Eu não queria surtar, entrar em pânico ou ter qualquer reação que me tornasse inútil, mas a emoção me transformou nesse babaca imóvel. Jimin e eu estávamos em prantos, o seu corpo se contorcendo na cama era captado dolosamente pela minha visão embaçada e a última coisa que eu tinha noção era de como agir
— Liga pro Jack, por favor- Jimin falou choroso
Mesmo que eu não gostasse daquele cara, o orgulho era o menos importante, em primeiro lugar a saúde do Jimin e do Bebê. Peguei o celular jogado na cama, foi difícil conseguir achar o número do Jackson nos contatos, as mãos trêmulas e a visão desfocada não ajudava com uma simples ação
Por fim falei com ele, talvez eu mais tenha chorado do que falado, mas o Jackson disse que em menos de cinco estaria aqui, então ele entendo a situação
— Ele tá chegando, amor, fica calmo- disse tentando não transparecer o nervosismo, era impossível.
— fica calmo também- o Jimin não imagina o quanto eu queria ficar
(...)
Jackson nos ajudou a chegar no hospital, com muita dificuldade, mas chegamos, tivemos que carregar Jimin até o carro e por pouco ele não carrega nós dois, por esse motivo eu não quis acompanhar o parto, no mínimo eu desmaiaria.
“mas Jungkook, você não tá sendo frouxo demais?”
O caso é... Jimin e meu filho se tornaram meu tudo, quando se trata dos dois, eu perco a noção de como agir e talvez seja por isso que eu estou quase surtando na sala de espera. Essa cirurgia não acaba? Quando eu posso ver o meu namorado que eu ainda não pedi em namoro e minha filha? Será que eles estão bem? Eu vou invadir aquela sala
— Mantenha a calma, jeon... tu estás tremendo- ouvi a voz de Jackson atrás de mim
— Não me peça pra mandar a calma, tu não sabes o que eu tô sentindo- rebati
— Eu sei exatamente o que tu sentes, eu acompanhe maior parte da gravidez dele, me sinto o pai também- eu quero matar esse cara
— Mas não é! O pai sou eu
— Mas eu vou ser padrinho- tive que aceitar a escolha do Jimin
— infelizmente! Aaaaa! Eu quero entrar lá- passei as mãos no cabelo frustrado
(...)
Após seis horas eu podia entrar e ver os meus bebês, minhas pernas fraquejavam a cada passo em direção ao Jimin. Encarei a porta antes de abrir, me faltava coragem.
Respirei e inspirei, fechando os olhos pra enfim entrar no quarto
Quando criei coragem pra olhar o local, vi a cena mais linda existente
Jimin com a minha filha nos braços, nossos olhos estavam molhados pela emoção
— Vem ver nossa filha, amor- me chamou com o tom mais doce possível
Me aproximei deles, tentando me conter e não assustar o pequeno corpinho adormecido. Olhei para ela e tive a prova que amor a primeira vista existe
— Ela é linda- falei baixo
— Igual a você
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