Aceitações dolorosas
Espelho, olhe-me e diga-me: por que tão cruel?
Eu preciso de um professor, pois ainda estou aprendendo e, consequentemente, há palavras que fazem-me ficar desentendida e estéril para com o conhecimento.
Adorar, gostar e amar são, de fato, três coisas das quais mais confundem-me e, mesmo que afunde o rosto sob os dicionários e pesquisas, não é absorvido por meu cérebro, por meu corpo e meus sentimentos. e talvez, a realidade esteja machucando.
Em tudo o que faço há um erro, um defeito explícito ou escondido, mas está lá; incompleto, imperfeito e, quem sabe, descartável. soa irônico para mim, afinal, ecoa por minha mente como uma descrição indireta de meu coração pequenininho e apertado.
Não existe a palavra adorar quando o assunto são meus trabalhos, minhas conquistas, meus pensamentos e gostos. no entanto, adentra-se bem ao que abraça-me constantemente: solidão. um vazio confuso e, sem dúvidas, inquestionável.
Não existe a palavra gostar nos lábios alheios ou nos meus próprios ao dizerem sobre/de mim, meus feitos e sorrisos. embora eu ache que os demais gostem muito de taxarem-me de estranha, estúpida ingênua. um bom saco para socos emocionais.
E também não existe a palavra amar para meu corpo, afinal, quem amaria uma promessa quebrada? um defeito que, quem sabe, a própria família não quer mais?
Estar remendada por juras é doloroso, porque, a cada cirurgia, há uma nova rachadura e aceitar-me dói. dói porque a cada dia estou mais e mais inalcançável para todos ao meu redor e temo que se cansem. e eu só espero que possam me perdoar.
tu, ele (a), eles (as) amam. que quer dizer?
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