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História Acasos do Destino - Capítulo 52


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Hey demigods! Quanto tempo, né?

Desculpa o atraso e espero que não me matem até terminar o capítulo, mas enfim.

Então, o cap está um pouco longo porque vou explicar muita coisa nele e está na visão da Lucy. Eu ia fazer um antes desse no ponto de vista do Percy, mas toda vez que tentava parecia que não ficava bom, como se não encaixasse na história, entendem?

Eles já estão em Setembro do ano seguinte, só pra vocês se situarem na quebra de tempo.

Boa Leitura, amores <3

Ps: os personagens são maiores de dezoito anos

Capítulo 52 - Capítulo 52


Lucy POV 

Os últimos meses passaram voando. A faculdade e a nossa preparação para assumir a empresa tomava muito de nosso tempo, o que às vezes até gerava ciúmes em nossos respectivos namorados. Claro, tinha que ser sincera, o Justin era o menos afetado nisso tudo porque também estava ocupado com a empresa da família dele. Mas o importante era que todos estavam bem.

Em Março desse ano Maria nasceu. Todos ficaram derretidos por ela, ninguém escapava dos encantos da pequena moreninha de olhos claros. Bryan se tornara um pai super babão e Nico um tio muito atencioso. Tinha que admitir que ela era uma graça, principalmente quando começou a dar suas pequenas risadinhas.

Estava saindo da Universidade. Por causa da semana de provas acabei saindo mais tarde que o previsto. Enquanto entrava no meu carro, ouço uma voz atrás de mim.

- Quanto tempo Lucy – meu coração pula.

- Ethan? – pergunto baixo. Ele se aproxima de mim com aquele sorriso que eu tanto gostava.

- Faz tempo, né? Uns dois anos? – ele me encurrala na porta do carro, colocando os dois braços um de cada lado da minha cabeça.

- O que você quer? – pergunto e dessa vez minha voz está mais firme.

- Você – o empurro pra longe de mim.

- Saí daqui – rosno. Ele não se deixa abater e se aproxima de novo.

- Você vai terminar com seu namoradinho, você é minha! – me prensa contra o carro – Ou então serei obrigado a fazer isso por você. Justin Soyer, não é? Dezoito anos, mãe empresária e pai policial, dois meios irmãos, Frank Zhang e Clarisse La Rue – tento não demonstrar minha surpresa com isso.

- O que fará? – pergunto entre dentes.

- Eu poderia matá-lo, mas sei que você fará o que estou pedindo. Voltarei em breve e então, você vai fugir comigo – seu tom de voz muda, não mais agressivo. Suave e doce, como ele era antes – Podemos ter uma vida juntos, eu posso te fazer feliz.

- Você acabou de ameaçar meu namorado e agora diz que pode me fazer feliz? – rosno de novo. Ele me segura mais forte suspirando.

- Sei que vai demorar pra você me perdoar, mas com tempo vai gostar de ficar ao meu lado – beija meu rosto e eu faço uma careta – Eu amo você.

- Quem ama não faz isso – digo baixo.

- Só faça o que eu estou mandando ou senão seu namorado vai pagar as consequências – sua voz mudou de novo e agora estava ameaçadora. Meu coração gelou, eu não podia deixar isso acontecer.

- Eu vou fazer o que você pediu – minha voz está rouca.

- Muito bem – ele sorri, maníaco e vai embora.

Entro no carro, me preparando para o teatro.

***

Eu estava mais calma agora sentada no sofá de seu apartamento. Esperava pacientemente ele chegar. A porta é destrancada e ouço sua voz quando ele entra. Meus olhos ficam molhados.

Não dê pra trás agora.

- Oi gatinha, está aqui a muito tempo? – pergunta me dando um beijo. Tento respirar fundo – O que aconteceu? Você parece nervosa.

- Nós precisamos conversar Justin – uso meu tom mais sério.

- Tudo bem – concorda confuso se sentando ao meu lado.

- Não está dando mais – digo firme. Ele me olha sem entender e coloca a mão no meu joelho. Não consigo o afastar.

- O quê não está dando mais? – fecho os olhos e apenas sinto quando ele beija meu pescoço, me distraindo.

- A gente, não dá mais – uso todas as minhas forças para afastá-lo. Ele começa a entender e dessa vez seu olhar é assustado.

- Por quê? – pergunta baixo. Respiro fundo e me sento um pouco mais longe dele, assim me concentro melhor.

- Não sei, só não está dando mais certo. Nossa relação não é mais o que era antes, Justin – espero que ele acredite nisso.

- Eu não entendo, eu fiz algo errado? – ele não olha em meus olhos quando pergunta.

- Não é você, ok? – coloco minha mão na sua e ele ergue a cabeça pra mim, seus olhos lacrimejam. Meu coração se aperta de novo.

- Eu te amo – diz em tom despedida e isso faz cada parte do meu corpo doer. Fecho os olhos de novo e sinto quando ele me beija, calmo e devagar. Sem conseguir evitar eu o correspondo.

- Justin – afasto seu corpo do meu e ele suspira.

- Eu precisava disso, nossa despedida – concordo impedindo minhas lágrimas de escorrer.

- Fique bem – beijo sua testa e saio de seu apartamento.

E eu sabia que esse era o nosso fim.

***

Chorar não ajudava em nada, então depois de muito tentar, eu paro. Eu sabia que ninguém podia estar ao meu lado nesse momento, tudo isso era culpa minha. Todo esse sofrimento.

Percy tentou falar comigo, Jason, Calipso, Will, todo mundo queria entender, mas não tinha nada que eu podia falar que justificasse o que tinha feito.

Acho que tudo estava uma confusão, porque eu não esperava ter a conversa que teria hoje. Estava na minha última aula e me viro quando alguém coloca a mão no meu ombro.

- Lucy.

- Luke – digo sem entender o motivo dele estar ali.

- Podemos conversar? Dois minutos – concordo confusa.

O que ele queria comigo?

Ele me levou até o banco que ficava do lado de fora e nós nos sentamos lá. Luke estava sério, mas eu não fazia ideia de qual era seu objetivo.

- Você tem certeza? – pergunta.

- Como? – ele solta um suspiro.

- Olha, podemos não ser muito amigos, mas... – Não.

- Eu não quero falar sobre o Justin com você – corto ele, grossa.

- Mas eu sei que você tem um motivo para o que fez, quero saber se isso realmente é a coisa certa – continua sem se importar com a minha interrupção.

- Isso não é da sua conta – rosno.

- Não é – concorda – Lucy, eu sei que tem alguma coisa por trás disso e seja o que for, quero que saiba que tem meu apoio – Hãn?

- Luke... – ele me interrompe.

- Você me apoiou quando aquilo aconteceu – explica.

- Nunca foi culpa sua, você não sabia. 

Ele ter dormido com a Rachel quando ele nem sabia que ela era comprometida não é um erro.

- Eu sei que isso não é culpa sua, enfim, apenas queria que soubesse – ele se levanta e com um aceno de cabeça vai embora.

O que tinha acontecido aqui?

***

Eu quase não conversara com ninguém nessas últimas duas semanas, não deixava que ninguém se aproximasse de mim. Podia ver como tudo isso afetava meus amigos, eu e Justin éramos o casal que todos diziam que éramos os mais apaixonados. Então boom.

Não posso dizer como isso me afetava, era um tipo de dor imensurável e inimaginável. A única coisa que ainda me mantinha em pé era o fato de que eu estava protegendo o Justin, meu amor.

Nem comer direito estava conseguindo, por isso resolvi ir até Apolo pra saber se tem algo de errado comigo. Eu vomitava a cada refeição, praticamente.

- Lucy – diz me cumprimentando.

- Apolo, obrigada por me atender – digo acenando com a cabeça.

- Então, o que te traz aqui? – pergunta enquanto eu me sento na cadeira.

- Minha saúde anda um pouco ruim, acho que é emocional – ele assente.

- Eu soube – suspiro. É claro que ele sabia, Will devia ter contado.

- Realmente, não quero falar disso – ele concorda.

- Sintomas? – pergunta em seu tom profissional.

- Enjoos e muitos vômitos – ele anota num papel.

- Algo mais? – indaga. Penso por uns instantes.

- Acho que meu ciclo está atrasado, mas deve ser estresse – ele não demonstra mais nada.

- Faremos um exame de sangue, então você pode ir. O resultado saí em uma hora ou duas, no máximo – assinto e vou tirar meu sangue.

Resolvo ficar por lá mesmo até que o exame saía, assim seria mais fácil de saber o que tinha e logo me cuidaria. Quando Apolo me chamou eu já me sentia preocupada. O que eu teria?

- Lucy, se sente – obedeço e me sento na cadeira na frente dele.

- O que eu tenho? – pergunto.

- Você está grávida de seis semanas – e isso faz minha cabeça girar.

Grávida?

Primeiro vem o choque, depois a alegria e por último a preocupação. Um pequeno ser estava crescendo dentro de mim, uma vida, um filho meu e do Justin.

Ainda bem que eu estava sentada, porque senão eu teria caído. Coloco minhas mãos em cima de meu ventre e imagino uma criança correndo por aí.

Como isso tinha acontecido?

Flashback on

Tinha acabado de acordar, Justin dormia ao meu lado de forma meiga e calma, respirando de forma ritmada. Sorrio o vendo e acaricio seu cabelo. Tão lindo.

Me levanto e vou até o banheiro. Entro debaixo do chuveiro sentindo a água me molhar e me refrescar. Ensaboo meu cabelo e depois o enxaguo de modo repetitivo, o que me fazia relaxar.

- Você me deixou sozinho? – sua voz me arrepia por inteira. Ele segura minha cintura e me vira, sorrindo.

- Eu não queria te acordar – digo. Ele me joga contra a parede e prensa nossos corpos me fazendo sentir uma fricção gostosa.

- Não deveria ter feito isso – ele ataca meu pescoço com mordidas e chupões, que me fazem gemer.

- Fui uma má garota – concordo e sei que ele sorri.

- Você acha isso certo? – morde minha orelha e eu me contorço em seus braços.

- Não é certo – gemo baixinho. Mesmo com a água fria nos molhando, ainda sim me sentia tão quente. Tão molhada, em outros sentidos.

- Eu te disse que gosto de garotas más? – beija meu ombro e em um movimento rápido segura minhas pernas em torno de sua cintura. Nossos sexos são prensados e isso faz ambos gemerem.

- Eu sou tão má – enlaço meus braços em seu pescoço o puxando pra mais perto.

- Aham – me beija nos lábios e nossas línguas brigam uma com a outra me fazendo sentir mais prazer.

- Oh Justin – gemo e ele estoca dentro de mim, rápido e fundo.

- Minha garota – me penetra mais forte e eu quase grito.

- Mais rápido – peço entre gemidos. Ele acelera chegando mais fundo dentro de mim, mais forte.

- Lucy – geme meu nome. Sinto minhas paredes se contraírem e algo quente me preencher, respiro pesadamente e o beijo.

- Hum... acho que vou ser má mais vezes – ele sorri, satisfeito.

- Dá próxima vez te deixarei mole – diz sedutor e é a minha vez de sorrir.

Flashback off

Deuses, isso era loucura.

Eu estava grávida e um cara estava me ameaçando. Justin devia me odiar agora e eu não tinha com quem contar. Mas então veio o sentimento, a sensação de ser mãe.

Uma coisinha pequena crescia em minha barriga, um menino ou uma menina fruto do nosso amor. Por um momento me permito imaginar uma criança me chamando de mãe e Justin ao meu lado sorrindo feliz. Ele beija a testa dele ou dela e depois me beija. Seria maravilhoso. Então lembro que isso não é possível.

- Vai ficar tudo bem Lucy, não é o fim do mundo – Apolo se ajoelha a minha frente pegando minhas mãos.

- Um filho – murmuro e ele sorri. E pela primeira vez em dias, deixo alguém se aproximar. Apolo me abraça e me consola enquanto eu sinto lágrimas silenciosas descerem por meu rosto.

- Ficará tudo bem, querida – sua voz é tão calma e melodiosa. Ele devia ser um bom pai, tão atencioso.

- Por favor, não conte a ninguém. Pelo menos por enquanto – suas mãos acariciam minhas costas e parcialmente me acalmo.

- Não vou contar, fica calma e mantenha a respiração – respiro fundo e vou me controlando, mas mesmo assim me permito ficar mais alguns instantes em seus braços.

- Eu vou ser mãe – murmuro sorrindo. Ele me afaga os cabelos e olha pra mim.

- Você vai ser mãe, uma ótima mãe – quase acredito em suas palavras, mas sei que isso também não é possível.

Como eu podia ter um filho no meio dessa bagunça?

E eu sabia que faria o possível e o impossível pra proteger essa pequena vida que se desenvolvia dentro de mim. Meu filho, minha vida.

***

Dois meses. Eu estava grávida a dois meses e já sentia como se minha vida não fosse só minha. Tinha perdido o Justin, e sabia que era minha culpa, mas uma parte dele vivia em mim e isso era tão incrível.

Eu recebia ameaças do Ethan constantemente e junto vinha declarações. Sinceramente, acho nunca vou entendê-lo, se ele me amava porque fazia isso? Era um amor doentio?

Em geral, ele não aparecia, mas resolveu fazer isso hoje. Um momento ele usava um tom doce e amigável, logo em seguida parecia um psicopata. Queria que ele pudesse ser aquele cara que eu conhecia, aquele que ria e brincava comigo. O meu amigo Ethan e não isso que ele se tornou.

Tentou me beijar, mas eu não deixei e pude ver que isso o machucou. Eu não entendia mais ele. Ethan era tão volúvel, mas eu gostava tanto do amigo que ele era.

- Eu ouvi – diz uma voz e eu me viro assustada.

- Clarisse? – digo em tom confuso e indagador. Ela me olha impaciente e quase irritada, mas levando em conta que ela sempre está irritada, deixo isso de lado.

- Eu vi tudo, aquele cara te ameaçando e querendo te beijar – diz de forma direta e eu suspiro sabendo que não tem mais volta.

- Por favor, não fala nada. O Justin não pode saber de nada – quase imploro. Ethan podia ter sido meu amigo há muito tempo, mas ele sempre foi vingativo.

- Contanto que você me explique essa história direito – suspiro de novo.

Indico o carro e nós vamos para o meu apartamento. Por sorte, o Percy tinha saído com a Annabeth e não teria perigo dele ouvir. Vamos para meu quarto e eu tranco a porta.

- Senta – ela faz o que eu peço e pacientemente conto tudo sobre o que Ethan fez, desde a nossa amizade no passado.

- Você precisa fazer alguma coisa, Lucy – diz me fazendo revirar os olhos.

- Eu estou fazendo, estou protegendo o Justin – e nosso filho, completo mentalmente.

- Algo mais, porque até agora você só está o machucando – fecho os olhos com a dor que aquilo me causa.

- Eu sei, mas ele precisa ficar vivo. Ele pode ser feliz com outra pessoa – tento me convencer disso e sei que não é tão difícil assim.

- Você acha mesmo? – pergunta cínica – Ele te ama, imbecil. Não sei como, mas vocês encontraram o amor no primeiro namoro e praticamente se completam – diz e eu arregalo os olhos.

Quando ela tinha ficado romântica?

- Nunca me perdoarei se algo acontecer com ele – sou sincera em minhas palavras.

- E você acha que ele quer ficar seguro ou ter você? – viro meu rosto me sentindo sensível. A gravidez me deixava muito emotiva e eu queria chorar.

- Eu não posso – fungo e ela me abraça.

Merda. De novo.

- Entendo que seja difícil, mas eu sei o quanto ele está mal – prendo minhas lágrimas e me afasto.

- Não é só ele – fico de frente para o espelho e começo a levantar minha camisa até abaixo dos meus seios. Acaricio meu ventre que ainda nem tem tamanho, mas sabia que meu bebê estava lá.

- Não, você está...? – pergunta, incrédula.

- Dois meses, mas só descobri a duas semanas – fico imaginando minha criança e isso me faz sorrir. Essa era a única coisa que me dava esperança naquele momento.

- Eu vou te ajudar – me viro pra ela abaixando minha camisa.

- Por quê? – tombo minha cabeça de lado.

- Porque essa criança é meu sobrinho, porque você já passou por muita coisa, porque sei lá, Lucy – o que posso dizer?

- Obrigada Clarisse – ela sorri ternamente.

- Já pensou em um nome? – pergunta inesperadamente.

- Não – rio pensando que isso nem passou pela minha mente.

- Pense nisso – sorrio e acaricio meu ventre de novo.

Meu bebê, você a única coisa que mantém a mamãe sã.

***

Era tão difícil ficar longe da minha família. Meus primos, meus amigos e principalmente de Percy. Ele sempre fora a pessoa que estava ao meu lado em todos os momentos, bons ou ruins, e depois Justin.

Suportar tudo isso era muito difícil e o que eu poderia fazer além de esperar? Clarisse falara com seu pai e ele estava tentando me ajudar em relação a tudo isso.

Lembro das palavras de Jason no dia anterior. “Ele sente sua falta, muita. Ele finge que não, mas isso o afeta demais”.

E mesmo que eu tentasse, essas palavras mexeram comigo. Justin parecia me amar tanto que nem raiva tinha e isso me deixava nervosa. Se ele me odiasse seria tão mais fácil.

Por que ele tinha que me amar tanto ao ponto de não me odiar?

Todo dia era uma tortura, porque eu sabia que tinha muitas outras garotas que queriam ocupar o meu lugar e, sinceramente, esperava que isso acontecesse. Assim pararia de me culpar.

- Lucy – uma voz me chama e vejo Luke se aproximar de mim.

- Luke, o que quer? – sou suave, mas por dentro me sinto áspera.

- Clarisse me contou – o quê?

- Ela não fez isso – rosno e ele coloca mão sobre meu braço.

- Não contarei, sei que está com medo – isso não exatamente o suficiente para me deixar tranquila, mas me acalma de forma parcial.

- Se alguém souber, principalmente meus primos... – ele me corta.

- Eu sei e odeio mentir para a Thals, mas sei que nesse caso é necessário – respiro fundo duas vezes.

- Isso está me enlouquecendo, você conheceu o Ethan, ele não é para brincadeiras – ele sempre fora muito vingativo e só confiava em poucas pessoas.

- É por isso que quero ajudar, porque sei como ele é realmente e não aquilo que ele fingia ser para todos – assinto.

- Luke – ele acena com a cabeça indicando para que eu falasse – Obrigada.

- Não se preocupe com isso, tudo vai correr bem e até lá poderá contar comigo e com a Clarisse – concordo.

Luke estava sendo tão gentil comigo e o engraçado era que ele era a última pessoa que eu esperava ter ao meu lado nesse momento, assim como a Clarisse. Dois teimosos, mas acho que de certa forma eu agradeço a isso.

- Clarisse foi falar com você? – pergunto curiosa.

- Na verdade fui eu que a procurei, aquele dia que você terminou com o Justin eu vi o Ethan aqui perto. Então pensei que as duas coisas deviam ter relação, já que sabia como ele era.

Os dois estudavam na mesma sala, e sim, Ethan era mais velho que eu e ainda sim era muito legal. Quer dizer, naquela época ele era legal.

Luke se vira pra ir embora, mas eu seguro seu braço instintivamente. Eu precisava de um amigo agora, mais que tudo eu precisava desabafar tudo isso que estava no meu peito.

- Espera – peço e ele se vira pra mim – Eu sei que não deveria pedir, mas você pode ficar um pouco? Eu preciso conversar com alguém – ele assente.

- Quer tomar um café? – concordo e o sigo até uma lanchonete perto da escola.

Sentamos em uma das mesas no fundo, onde ninguém ouviria nossa conversa. Luke a minha frente e eu quase não acredito no que estou prestes a fazer.

- Então, o que querem? – pergunta uma garota e ela parecia concentrada em Luke, mas isso não me incomodava e na verdade não conseguia me concentrar direito.

- Um cappuccino com chantilly e um pedaço de torta de maçã – peço sem olhar direito pra ela.

- Um expresso e o mesmo que ela pra comer – pede Luke educadamente. Ouço ela se afastando e levanto meu rosto pra conversar com ele.

- Ela provavelmente estava interessada em você – digo e ele apenas dá de ombros, o que me faz sorrir.

- Eu uso aliança, ela que não quer ver – diz e eu apenas aumento meu sorriso. Levo minha mão ao meu pescoço e brinco com o anel que Justin me deu quando começamos a namorar. Ele podia não ser mais meu, mas eu ainda era dele.

- Nós nunca fomos próximos, então eu nem deveria te contar o que eu estou prestes a dizer, mas eu preciso de um amigo – digo olhando em seus olhos e ele concorda. Ele me oferece um sorriso pequeno e fraternal e isso me aquece por poder sentir aquele tipo de carinho de novo.

- Pode confiar em mim – mordo os lábios e fecho os olhos por um instante antes de continuar.

- Sabe, eu nunca pensei que Ethan pudesse gostar de mim mais do que como uma amiga, então quando ele se declarou pra mim foi muito chocante – encolho os ombros.

- Ele gostava de você? – assinto.

- Ele diz que me ama, mas pra isso me ameaça. Eu não entendo – brinco com a aliança de novo vendo a garçonete se aproximar da gente com os pedidos. Ela nos serve e vai embora.

- Então ele tem um amor doentio? – balanço a cabeça enquanto tomo meu cappuccino com o canudo.

Ficamos em um silêncio durante um tempo e eventualmente eu comia um pedaço da minha torta. De repente ele quebra o silêncio.

- Você o ama muito, não é? – concordo sabendo exatamente o que ele quer dizer.

- Mais do que a mim mesmo.

- Você já sabe o que vai fazer? – nego.

- Eu não sei. Ares está cuidando pra ver se acha algo contra Ethan, mas não sei se vai conseguir. Além disso, não é apenas as ameaças, ele sabe como me machucar, sabe como me atingir – desvio os olhos dele e bebo mais um gole da minha bebida.

- Ele ameaçou as pessoas que você ama – conclui.

- Ele sabe que eu farei de tudo pra proteger quem eu amo. E sabe também muito sobre mim – olho em seus olhos e respiro fundo – Sabe, eu não sou boba. Sei que todos me veem como uma pessoa reservada e até misteriosa, mas eu tenho motivos pra isso.

- Isso não é verdade – o repreendo com os olhos – Tá, um pouco. Você é um pouco reservada.

- É claro que eu sabia que você pensava isso de mim e não acho que está errado. Ethan era o tipo de pessoa que te fazia confiar se quisesse e ele fez isso comigo em poucas semanas. Então depois de uns meses, ele se declarou e tentou me ter a força quando disse que não sentia o mesmo – me encolho protetoramente me lembrando daquilo.

- Ele te tocou?! – pergunta incrédulo e baixo. Nego.

- Por pouco. Eu não sou a única que tem instintos protetores – solto uma risada nervosa – Percy me achou, já que estávamos na escola e me defendeu de Ethan. Mas a questão não era me defender, isso eu sabia. O problema que eu estava em choque, porque Ethan era alguém que eu confiava e ele era, bem, um garoto – respiro fundo.

- O que tem haver, exatamente, ele ser um garoto? – pergunta parecendo um pouco mais calmo.

- Provavelmente você sabe do nosso sequestro – ele assente – Bem, isso me trouxe alguns traumas, que passaram depois de muitas consultas e todo o apoio que eu tive de Jason, principalmente.

- Jason? E Percy? – pergunta.

- Percy também, mas ele teve seus próprios problemas. Se hoje ele é tão próximo de Thalia é por causa daquela época. Os dois foram nossa base Luke, então se hoje somos o que somos é pela ajuda deles – isso é verdade. Se não fosse pelos dois, não sei se teria superado aquilo e sei que Percy pensa o mesmo.

- O problema sempre foi mais embaixo – diz entendendo.

- Eu nunca me aproximei de você por causa que é difícil eu confiar em garotos e apenas era próxima do Will, porque sabia que ele era gay. A questão sempre foi confiança pra mim, medo de que alguém me ameaçasse dessa forma – era estranho ser tão sincera assim.

Luke coloca a mão sobre a minha e sei que isso quer dizer que ele me apoia. Ele não sabe o quanto isso é importante pra mim, esse sentimento de amizade e companheirismo.

- Você é uma garota corajosa – diz e eu me encolho. Não sei se era corajosa, ou forte, mas não podia fazer diferente.

- As pessoas não estão erradas quando dizem que pessoas opostas são, no fundo, parecidas. Percy é tão diferente de mim nessa parte. Ele tem mais fé nas pessoas do que eu tenho e o admiro por isso, porque depois de tudo ele ainda perdoou a Rachel e eu não sei se poderia fazer isso com Ethan, apesar de ainda me importar. Por outro lado, sei que ele estaria fazendo a mesma coisa que eu agora se fosse ele – sinto meus olhos arderem, mas não me permitirei chorar, não agora.

- Você está com medo – diz e eu olho pra ele sabendo que é verdade –, mas não é apenas das ameaças. Parece que no fundo você tem medo de si mesma, de não ser aquilo que as pessoas esperam de você, de ser ruim. Mas me ouça Lucy – ele olha nos meus olhos, firme –, você é sim boa. Nem todo mundo é bom como o Percy, que sabe perdoar. Isso não quer dizer que você é uma pessoa má, então tire isso de sua cabecinha e se preocupe com coisas boas – sorrio de leve para Luke e assinto.

- Obrigada, eu precisava disso – ele sorri compreensivo.

Então eu entendo porque Thalia se apaixonou por ele, não era apenas o fato dele ser bonito, Luke tinha um dom de saber o que dizer na hora certa. Pra ela eu sabia que isso a completava, mas pra mim, era como ganhar mais um irmão de coração. Como Jason, Percy, Will e Nico. Era alguém que eu podia confiar, alguém que eu sabia que estaria lá por mim. Um amigo que eu achava que Ethan fosse, talvez ele tivesse feito algo bom, porque eu tinha mais uma pessoa em quem confiava, um novo amigo e o nome dele era Luke Castellan


Notas Finais


Por favor não me matem, ok? Hauahsushsjsj

Eu tenho isso planejado faz alguns meses e isso foi realmente necessário até pra vocês entenderem algumas coisas que aconteceram no passado da Lucy e do Percy.

Ahhhh! Eu achei tão fofinho a amizade que eles estão tendo, mesmo não sendo próximos eles estão a ajudando! <3 <3

A fic vai acabar logo, logo e eu já estou começando a sentir falta de vocês! Então, leitores fantasmas, apareçam! Me deixaria muito feliz ^^

E quem puder dar uma olhadinha na minha fic original também me deixaria muito feliz <3

Unexpected Love: https://spiritfanfics.com/historia/unexpected-love-8782341

Beijos no <3 e até o próximo.


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