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História Acerto de Contas - Extase


Escrita por: Clara-kane

Notas do Autor


Eu sei desta vez demorei, e muito. Mas a faculdade e o trabalho requer muita de minha atenção, embora não quer dizer que a deixarei incompleta.

Capítulo 5 - Extase


Ainda me sentia preguiçosa como se aquele tempo gasto no avião não fosse o suficiente para acabar com o meu sono, só por isso que eu permiti que Paul dirigisse o carro alugado para o hotel que estávamos hospedados.

Paul Smith era um homem moreno que tinha tatuagens espalhados pelo braço direito e ia até o pescoço e cachos desgrenhados. Quem sabe o visse na rua pensaria que não valia nada por causa do seu jeito desleixado de se vestir, mas era um homem extremamente inteligente e de punhos de ferro, quase literalmente falando.

No banco de trás estava meu querido e amado "mentor", Marco, roncando bastante alto. Ao seu lado estava Ângela Haler, uma garota de sangue frio de 16 anos, ela se parecia como uma boneca de porcelana com olhos castanhos e cabelo liso no mesmo tom a transformando atrativa aos olhos, ela era de poucas palavras, mas em compensação, se colocar qualquer objeto insignificante nas mãos dela e a instruir, ela se transformava e não era bom estar na sua linha de frente quando tinha o olhar assassino.

Ela se parecia com um robô programado.

Já se passava das cinco da manhã e em alguns pontos no horizonte dava para notar os primeiros sinais do sol. Estava pensando em deixá-los se instalarem ou descansarem um pouco antes de nos movimentar pela cidade enquanto fazia uma busca pelas câmeras de vigilância, bom eu já estava fazendo instalando os programas no notebook que peguei do Carlos.

Paramos em frente ao hotel Sleep In, automaticamente Marco acordou e saiu para recepção para fazer check in e pegar a chaves dos quartos. Fui com os outros para sala de espera, pelo o horário não tinha ninguém além dos poucos funcionários transitando.

- Nossos quartos estão prontos, - disse Marco se aproximando e me deu uma chave. - Você ficará com Ângela ou prefere ter a minha companhia?

- Como ancião, eu sei que precisa de paz e sossego. Então não.

- Quem você está chamando de ancião?

- Viu? Sua memória já está sendo afetada pela idade. - brinquei já fechando o notebook quando os programas foram instalados. - Descansem, as nove sairemos.

Depois de falar para todos fui para o quarto sendo seguida por Ângela, estive pensando em dormir pelo menos duas horas e eu até conseguiria me relaxar por completo, já que a minha colega de quarto era silenciosa. Nosso quarto era no segundo andar e pequeno, havia duas camas, uma cômoda, televisão pendurada na parede. Coloquei o notebook ao lado do travesseiro e a mochila ao lado da cama. Ângela acomodou se na outra e ficou sentada.

Quando eu havia saído da máfia, escutei alguns rumores sobre ela e do que era capaz, ela só estava ali por que tanto Carlos e Marco a acham importante, mas não posso negar que ela era estranha. Bom, tudo na vida existe uma primeira vez.

Cai na cama, desejando apenas um cochilo e logo fui atendida. Não tive sonho, apenas a escuridão. Quando acordei já relaxada levei um enorme susto à ponto do meu coração parar e correr rapidamente, até agi depressa em busca da arma debaixo do travesseiro que eu não havia colocado.

Como pude cometer um erro de principiante?

Tudo por causa da minha colega de quarto que estava sentada imóvel na cama encarando uma televisão desligada. Algo totalmente estranho.

- Você não quis descansar um pouco? - perguntei para diminuir os ânimos.

Ela virou a cabeça e negou antes de voltar a posição que estava. Não era estranho, era surreal, pelo menos eu iria tentar tirar uma palavra dela.

- Por que não ligou a TV? Assim teria algum entretenimento.

Ela simplesmente deu de ombros para não me responder. Me arrependi de não ter aceito a oferta de Marco.

Olhei para o relógio que tinha na cômoda, acordei antes do previsto, mas isso não seria desperdiçado. Levei a mochila para o banheiro que era menor do que o quarto, lá tomei um banho e voltei para o quarto com uma calça jeans justa e regata preta debaixo de uma camisa grande que fiz um corte para deixar os ombros a mostra. Amarrei o meu cabelo ruivo num rabo de cavalo.

Ao voltar notei que Ângela não havia mexido nem um músculo sequer, por via das dúvidas peguei a arma da mochila e deixa ao lado da minha coxa quando sentei na cama e liguei o notebook já pensando em como fazer a busca.

Se eu estava atrás de andarios, então eu não iria encontrá-los nos bairros de residência fixa ou de alto nível, provavelmente, eles estariam próximos ao centro ou da rodovia. Comecei pelo centro, pois foi lá que encontrei o carro deles, eu estudaria a rota deles até o momento minha chegada na cidade, agora se não os encontrassem teria que expandir até a rodovia e isso demoraria mais alguns dias caso o tivéssemos perdido. Eu não queria nem pensar na possibilidade.

Estava mais do que meia hora que eu estava estudando os passos dos Winchester quando escutei alguém na porta. Pelo o que eu sabia não tínhamos pedido serviços de quarto. Peguei a arma e levantei da cama a passos lentos destravando a arma então houve outra batida, duas em cima, uma em baixo seguida por outra no meio. Era um código que só Marco utilizava quando saímos para resolver algo da máfia e só por isso que abri ja guardando a arma no cós da calça.

- Eu falei que ela só abriria a porta se fizesse isso. - gabou-se Marco entrando com um cheiro forte de creme pós barba e usando a mesma camisa de flanela, na verdade, ele tinha uma grande coleção desse modelo. Então não sei dizer se é a mesma ou não.

Paul entrou em seguida empurrando um carrinho com café da manhã.

- Pensei que estivesse com fome, princesinha.

Não respondi ao comentário, pois eu realmente estava e só fui dar conta disso até ver o que tinha ali. É claro que eu não iria dispensar aquilo, ainda sendo tudo por conta de Carlos.

Ataquei logo os ovos e bacon junto com um copo de suco de laranja antes de me acomodar novamente na cama olhando de vez em quando para o notebook. Até que o Marco ligar a televisão caindo no noticiário local, o que atraiu não só apenas a minha atenção.

A repórter informava sobre o caso de desaparecimento de 14 crianças nos últimos dias, o assunto fez a polícia local se movimentar e fazer uma busca em todo o território de Staunton.

- O que acha? - perguntou Paul. - Pode ser um dos nossos?

- Não é obra de gangue ou máfia. - intervir antes de Marco dissesse. - Gangue não iria atrás de crianças sem pedir recompensa, principalmente de famílias não tão ricas. Máfia iria atrás de sem teto e não deixaria tão evidente. Na minha opinião, se trata de um serial killer, de duas ou uma: ele quer mostrar que a polícia não é capaz de capturá-lo ou a sua mente está tão distorcida e quer ajudar. O que realmente importa é que os federais vão entrar em ação a qualquer momento e devemos agir rápido.

Marco sabia o que aquilo poderia explícita, embora fossemos discretos existia uma grande chance de sermos parados por eles e vasculharem as nossas coisas e com certeza seríamos atuados por porte ilegal de armas e tráfico de drogas, antes mesmo de virem nossas fichas e a minha não é das mais limpas.

Assim que terminamos o café da manhã, eu fui continuar com a busca e eles foram arranjar alguma coisa para fazer, levando Ângela com eles, com ela ali eu ficava uma pilha de nervos.

Quase gritei de alegria ao achar o Impala preto estacionando em frente à uma lanchonete. Rápida como um trovão, peguei minha mochila e notebook e sai do quarto.

Fui para o quarto de Marco e Paul, encontrando apenas Paul apontando uma arma para mim, é o que dar entrar no quarto sem me anunciar.

- Os encontrei. - disse apenas e sai.

Não vou mentir, estar de novo fazendo isso me deixava em êxtase e por esse sentimento eu não procurei pelos outros dois, apenas liguei para eles e informei para nos encontrar na frente do hotel.

Já dentro do carro, eu dirigir para a rua da lanchonete, em menos de 10 minutos vi o Impala estacionado, parei em dois carros mais a frente. Marco já estava pronto para sair quando vimos um homem alto com cabelo escuro na altura dos ombros usando terno e gravata saindo da lanchonete e ir para o Impala segurando um saco de papel, achei que era comida para viagem.

Esperei ele sair para começar a seguir até um hotel barato, deixou o carro na vaga antes de entrar no quarto.

- Vamos pegá-los agora. - disse Paul.

- Não. Esperaremos anoitecer para não chamar muita atenção, mas caso tenha algum movimento, vamos agir.



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