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História Accidents Will Happen - Verdades Part. 2


Escrita por: MaylinhaChan

Notas do Autor


Eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee.
Ta ai mais um capítulo pra vocês, quero que me desculpe pelos dias sem postar -_-' , como estamos no final do ano eu estou em época de prova final.
Éééé pessoal oitavo ano não é fácil n kkkkk
Mas então, voltando ao que interessa, esse cap vai todo Pov's do Sasuke mesmo ok? No próximo vai Pov's da Sakura.
Só fiz isso mesmo por que a "história" do Sasuke é bem maior que a da Sakura, e também que eu não achei necessário um Pov's pra ela nesse cap.
Espero que gostem e boa leituraaa!!

Capítulo 24 - Verdades Part. 2


Fanfic / Fanfiction Accidents Will Happen - Verdades Part. 2

  Eu encarava a face confusa de Sakura sentada no sofá e sabia muito bem o por que de ela estar assim, afinal agora era a “hora da verdade”. Confesso que minha vontade de falar sobre isso estava abaixo de 0.00000 e muito milhões de 0, mas depois de ela se encontrar com Karin e meu pai acho que ela merece no mínimo uma explicação decente.

  Dei um suspiro pesado e fechei os olhos, procurando concentração, e o mais necessário: coragem. Era um assunto delicado, nunca pensei que estaria aqui hoje, JUSTO hoje. No fundo eu sabia que contaria a verdade a ela. Por que? Não sei, pergunte ao meu subconsciente. Mas mesmo assim não imaginava que esse dia chegaria tão rápido. Respirei fundo e abri os olhos, encarando as orbes esmeraldinas totalmente confusas. É agora Sasuke, você consegue!

- Eu... – Tentava achar as palavras pra começar só que era mais difícil do que eu pensei.

- Olha Sasuke não precisa contar se não quiser. – Sakura se levantou e veio até mim, abaixando na minha frente e segurando minhas mãos. Seu toque era quente, e seu olhar tão confortante que eu achei ali a coragem que me faltava. Puxei seu braço e fiz com que ela sentasse ao meu lado, ainda segurando suas mãos.

- Eu já namorei a Karin. – Sakura não disfarçou o espanto ao ouvir minhas palavras ásperas. Não havia por que de ter um pingo de calma em minhas palavras, afinal lembrar daquela vaca ruiva não é legal.

- Então foi que ela disse aquilo... – Sakura abaixou os olhos e pareceu pensativa por um momento. Afinal o que Karin disse á ela?

- Aquilo? – Perguntei confuso. Se tem uma coisa que eu sei é que Karin é pirada, doidona de pedra, ela pode fazer qualquer coisa pra ter o que quer, e se der na telha que se livrar da Sakura é o melhor, é isso que ela vai fazer.

- Esquece. Continua. – Sakura sorriu meiga e me incentivou a continuar. Mesmo desconfiado eu resolvi terminar de falar, afinal se eu comecei agora vou até o fim.

- Bom... Na verdade não foi bem um namoro. Minha família é bem conhecida por onde eu morava. O renomado império Uchiha, construído por Madara Uchiha, meu avô, e administrado por Fugaku Uchiha, meu pai. – Resolvi começar de onde sempre se deve começar, do começo. – Minha família é rica, mas no fim ninguém sai cagando dinheiro por ai, e por isso precisamos trabalhar duro pra manter o nome Uchiha intacto. Meu irmão, Itachi Uchiha, sempre foi apaixonado pelos negócios da família, tanto que fez faculdade de direito e se tornou um ótimo advogado, o orgulho do meu pai, que só faz elogiar o quanto ele é esforçado. Já eu, mesmo que criado no meio dos negócios das empresas Uchiha, jamais me interessei por isso e nunca quis seguir carreira nesse ramo. Quando pequeno eu me meti em uma briga na escola, tudo por causa do Naruto, que mexeu com o menino da outra série. Eu podia deixar pra lá, afinal o Naruto é o Naruto, tá sempre arrumando confusão, mas quando vi o menino socando meu amigo eu não consegui ficar só olhando e fui ajudar o loiro.

- Uau. Você brigando quando criança? Essa eu queria ver. – Sakura deu um sorriso largo, ajeitando um fio teimoso de seu cabelo que caia sempre em seu rosto. – Mas então? Vocês venceram?

- Não. Apanhamos tanto que quando eu cheguei em casa todo regaçado minha mãe ficou louca, tentou processar a mãe do menino e tudo, mas no fim eu convenci ela a não fazer nada. – Dei um sorriso fraco lembrando desse dia. Foi realmente muito difícil convencer minha mãe a desistir do processo. – Mas eu não me arrependo nem um pouco de ter brigado, afinal se eu não tivesse feito isso não estaria aqui hoje.

- Como assim? – Sakura me olhou confusa e se ajeitou melhor no sofá, cruzando as pernas estilo índio. Eu só virei meu corpo e fiquei de frente pra ela, dando um sorriso fraco.

- Depois de apanhar feio naquele dia, eu fiz uma promessa junto com o Naruto. Juramos nunca mais apanhar como aconteceu, juramos nos defender e defender quem é importante pra nós. Assim, quando completei 18 fui me alistar no exército, por que pra mim essa era a forma mais eficaz de receber o treinamento necessário pra proteger quem eu amo. Mas fiquei surpreso ao encontrar Naruto lá, ele alistou comigo e daí pra frente seguimos o mesmo caminho, sempre juntos, fosse em treinamentos, testes e missões. – Sakura ouvia tudo atenta, como se quisesse memorar cada palavra dita por mim. – Só que não foi tão fácil assim. Minha mãe, Mikoto Uchiha, sempre foi uma mulher muito doce e gentil, por isso não aceitava o fato de eu estar no exército. Mas meu pai era diferente, ele não aceitava por não gostar, ele simplesmente achava que seus filhos tinham o dever de assumir seu império, mas eu não queria isso. Eu tentei de todas as formas convencê-lo a me deixar seguir no exército, mas ele se recusava e teimava em me obrigar a fazer uma faculdade de direito, como o Itachi. Só que assim como ele eu também recusava de todas as formas a faculdade, isso não era pra mim, minha vocação sempre foi outra, sempre fui bom nas atividades a qual os comandantes me dirigiam, fossem elas quais for, até as de mais alto grau de risco. Eu amo meu trabalho, e sempre vou fazer de tudo pra continuar nele.

- Nossa Sasuke, as coisas com você realmente não foram nada fáceis. – Sakura comentou.

- É... Mas eu estava disposto a lutar até o fim pelo meu sonho. – Suspirei e continuei. – Como nem eu nem meu pai queríamos desistir, ele resolveu ceder, mas com uma condição: de que eu arrumasse alguma namorada que tinha dinheiro. No começo eu não concordei, afinal eu iria usar uma menina pra conseguir o que eu quero, mas ai eu me lembrei de Karin, ela é prima do Naruto e sempre foi doida comigo. Desde pequena ela me perseguia, dizia me amar e tudo mais, sempre falando que faria tudo por mim. Como ela é prima do Naruto, ela pertence a família Uzumaki, outro renomado império, tão grande quanto o nosso. Eu propus ao meu pai um suposto namoro com Karin e ele aceitou na hora quando soube que ela fazia parte da família do Naruto, já que isso resultaria na junção dos impérios. Já a ruiva não mediu esforços e nem mesmo tentou negar minha proposta, aceitou de imediato. Nós ficamos um ano juntos, e apesar de ela ser grudenta e ciumenta demais, eu aceitava de boa, por que tinha conseguido o que queria.

- Mas se ela te ajudou... Por que você tem raiva dela? – Sakura estava apreensiva, suas orbes verdes estavam escuras, ela estava muito concentrada no que eu dizia.

- Eu confesso que nunca amei a Karin, mas eu gostava dela, da minha forma, mas eu gostava mesmo assim. Pra mim apesar de tudo e da forma como começamos nosso namoro, ela era... Digamos que especial.... Eu.. eu confiava nela. – Desviei meus olhos pra um canto qualquer da sala. Eu não queria encarar a Sakura, não me sentia pronto pra isso. – Um dia eu fui a casa dela, queria pelo menos uma vez chamar ela pra sair, como namorados de verdade fazem. Eu estava disposto a tentar algo sério com ela, com a mulher que sempre mostrou me amar realmente. Mas quando cheguei na casa dela, seus pais não queriam me deixar subir pro seu quarto, ficavam me enrolando dizendo que ela estava dormindo por que estava cansada. Como não acreditei naquele blá blá blá todo eu simplesmente subi as escadas até o seu quarto, mas eu ouvi alguns barulhos estranhos do outro lado da porta, pareciam gemidos, eu estranhei e girei a maçaneta, me deparando com a pior cena de todas. Karin estava na cama, nua, aos beijos e amassos com Sasori, outro ruivo que eu odeio. Eu não conseguia acreditar, a única coisa que eu fiz foi fechar a porta devagar, como tinha a aberto, sem fazer barulho algum, pra que eles não me percebessem.

- Ela estava com outro? – Sakura perguntou surpresa e espantada. Suas expressões não negavam a raiva que sentia da Karin, mesmo sem saber mais dela. – Que filha da puta..

- Poisé.. Eu saí de lá arrasado, me sentia traído, sujo, tudo o que vinha na minha mente era que ela estava comigo e com ele ao mesmo tempo, sendo que ela dizia me amar profundamente. Eu fiquei tão puto nesse dia que sai pra beber, fiquei louco, não raciocinava direito, não sabia o que tava fazendo. Mas eu me lembro bem de passar a noite com uma loira que eu nem sei o nome e voltar pra casa só na tarde do outro dia. – Passei a mão pelo fios do meu cabelo, nervoso, enquanto desviava mais uma vez o olhar pra um canto qualquer da sala. – Quando eu entrei na casa, estavam na sala minha mãe, meu pai, Itachi e Karin. Só que eu não queria conversar, estava pouco me fodendo pra tudo, mas eu nunca vou esquecer aquela briga.

 

Flashback On

 

  Eu não sei o que faço, minha vida de repente virou um amontoado de merda. Karin, a mulher que dizia me amar tava me traindo esse tempo todo, e ainda por cima com o bosta do Sasori, um idiota que sempre tentou se mostrar melhor do que eu.

  Parei diante da porta da minha casa e suspirei, não quero entrar, não quero ver ninguém, eu quero sair daqui, fugir pra algum lugar onde não possam me encontrar. Eu quero sumir por um tempo. Não Sasuke! Você tem que enfrentar isso de frente, abra essa porra de porta e manda todos se danarem, arruma suas coisas e vaza desse lugar antes que seja tarde demais. Isso mesmo, é isso que eu vou fazer.

 Abri a porta e entrei devagar, me deparando com todos sentados na sala, minha mãe, meu pai, Itachi e a vagabunda da Karin. Eu não sabia o que aquela puta estava fazendo ali, por mim que ela saísse agora mesmo, atravessasse a rua, e que um caminhão bem grande passasse em cima dela, pra não restar nem mesmo os ossos do corpo, que tudo virasse um amontoado de pó e sangue podre no chão.

- Sasuke-kun meu amor.. – A vaca da Karin foi a primeira a se levantar ao me ver, gritando meu nome com aquela voz de sapo boi que ela tem, vindo toda feliz na minha direção pra me dar um abraço, mas tudo o que eu fiz foi empurrá-la com tanta força que ela caiu no chão.

- Cala boca vagabunda minha cabeça tá doendo.. – Eu resmunguei e fui em direção a escada, passando por todos que estavam sentados, observando estáticos a minha ação, menos meu pai é claro.

- Sasuke. – Sua voz grossa saiu autoritária. Mas que se foda mesmo, eu não to nem ai pra nada. Continuei a subir as escadas, até ele gritar comigo. – SASUKE VOLTA AQUI AGORA.

- Fugaku não grite.. – Minha mãe o repreendeu. – Sasuke venha aqui por favor.

  A pedido da minha mãe eu desci as escadas de novo, por se fosse por meu pai eu mandava ele se ferrar pra lá. Caminhei de volta á sala e parei lá, cruzando os braços e olhando indiferente pra todos.

- E então? – Perguntei depois dos minutos que se seguiram em total silêncio. – Vão ficar ai olhando pra minha cara? Se for eu tenho mais o que fazer...

- Sasuke o que aconteceu com você ontem? Você saiu e não voltou mais. Não ligou, não mandou uma mensagem, nem mesmo avisou onde ia. Ficamos preocupados. – Minha mãe respondeu, se aproximando de mim e rodeando seus finos braços sobre meu corpo, me acolhendo em um abraço forte e reconfortante.

- Hn.. – Foi tudo o que eu respondi, retribuindo o abraço.

- Hn? Isso é tudo que você tem pra falar moleque? O que você acha que nós somos? Nem pra avisar onde ia você serviu, ficamos preocupados, e a Karin também. – Meu pai se pronunciou um tempo depois. Eu via no seu olhar a decepção, ele nunca iria olhar pra mim como olhava pro Itachi, com orgulho. Me soltei dos braços da minha mãe e encarei meu pai.

- A Karin? Preocupada? Háhá não me faça rir pai. – Eu disse com deboche. Só mesmo se ela estivesse preocupada em liberar pro Sasori. – Essa vagabunda estava bem ocupada quicando no pau de outro pra se preocupar comigo.

- O quê? – Karin perguntou espantada. Seus olhos estavam arregalados e ela tremia, ameaçava chorar a qualquer momento.

- Sasuke do que você tá falando? – Itachi finalmente se meteu na conversa, já que antes só mesmo ouvia e analisava a situação.

- Isso mesmo que vocês ouviram. Ontem eu fui convidar ela pra sair comigo, pela primeira vez eu queria agir como um namorado de verdade. Mas quando cheguei lá, eu encontrei ela nua, na cama com Sasori, gemendo o nome daquele desgraçado. – Eu praticamente cuspi as últimas palavras na cara da ruiva, que a essa altura do campeonato já chorava rios de lágrimas.

- S-Sasuke-kun n-não é-é nada dis-sso que você ta p-pensando... – Karin tentou se aproximar de mim, gaguejando e chorando, mas eu a olhei com nojo, desprezo.

- Não se aproxime de mim sua puta de quinta. Você não vale nada, é uma desgraçada que dizia me amar, enquanto dava pra outro nas minhas costas. – Eu fechava minha mão com força, tentando ao máximo me segurar pra não voar nessa desgraçada e matar ela ali mesmo.

- E você fez esse alvoroço todo só por isso? – Meu pai perguntou calmo. Já eu estava com os olhos arregalados diante de suas palavras.. Como assim só isso? Pra ele não significava nada o fato de seu próprio filho ter sido feito de corno?!

- Só isso pai? Só isso? – Se ele acha que isso é pouco, pra mim não é. – Eu sinceramente não sei como você pode dizer isso. Eu fui traído, mesmo que esse namoro não fosse de verdade, eu confiei nela, eu estava pela primeira vez disposto a aceitar esse relacionamento falso. E o que ela fez? Me apunhalou pelas costas, se deitou com outro, e pelo visto aproveitou bastante, já que estava gemendo que nem uma cachorra no cio. – Proferi as ultimas palavras olhando diretamente pra Karin, que estava ajoelhada no chão, ainda chorando.

- Preste bem atenção no que eu vou te falar Sasuke. – Meu pai se levantou e veio até mim, parando na minha frente com sua pose superior. – Você propôs esse namoro lembra? Tudo isso pra ficar no exército, então não reclame. Se ela se deitou com outro? Idaí? O que tem de mais nisso? Se Karin procurou outro, é por que você não foi o suficiente pra ela, então você vai até ela, vai ajoelhar no chão e vai pedir desculpas por suas palavras rudes, ou eu mesmo te faço ir até lá.

- O quê? Tá doido? Eu SEMPRE fui bom o bastante, tanto que as outras com quem eu dormi não reclamaram. Agora se essa vagabunda não consegue se controlar só por ver o pau de outro já não é problema meu. – Eu respondi, mas nem mesmo acabei de falar e senti o impacto de um punho contra meu olho direito e minhas costas batendo contra a parede.

-PAI.... – Itachi correu e segurou meu pai antes que ele me desse outro soco, enquanto minha mãe vinha me socorrer.

  Eu estava estático. Só via os lábios da minha mãe mexendo, formulando frases como ‘você esta bem?’ ou ‘ está doendo muito?’, mas eu não a ouvia, era como se eu fosse surdo. Tudo á minha volta tinha ficado em câmera lenta, como nos filmes. Minha mão estava sobre o lugar onde a pouco tinha sido acertado um soco, lugar este que estava latejando, assim como as minhas costas. Pela primeira vez na minha vida, meu pai tinha me batido... Não.. meu pai tinha me socado.

- Fugaku como você pode fazer isso com seu filho? – Quando finalmente voltei á realidade eu pude ouvir minha mãe brigando com eu pai.

- Isso é pra ele aprender a respeitar a Karin, á namorada dele. – Meu pai retrucou nervoso. – Se ele não pode respeitá-la, ele não é meu filho.

 Depois de ouvir isso foi como se tudo, TUDO que aconteceu até agora não fosse nada, não passava nem perto de ser negado como filho só por causa de uma putinha qualquer. Foi aí que eu percebi uma coisa: meu pai não ligava pra mim, ele sequer me via como um filho, só como um herdeiro, que tem como obrigação manter o nome Uchiha.

 Eu respirei fundo e me levantei do chão, ainda segurando o lugar dolorido pelo soco, e encarei meus pais, Itachi e por último Karin. Eu fechei os olhos e me concentrei em uma coisa: acabar logo com isso. Abri meus olhos depois de um tempo e encarei diretamente o meu pai.

- Pois se é assim, não precisa mais me considerar seu filho, você pode me desertar ou o que for, mas eu nunca vou respeitar essa vagabunda. – Me pronunciei sem emoção, apontando pra Karin e sem deixar eles retrucarem eu subi as escada em direção ao quarto, onde sem perder tempo eu arrumei minhas coisas.

 Desci de novo minutos depois, já com as minhas coisas prontas. Eu tinha decidido: vou embora dessa casa, e que se foda o que meu pai quer. Caminhei lentamente até a saída, pronto pra sair de casa.

- Tem certeza disso meu filho? – Minha mãe perguntou preocupada. Eu apenas a olhei e confirmei com a cabeça, enquanto ela corria em minha direção e se jogava em meus braços, chorando.

- Eu vou ficar bem mãe, prometo. – Sussurrei passando a mão em seus cabelos negros, assim como os meus.

- E-eu sei meu filho... Só toma cuidado tá? – Minha mãe me olhava nervosa.

- Vou tomar. – Respondi sério. Olhei por cima de seu ombro e vi Itachi, que olhava pra baixo, parecia triste. Eu o intendia, apesar de meu pai nunca ligar pra mim, Itachi era diferente, sempre me protegeu e cuidou de mim, me dava a tenção que meu pai não tinha.

- Você vai mesmo embora irmão? – Itachi veio cabisbaixo até mim. Confirmei com a cabeça e assim como a minha mãe ele me abraçou.

- S-Sasuke-kun não vá... Eu prometo nunca mais fazer isso... – Karin chorava e tentava me abraçar, mas eu a afastava de todo jeito. Itachi ainda me ajudou a segurando pra que eu pudesse sair, mas quando abria porta meu pai se mostrou presente.

- Se sair, não volte nunca mais. – Sua expressão ainda estava calma. Meu pai sequer demonstrava querer que eu fique.

- Como se você se importasse.. – Eu resmunguei e saí, batendo a porta.

 

Flashback Off

 

- Depois daquele dia eu me foquei nas missões do exército, me esquecendo de tudo. Eu viajei pros EUA durante cinco anos, mantendo distancia da minha família... Só respondendo a ligações da minha mãe e de Itachi. Mas agora que eu voltei, acho que meu pai resolveu se lembrar que tem um filho. – Terminei de falar e encarei Sakura, que não dizia nada, só retribuía meu olhar.

- Sasuke eu... não sei o que dizer... – Ela sussurrou, abaixando a cabeça. Eu encarei seus fios róseos por um tempo, pensativo.

- Não precisa dizer nada Sakura, eu voltei e agora vou lidar com tudo isso. Tenho 25 anos, acho que já posso devolver muito bem aquele soco ... Você não acha? – Perguntei divertido. Sakura ergueu a cabeça e sorriu calma.

- Claro que pode, com todos esses músculos acho difícil você perder uma luta.. – Ela sorriu sapeca, entrando na brincadeira.

- Ahhh é dona Sakura?? – Subi em cima dela e comecei um ataque de cócegas.

- Hahahahahaha n-não S-Sasuke para hahaha – Sakura já estava vermelha de tanto rir, algumas lágrimas até mesmo escapavam de seus olhos.

- Ué? Arregou Sakura? – Perguntei zombeteiro parando as cócegas. Sakura alargou o sorriso a agarrou meu pescoço, dando impulso pro lado, fazendo com que nós dois caíssemos no chão, com ela por cima de mim.

- Isso nunca... – Ela sussurrou e começou as cócegas em mim. Eu bem que tentava segurar seus braços, mas a danada mordia minhas mãos sempre que eu conseguia. – S-Sakura para hahahahaha...

- Noooonnnnn hahahaha... – Ficamos rolando pelo tapete por um longo tempo, fazendo cócegas um no outro, como duas crianças, até que ouvimos a campainha tocando. Sakura se levantou e foi atender a porta, ainda ofegante pelas cócegas.

 Quando ela abriu a porta não moveu um músculo, parecia paralisada diante de quem quer que fosse do outro lado. No começo eu não entendi bem o por que, mas logo minha mente processou o fato de ser Sasori, ou seu pai, então logo me pus de pé e olhei por cima dela, mas ao vez do ruivo, ou de seu pai, eu encontrei um moreno alto, mas ainda menor que eu, ele devia ter uns 1,70 por ai, em seu rosto tinha duas marcas vermelhas e seus olhos eram meio puxados.

- K-Kiba? – Sakura perguntou baixo, parecia apreensiva.

- Quanto tempo rosada, não vai me convidar pra entrar? – O moreno já ia dando um passo pra entrar, mas Sakura o impediu.

- N-na verdade eu estou ocupada agora... – Além da voz trêmula, sua mão na porta estava com os nós dos dedos brancos, de tanto que ela apertava a maçaneta.

- Ah não seja mentirosa.. Saia da frente e deixe eu entrar. – O tal de Kiba usou uma voz mais autoritária dessa vez, e eu percebi Sakura vacilar. É Sasuke parece que é com você agora...

- Sakura meu amor preciso de você.. – Cheguei atrás dela e rodiei os braços em sua cintura, encenando o ‘namorado da rosada’. Sakura soltou a respiração, parecia mais calma agora.

- Quem é você? – O moreno alternava o olhar entre mim e Sakura, esperando minha resposta.

- Sou Sasuke Uchiha, namorado da Sakura. E você? – Perguntei de volta, ainda com os braços ao redor de Sakura.

- Kiba Inuzuka, o ex da Sakura. – Ele respondeu, se achando superior. Eu só revirei os olhos e enfiei minha cabeça entre o pescoço e o ombro de Sakura, cheirando os fios róseos.

- Uhumm lesgauu... Então amor eu preciso de você.. – Sussurrei pra Sakura, mas alto o suficiente pra que o Kiba ouvisse.

- C-claro amor.. Tchau Kiba.. – Sakura deu um pequeno tchauzinho com a mão e fechou a porta, suspirando aliviada. – Obrigado Sasuke.

- Afinal de contas com quantos homens você já ficou? – Perguntei debochado, soltando sua cintura e voltando a sentar no sofá.

- Foi primeiro o Gaara, depois o Deidara e por último o Kiba.. No total foram três, sem contar o Sasori. – Sakura me mostrou três dedos, sorrindo sem graça.

- Ah... Que isso em rosada arrasando corações, já namorou quatro.  – Dei um sorriso mínimo. Na verdade eu espera um numero bem maior de pessoas, já que Sakura era muito bonita, além de gostosa pra caralho.

- Que nada. Acho que não faço como você, que mesmo de cara fechada ainda atrai atenções. – Sakura deu uma pequena gargalhada e veio até mim, sentando no meu colo, com uma perna de cada lado da minha cintura. Ela passou os braços no meu pescoço e ficou num carinho gostoso nos fios da minha nuca.

- Eu discordo. – Também dei uma pequena risada e observei seus lábios carnudos por um tempo, até ela passar a língua sobre eles, como um convite. E como o grande cavaleiro que sou resolvi aceitar o convite, atacando sua boca rosada com força, num beijo rápido e envolvente.

- Vai dormir aqui? – Sakura perguntou quando nos separamos devido a falta de ar. Sua respiração estava ofegante e seus olhos fechados, enquanto nossas testas estavam juntas, e o carinho na minha nuca continuava.

- Posso? – Perguntei também ofegante, mas de olhos abertos.

- Por favor.. – Ela respondeu e sorriu, abrindo os olhos e levantando do meu colo, pegando os saltos no chão e a bolsa no sofá. – Vem...

  A segui até seu quarto, que continuava com o mesmo cheiro de cerejas. Sakura foi até o armário, pegando uma camisola preta e fina, além de pequena, e foi em direção ao banheiro. Mas antes de entrar olhou pra mim.

- Quer um moletom? – Ela me perguntou divertida. Eu sorri e neguei com a cabeça.

- Vou tirar só a calça mesmo. Tem problema? – Cruzei os braços e dei um sorriso de lado.

- Na verdade eu agradeceria por isso, afinal com uma bunda dessa... – Sakura deixou a frase no ar, colocando a mão sobre o peito e suspirando, entrando no banheiro depois.

- Ahh claro muito obrigada.. – Eu falei um pouco alto pra que ela pudesse ouvir de dentro do banheiro.

- De nada gostosão. – Sakura rebateu, mas devido a porta fechada sua voz saiu meio estranha. Eu dei uma risada e comecei a tirar a roupa, ficando só com a cueca, e a blusa, então pulei em cima da cama, caindo de bruços. Sakura abriu a porta do banheiro e veio até a cama. – Isso mesmo Sasuke Uchiha quebra a minha cama.

- Tá me chamando de gordo? – Eu resmunguei com a cabeça enfiada entre os travesseiros.

- Que nada.. – Ela riu e subiu em cima de mim, deitando sobre as minhas costas. – Sabia que você é macio e quentinho?

- Ahh isso é bom.. – Dei um sorriso de lado, enquanto Sakura distribuía pequenos selinhos pela minha nuca.

-Com certeza. – Ela saiu de cima de mim e se deitou do outro lado da cama, de costas. Eu deitei de lado e puxei seu corpo, a virando de frente pra mim.

- Boa noite Sakura.. – Sussurrei beijando de leve sua testa.

- Boa noite Sasuke. – Sakura respondeu serena, depositando um leve beijo no meu pescoço.

 Com certeza o dia de hoje foi loooongo, mas acho que não tão ruim assim. Na verdade nada é ruim quando a Sakura está perto, e nem mesmo meu pai consegue acabar com o meu humor.

 Aos poucos minha consciência foi indo embora, dando lugar ao sono, e a última coisa que eu pude ver foram os fios extravagantes, de uma cor totalmente estranha, mas que me  fascinavam, me prendiam por completo. Eu só tenho uma coisa a dizer:

  Obrigado Sakura.

 


Notas Finais


Ficou boomm??
O que acharam do passado do Sasuke?
E a Karin?
E esse Kiba em?! kkkk
Bjocas e até o próximo galera <3


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