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História Acidentes - Capítulo Único


Escrita por: Tia_Lucy1

Notas do Autor


Mais uma de DN tia? Sim, mais uma one shot de Lawlight meu otp (um dos quatro, na verdade).Fui uma ideazinha q ficou zanzando na minha cabeça, quando comecei a ler o arco do grupo Yotsuba (cujo ainda ñ terminei). E dessa vez nada de amores impossíveis e doloridos, apenas uma fic fofa, com um pouco de drama, pq eu amo coisas dramáticas hahahaha

Só lembrando, aqui o Light ainda ñ recuperou as memorias (e nem deveria recuperar), então é o Light bonzinho <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Ficar acorrentado com L vinte quatro horas por dia, durante sete dias na semana, fez Light descobrir uma serie de coisas sobre L. Além das várias manias que o detetive tinha, como colocar o polegar nos lábios sempre que pensava em algo — o que Light não admitiria, mas isso o deixava louco —, e a capacidade de comer toneladas de doces sem passar mau, L também era extremamente estabanado.

Várias vezes Light pode presenciar isso, L vivia tropeçando nos próprios pés caindo de bunda ou de cara no chão. Batia a cabeça na mesa, sempre que precisava se abaixar, ou batia os cotovelos na cadeira. Constantemente queimava a língua com café, ou a barriga quando caia chá sobre a sua blusa. O resultado disso era as marcas roxas e hematomas pelo corpo do detetive, que Light observava sempre que iam tomar banho juntos — ideia de L, para deixar bem claro.

Era uma situação interessante de qualquer forma. As vezes Light ria de como L conseguia bater o mindinho do pé na quina da mesa, nos encontros com Misa. Mas as vezes ele realmente se preocupava, como na vez em que L ao tentar alterar a temperatura do chuveiro quase levou um choque. A reação de light foi rápida. Pegou nos ombros de L e o arrastou para fora do boxe, enquanto via o chuveiro fazer um barulho estranho e cheirar a queimado. L encostou seu corpo completamente no corpo de Light. No calor do momento, o jovem estudante abraçou o detetive o apertando ainda mais contra o seu corpo — apenas para a proteção de ambos, é claro. Light achou que isso seria a coisa mais perigosa que poderia ocorrer com L. Um belo engano.

Light estava animado, tinha encontrado um padrão diferente nas mortes causadas por Kira. Mostrou isso para L, que ficou bem animado com a nova informação. As mortes de alguma forma influenciavam positivamente uma empresa especifica, o grupo Yotsuba. L estava inclinado sobre Light, para olhar o notebook. Apoiando-se no ombro do mais novo com a mão direita da algema, enquanto ainda permanecia apoiado com os pés na cadeira ao lado:

— Irei chamar os outros — pronunciou L, tirando a mão do ombro do outro.

L acabou se desequilibrando, caindo da cadeira indo rumo ao chão. Light também sofreu, foi puxado pela corrente que os ligava, acabou caindo ajoelhado quase em cima do detetive:

— Ai, que droga Ryuuzaki — Light gritou frustrado já sentindo dores nos seus joelhos. — Você sempre tem que fazer isso, não é?

L se levantou calmamente, parando um pouco e ficando de joelhos, enquanto dava as costas para Light. O estudante viu L levantar o braço esquerdo para segurar algo na outra mão, enquanto permanecia em total silencio. Light estranhou tudo imediatamente, em outras situações parecidas, o detetive se levantaria rápido dando uma resposta qualquer para Light e o puxaria com força, mas nada disso parecia que ia acontecer:

— Raito-kun — L o chamou. Ele pode perceber um certo temor no seu tom de voz.

— Ryuuzaki — Light exclamou quanto olhou por cima do ombro do detetive. Um arrepio percorreu pela sua espinha, e sentiu uma pontada dolorida no peito.

Seus olhos se fixaram no pulso de L que estava banhado em sangue, uma poça começou a se formar no chão ao sua frente. L de alguma forma tinha conseguido cortar o pulso com a algema. O mais velho não tirava os olhos do corte profundo no seu pulso, enquanto apertava a ferida com a outra mão:

— Não se mexa Ryuuzaki — falou Light voltando a si engolindo o nervosismo, engatinhando até ficar na frente de L. — Me diz, onde esta a chave estra para abrir as algemas?

— No bolso da frente, do lado esquerdo — L falou voltando ao seu tom de voz característico.

Light sem pensar muito enfiou a mãos no bolso de L, tateando até o fundo achando a chave, a tirou de lá e prontamente retirou as algemas. O estudante se lembrando das aulas de enfermagem que teve na escola, tirou a camisa que usava, usou os dentes e as mãos para rasga-la. Com o retalho ele enfaixou o pulso de L o melhor que pode, estancando parcialmente o sangue. Enquanto isso, L permanecia quieto apenas olhando o que o mais novo fazia:

— Vem, vou te sentar na cadeira — Light segurou o pulso ferido do detetive.

O estudante conduziu lentamente L até a cadeira em que ele estava sentado antes. Fez o mais velho se reclinar no encosto da cadeira, e colocou seu pulso levantado contra o corpo do mesmo. Light foi até o notebook, para entrar em contato com Watari:

— Sim Ryuuzaki? — perguntou a voz que saia do computador.

— Não Watari, é o Light. Por favor chame uma ambulância para o prédio do QG. Ryuuzaki se feriu — o estudante explicou rapidamente. — Ele cortou um dos pulsos, é urgente.

L continuou calado olhando para os esforços do amigo. Em um primeiro momento L ficou paralisado, nunca tinha visto tanto sangue saindo de si. Mas logo seu cérebro voltou ao normal, indo do modo medo, ao modo detetive rapidamente. Com o polegar sobre os lábios, observava a preocupação de Light. Era muito convincente:

— A ajuda já esta a caminho — Light se voltou para o detetive, ainda aparentava estar nervoso.

— Eu agradeço o seu empenho Raito-kun, mas é inútil — L falou percebendo a surpresa nos olhos de Light. Sim, ele era um bom ator.

— Como assim Ryuuzaki? — ele piscou algumas vezes confuso.

— Eu irei morrer — L olhou diretamente nos olhos de Light, o arrepiando. — Kira pode matar de outras formas, além de ataque cardíaco. Ele pode muito bem manipular minha morte, para que possa se parecer com um acidente.

— Não seja ridículo — protestou Light começando a ficar irritado. — Ainda não temos certeza se Kira pode manipular as mortes.

— E as pistas do grupo Yotsuba que você achou? — L continuou o olhando. — Não se contradiga Raito-kun.

— Mas para matar, mesmo parecendo um acidente, antes de tudo se precisa de um nome e um rosto — Light se sentiu mais aliviado com o argumento, em seu interior tembé, suspeitava de que poderia ser Kira o causador do acidente de L.

— E se esse Kira for como o segundo Kira, e matar apenas com o rosto — protestou L.

— Como? Só poucas pessoas sabem que você é o L — questionou o estudante. — E ninguém aqui sabe o seu verdadeiro nome.

— Isso significa que você é Kira — o detetive foi interrompido pelo outro.

— Não começa Ryuuzaki — Light vociferou.

— Você é a única pessoa além de Kira que se beneficiaria com a minha morte — falou L. — Você até esta sem as algemas.

— Não fale absurdos Ryuuzaki — novamente Light sentiu uma angustia estranha e um nó na garganta. — Eu nunca desejaria isso. E eu também não sei o seu nome.

— Você é tão esperto Raito-kun, não seria difícil achar o meu...

L parou no meio da frase, ele sentiu um grande mau estar devido a perda de de sangue, isso não passou despercebido para Light. O detetive estava incrivelmente pálido — mais do que o comum — e respirava pesadamente. Sua blusa branca, estava tingida de um vermelho vivo. Seus olhos encontraram os de Light, estavam começando a perder o brilho:

— Seu idiota — Light andou até L, segurando seus braços. — Você não pode se agitar, vai perder mais sangue ainda.

— Não importa, eu vou morrer de qualquer jeito — L sussurrou.

— Que droga Ryuuzaki, você não vai morrer — Light gritou, e pela primeira vez, viu o rosto de L tomar outra expressão sem ser a tipica apática. Ele estava assustado. — Eu prometo que você não vai morrer — ele fechou os olhos, estranhamente sentiu uma lágrima escorrer ao fazer isso. — E eu sempre cumpro minhas promessas.

— Raito-kun? — chamou Watari interrompendo a conversa.

— Sim Watari — o mais novo correu em direção ao notebook.

— A ambulância já esta próxima, mas vocês precisam descer até a entrada — informou Watari. — Por causa do sistema de segurança.

— Sim, já estamos descendo.

Light andou novamente até L, passou seu braço entre a cadeira e as costas do detetive, e o outro braço foi até as pernas do mesmo, colocando L em seu colo. O aconchegou o melhor que pode, andou até a saída indo para o elevado. L observou o estudante atentamente. Seu rosto que normalmente era serio, estava com uma expressão confusa de preocupação (?) Seus olhos, ah como ele conseguia mentir tão bem com eles. Assim como o coração do jovem, que batia forte, talvez pela discussão que acabaram de ter. L estava satisfeito, apesar da perda de sangue e fraqueza, ele ainda conseguia raciocinar bem.

Light olhava para o painel do elevador, os números em contagem regressiva. Ele começou a bater o pé impaciente. Se isso era uma encenação para L, ele não sabia, mas que o jovem estava cada vez mais convincente, isso ele estava. Light suspirou aliviado ao chegar no térreo. Saiu em disparada para a saída do prédio, ignorando os agentes da força tarefa, até mesmo o seu pai. Tudo o que Light fez, foi caminhar com L nos braços até a ambulância que já esperava por eles.

 

Light andava de um lado para o outro, no corredor do hospital, perto da sala onde estavam dando os pontos no pulso de L. Estava inquieto, nervoso. Nem se preocupou em tirar a roupa ensaguentada que usava. Não demorou até uma enfermeira sair da sala com uma prancheta, com um olhar sereno e um sorriso se dirigindo aos dois homens a sua frente:

— Qual dos senhores é o acompanhante do senhor Hyuga? — ela perguntou olhando para a prancheta.

— Sou eu — falou Light prontamente andando na direção da moça, seguido por seu pai.

— Ah, sim. Ocorreu tudo bem. O senhor Hyuga não vai precisar de transfusão — informou a enfermeira. — Embora ele tenha que ficar em observação durante essa noite. É de praxe para esses casos.

— Tudo bem, eu fico com ele — falou Light, agora mais calmo.

— Raito eu fico, você deve estar cansado — Soichiro tentou o convencer. — E você já fez tudo o que pode.

— Por favor otou-san, eu preciso ficar com Hydeki — Light sentiu suas bochechas corarem levemente, e rezou para que o seu pai não percebesse. — Afinal ele é meu amigo.

Soichiro assentiu. Ele percebeu o rubor nas bochechas do filho, e por um milésimo de segundo, ele se perguntou se a amizade e as suspeitas de L para Light, eram o único motivo para que eles estivessem sempre juntos. Após trocar de roupa, Light foi conduzido até o quarto de L, que apesar de abatido estava bem. O pulso direito de L estava devidamente enfaixado, e no outro braço tinha uma agulha por onde o detetive tomava soro:

— Raito-kun — ele falou ao ver Light entrando no quarto.

— Fique quieto Ryuuzaki, você precisa descansar — Light andou até ficar ao lado da cama de L. — Você ainda esta fraco.

— Por que você esta aqui? — perguntou o detetive. — Cade o Watari?

— Watari esta ocupado, cuidando das coisas do caso Kira até você voltar — respondeu Light com um sorriso. — E eu sou o seu suspeito, esqueceu? Tenho que ficar perto de você.

— Ah sim, eu havia me esquecido — L colocou novamente o polegar sobre os lábios.

— Eu não disse que você ia ficar vivo, e que seu acidente não tinha nada ver com o kira — light riu um pouco. Ver L bem era muito bom para ele. — Eu sempre cumpro as minhas promessas, Ryuuzaki.

— Não esperava outra coisa de você, Raito-kun — L fez uma coisa bem inesperada para Light, ele sorriu.

— Por que você não dorme um pouco. Você tem que passar a noite aqui mesmo — Light correspondeu o sorriso, após ter se surpreendido.

— E se você fugir durante a noite? — L questionou o olhando, os seus olhos novamente recuperavam o brilho.

— Você pode usar as câmeras de segurança — respondeu Light. — Além do mais, não tenho planos de sair do seu lado. Não confio em você. Vai que você foge do hospital no meio da noite. Como eu te disse, você ainda esta fraco.

— Tudo bem Raito-kun — ele suspirou resignado.

Light apagou as luzes deixando apenas a iluminação do corredor, que entrava pela porta entre aberta. Quando voltou, L já estava de olhos fechados, mas o dedo permanecia repousado sobre o lábio inferior de L. Light suspirou, ele não resistia a aquele dedo. O estudante sem pensar muito — repetindo mentalmente que era culpa do cansaço — levou uma das mãos até os cabelos de L, os acariciando lentamente:

— Raito-kun? — L abriu os olhos encarando o estudante.

Light retirou a mão rapidamente da cabeça do detetive,o seu rosto corou violentamente. Ele agradeceu mentalmente a penumbra do quarto, apesar que nada passava despercebido pelo detetive:

— É... Eu só queria que você dormisse — Light falou, tomando cuidado para não gaguejar. — Minha mãe costumava a fazer isso, quando eu não tinha sono. Achei que te ajudaria. Desculpe.

— Ah sim, tudo bem então. Pode continuar — autorizou o detetive.

Light timidamente voltou a afagar os cabelos de L, enquanto o detetive voltava a fechar os olhos. Light se sentia estranhamente envergonhado, mas gostava da sensação dos cabelos de L em sua mão. Não demorou para ele perceber, que a respiração do detetive estava lenta e compassada. Finalmente L dormiu. Se sentido mais confortável e não resistindo mais uma vez aquele dedo na boca, Light foi encostando o rosto cade vez mais perto de L, até que seus lábios encostarem no polegar do detetive, onde ele depositou um rápido selinho, voltando em seguida ao seu lugar original. L se mexeu um pouco na cama, virando o rosto para o lado de Light, sem contando tirar aquele dedo da boca. L ainda dormia. O estudante respirou aliviado, não seria nada bom se o detetive tivesse mais uma suspeita — uma vergonhosa suspeita — de que Light estava apaixonado por L.


Notas Finais


Light bonzinho é tão amor <3 <3 <3
Bjss tia Lucy


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