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História Acasos do Destino - Epílogo


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Oiiiii

Não vou enrolar...

Boa Leitura!

Capítulo 58 - Epílogo


Percy POV

Acordo com a luz do sol sobre meu rosto e escuto o barulho já presente no andar de baixo. Abro os olhos preguiçosamente, bocejo e bagunço meu cabelo negro. Meus pés tocam o piso frio quando me levanto e minhas pernas se movem automaticamente. Levanto os braços e me espreguiço, abrindo os olhos por último.

Faço minha higiene com calma, me troco e desço as escadas de casa. Sorrio assim que vejo minha irmã sentada no sofá, mordendo o lábio inferior distraidamente. Ela ainda tinha essa mania. Caminho até ela e me sento ao seu lado.

- Bom dia – digo esperando ela me notar.

Lucy solta o lábio e vira o rosto pra mim, depois sorri timidamente. Eu coloco o braço ao redor dos seus ombros e espero. Sei que vai me dizer o que a preocupa, porque tem quatro décadas que nos conhecemos.

- Sabe, depois de tanto tempo eu não esperava que Nêmesis viesse me procurar – diz baixo com um olhar perdido.

- É, faz tempo. Mas eu sei o que está pensando e não se culpe por isso – falo com sinceridade – É nosso aniversário, não pense em coisas tristes.

Lucy levanta o rosto pra me olhar, o lábio entre os dentes de novo. Afago seu braço direito, tentando transmitir o carinho que tenho por ela. Era fato que, mesmo depois de anos e do leve afastamento por conta da vida corrida, nós ainda tínhamos a mesma relação de quando nos mudamos pra NY. Somos irmãos e nada muda isso, apenas nossa família que aumentou.

- Ben disse a mesma coisa – diz com os olhos brilhando.

- E ele tem razão.

Beijo sua testa e me levanto sorrindo pra ela, que apenas retribui timidamente. Tem coisas que apenas o tempo pode curar, embora saiba que essa história ainda a machuca.

Vejo Justin se aproximando pela porta da cozinha e sei que ele sabe o que minha irmã está pensando. Aceno de leve com a cabeça e lhe dou um sorriso confiante, que o faz me olhar de forma agradecida. Se alguém podia a fazer se sentir melhor, esse alguém era ele. Era totalmente admirável ver o amor deles depois de tanto, e eu ficava ainda mais feliz de poder falar o mesmo sobre mim.

Caminho na direção oposta da que Justin vinha, ou seja, caminho em direção a cozinha. Com o passar dos anos, Annabeth e eu fizemos reformas na casa, criando novos espaços e expandindo os cômodos. Alguns anos atrás, quando as crianças ainda eram pequenas, fizemos uma área de lazer no jardim. A piscina agora ocupava o meio do gramado, além de algumas árvores e um espaço relativamente grande para os nossos animais de estimação.

Após alguns anos de casado, lembro-me que foi muito triste pra mim quando a Sra. O'Leary morreu, no entanto, não me permiti ficar tão melancólico. Ela tinha tido uma vida feliz, o problema foi que não resisti adotar outro animalzinho. Blackjack era um labrador negro, que agora já estava grande e bonito, mas que antes adorava morder nossos chinelos por causa dos dentes que nasciam e o incomodavam.

- Bom dia, pai. E feliz aniversário – diz a morena se levantando pra me dar um beijo no rosto.

Violet era minha mais nova, que agora estava pra completar seus dezesseis anos. Sorrio a ela carinhosamente.

- Obrigado, querida.

Minha filha apenas retribui o gesto e volta a se sentar ao lado da prima.

- Feliz aniversário, tio – diz Alice acenando pra mim e em seguida mordendo o lábio, como se acabasse de pensar em algo importante.

Rio brevemente ao reparar nisso.

- Obrigado, Ali. Onde estão os outros? – pergunto pra ninguém em específico.

- Tio Jason está na churrasqueira, mas temos sorte do tio Leo estar com ele. Você sabe que ele é horrível com essas coisas – diz minha filha dando de ombros.

- Tia Thalia e tio Luke ainda não chegaram. O vovô está, provavelmente, envergonhando meu irmão e a nova namorada. Vovó, tia Piper e tia Annabeth foram no mercado comprar alguma coisa, enquanto Maria está pensando em como anunciar que está grávida – diz minha sobrinha distraída com alguma coisa em seu caderno.

- Alice! – repreende Violet.

- Fala sério, Vi. É claro que seu pai já sabia – diz Alice revirando os olhos.

Minha filha olha pra mim numa pergunta muda. Seus olhos cinzas me analisam com cautela, do mesmo jeito que ela aprendeu com a mãe.

- Eu já sabia sim. Vi sua mãe engravidar duas vezes, além da minha irmã e das minhas primas. Imaginava que Maria estava grávida, principalmente porque esses dias atrás ela acabou chorando quando veio aqui em casa – digo quase rindo da expressão dela.

- Meus deuses! Você acha que tio Bryan já percebeu? – pergunta preocupada.

- Claro que não – tranquilizo-a – Aliás, cadê seu irmão?

- Ele está, provavelmente, ajudando o vovô a envergonhar o Ben – diz se acalmando da preocupação pela prima.

- O que está fazendo, querida? – digo me aproximando da minha sobrinha.

Sento-me entre elas e vejo que há um desenho no caderno dela. Um garoto sentado debaixo de uma árvore, como se não percebesse que fora alvo de um retrato.

- Hum, é... – ela se enrola.

- É o namorado dela, pai – diz Violet rindo da prima e amiga.

As duas estudavam na mesma escola e viviam fazendo as coisas juntas, o que às vezes até gerava ciúmes nos primos e irmãos. Contudo, as duas sempre conseguiam driblar tudo e todos com o jeitinho delas.

- Isso é verdade? – pergunto com curiosidade.

Minha sobrinha, com seus olhos verdes e cabelos castanhos como o do pai, me olha com certa timidez.

- Bem, mais ou menos. É complicado – diz colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Sorrio as duas.

- Fico feliz por você. E filha, um dia você precisa me apresentar ao seu "amigo" – digo a fazendo sorrir e corar ao mesmo tempo.

As duas acabam rindo do momento e ficam conversando comigo sobre qualquer coisa. Mesmo sendo um pai e um tio muito protetor, eu gostava de ser próximos a elas, a todos na verdade. Todos os adolescentes, sendo eles sobrinhos ou não, afinal éramos família.

Quase uma hora depois, Annabeth chega junto com Piper, minha mãe e a família Castellan, que coincidentemente se encontraram no mercado. Levanto com um sorriso e caminho até minha esposa, pegando-a pela cintura e levantando-a enquanto a beijo.

- Feliz aniversário, querido – diz enroscando os braços em meu pescoço.

- Obrigado.

Viro-me pra cumprimentar os outros, mas eles não parecem ligar que fiquemos agarrados ali no meio da cozinha. Apoio a cabeça na direção de Annabeth e ela afaga os meus cabelos com carinho.

- Percy, por que você não vai ficar lá fora, enquanto nós terminamos o almoço? – pergunta minha mãe.

- Eu posso ajudar aqui, se quiser – digo me oferecendo.

- Não precisa. Você e sua irmã estão de folga hoje – diz sorridente. Aceno concordando.

Dou um selinho em Annabeth, dizendo com os olhos que depois eu volto, então sigo para o jardim.

Jason e Leo estão na churrasqueira cuidando das carnes, onde o louro ainda parece confuso em como usar a grelha. Meu sobrinho está sentado junto com a namorada, escondendo o rosto no cabelo dela, enquanto meu pai e Damien riem de algo. Os gêmeos estão na beirada da piscina, brincando com a água. Will e Nico estão sentados em um canto mais afastado falando sobre algo aleatório e sorrindo. Mesmo depois de anos, meu primo apenas sorria daquele jeito quando estava com o marido e eu ficava feliz por ele.

Caminho até o louro confuso e paro ao seu lado. Ele me nota e sorri acenando com a cabeça. Leo bate amigavelmente em minhas costas.

- Parabéns, cara! Mais um ano que nos suportamos – brinca.

Rio disso.

Era bom ver Leo fazendo piadas daquele jeito, confortável conosco. Lembro que teve uma época, depois de algum tempo da formatura, que eu me dei conta que quase não era próximo do latino, o que me fez ficar preocupado. Fiquei imaginando se tinha algum ressentimento de quando eu namorei Calipso, piorando quando eles brigaram e ela veio ficar uma tarde em casa. Mas eles reataram e tudo voltou ao normal. Além que depois disso Leo passou a ser bem mais comunicativo, vivendo de forma mais confiante. Hoje éramos bons amigos.

- Obrigado, elfo.

Ele faz uma careta e me chama de garoto água. Sorrimos e começamos a conversar sobre amenidades, enquanto assamos as carnes.

Ao final da tarde o resto do pessoal chega. Hazel vem me abraçar, assim como a filha deles, Mia. Frank me cumprimenta apenas com um sorriso, depois segue pra perto dos outros. Malcolm, Ashley e Akira também me cumprimentam desejando os parabéns.

Caminho até Annabeth e a abraço de lado. Ela se aconchega em mim e olha em meus olhos com aquelas íris cinzas que eu tanto amo. Sorrio dando um selinho nela.

- Você é linda, sabia? – coloco uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha.

- Você não me deixa esquecer – diz em tom de brincadeira.

- Porque é verdade. Agora vamos antes que meus primos venham me arrastar – digo a puxando pra ficar ao meu lado na hora do parabéns.

A mesa está repleta de doces com um bolo azul de dois andares no meio. Justin e Lucy se juntam a nós dois e a cantoria começa. Viro-me pra ficar com os olhos rentes ao da minha esposa, porque nesse momento apenas ela importa.

Os seu cabelo está curto agora chegando um pouco abaixo da sua orelha, seus olhos estão brilhando e seus lábios estampam aquele sorriso que ela sempre me dá quando vai me dizer que me ama. Me perco na sensação de estar perto dela.

- Percy, você precisa apagar as velas – sussurra me fazendo piscar rapidamente.

Minha irmã e eu assopramos as velas juntos e mentalmente eu faço um pedido, na verdade um agradecimento. Cortamos os primeiros pedaços e eu dei o meu pra minha Sabidinha.

- Sabe o que eu pedi?

- Não devia ser segredo? – indaga com a sobrancelha arqueada.

Puxo-a pra nos sentarmos em uma poltrona, ela em meu colo. Envolvo sua cintura com os braços e apenas a olho.

- Na verdade eu agradeci – digo roubando um pouco do glacê azul do seu bolo.

- Pelo quê? – pergunta curiosa.

- Por tudo ter feito com que eu esteja aqui hoje – digo com sinceridade.

- Como assim?

- Pela vida, Annie. Por ela ter feito você trombar em mim aquele dia. Por você me perdoar depois de tudo aquilo. Por tudo nos trazer pra esse dia agora, com nossos filhos e com nossa família. Por ter me trazido a felicidade, porque eu não sei como seria minha vida sem você – digo a encarando.

Seus olhos ficam um pouco molhados e ela me dá um tapa no braço que me faz rir.

- Por ela ter me feito te amar. Eu amo você, Percy.

- Eu também amo você, Annabeth.

Nossos lábios se juntam carinhosamente em uma prece muda. E eu agradeço de novo. Agradeço aos acasos do destino por me trazer até aqui.


Notas Finais


Aí deuses, eu prometi que não vou chorar 😢

O que eu posso dizer além de agradecer? Obrigada por tudo leitores, pra aqueles que me acompanham desde o início, aqueles que vieram no meio e aqueles que verão essa história depois de terminada. Amo todos vocês ❤❤

Quando eu comecei a escrever isso aqui, eu nem pensava em postar, mas minha amiga me convenceu, por isso muito obrigada linda! 💙

Essa fanfic vai ficar no meu coração pra sempre. O retorno de vocês me fizeram tão bem, são mais de 150 favoritos, quase 26 mil visualizações e muitos comentários que me incentivaram até o fim. Obrigada por tudo mesmo ❤❤

Desculpa minhas crises e minhas inseguranças (sou muito perfeccionista, por isso acho que nem ficou bom esse final...), mas agradeço a cada um que me acompanhou até aqui. E peço que incentivem seus autores, vocês não sabem o quanto isso é importante pra gente ❤❤

Beijos a todos. Tia Gih ama vocês ❤


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