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História Acerto de Contas - Retorno


Escrita por: Clara-kane

Capítulo 3 - Retorno


Marco estacionou na frente de uma boate de stripper, a mais popular que tinha no mercado, embora na minha opinião não quer dizer nada. Pois quem frequentava era aliados ou clientes da máfia do qual faziam o negocio com as stripper caso fosse relacionado à drogas ou sexo, se fosse algo maior e perigoso iria se tratar com os "gerentes".

Caso não tivesse com o que pagar, era designado um assassino para dar pressa ou simplesmente matar, dependia muito da situação. O meu antigo papel na corporação era infiltrar nos site do governo e redes sociais puxando assim todas as informações do cliente para poder usar contra e do serviço prestado. Em alguns momentos, eu mesma era designada para resolver. Felizmente Dira se intervia em todas as vezes paa não aprofundar nos negócios. 

Devo muito a ela, era por esse dívida que eu estava em frente ao meu antigo "emprego". 

- Tem certeza que Carlos está aqui?

- Sim, apesar da situação, ele ainda está tomando conta dos negócios. Mais impaciente e mal humorado. 

- Então somos dois.

Sai do carro e fui para entrada. O segurança e a recepcionista logo me reconheceram e permitiram passar. O local cheio de luzes néon de vários tons focado principalmente nos minis palcos onde tinha adolescentes retirando as roupas extravagantes ao ritmo da música, o cheiro forte de drogas logo invadiu o meu olfato, não fiz nenhuma cerimônia em demonstrar o desagrado. 

Passei pelas mesas onde tinha drogados sofrendo abstinência fazendo inúmeras promessas as garçonetes que pagaria o que consumia, logos eles seriam mortos. Passei pelos palcos e uma adolescente jogou um sutiã em mim, aposto que o seu alvo era algum riquinho sentado apreciando o espetáculo por julgar o pedido de desculpas sussurrado. 

Deixei de lado, essa menina não era o alvo de minha raiva. Continuei aprofundando naquele lugar em busca da sala de Carlos. De repente alguém bate na minha bunda. Bom, disse que estava raiva, não?

- Por quê uma moça tão bonita não sobe e mostra o que sabe fazer?

Me viro com um lindo sorriso. 

- Porque eu prefiro mostrar numa privacidade todo o movimento que possuo. - disse seduzindo enquanto dava passadas provocante rebolando a bunda. 

Abri as pernas e sentei no colo dele rebolando novamente para atiçar. Era um homem asqueroso, gordo de barba rala e quase sem cabelo, tinha um cheiro forte de whisky, mas com certeza não estava tão bêbado. 

- O que você acha de fazer isso agora?

- Bem que eu poderia... - me aproximei como fosse beijá-lo enquanto fiz um movimento rápido retirando uma adaga e pressionar contra o pescoço cheio de gordura com força o suficiente para tirar um fio de sangue. - Mas eu não sou uma vadia que vende o corpo para dar prazer aos outros. 

Adorei a expressão única que é a mistura de dor e surpresa que o homem fez, era a única coisa que valia a pena naquele emprego. 

- Você não sabe com quem está falando.   - sibilou ele em ameaça. 

- Nem você, Mr Jackson. - apareceu Marco com o olhar assassino para cima do gordo. - Ela é a harcker queridinha do Mr Harper, se ela mesma não o matar agora, meu chefe fará isso com as próprias mãos por ter audácia de tocá-la.

Vi o medo surgir logo após da compreensão das palavras cortes de Marco, tirei adaga do pescoço e passei na maçã do rosto para limpar a lâmina antes de sair do colo dele. Andei na frente sendo escoltada pelo Marco, meus ouvidos e nariz sentiram alívio quando entramos no corredor iluminado e onde inibia o som alto e o cheiro da boate. 

- Sei proteger a mim mesma. 

- Sei disso. Estava protegendo o homem, ele é um bom pagador...

- Seu senso de responsabilidade com os negócios é notável. Vou fazer uma carta de recomendação. - meu sarcástico ecoou e isso o fez rir com vontade. 

- Como estava dizendo: também sei o que acontece se alguém tocar em você. Do jeito dele, você é a caçula da família.

Olhei por cima do ombro a procura de alguma mentira em suas palavras. Soltei um suspiro, afinal Carlos tinha um jeito estranho demonstrar o seu cuidado referente à mim e todos os membros da máfia me chamava de sortuda por ter conseguido sair, pois havia outros que pagaram a sua dívida e ainda continuava por Carlos sempre encontrar uma maneira de forçá-los a ficar. 

- Olha o que temos aqui. Cansou da vida medíocre e voltou com o rabo entre as pernas? - uma voz enjoativa e esganiçada ecoou pelo corredor. 

Eu podia muito bem em entrar na boate sem ouvir e ver aquela pessoa, Beth era uma das assassinas de Carlos, especialista em infiltrar nos locais sem ser percebida. Uma vez tive que trabalhar com ela e não foi uma coisa saiba a fazer, de tanto desentendimento quase deixamos um prisioneiro escapar despercebido enquanto Beth fazia o seu show a parte, pelo menos o peguei e terminei o serviço a ignorando a todo momento. 

Quando retornamos Carlos nos castigou, embora Dira imediatamente foi ao meu favor, do qual fiquei presa numa cômodo qualquer escuro e de vez em quando aparecia alguém para dar a surra do dia, enquanto Beth foi obrigada a fazer sexos a vários homens, fiquei sabendo que não deram nenhum descanso a ela. O castigo de Beth foi pior considerado ao meu, por isso que eu entendo a sua implicância.

- Não preciso matar pessoas para ter boa vida. - disse passando por ela, mas não podia deixar de provocar. - Ou melhor, não preciso ter vários pênis dentro de mim para ter uma boa vida.

- Ah! Sua... -  Marco a segurou pelos ombros e lançou um olhar de repreensão sobre mim, eu apenas dei de ombros não me importando muito.

A vi respirar fundo e colocar um sorriso debochado naquele rosto cheio de maquiagem, parecia o Coringa no auge antes de levar uma surra do Batman, mas como ele não estava aqui, eu teria todo o prazer de fazer.

- Não cuspa no prato que comeu, querida. 

- "Querida", eu não sou do tipo que cuspe no prato. Eu vômito no cozinheiro. 

- Vamos continuando que essa conversa está me dando ânsia. - disse Marco soltando Beth para pegar o meu braço e puxar. 

Mandei um beijo pra ela só para provocar.

- Tem mesmo que fazer isso? - questionou Marco me soltando. 

- Claro, não a suporto. 

- Você e todos. Mas deveria se mostrar superior. 

- Acabei de mostrar isso, só por estar fora mostra o quanto sou superior a qualquer um. 

Eu sei que não deveria ter falado desse jeito por o estar incluindo nessa frase, mas ele sabe melhor do que ninguém o que eu sinto em relação a essa máfia. 

Marco parou na frente de uma porta escura e pela gritaria de uma voz feminina, com certeza estávamos no lugar certo. Ele abriu bem a tempo de presenciar Carlos apontando uma arma na cabeça de uma mulher ajoelhada a sua frente e seus capangas estavam ao lado segurando fortemente um homem que se debatia para se libertar enquanto xingava. 

- Finalmente chegou, Vanessa. Pensei que teria de buscá-la pessoalmente. 

Carlos sorriu deixando ainda mais saliente o rosto gordo. Aparência de Carlos sempre foi de um homem de negócios, terno e gravata, os fios ou que restara deles estavam impecavelmente puxados para trás com auxílio de gel. 

Uma aparência de intimidar, funcionava tão bem quanto a arma que segurava. 

- Aproxima-se criança e mostre a esse verme o que acontece com quem não paga a máfia. 

- Pelo o que eu sei, esse problema é seu e eu não trabalho mais para você. - me aproximei a passos curtos e cruzei os braços esperando pelo desfecho da situação.

Parece que a minha mal criação não foi tão bem recebida e eu pouco me importei, já que o tratei assim deste de sempre. Não me assustei quando o som alto da arma ecoou na sala fechada, logo a mulher chorosa tombou para o lado com um buraco na testa, depois Carlos apontou a arma para o homem em choque dando dois tiros. 

- Tirem logo essas carcaças da minha sala ou serão os próximos. - Carlos limpou a arma com um pano e a deixou sobre a escrivaninha enquanto dava a volta para sentar na poltrona. - Acredito que saiba do porque está aqui. Então só tenho uma pergunta: Está pronta para voltar?

- Não foi para isso que estou aqui. - disse com confiança levando o queixo em desafio. - Me der um computador e alguns capangas, que tudo está resolvido. 


Notas Finais


Até o próximo


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