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História Acasos do Destino - Especial - Jasiper e Solangelo


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Olá!!!!!!

Eu sei, eu sei. Desculpem o pequeno atraso. Sei também que a maioria está acostumado com os caps no fim de semana, mas hoje vai ser uma exceção u.u

Espero que gostem

Boa Leitura!

Capítulo 57 - Especial - Jasiper e Solangelo


Jason POV

Apoio a cabeça sobre as mãos, o cansaço começando a me abater. Olho o relógio na minha parede e suspiro. Já eram mais de meia-noite e eu ainda não tinha terminado aquele relatório.

Tiro os óculos e o deixo sobre a mesa, meus olhos já pesando de cansaço. E pensar que eu, agora, sou o chefe de toda uma empresa. Isso era bizarro, pra dizer no mínimo. Eu tinha assumido os negócios da família, assim como Percy e Bianca. Fico imaginando se fosse Thalia no meu lugar. O pensamento me faz sorrir.

Foco minha visão no porta-retratos em cima de minha escrivaninha, onde estão Piper, Michell e eu na festa dele de um ano. Nosso filho está sorrindo de forma alegre e infantil, os dentes começando a crescer. Seu cabelo louro ainda ralinho, e seus olhos tão bonitos quanto os de Piper. Parece a mistura perfeita entre azul, verde e castanho. A lembrança faz um sorriso bobo crescer em meus lábios.

- Espero que esteja pensando em mim – sussurra uma voz atrás em meu ouvido.

Giro minha cadeira e puxo Pipes para sentar em meu colo. Ela vem sem hesitar, os dedos afagando meu cabelo do jeito que eu gosto. Sempre gostei de pessoas mexendo em meu cabelo, como quando Lucy e Thalia o faziam, mas, com certeza, o carinho que eu mais apreciava era o da minha esposa. Não sei, o dela parece diferente, mais cheio de amor, eu acho.

- Pensando em quanto sou sortudo por ter uma mulher e um filho tão lindos – digo a beijando com carinho.

Meus braços circulam sua cintura e meu pescoço se inclina pra cima para olhar em seus olhos. Piper sorri pra mim, aquele sorriso de fim de dia repleto de carinho. Ela pode estar cansada e cheia de problemas, mas ao nos encontrarmos ela sempre sorri, como se me ver fosse a melhor coisa do seu dia.

Selo nossos lábios carinhosamente, apertando sua cintura com delicadeza. Suas mãos puxam os fios da minha nuca e suas pernas vão uma de cada lado da minha cintura. Infiltro minhas mãos dentro de sua blusa e sorrio quando ela se arrepia. Aprofundamos maia o beijo, deixando com o que o desejo preenchesse o ar.

Beijo seu pescoço, pra depois dar uma mordida de leve em sua orelha. Pipes solta um gemido, em seguida abre um sorriso malicioso. Ela abre os botões da minha camisa e beija meu peito, fazendo com que um arrepio gostoso percorresse minha coluna. Quando estou prestes a tirar sua blusa, ouvimos um choro de criança.

- Acho que isso vai ter que ficar pra mais tarde, não é? – diz apoiando a cabeça em meu ombro.

- Vai ter que ficar sim. – digo e acabamos rindo pela situação.

Piper levanta do meu colo arrumando a blusa enquanto eu fecho os botões da minha camisa. Pego sua mão e entrelaço nossos dedos, seguindo em direção do quarto de Michell, que ainda está chorando.

Chegando lá nos deparamos com nosso pequeno caído ao lado do berço. Abaixo-me rapidamente e o pego no colo.

- O que aconteceu? – pergunto preocupado.

Michell apenas soluça e aponta para longe. Seguindo seu dedo vejo o que ele quer dizer. Era o bichinho de pelúcia favorito dele, um Pikachu amarelo que ele havia ganho dos primos mais velhos. Michell não o largava por nada e agora ele jazia no chão.

- Hey, está tudo bem. – digo fazendo carinho em suas costas.

Piper se abaixa e pega o bichinho, entendendo de imediato o que tinha conhecido. Michell agarra o Pikachu e o abraça com força, como se tudo fosse ficar bem agora.

- Oh meu amor. Vem com a mamãe – Piper estende os braços para Michell, que vai imediatamente para o seu colo.

Ela o nina nos braços, cantando uma canção baixinho. Nosso filho fecha os olhos e boceja.

- Papa – chama.

- Sim, campeão.

- Ti amo, papa – diz de olhinhos fechados.

Abro um sorriso bobo e beijo sua testa carinhosamente, enquanto Piper ainda canta. Ele aperta o bichinho e começa a ressonar baixinho, então percebo que ele já caiu no sono novamente. Pipes o deita no berço e deseja boa noite, então se vira pra mim.

- É incrível, não é? – diz olhando para Michell.

- O quê?

- Ele. É incrível pensar que ele saiu de dentro de mim, que nós geramos um ser tão bonito – diz me abraçando com a cabeça em meu peito.

- Sim. É incrível – concordo a abraçando de volta.

Ficamos alguns minutos em silêncio, até que ela sussurra.

- Vem, vamos comer – diz me puxando pela mão.

- Mas Pips, eu...

- Shiiu. Amanhã você termina – diz.

Apenas concordo com a cabeça a seguindo até a cozinha. O cômodo era todo trabalhado para que fosse fácil usá-lo, os armários embutidos, a posição dos móveis, tudo fora pensado antes de ser construído. Obviamente, isso era um trabalho de Annabeth e Piper tinha adorado. Confesso que a loura era uma arquiteta incrível.

- Senta aí – manda.

- Sim, senhora – brinco nos fazendo sorrir.

Piper pega dois pratos, duas taças e alguns petiscos na geladeira juntamente com uma garrafa de vinho. Ela nos serve e depois se senta em meu colo.

- Amanhã temos um almoço na casa do seu pai – comenta.

- Todos vão? – pergunto tomando um gole do vinho.

- Aham. Almoço em família – apenas assinto com a cabeça.

Pego um pedaço de queijo e coloco na boca, mastigando com calma. Então suspiro.

- Pipes, você é feliz?

- O quê? Claro que sou. Por quê? Você não é?

- Sou, apenas estava pensando. É que pensar em nós dois no colegial e agora juntos, casados, parece tão utópico.

Ela sorri, compreensiva

- Eu sei, mas não é uma fantasia. É real. Nós somos reais e eu te amo, meu Superman louro. Demais – diz olhando em meus olhos profundamente.

- De onde você surgiu?

- Da barriga da minha mãe – diz rindo.

- Você sabe o que quero dizer. Quer dizer, quais são as chances de encontrarmos a pessoa que nos completa? Parece ser tão impossível. É como se, de repente, eu fosse acordar e nada disso fosse real. Parece muito bom pra ser verdade – digo abraçando sua cintura.

Sinto um beliscão na minha barriga.

- Aí – reclamo.

- Não é um sonho, Jason. Eu sou de carne e osso e você também. Não somos um sonho. Vem cá – diz puxando meu rosto pra perto do seu.

- Eu te amo, Pipes.

- Eu também te amo, meu louro.

Sorrimos um para o outro.


Will POV

Espero pacientemente o sinal ficar verde para poder seguir meu caminho pra casa. O final de tarde se encerra através do pôr do sol: laranja escuro, laranja claro e vários tons de amarelo. Fecho os olhos e sinto o vento bater sobre meu rosto, a música preenchendo meus ouvidos.

O carro conversível era uma boa opção pra mim, já que eu odiava lugares fechados. Até mesmo o meu escritório no hospital vivia com as janelas abertas. Respiro o ar não tão puro e depois abro os olhos quando ouço a buzina atrás de mim. Sigo o meu caminho com tranquilidade, passando pelas ruas movimentadas devido ao horário de fim de tarde.

O rádio do meu carro vivia ligado, porque música era uma boa forma de relaxar pra mim. A única coisa que superava uma boa harmonia era a minha família. Nesse momento Nico já devia estar em casa com nossos filhos, cozinhando ou assistindo TV. O pensamento me faz sorrir.

Conforme vou dirigindo, nossa casa começa a ficar visível. As colunas brancas logo podem ser observadas e eu sigo para parar o carro. Estaciono ao lado da moto negra de Nico e saio, a pasta em uma das mãos e o casaco na outra.

Ao lado da porta tem uma planta razoavelmente grande, que eu imagino que alguém cuide, porque eu nunca lembrei de regá-la. Apenas sei que deixamos uma chave reserva entre suas raízes. Destranco a porta, giro a maçaneta e logo o som de risadas preenchem meus ouvidos.

- Papai! – ouço uma voz de criança.

Diana vem correndo pra me receber, os cabelos ruivos parecendo uma cortina esvoaçante em suas costas. Ela pula em cima de mim, fazendo-me soltar a pasta e o casaco pra poder segurá-la. Rio alto e beijo seu rosto.

- Oi, minha princesinha.

- Senti saudades, papai – diz abraçando meu pescoço.

- Também senti pequena.

Logo Nico está caminhando até nós com Jonny em seu encalço, o sorriso estampando o rosto do garoto de sete anos. Nico para ao meu lado, fica na ponta dos pés e me beija rapidamente.

- Oi.

- Oi – digo.

- Papa – chama Jonny me olhando.

Abaixo-me e coloco Diana no chão, mas ela não me solta completamente. Meu filho se aproxima e me abraça pelo pescoço também, fazendo com que nós três compartilhemos de um abraço triplo rápido.

- Como vai, campeão? – pergunto me afastando e bagunçando seus cabelos.

- O papa estava me ensinando como quebrar um ovo sem fazer sujeira – diz sorrindo alegre.

- Bolo – Nico responde minha pergunta implícita, dando de ombros.

- Que legal, meu amor. Quero experimentar esse bolo, viu? – faço cócegas em sua barriga e ele ri.

- Claro que você vai experimentar, papai – Diana diz sorrindo alegremente, depois me beija no rosto.

- Por que você não toma um banho enquanto eu termino as coisas na cozinha? – Nico pergunta.

Aceno com a cabeça em concordância.

Levanto-me pegando minha pasta e meu casaco do chão, em seguida aproximo-me de meu marido e lhe dou um beijo na testa.

- Até daqui a pouco.

- Vai lá. Diana e Jonny, vamos terminar o bolo. Depois deixo vocês fazerem a cobertura e raspar a panela.

Vejo os gêmeos sorrirem e acenarem com a cabeça, animados. Nego levemente e subo as escadas em direção ao quarto. Largo minha pasta sobre a mesinha de canto e penduro o casaco em um cabideiro ao lado da porta. Depois vou direto para o banheiro, já me despindo de minhas roupas.

Quando sinto a água escorrer pelo meu corpo, permito-me desfrutar da sensação de relaxamento. Desprendo minha mente do trabalho e foco na minha família: meu doce marido e nossos dois filhos.

E imaginar que ao entrar em um simples orfanato, iríamos nos apaixonar de cara por duas crianças tão lindas. Obviamente que no início foi difícil, afinal os dois foram criados a vida inteira em lares adotivos, pulando de família em família e às vezes até sendo ameaçados de se separarem.

Como consequência Diana desenvolvera uma personalidade mais fechada, receosa; e Jonny, apesar de espontâneo e alegre, tinha constantes pesadelos. Além que demorou um tempo pra conseguirmos a guarda deles, mas no fim tudo deu certo e agora temos os dois morando com a gente.

Um sorriso se instaura em meus lábios com o pensamento. Podíamos não ser a família perfeita, mas éramos felizes. Diana passou a confiar plenamente em mim e em Nico e Jonny parou de ter pesadelos depois que entendeu que não os deixaríamos. Os dois nos amam, assim como eu e Nico somos loucos por eles. Era como se eles fossem nossos filhos realmente, porque só pais poderiam ter o tipo de amor que temos.

Termino de me enxaguar e me seco com uma toalha branca. Saio do banheiro pra me vestir e encontro Nico parado ao lado da cama com o corpo inclinado para a escrivaninha.

- Procurando algo? – pergunto chegando por trás dele e o abraçando.

- Hum, deixa pra lá. Deve estar lá embaixo – diz.

Ele se vira pra mim com um pequeno sorriso nos lábios avermelhados, que eu não cansava de beijar. Leva os braços automaticamente para ao redor de meu pescoço e encosta nossas testas.

- Eu quero meu beijo de verdade – faço biquinho e ele ri.

- Oh, que carente. Vem cá – brinca.

Nico me puxa pra perto de si e me dá um longo beijo, que tira meu fôlego e me faz ficar um pouco mais quente. Aperto-o um pouco em meus braços e coloco meu rosto em seu pescoço, meu nariz molhado encostando em sua pele morna.

- E as crianças?

- Estão assistindo TV na sala. Daqui a pouco vou chamar eles pra jantarmos – diz com a voz abafada.

- Seu cheiro é tão gostoso – digo apreciando. Beijo sua pele e o sinto estremecer.

- Você está todo molhado, Will – briga quando balanço a cabeça, espirrando água sobre suas roupas.

Rio gostosamente e o encaro, seus olhos negros encontrando com os meus azuis. Ele deixa um leve sorriso preencher seu rosto, depois toca de leve minha bochecha com o polegar. Seus dedos delicados deslizam pelo meu rosto, fazendo com que eu me incline para a sua mão, buscando mais de seu carinho.

Fecho os olhos momentaneamente e desfruto da paz que é estar em casa, sem as preocupações do meu trabalho. Eu amo ser médico, sempre foi meu sonho, mas é cansativo também. Plantões e consultas que ocupam grande parte de meu tempo, por isso que quando estou em casa procuro aproveitar cada segundo com minha família.

- Vai se trocar, Will. Te espero lá embaixo.

Nico me dá um selinho rápido, se afasta e saí do quarto fechando a porta. Suspiro e coloco uma roupa qualquer. Camisa branca e uma bermuda amarela, que eu tinha ganho de aniversário de algum dos nossos amigos.

Desço as escadas com rapidez. Diana está me esperando aos pés da escada com um sorriso contido, que me lembrava muito o de Nico. Com certeza meu marido já tinha passado manias aos nossos filhos e era nesses detalhes que eu percebia que não importava se éramos parentes de sangue, mas sim o sentimento que tínhamos.

- Papai está nos esperando na sala de jantar – diz a pequena estendendo a mão pra mim.

- Vamos lá.

Pego sua mão e caminho com ela até onde Nico e Jonny estão. O garotinho de cabelos escuros já está sentado enquanto meu marido coloca a mesa. Não sei quando Nico resolveu aprender a cozinhar, mas fico maravilhado com o quão bom ele se tornou. Embora eu tentasse aprender, o máximo que eu conseguia era ajudá-lo com coisas básicas, porque sozinho eu era um desastre.

- O cheiro está muito bom, meu amor – elogio.

- Receita do Percy, provavelmente não ficou tão bom quanto o dele, mas... – Nico dá de ombros.

- Você exige demais de si mesmo – digo o abraçando de lado.

Beijo suas madeixas negras com carinho e sorrio a ele. Nico continuava o mesmo, sempre tentando ser melhor, embora, às vezes, exagerasse no quesito "Não está bom". Ele é muito perfeccionista.

Separo-me dele e o faço sentar. Diana e Jonny esperam pacientemente, olhando-nos com certo carinho. Eu sabia ao olhar pra eles o que estavam pensando. Os dois estavam felizes, assim como eu estava, éramos uma família completa. Todos tinham aceitado bem a ideia de adoção e tratavam os dois como qualquer outro sobrinho, o que me deixava muito bem comigo mesmo. Não queria que eles acreditassem que estavam sendo rejeitados de novo, mas com os parentes que tínhamos, isso nunca iria acontecer.

Nos sirvo e quando volto a me sentar, Nico segura minha mão durante alguns segundos, sorrindo. Sorrio de volta e começamos a comer. As crianças se sujam de molho e eu sei que teremos de trocá-los antes de dormir, mas não me importo. Eles estavam, finalmente, agindo como sempre deveriam ter agido.

Os gêmeos já tinham seus seis anos quando os adotamos, embora os conhecêssemos desde que tinham cinco. Eles já haviam perdido a esperança de serem adotados, afinal, quanto mais tempo passa, mais difícil fica a situação delas. Talvez seja por isso que eu e Nico nos encantamos imediatamente pelos dois, nunca fomos pessoas que fazem o que a maioria fazem.

- Papai, posso pegar o bolo? – pergunta Diana ao Nico.

- Pode sim, só tome cuidado. Leve Jonny com você – diz.

A ruivinha se levanta com um sorriso e puxa o irmão pelo braço. Os dois seguem quase correndo até a cozinha, rindo de qualquer coisa durante o caminho.

- Você é bom com eles – digo me virando pra fitar meu marido.

- Eu amo eles, sabe disso. E você também é um ótimo pai – diz segurando minha mão por cima da mesa.

- Eu tento ser – digo – E como vai o trabalho?

- Bem. Nenhum imprevisto por enquanto – diz inclinando a cabeça pra apoiá-la em meu ombro.

- Isso é bom.

Nico era técnico em informática e ajudava na empresa do pai, embora gostasse mais de trabalhar dentro de casa, assim podendo ficar de olhos nos gêmeos. Eu tento me fazer presente sempre que posso, mesmo que passe muito tempo no hospital.

Às vezes eu fico preocupado de ser muito ausente, porém Nico sempre me diz que eu me preocupo demais e que sou um ótimo pai. Acho que não posso falar nada da sua mania de achar que nada está bom, porque eu também era bastante perfeccionista quando se tratava de mim mesmo. Sorrio com o pensamento.

- Não vai tão rápido, Jonny – repreende Diana caminhando com a mão no braço do irmão.

Jonny faz biquinho.

- Tá bom – diz diminuindo o ritmo dos passos.

Eles vêm um ao lado do outro, fazendo-me querer apertá-los por serem tão fofos. Jonny se aproxima, sobe na cadeira e coloca o bolo sobre mesa. Como cobertura tem uma calda de chocolate e alguns confeitos que deixam a sobremesa alegre. Escrito com algumas jujubas coloridas está a palavra "Wico", bem no centro do bolo. Sorrio quando vejo isso.

- Nem me pergunte. Deve ter sido a Thalia que contou – diz Nico revirando os olhos para a palavra.

- É fofinho. Suas primas são criativas – digo rindo da cara dele.

- É horrível – ele faz um biquinho e suspira.

- Não faz essa cara – dou-lhe um selinho e limpo minha faca pra cortar a sobremesa.

Corto o bolo em pedaços não muito grandes e sirvo todos nós. Diana e Jonny sentam de novo e apenas esperam que eu me sente antes de começarem a comer. Dou uma piscadela ao Nico, fazendo o rir.

Desfrutamos da sobremesa em silêncio.

Depois de levar as coisas pra cozinha, vamos todos pra sala assistir um pouco de TV. Diana se senta em meu colo, enquanto Jonny deita a cabeça sobre as pernas de Nico.

- Papai, você nos conta uma história?

- Agora? Mas nem hora de dormir ainda – comento.

- Por favor – pedem com aquela carinha que eles sabem que eu não resisto.

- Tudo bem – cedo. Eles sorriem – Que história que vocês querem?

- Você sabe, papai. Aquela que sempre nos conta antes de dormirmos – pede Diana.

Nico me olha intrigado, parecendo curioso, afinal eu sempre contava as histórias apenas pra Diana e Jonny.

- "Um rapaz estava muito apaixonado, sabe? E ele queria muito pedir o namorado em casamento, mas não sabia como. Então ele pediu ajuda para sua melhor amiga, que prontamente o ajudou a escolher o lugar e o momento perfeito para o pedido. Esse jovem estava muito ansioso, já que apesar de anos namorando e de terem conversado muito sobre o futuro, eles nunca haviam mencionado casamento. Mas mesmo assim esse rapaz respirou fundo e seguiu em frente com o plano." – conto e vejo os pequenos sorrirem.

Nico parece confuso com a história, mas quando trocamos olhares, sei que ele entendeu de quem eu estava falando.

- "Era uma noite fria, a lua estava no seu auge. O rapaz ficou feliz de tudo estar indo conforme o planejado, mas ainda continuava tenso. Quando seu namorado chegou para encontrá-lo, seu coração quase parou de bater. No entanto, ele apenas sorriu e trouxe o outro para os seus braços."

"O jovem sabia que era péssimo mentiroso, principalmente quando se tratava de seu namorado, por isso que era aquele momento ou nunca. Ele respirou fundo e disse, temendo gaguejar 'Você sabe que eu sou péssimo com palavras e me enrolo todo quando o assunto é você. Então, você quer casar comigo?' depois se ajoelhou e tirou uma caixinha do bolso. Seu namorado não tinha expressão nenhuma, de repente ele se ajoelhou a sua frente e deu um tapa em seu braço direito. 'Não me faça chorar, imbecil' foi sua resposta antes de beijá-lo. Quando se separaram, ambos tinham lágrimas nos olhos, lágrimas de felicidade. 'Eu te amo, meu idiota' dissera o seu, agora, noivo. 'Eu também te amo, pequeno"

Naquele momento, Diana tinha um sorriso assim como o irmão. Eu sabia que eles há tinham entendido quem era as duas pessoas da história. Nico me olhou por um instante e sorriu negando com a cabeça. Sabia o que estava pensando "Por que conta essa história pra eles?" e eu sabia qual seria minha resposta "Porque é a minha história favorita, a nossa história".

Minha filha enroscou os braços em meu pescoço e apoiou a cabeça em meu ombro, bocejando. Faço carinho em suas costas, sabendo que daqui ela está dormindo. Jonny segue o exemplo da irmã e também se aconchega no colo de Nico. Logo estão os dois ressonando baixinho.

- Desde quando você conta essa história a eles? – pergunta me olhando.

- Desde que Jonny pediu que eu contasse uma história real, não de conto de fadas – digo dando de ombros levemente.

- Você estava tão nervoso assim?

Abro um sorriso constrangido.

- Um pouco. Admita que você é imprevisível, Nico. Eu não sabia como você iria reagir – digo acanhado.

- Sabe, eu também estava nervoso àquela noite. Eu sabia que você e Lucy estavam aprontando alguma coisa, mas nunca passou na minha cabeça a ideia de casamento. Mas eu fiquei muito feliz quando você pediu – diz sorrindo pequeno.

- Eu faria tudo por você e agora por eles – digo estendendo minha mão pra tocar a dele por cima do sofá.

- Eu sei. Eu também faria – diz.

E nós sabemos que essa era a nossa declaração. Sabia que dessa forma estávamos dizendo que nos amávamos. E era muito bom se sentir assim.


Notas Finais


Own! Só eu que achei eles todos fofinhos? >.<

Jason temendo que tudo fosse um sonho ^^

E o Will e o Nico com seus filhos! Que coisa linda <3


Talvez eu tenha me empolgado um pouco mais em Solangelo, do que em Jasiper, mas... Solangelo é Solangelo, neeh?

Espero que tenham gostado e eu já começo a sentir saudades de vocês. Essa fic vai ficar no meu coração <3

Beijos no <3 e até o próximo (e último)


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