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História Ace Love - Love


Escrita por: ShiroKohta

Notas do Autor


*suspiro pesado* ai ai

Capítulo 2 - Love


Minseok sabia que estava sendo rude e filho da puta com o Jongdae, seu treinador e seu irmão faziam questão de esfregar isso na sua cara, mas ele não podia deixar de sê-lo. Algo sobre o garoto lhe fazia querer testar os limites dele. O adolescente era bom com uma raquete em mãos não podia negar e poderia ficar muito melhor, se ele pressionasse nos lugares corretos e ao contrário do que Jinwoo tinha lhe dito que a implicância do mais velho parecia coisa de garotinho do fundamental apaixonado pela coleguinha de turma, a situação era nada romântica e sim totalmente profissional. Jinwoo que se iludisse sozinho com sua teoria de paixãozinha adolescente, Minseok não tinha tempo para isso, ele tinha uma olimpíada para disputar e ganhar.

Ele chega na quadra depois de passar na academia para encontrar o garoto ainda com o uniforme escolar conversando com o treinador Cho e outros dez jovens, Minseok os identifica como a equipe sub-17. O tenista não chega muito perto para ser notado, mas perto o suficiente, para ouvir algumas palavras. Eles conversam sobre um torneio que a equipe iria participar no Japão e Jongdae participa da conversa feliz, o sorriso que ele tem no rosto é lindo e por breves segundo Minseok deseja que aquele sorriso fosse direcionado á ele, mas como aparece a vontade logo some.

Um garoto alto e bochechudo se aproxima e puxa o adolescente pelo colarinho da camisa para longe do círculo, eles se afastam um pouco do grupo e para próximo de Minseok que se esconde atrás de um poste, interessado até demais na conversa alheia.

― Vamos tomar um sorvete comigo. ― o adolescente diz a Jongdae que nega com a cabeça.

― Não dá Seungyoon, o Minseok vai chegar já já.

― Oh, o carrasco chegou tarde hoje? ― Minseok sorri de lado com o apelido.

― O carrasco foi virar monstro na academia.

― Vamos lá Dae eu te pago um salgado. ― Jongdae é agarrado por ambos os braços e sacudido de um lado para o outro, dá pra se perceber claramente na sua expressão que ele estava cogitando a ideia de seguir o outro adolescente. Minseok não podia deixar isso acontecer.

― Salgado é ---

― Você não deveria estar na quadra treinando seu lixo de drive? ― o mais velho interrompe assustando ambos os garotos, que logo tomam uma postura séria. Jongdae fica vermelho, mas pela maneira que suas mãos se fecham em punho não são por vergonha.

― Oh, e-eu vou me trocar. ― ele responde e sai rápido em direção aos vestiários deixando pra trás os outros dois tenistas em um jogo de encara-encara.

O outro garoto o olha de cima á baixo, mas não consegue sustentar o olhar frio do mais velho, ele logo se curva em respeito e sai de encontro aos outros jovens tenistas. ‘Carrasco ein’, Minseok já havia sido chamado de tudo, menos de algo tão simpático assim.

 

.

Jongdae queria poder odiar Kim Minseok, mas sua paixonite pelo dito cujo era mais forte, ainda mais quando o mesmo lhe lançava um sorriso, mesmo esse sendo provocador. Eles estavam praticamente há um mês nessa situação, enquanto os outros pediam para ele ter paciência e focar no jogo, ele era o único que ficava na linha de recebimento das provocações. Jongdae tinha um sonho muito específico, ele queria ser um grande tenista, queria poder disputar grandes campeonatos profissionais e preencher mais ainda sua parede com medalhas e troféus, talvez até ganhar um Grand Slam e se pra isso ele tinha que passar pela provação de aguentar Kim Minesok em toda sua grande chatice, ele iria perseverar, e provar para o outro que nem tudo é tênis e que ele não é a melhor bolacha do pacote.

― Você deveria ir pra casa.

― Eu preciso treinar, como você mesmo disse meu drive é um lixo.

― É sua folga vá pra casa. ― Jongdae finge que não é com ele e continua a correr de um lado para o outro rebatendo as bolas. ― É uma ordem Kim Jongdae, vá pra casa!

Jongdae para uma bola tira fino de seu rosto e outra bate em sua perna, ele estava cansado de ser ordenado de um lado para o outro pelo tenista mais velho, estava cansado de ser tratado como um inútil, ele caminha com passos decididos para onde Minseok está sentado, com um objetivo claro, de dizer boas verdades, mas o que sai da sua boca quando chega próximo o suficiente é inesperado.

― Eu vou pra casa se você for comigo. ― Jongdae quer se matar, Minseok o encara surpreso, provavelmente a mesma expressão estava estampada em seu rosto.

― Em que sentido?

― Eu vou pra casa se você for comigo, o sentido encontramos lá. ― Ele responde, com uma estranha confiança que faz o outro sorrir e se levantar.

― Okay. ― Minseok diz e Jongdae belisca as bochechas duas vezes para ter certeza de que estava na realidade correta e não em um universo paralelo. ― Vamos pra sua casa Jongdae.

 

O que ele não esperava realmente era acabar assim, quando convidou o Minseok pra lhe acompanhar até em casa, achou que poderia ganhar a confiança do mais velho junto com uma taça de vinho e uma conversa amistosa. Mas as coisas acabaram tomando um rumo diferente.

Jongdae arfa. Os eventos estavam muito nublados em sua mente, ele não conseguia colocar em uma sequência em como havia ido parar nessa posição, com o Minseok pairando em cima de si no pequeno sofá e com a mão dentro de sua bermuda.

Jongdae treme quando o mais velho desliza o polegar na cabeça de seu pênis bem em cima da fenda, ele choraminga, sentindo o pico de seu ápice se aproximando.

― Min--s-seok, por favor. ― Ele sorri contra sua pele e inclina deixando um rastro ardente de beijos por sua face. Jongdae sente seu corpo reagir a cada toque, e ele puxa o mais velho, pedindo-lhe para se apressar, mas isso só faz com que ele se mova mais lento. Ele traceja formas pequenas em sua pele com a língua e o adolescente choraminga.

 

Se ao menos Jongdae soubesse que ao final de tudo o mais velho iria recolher suas coisas e ir embora, não teria aberto á boca.

― Eu gosto de você Minseok e gostaria que você me---

― Eu não quero saber se você tem uma paixonite por mim Jongdae. ― Minseok o interrompe, como se o adolescente não tivesse nem começado a falar. ― Eu só quero que você dê o impossível para ganharmos aquela medalha. ― ele diz simplista, os olhos e face brilhando com indiferença. ― Eu não tenho tempo pra romance, mas até que isso foi uma boa diversão.

 

A medalha de melhor filho da puta de todos os tempos vai para Kim Minseok.

 

.

 

Os dedos Minseok vão para o seu pescoço onde Jongdae tinha deixado um chupão, apesar da vermelhidão ali,  Minseok era o único que estava deixando marcas com sua grosseria e estupidez. O problema era que, não queria admitir que o garoto estava o mudando, e para melhor. Que tudo o que achou ser certo, respirar tênis, não era a única coisa no mundo ao qual tinha nascido para. Jongdae tinha mostrado a Minseok que, amar faz parte, viver de verdade é permitido, se divertir era válido e ele queria mais, porém não sabia como dizer isso á Kim Jongdae.
Jongdae comparece ao treino no outro dia, mas não lhe dirige uma única palavra nem ao menos olha em seus olhos. Quando o treinador sugere uma partida entre os dois e sem hesitação o mais novo caminha decidido para seu lado na quadra, Minseok pensa que talvez não seja tão ruim assim expor seus sentimentos. Jongdae faz o primeiro ponto. Ele não sorri e seu olhar é focado como sempre, ninguém pensaria que havia algo diferente nele, mas Minseok podia ver as pequenas dicas, as pequenas rugas ao redor dos olhos, os lábios pressionados em uma linha. Minseok se move graciosamente em torno da quadra, rebatendo os ataques de Jongdae e atacando ferozmente, mas isso não impediu Jongdae de fazer todos os pontos.
Era uma batalha e Jongdae estava implacável. Ele faz todos os pontos, não importa quão difícil fossem, quantas vezes ele teve cair, ou o quão ofegante sua respiração estava. Ele estava coberto de suor, olhando para o seu adversário no outro lado da rede e jogava do jeito mais bonito que Minseok já tinha visto ... e ele estava jogando para ele, em uma resposta silenciosa porém bastante direta para o que tinha feito.

Minseok para o jogo quando a primeira gota de chuva, ao redor todos saem correndo, mas ele e Jongdae continuam parados na quadra um encarando o outro com a rede os separando.

― Meninos! Saiam da chuva!! ― Treinador Cho grita ao longe, mas nenhum dos dois lhe dá ouvidos, resumindo o jogo de antes com uma contenda de olhares, frios de um lado e pesarosos de outro.

Jongdae desiste de continuar a encarar o mais velho e dá as costas pra ele, se dirigindo na mesma direção que o treinador tinha ido, os vestiários. Minseok não espera o garoto cruzar a quadra e sumir de sua vista, ele corre e puxa Jongdae pelo braço, o parando no meio do caminho.

― Qual o seu problema? ―Jongdae pergunta, seus olhos fixos no chão. A chuva forte estava ensopando seus corpos, mas Minseok ainda segurava o seu pulso o impedindo de sair. O mais velho puxa o seu braço com força fazendo Jongdae encará-lo, seus olhos se chocam.

― Meu problema é você. ― Com ferocidade, seus lábios se chocam em um beijo molhado e necessitado. A raquete de tênis cai ao chão com um baque surdo, Jongdae se vê preso nos braços fortes do mais velho, suas roupas ensopadas grudadas, ele leva ambas as mãos para o rosto do outro, seus dedos tremem e não são de frio.

―Eu não queria aceitar que você é melhor que eu. Você é incrível Jongdae, um tenista habilidoso que eu jamais serei, você é lindo eu…

― Estamos falando de tênis? ― mas é ignorado momentaneamente pelo outro que continua a falar.

― Eu não sei, sempre que eu te encaro tudo isso vem se esgueirando pra fora de mim e --- eu não posso me ajudar, eu não quero te decepcionar.

As palavras saem por conta própria, ele se encaram por longos minutos.

― Ainda estamos falando de tênis? ― Jongdae pergunta novamente e Minseok suspira, pela primeira vez desde que o conheceu o mais novo via o experiente tenista, tímido e totalmente sem palavras. ― Você é ridículo. ― Jongdae se aproxima mais do outro, suas bocas ficam a centímetros uma da outra. ― No final, não era sobre tênis ein.

Ele agarra o rosto do mais velho, as mãos ásperas de correm contra a pele suave, e traz seus lábios para a mandíbula tensa do outro. Estava tudo molhado e desleixado, mas Minseok estava quente e tinha gosto de casa. A água escorre por seus cabelos, e com as testas pressionadas uma contra a outra e peitos subindo e descendo com a respiração pesada, eles dizem muita coisa com apenas um olhar. Eles se beijam calorosamente ignorando o frio, a chuva que caia mais forte, o possível resfriado.


Não, não era sobre tênis afinal.



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