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História Acima Das Estrelas - Décimo Sexto Passo - Desaparecer...


Escrita por: HayleyHanazawa

Capítulo 17 - Décimo Sexto Passo - Desaparecer...


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Décimo Sexto Passo - Desaparecer...

- Diga logo o que quer! - gritei em meio as lágrimas

- Todos vocês embaixo de sete palmos de terra! 

CheonDung tentou atacá-la mas eu segurei seu braço.

- Por favor, pare! - implorei a ele

Ele me avaliou confuso por um momento e recuou.

A mulher deu uma risada nos assustando.

- Parece um cachorrinho. - ela falou debochada

Segurei a mão de CheonDung com delicadeza e olhei em seus olhos tentando acalmá-lo.

A mulher se aproximou de mim e olhou para nossas mão dadas.

- O que você tem garota? Como enlouquece os homens desse jeito? - ela perguntou e puxou meus cabelos arrancando-me um grito abafado.

- Não encoste nela! - CheonDung gritou entrando em minha frente

Suas mãos estavam vermelhas. Ele apertava suas mãos em punhos com força tentando controlar sua raiva.

- Chega! Levem-os daqui! - ela gritou furiosa

Os homens nos pegaram e retiraram nossos celulares.

O medo que eu sentia era inexplicável. 

Eu sempre estive certa. Eu não deveria tê-los conhecido. 

Um flash repentino passou por minha mente. 

Tudo o que aprendi com eles. 

Depois de tantos anos eu aprendi o que eram sentimentos, o que era confiança, o que era se sentir protegida e o que era uma família.

Meu coração parecia ter sido esmagado contra  peito. 

Lágrimas silenciosas corriam em meu rosto e faziam sentir o peso da situação.

Eu estava prestes a perdê-los. Eu não me importava comigo mesma, na verdade nunca me importei. Eram eles que me mantinham viva. Eram eles que me mantinham aquecida...

Agora posso entender tudo. 

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 Depois de algumas horas de avião ouvi um dos capangas falarem que tínhamos chegado na Coréia. 

Thunder permaneceu ao meu lado. Eu podia ouvir suas palavras doces afim de me acalmar. 

Depois de mais algumas horas de carro alguns capangas nos tiraram do carro e nos jogaram em um lugar que não identifiquei.

Estávamos amarrados, vendados e machucados. 

- Violleta? Você está bem? - Thunder perguntou preocupado

Antes que eu pudesse responder ouvi um grito abafado de dor vindo de CheonDung

- O que está acontecendo? - perguntei em panico

Me pegaram e me colocaram sentada em uma cadeira.

Meus braços foram amarrados para trás e minhas pernas nas pernas da cadeira.

- Que a brincadeira comece! - ouvi uma voz doce a assustadora ao mesmo tempo, soar.

Minha venda foi retirada e eu pude ver um galpão iluminado por grandes janelas de vidro e sujo. 

Assim que meus olhos se ajustaram a claridade eu fiquei chocada. 

Meus lábios se abriram em desespero, mas as palavras não saíram. 

G.O, Joon e CheonDung estavam amordaçados e amarrados a uma viga. A posição parecia desconfortável, já que estavam praticamente pendurados. 

Eu me apavorei! Eu queria acabar com a dor deles agora!

- Por favor, pare com isso, os deixe ir! - eu implorei

- Quanto mais você implorar, mais divertido será para mim! - ouvi alguém falar

Choi Jae Hwa apareceu sorridente e olhou para os rapazes. 

G.O parecia estar lutando para não perder a consciência.

Joon parecia preocupado com G.O e também estava machucado. 

Thunder permanecia calado olhando para mim de forma calma.

- Bem só faltam dois para minha coleção. - ela falou satisfeita

- O que posso fazer para você parar? - perguntei desesperada

- Não há nada que me faça parar! Você ainda não entendeu? - ela gritou furiosa

Logo ela recuperou a compostura e sorriu.

- Não entendo sinceramente o que você tem de tão especial.- ela desdenhou

- Sabe, o tolo do Sung Keum falhou por ficar obcecado por você. Ele queria você para ele, por mais que não admitisse isso. Eu sentia aqui dentro. - ela falou de forma teatral e colocou a mão sob o lugar onde deveria haver um coração. 

Ela caminhou até onde eles estavam e eu tremi.

- Ele falava de você todo o tempo. Em certas ocasiões até mesmo te elogiava. Achava que você era valente e daria uma boa esposa. Bem, a partir daí eu comecei a estudar você e sinto dizer, mas realmente não consigo entender o que você tem. - ela falou e acariciou o rosto de Thunder que a olhou com desprezo.

- Vamos Violleta, me conte o seu segredo. - ela pediu com a voz manhosa ainda olhando para CheonDung

- Não há um segredo. Você é louca! - gritei

- Oh! Está ficando valente? Vamos resolver isso! - ela falou alegre

Em um estalar de dedos dois homens apareceram.

Choi caminhou batendo os saltos de suas botas até onde eu estava com um olhar perverso no rosto.

- Vamos assistir ao espetáculo juntas! - ela falou e bateu palmas de animação

Os homens começaram a distribuir socos e chutes em CheonDung que tentava aguentar firme, mas em vão.

Meu coração era rasgado a cada golpe, eu virei meu rosto e tentei conter meu choro barulhento e dolorido.

- Assim não tem graça queria, isso está sento feito especialmente para você! - Ela falou virando meu rosto para frente.

Eles socaram CheonDung repetidas vezes no estomago e também no rosto. 

- Parem por favor! - eu implorei entre lágrimas

Os homens continuaram a bater em CheonDung, só que agora com mais força.

- Divertido? Eles estão instruídos a quanto mais você implorar mais forte bater.- eu pude ver diversão em seus olhos

Eu tinha perdido.

Tudo o que eu mais temia estava acontecendo.

- Podem parar. - ela falou finalmente 

Eu olhei para CheonDung e senti como se todo o ar fugisse de mim. 

Seu rosto sangrava em algumas partes. Suas roupas estavam sujas e ele parecia lutar contra seu peso pendurado pelos braços. 

Era a pior cena que eu poderia ver. 

Eu estava destroçada. Eu faria qualquer coisa para que eles não tivessem que passar por isso. 

Trocaria de lugar com eles sem nem ao menos pensar duas vezes. Daria a minha vida. 

- Quero que vigiem dentro e fora daqui, entendido? - ela falou autoritária

Ela saiu e eu fiquei ali vendo as pessoas mais importantes da minha vida sofrendo por minha causa. 

Violleta Pov.Off

Mir Pov.On

Eu posso ver o quanto o hyung está se culpando. 

Ele está carregando um fardo maior do que pode aguentar. 

Seu pai nos obrigou a vir ficar na casa dele e está procurando as pistas feito um louco.

Nós estamos arrasados. 

Seungho estava de um lado para o outro esperando que por um milagre seu telefone tocasse lhe trazendo boas notícia. Isso já fazia horas.

Eu me sentia de mãos atadas. 

O telefone do hyung tocou e eu vi seu sembrante mudar drasticamente. Um brilho negro jamais visto estava em seus olhos e um pequeno calafrio passou por mim.

Esse era um Yang, filho de um mafioso. 

Ele pegou sua jaqueta e passou por mim sem dar uma palavra. 

- Hyung! - chamei

- Não me siga! - ele falou bravo

- Não vou deixá-lo sair assim! - falei com toda a coragem que pude reunir

Ele me olhou feio e respirou fundo por um momento.

- Faça como quiser, só não interfira. - ele falou de forma fria

Seungho entrou no carro e eu me apressei a entrar também

- Para onde estamos indo? - perguntei

- Dar um oi a um velho amigo. - ele falou de forma estranha

O hyung acelerou e nós voamos na pista. Ele me assustava de certa forma.

Paramos em frente a um deposito abandonada e alguns capangas Yang vieram nos receber.

Assim que entramos eu fiquei um pouco impactado com a visão que tive.

Hiuk, nosso amigo estava amarrado na cadeira 

- Seungho, o que está acontecendo? Por que Hiuk está amarrado? - perguntei confuso e frustrado

- Ele é um traidor Mir. - Seungho falou com raiva

- O que quer dizer com isso? - perguntei ainda mais confuso

Seungho se aproximou de Hiuk e retirou sua mordaça.

- Quer contar a ele oque você fez AMIGO! - Seungho falou de maneira irônica dando ênfase na palavra amigo.

- Isso é um mal intendido Seungho, nem mesmo sei o que está acontecendo. - ele falou nervoso

- Mentiroso! - Seungho gritou furioso e sou o rosto de Hiuk

- Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? - gritei frustado

- Claro, ouça isto. -Seungho falou pegando seu celular no bolso.

A voz de Thunder soou em um conversa com Hyuk. 

Eu fiquei chocado! 

Hiuk estava envolvido no sequestro de G.o e Joon. Violleta e Thunder também foram sequestrados. Meus olhos queimaram e eu senti uma fúria incompreensível. 

- CheonDung deixou seu celular ligado ligado. Eu ouvi toda a confissão do nosso querido Hiuk. E também de Choi Jae Hwa. Agora nós sabemos quem são vocês.

- Onde eles estão? - perguntei

- Mesmo que tenham me pegado nunca saberão onde estão seus amigos. Nem mesmo eu sei para onde Jae Hwa os levou. Pegaram o cara errado.

- E sei sobre tudo isso Hiuk. E tenho certeza de que peguei o cara certo. - Seungho falou retirando a jaqueta.

- Bem, meu pai me disse que um traidor sempre será um traidor. - Seungho falou estalando os dedos. 

- Se não quiser ver isso, saia Mir. - ele avisou

Antes que eu pudesse falar alguma coisa Seungho começou a socar Hiuk repetidas vezes. 

Eu tomei uma respiração funda e saí dali.

Alguns minutos depois vi Seungho sair e falar algo com um dos capangas. Ele entrou no carro e pude ver sua mão vermelha.

Ele ligou o carro e eu fiquei paralisado ao ouvi o som de dois tiros sendo disparados. 

Nada mudou na expressão de Seungho.

- Foram tiros? Você mandou matá-lo? - perguntei apavorado

- Você tinha a opção de não vir. - foi a unica coisa que ele falou antes de arrancar como carro.

Mir. Pov.Off

Narradora Pov.On

Choi Jae Hwa ainda não parecia satisfeita, seu ódio e desejo de vingança não pareciam ter fim. Sua imagem que antes era fria nem se comparava a essa nova Choi Jae Hwa.

- Parece que estou me saindo melhor que você querido! - ela falou acariciando um porta retrato.

- Sabe, ainda não está terminado, ainda quero pegar os outros dois. Matarei todos em seu nome! - ela falou amarga

- Você devia ter me escutado. Droga! - falou visivelmente alterada. 

- Agora tenho que lidar com isso. E estou sem você! - ela gritou entre lágrimas e atirou o porta-retrato do outro lado da sala.

O barulho ecoou pela grande e solitária casa. 

Ela caminhou lentamente e olhou para o porta-retrato destruído.

- Eu a farei sofre tanto que ela irá implorar por sua morte. Eu a farei em pedaços, assim como ela fez você! - sua voz soou embargada por lágrimas de ódio e seus olhos pareciam em chamas. 

Ela se ajoelhou no chão e passou seus dedos pelo porta-retrato.

Seus dedos cortaram e o sangue escorreu para a foto de Sung Keum. A dor pareceu não incomodar.  

- Eu prometo que tornarei a vida dela miserável! - ela prometeu com um sorriso amargo no rosto. 

Jae Hwa pegou a foto e abraçou junto a ela como se sua vida dependesse disso. 

- Tornarei a vida dela um inferno. Assim como a minha depois que ela apareceu. 

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Choi entrou no galpão sedenta por vingança. 

Violleta reparou sua mão com curativos, mas logo voltou sua atenção a sua família. 

Choi caminhou furiosamente batendo seus saltos até Violleta e a esbofeteou.

Violleta apesar de se sentir confusa sentiu em seu coração que isso não era nada assim que avistou G.O. Ele não suportaria muito tempo.

Seu rosto queimou, mas ela ignorou, nada doía mais do que vê-los naquela situação.

- Seu amiguinho está na minha cola. O subestimei, mas isso não acontecerá mais.- Choi cuspiu sua palavras

Violleta sentiu-se aliviada por saber que Seungho estava bem.

Um dos capangas aparaceu e lhe entregou um telefone.

- Ele pode ser filho da máfia Yang, mas eu sou da descendente Choi. - esbravejou orgulhosa

Joon e CheonDung se entreolharam preocupados e isso não passou desapercebido por Violleta.

- Sou eu, Jae Hwa. Quero que deixem o Sr. Yang a par de tudo ainda hoje. Acabou nossa aliança! Mete o filho de Yang e seu amigo! 

Sua maldade parecia não ter fim e isso fazia Violleta sentir-se ainda pior. Ela se culpava por tudo. 

Ela carrega esse fardo desde muito nova. Culpar-se por tudo era sua especialidade.

- Que tal recomeçarmos a brincadeira? - Choi falou contente e sentou-se ao lado de violeta.

Sentia prazer em ver a dor que causava a Violleta machucando seus amigos. 

Violleta sentia-se incapaz. 

Choi saiu aparentemente satisfeita com o sofrimento deles.

Violleta os olhava desesperada por uma solução. 

Thunder olhou para Violleta com os olhos quase fechados e lotou contra si mesmo, não pela dor ou cansaço, ele lutou por ela. 

Narradora Pov.off

Violleta Pov.On

Já estava amanhecendo...

Meu coração batia de forma dolorosa contra o peito. 

CheonDung estava usando sua ultimas forças para ficar de pé. 

G.o havia se deixado levar. Estava pendurado por seus braços.

Joon por um milagre ainda estava lúcido.

Isso era desumano! 

O capanga dormia tranquilamente em sua cadeira roncando alto e o outro permanecia do lado de fora. 

Essa era minha unica chance! 

Joguei meu peso para trás e a cadeira caiu por cima de meus braços. A dor era insuportável, mas salvá-los era mais importante! 

Estiquei minhas pernas ao máximo para que a corda saísse das pernas da cadeira. 

Assim que consegui sorri para mim mesma. Joon me observava atento e preocupado.

Ainda precisava desamarrar meus braços. 

Esfreguei a corda em uma viga de ferro e senti algumas lágrimas escorrem em meu rosto. Estava queimando meu pulso. 

A corda começou a ceder e eu fiz força para arrebentá-la de vez. 

A corda cedeu e meu coração saltou alegre. 

Fui até Joon e o soltei para que ele me ajudasse a soltar os outros. 

Joon quase se desequilibrou, mas sorriu por estar livre. 

Joon desamarrou G.o e eu o Thunder.

Thunder pesava bastante, mas lutava para ficar de pé.

- Como vamos sair? - Joon perguntou assustado. 

- Não sei. - falei nervosa. 

Thunder endireitou-se e respirou fundo. 

- Vocês deveriam ir e pedir ajuda. - Thunder falou baixinho avaliando G.o

- Eu não saio sem você. - falei firme

Passamos devagar pelo capanga adormecido e senti Thunder parar abruptamente ao meu lado.

- O que pensam que estão fazendo? - ouvi uma voz brava questionar

Joon olhou para frente e ficou assustado. 

Assim que olhei vi que Choi apontava uma arma para mim.

- Seus idiotas! - ela gritou e logo os capangas apareceram. 

- Pensou que fugiria queridinha? Tem câmeras aqui por toda a parte! Vejo tudo o que acontece da minha casa. - ela se vangloriou.

- Espero que aprenda a lição. - ela falou em um tom estranho e antes que pudesse entender fui jogada no chão. 

Abri meus olhos e vi Thunder caído em minha frente. 

Ele levou um tiro! Em meu lugar! 

- Não! - gritei 

Me levantei rapidamente e o segurei junto a mim. 

- SangHyun! Por favor, responda! - ela gritou e ele permaneceu imóvel.

Violleta olhou para suas mãos tremulas cheias e sangue e explodiu em lágrimas dolorosas.

Os capangas o puxaram de mim e o arrastaram para longe. 

- O que vão fazer? por favor, deixe ele em paz! Eu imploro! Farei o que quiser! - eu falei em desespero. 

Tentei correr atrás dele, mas fui impedida por um dos homens de Choi. 

Eu precisava vê-lo! Precisava salvá-lo!

- Por favor! - eu supliquei baixo deixando meu corpo cair sobre meus joelhos. 

Meu choro era barulhento e meu peito doía como nunca doeu antes. Eu sentia cada parte de mim sentir a dor da perda. Meu estomago revirou e minha cabeça rodou. 

Não posso perdê-lo! 

Violleta Pov.off

Narradora Pov.On

Violleta chorava baixinho por CheonDung enquanto Choi se divertia com a situação.

- Por favor, ajude ele! - ela sussurrava em desespero.

CheonDung estava amarrado a uma cadeira próximo a Violleta.

A cena era cruel. Violleta estava desesperada e com medo.

- Está sendo muito mais divertido ter acertado ele ao invés de você! - Choi falou contente

Joon permanecia calado em choque e G.o não entendia o que acontecera. 

Violleta tremia e soluçava tentando entender por que deveria passar por isso tudo!

Por que estava condenada a perder todos que ama. 

Ela só queria que ele ficasse bem. 

Agora Joon entendia por que ela fugiu tantas vezes. 

Ela não queria sentir a dor de perdê-lo também. 

Joon e G.o foram amarrados novamente e Violleta amarrada a uma viga.

- Ajudem ele por favor! - ela implorou novamente

- Ele está morto garota! - Choi gritou

Seus olhos perderam o foco e seu choro se calou.

Ela olhou para o corpo imóvel de Cheondung e sentiu como se seus sentimentos fossem arrancados de seu corpo. Violleta estava vazia e sua mente era apenas uma imensa escuridão.

Choi a encarou curiosa e se pôs a frente dela.

- Acabou o show? - falou fingindo tristeza.

- Agora começarei o meu. E isso será por culpa sua. - ela falou

Violleta parecia não escutar, nem ligar para Choi. O que a deixou mais brava.

Os capangas começaram a espancar Joon e G.o novamente e Choi permanecia observando as reações de Violleta. 

Não houve nenhuma. 

- Parem! - Choi gritou de repente

Ela caminhou até Violleta e desferiu-lhe um tapa.

A pele clara de Violleta ficou com a marca da mão de Choi, mas não houve nenhuma outra reação além dessa.

Choi parecia perturbada e confusa, enquanto Joon estava preocupado. 

- O que há? - Choi gritou frustrada

Choi a esbofeteou mais vezes e continuou sem entender.

- Ela está em choque! - Choi falou e riu nervosa

Ninguém havia percebido, mas Violleta havia morrido por dentro. 

Seu coração batia devagar e sua mente sussurravam lembranças dolorosas. 

Ela estava sozinha novamente.

No lugar da dor, agora havia um vazio que era tão confortável quanto a dor que sentia antes. 

Choi perdeu a paciência e voltou a bater nela.

Violeta nem mesmo gemia de dor.

Os capangar bateram mais em Joon e em G.O e Violleta permaneceu assim, parada em um mundo só seu.

Joon repetia para si mesmo: Ela não aguentaria perder mais alguém!

- Isso não vai adiantar! - ele gritou 

- Então será que matar vocês adianta? - Choi retrucou com ódio

- Então mate! - Joon gritou 

Choi estava com raiva e frustrada. Não entendia o que estava acontecendo.

Algo estalou em seu mente e ela sorriu para a figura paralisada de Violleta.

- Eu havia preparado uma surpresa, mas você atrapalhou meus planos. 

- Bem, vamos lá!

Alguns homens entraram e pegaram Joon e G.O.

- Para onde vai levá-los? - Violleta perguntou confusa

- Você já vai ver. - Choi falou com um sorriso perverso nos lábios.

Os capangas de Choi nos arrastaram até um comodo à parte do galpão. 

Eles descobriram um tanque de vidro. 

Os homens de Choi colocaram os dois amarrados no tanque. 

- Podem começar! - ela falou

Um jato forte de água jorrou para dentro do tanque molhando G.o e Joon. Um dos capangas fechaou o galão com o com um cadeado

Um calafrio passou pelo corpo de violeta e ela sentiu como se outro buraco se abrisse em seu peito.

- Violleta, você tem exatos quatro minutos e meio para encontrar a chave do cadeado e salvá-los de morrerem afogados. - Chi falou com um olhar perverso.

Violleta sentiu sua pernas bambearem e olhou em volta como se aquilo fosse um sonho. 

Seu estomago se revirou, mas Violleta firmou suas pernas e começou a procurar. 

Potes e mais potes foram revirados. Uma estante empoeirada quase caiu sobre ela fazendo um arranhão em seu braço quanto tentou passar seus dedos curto na ultima prateleira. 

Ela virou-se para panos velhos e restos de coisas não identificadas enquanto Choi gritava que faltava menos de um minuto e meio.

Violleta já havia revirado tudo e o galão já estava quase completo.

E então chi gritou que o tempo acabou.

Ela olhou para Choi e viu seu sorriso triunfante fazendo com que algo estalasse em sua mente.

Em um movimento rápido Violleta arrancou o cordão de Choi e sorriu para si mesma ao ver que a chave realmente estava ali!

- Pronto! Tirem-os daí! - Violleta gritou.

Choi rosnou e gritou.

- Você mesma tem que tirá-los! - ela falou

Violleta correu sem pensar duas vezes e abriu o galão. 

A situação não era boa. Eles já estavam submersos. 

Violleta entrou no galão e com toda a força que tinha ela suspendeu G.O. 

Ele estava desacordado. Violleta colocou seus braços para fora fazendo com que ele ficasse pendurado no galão.

Ela puxou Joon e fez o mesmo com eles.

Violleta puxou G.o com ela pequena escada. 

O corpo desacordado de G.o arrastou nos degraus e bateu com um pouco de força no cão. Ela alinhou seu corpo e voltou para retirar Joon. 

Enquanto puxava Joon percebeu que Choi não estava mais lá.

Joon já cuspia a água que havia engolido, mas G.O continuou imóvel.

Violleta fez massagem cardíaca e respiração boca a boca, mas G.o parecia não responder. 

Joon reparou que Violleta tremia e gastou suas ultimas energias para ajudá-la. 

Ele a afastou tentou salvar seu amigo. 

Violleta tremia e sentia-se desolada. 

Tudo que ela mais temia estava acontecendo! Ela estava perdendo as pessoas mais importantes de sua vida!

- Por favor G.O, fique comigo! Eu preciso de você! - ela sussurrou entre lágrimas

Uma tosse alta ecoou na sala e Violleta sorriu ao ver G.o vivo.

Ele sentou-se ainda tonto e confuso e olhou em volta.

- Onde estamos? Onde está Choi? - ele perguntou

Violleta o abraçou com medo de nunca mais poder fazer isso e deu-lhe um beijo na testa. 

- Ainda não estamos á salvo. - Joon comentou olhando em volta

Ela abraçou Joon e ouviu o coração dele martelar contra o peito.

- Sinto muito! - Joon sussurrou

Os capangas os levaram novamente para o galpão de antes e os amarraram. 

Violleta olhou em volta e de rebateu contra os braços do capanga.

- Onde ele está? - ela gritou

Eles a amarraram na cadeira, mas Violleta continuou a se rebater.

- Onde ele está? Me falem! - Ela gritou

Choi entrou furiosa no galpão e olhou para Violleta.

- Eu já disse que ele está morto! - ela berrou

- Para onde o levaram? Me diz sua vagabunda! - Violleta gritou em fúria

Choi desferiu um tapa no rosto de Violleta e puxou seus cabelos.

- Ele está morto e o jogaram em uma vala qualquer. É isso que todos vocês merecem. 

- Eu espero que você queime no inferno sua vadia! - Violleta berrou corajosamente. 

Seu coração batia dolorido e ela respirava com dificuldade. 

Choi fez um sinal os capangas os levaram para fora novamente. 

Todos estavam confusos. E Choi parecia furiosa.

Eles foram jogados na van e logo estavam na estrada em alta velocidade.

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Carros negros pararam fazendo barulho a mafia Yang estava armada e preparada. 

Um dos homens caminhou e olhou para o chão.

- Há marcas de pneus. Eles saíram não faz muito tempo.- ele gritou

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Joon olhava para Violleta com o coração apertado. 

Ela parecia quebrada por dentro. Seu rosto abatido demonstrava seu cansaço.

- Acho que estamos sendo seguidos. - Um dos capangas falou e repente

Choi soltou alguns xingamentos e mandou acelerarem. 

Violleta sentia que isso nunca acabaria. Suas esperanças haviam ido embora. 

- Atirem! O que estão esperando? - Choi gritou

Os capangas começaram a atirar na direção dos carros Yang. 

Um dos capangas pegou algo parecido com uma granada e jogou. 

Violleta olhou horrorizada quando um dos carros explodiu.

- Não! - ela gritou

Lágrimas desciam por seu rosto e Joon parecia apavorado também. 

G.o permanecia absorto a situação. 

Joon que nunca foi muito de rezar, agora pedia ajuda divina. 

Ele queria que seus amigos ficassem bem! Queria que ela ficasse bem...

O tiroteio estava destabilizando o carro e Choi. 

Em uma manobra perigosa e barulhenta ela parou o carro. 

Choi se viu encurralada. 

Em um ato desesperado ela pegou uma arma e puxou Violleta junto com ela. 

Haviam carros Yang por toda a parte, mas algo chamou mais a atenção de Violleta.

Seu avô estava lá. Sua expressão era preocupada, ela podia jurar que tinha visto lágrimas em seu rosto. 

A estrada era iluminada o suficiente para Violleta perceber que Choi não tinha saída. 

Ela deu passos incertos para trás até encostar chegar a beira da estrada. 

Seungho sentiu seu coração se apertar e sentiu-se culpado por isso também. 

- É o fim da linha! Entregue-se Choi. - um homem gritou

- É mesmo o fim da linha! Para nós duas! - Choi argumentou. 

Todos apontaram suas armar para Choi e Violleta a sentiu tremer. Violleta já não se importava com sua vida. Não resistia a Choi e forma alguma. 

- Vamos terminar isso juntas. - Choi falou olhando rapidamente para trás. 

- As duas viúvas. - ela falou em tom de piada. 

Seungho se aproximou e Choi apontou sua arma para ele e depois para mim novamente. 

- Solta ela Choi! - Ele pediu

- Afaste-se! - ela gritou apontado sua arma para ele novamente

Ela entrou com  Violleta na floresta deixando todos para trás. 

Seungho entrou na mata sem pensar duas vezes. 

Ele estava armado e com sede de vingança. 

Mir sentiu seu sangue sumir quando olhou dentro da van. 

A imagem de Joon e G.o era angustiante. 

G.o estava desacordado. 

Eles pareciam pálidos, mais magros... 

Mir sentiu seu coração se apertar e ajudou a tirá-los de dentro da van. 

- Violleta! - Joon balbuciou

- Vai ficar tudo bem hyung! Mir falou afim de acalmar seu amigo.

......

Seungho estava preocupado com Violleta o que o impedia de agir friamente. Preocupado com ela, ele sentia medo de errar e com medo ele não arriscava. 

Seungho estava tão disperso que nem ao menos percebeu que tinha companhia. 

Choi estava á sua frente com Violleta. 

Ela olhava para o vazio a sua frente. 

Assim que percebeu Seungho ela colocou a arma na cabeça de Violleta. 

- Já disse para ficar longe! - Ela gritou

Mais um passo e ela cairia na infinita escuridão levando Violleta junto.

Barulhos a assustaram e ela quase se desequilibrou. 

Ela apontou a arma para o vazio e Seungho percebeu que ela tremia.

- Vamos acabar com isso juntas! - Ela falou para Violleta. 

Foi tudo muito rápido para que Violleta entendesse...

Dois tiros foram disparados.

Violleta estava no chão. 

E Choi também. 

Seungho olhou confuso a sua volta e quando viu ficou em choque. 

CheonDung estava ali. Apontando uma arma na direção de Choi. 

Violleta gemeu tirando Seungho e Thunder de seu pequeno conflito.

Thunder se apressou-se e puxou Violleta consigo. 

Olhou para seu ferimento no ombro e notou não ser profundo. 

Violleta por sua vez segurava sua dor. Ela abriu os olhos e sorriu. 

- Eu estou morta? - ela perguntou olhando para o rosto de Thunder.

- Não meu amor. Nós estamos bem! Preciso que você resista! - ele pediu

Ela o olhou confusa e olhou em volta. 

Como se estivesse absorvendo a realidade. 

Ela olhou novamente para CheonDung e sentiu que seu peito iria explodir.

Ela o abraçou como se sua vida dependesse disso. 

Seu corpo tremia nos braços de CheonDunge seu choro era barulhento e dolorido. 

Seungho respirou fundo e olhou para o céu desejando que isso realmente tenha acabado. E que agora Violleta possa ser feliz. 

Seungho reparou que Thunder estava com um ferimento feio no ombro, mas preferiu não perguntar. 

- Como chegou aqui? - Violleta perguntou. 

- Eu fugi e  tentei pedir ajuda, mas logo vocês foram levados. Alguns minutos depois eles chegaram e seu avô me ajudou. Ninguém me notou, o que foi bom. - Ele falou olhando para Choi.

Thunder e Seungho ajudaram Violleta a se levantar

Os pensamentos dos três estavam alinhados. 

Eles estavam aliviados. Talvez agora pudessem viver tranquilamente. 

- Vamos embora. - Seungho falou como se estivesse tirando um peso dos ombros

 Dois estalos ensurdecedores interromperam a felicidade e alivio deles.

Antes que qualquer palavra fosse dita Violleta percebeu o que havia acontecido.

CheonDung estava no chão. 

Ele olhou para ela com um olhar desconhecido, uma mistura de dor e confusão. 

Violleta olhou para Seungho e o viu cair de joelhos. 

- Se eu não vou ser feliz, você também não vai! - Choi falou com a arma na mão. 

- Não, não, não! - Violleta choramingava trazendo o corpo de CheonDung para junto dela. 

- Por favor! Fique aqui! 

- Não me deixe! Você não pode fazer isso! - ela chiou baixinho embalando seu corpo. 

- Seungho me ajude. - ela suplicou

Violleta não havia percebido, mas Seungho também estava ferido.

- Oh... Vocês... Vocês.. não, não... - Violleta falava entre as lágrimas. 

Violleta sentiu seu coração ser arrancado do peito de forma dolorosa. 

Sua vida havia acabado em um piscar de olhos. 

Violleta absorveu que foi predestinada a sofrer. 

Ela levantou-se com a visão ainda embaçada e ouviu o riso baixo de Choi. 

Pegou a arma de Seungho e sem pesar atirou diversas vezes em Choi, até que as balas acabassem.

Mais tarde Violleta descobriu que além de se igualar a ela, isso não diminuiria sua dor. 

Mas ela não se arrependeu. 

Violleta olhou para os corpos estirados no chão e voltou a pensar na hipótese de ter morrido no lugar de seus pais... Talvez fosse a solução para essa tragédia... Talvez não...

Violleta abraçou seus joelhos e rogou baixinho que isso fosse um pesadelo. 

Queria que tudo se dissipasse agora e se transformasse em um lindo e claro dia... Desejava que tudo fosse ilusório...

Que até mesmo ela fosse mera imaginação de alguém....


Notas Finais


Ufa.. Depois e um século eu atualizei... Cap, pequeno, porém caótico... :/ (prevejo leitores me matando)


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