.

- Eu sei – sussurra com uma risadinha e aperta minha coxa forte me arrepiando. Coloco a minha mão sobre a sua e tiro ela da minha perna.

- Você já comeu ostras, linda? – pergunto e ela tomba a cabeça parecendo confusa.

- Acho que sim, por quê? – pergunta sem entender me fazendo sorrir malicioso.

Ostras são afrodisíacas, baby.

- Acho que eu não vou precisar delas com você – ela demora um segundo pra entender, então seus olhos escurecem e sua mão aperta a minha.

- Você não devia fazer isso comigo – choraminga e eu apenas solto uma risada.

- Eu não resisti – digo com um sorriso e ela retribui mordendo os próprios lábios.

- Você não presta, gatinho – sorri minimamente e me beija de novo.

- Talvez – concordo a fazendo rir.

***

Estou a levando pra sua casa e quando paramos em frente do seu prédio, não quero que ela vá. Repouso minha mão sobre a sua e ela me oferece um sorriso em resposta. Seus olhos verdes estão claros por causa da luz que vem de fora, eles são tão bonitos.

- Nos vemos amanhã – digo em tom de despedida.

- Amanhã – concorda.

Puxo sua nuca pra mim e a beijo suavemente, enquanto minha outra mão vai para sua cintura. Seus lábios são tão doces e inebriantes sobre os meus e de repente sinto uma pressão na parte inferior da minha barriga, que me faz ofegar.

Seu corpo sobe sobre o meu e agarrando os meus cabelos ela me beija novamente. Lucy parece tão necessitada e quente e eu sinto sensações que eu nunca senti quando estou com ela. Aperto suas coxas sobre o pano do jeans e ela se tenciona sobre meus dedos, puxando um pouco mais meu cabelo.

Nossos corpos pressionados um no outro me trazem sensações tão boas e excitantes. Eu nunca tinha me interessado num relacionamento, em outras palavras, nunca procurei isso. Mas agora que tenho a Lucy pra mim, não consigo imaginar sentimento melhor que esse.

- Eu amo você – sua voz está rouca e isso me traz um arrepio que sobe por minha coluna.

Oh, estou tão excitado.

- Eu amo você – me separo um pouco dela e olho para seus olhos. Seus lábios estão entreabertos, uma vez que sua respiração está rápida. E ela está tão linda.

- Eu preciso ir – diz, mas não se move pra longe de mim.

- É, eu também – murmuro encostando minha testa na sua e fechando meus olhos por alguns instantes.

Eu nunca esperei me apaixonar por alguém, não ligava para esse tipo de coisa. Minha mãe vivia apenas comigo e com a minha vó, antes dela morrer, e nunca pareceu sentir falta de uma pessoa ao seu lado, por isso eu me baseava nela.

Mas no dia que eu coloquei os olhos em Lucy, algo começou a mudar dentro de mim, um sentimento que foi se alargando e ocupando um espaço muito grande dentro de mim. E saber que era recíproco me fazia me sentir a pessoa mais feliz do mundo.

Lucy se afasta de mim e acaricia minha bochecha com o polegar, seus lábios projetam um sorriso e ela saí devagar de meu colo. Ela inclina-se pra mim uma última vez e me beija em despedida.

- Tchau – diz com aquele sorrindo lindo.

- Tchau – respondo.

Frank POV

Hazel não está na posição mais confortável enquanto estamos tentando terminar uma série. A pego pela cintura e a ajeito ao meu lado de forma que ela possa apoiar a cabeça no meu ombro e assistir a TV sem ficar com dor na coluna amanhã.

- Onde está sua mãe? – pergunta de repente.

- Ela está trabalhando – minha mãe era policial e estava de plantão hoje. Eu fico imaginando se foi assim que ela conheceu meu pai.

- Você não acha perigoso o serviço dela? – penso por um minuto.

- Acho que não – ela me olha curiosa –, quer dizer, minha mãe é assim desde que me entendo por gente e é isso que ela gosta de fazer, então por mim tudo bem. Sei que ela sabe se cuidar – e meu pai também, completo mentalmente.

- Acho que isso me deixaria nervosa e inquieta – sussurra. Ela olha pra mim com seus olhos dourados e pisca umas duas vezes antes de sorrir.

- Que foi? – pergunto curioso.

- Não sei. Esse seu jeito não combina com seu físico – ela toca meu peito –, mas, ainda sim, parece tanto com você. Você é uma contradição e eu gosto disso – sorrio um pouco e a beijo.

- Eu não gosto muito de artes marciais e nem nada do tipo, mas meu corpo parece querer que eu goste. Antes eu era gordinho, então fiz muito exercícios físicos pra manter a forma e agora sou assim, por isso sou tão desajeitado – ela toca meu rosto.

- Eu não acho você desajeitado. Você é forte e bonito – toca meus ombros e sei onde isso vai parar.

- Hazel, agora não – murmuro, mas ela me ignora. Seus olhos me sondam e depois ela beija meu pescoço com carinho.

- Você é muito tenso – ela pula sobre mim e sorri como uma criança feliz.

Toca meus braços, ombros, pescoço e rosto, então me beija. Sua língua acaricia a minha em movimentos delicados, como ela toda é. Círculo sua cintura com meus braços e a aperto um pouco perto de mim.

- Haz – ofego baixo quando sinto ela tirar minha camisa.

- Relaxa – suas mãos espalmam minha pele seguindo de baixo a cima e isso me faz estremecer.

Não resisto, como sempre, e tiro sua blusa. Ela me dá um sorriso triunfante e eu acabo sorrindo junto. Hazel sabia que eu me sentia desconfortável com o meu tamanho e que tinha medo de machucá-la, mas ela nunca ligou pra isso, porque dizia que confiava em mim.

***

- Isso foi muito gostoso – ela diz olhando pra mim e se aconchega em meu peito quando acabamos tudo.

- Foi sim – concordo, porque é verdade.

- Viu? Não precisa ter medo, eu sou uma garota forte – diz brincalhona e eu rio.

- É sim, pequena. É sim – fico fazendo carinho em seu cabelo e ela acaba adormecendo.

Depois que isso acontece, eu pego ela em meus braços e a levo para meu quarto, recolhendo nossas roupas pra não assustar minha mãe. Por fim, me deito a abraçando e durmo tranquilo.


Notas Finais


Gente, por onde posso começar?
Primeiro de tudo: altas revelações do passado do Percy, né? Alguém acha que isso cheira a confusão?
Depois, Percabeth em momentos tão meigos, que fico emocionada até de falar <3 <3 <3
Um futuro Percabeth se aproxima!!! U.U
Segundo vem Caleo! Aí Leo, você é tão bobinho! Como pode pensar que você não é especial??
É óbvio que você é especial, Bad Boy!
Terceiro: Lustin! MDS, eles são tão lindos juntos! Esses momentos meio picantes também hashaushas
Esse Justin está ficando assanhado e eu amo isso!!!
Ps: ficou assim. O primeiro cap: Percabeth, Lustin, Caleo e Frazel. Segundo cap: Thaluke, Jasiper, Solangelo e Maley (Malcolm + Ashley)
Beijão e Até o Próximo!! ♡♡♡

| Editado |


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