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História Acima de tudo o amor - Olhos nos olhos


Escrita por: ClaryStilinski

Notas do Autor


Olá pessoaaaaaassss
Peço um milhão de desculpas pela demora, mas está aí.
Aos novatos espero que curtam, aos antigos espero q recordam nossa história.
Bjoks, sdds

Capítulo 2 - Olhos nos olhos


Fanfic / Fanfiction Acima de tudo o amor - Olhos nos olhos

"Quando a luz dos olhos meus, e a luz dos olhos teus, resolvem se encontrar...

Ai, que bom que isso é, meu Deus, Que frio que me dá, o encontro desse olhar...

Mas se a luz dos olhos teus, resiste aos olhos meus, só para me provocar...

Meu amor, juro por Deus, me sinto incendiar!!!" (Pela luz dos olhos teus - Tom Jobim)

 

 

Clary tinha a sensação de que havia passado algumas horas lá, em pé, com cara de trouxa, completamente hipnotizada por aqueles lindos olhos dourados. E seria injustiça culpa-la, era simplesmente impossível desviar o olhar. Ela respirou fundo e cruzou os dedos mentalmente, torcendo para que tenha sido alguns imperceptíveis segundos, detestaria começar sua lista de micos no primeiro dia de aula e com um carinha tão lindo. Então, ela continua caminhando em direção aquele olhar de tirar o fôlego. Não que toda essa autoconfiança fosse natural dela, pelo contrário, ela só estava tendo essa ousadia, pois sua bolsa e seus materiais estavam lá. Porque com toda certeza do universo, em qualquer outra situação ela teria virado e ido embora, vermelha como um tomate maduro, como provavelmente por sinal já estava agora. Mas se ela parar para analisar, verá que essa ousadia de certa forma é boa, ela poderá admirar aqueles olhos um pouco mais de perto e com sorte até reproduzi-los numa tela, para nunca mais esquece-los. Como se fosse possível esquecer aqueles olhos! Não se esquece de um anjo quando se vê um certo?

***

Jace Herondale não suportava a faculdade. E todo início de período o mesmo pensamento rondava sua mente, “mas um dia nessa bosta de faculdade”. Se eu não fosse o amor que sentia por seu pai e sua madrasta e é claro, a certeza do amor deles por ele, porque Jace nunca fazia nada de graça. Ele iria jurar que a faculdade era algum tipo de tortura imposta por seus pais, uma espécie de castigando por algo que ele fez. E olhe que a lista de coisas não seria pequena. Qualquer pai e mãe poderia classificar Jace como o pior filho da face da terra, ele aprontava demais, muitas festas, garotas, gastava tudo que os pais construíam com esforço e dedicação. Enfim, um rebelde. Mas os pais de Jace, possuíam uma maneira muito particular de educá-lo e amá-lo. Jace os considerava os melhores pais do mundo, apesar de serem ricos e na maioria das famílias ricas faltar carinho e atenção, com ele não era assim. Ele era muito amado pelos pais.

Amatis, esposa de seu pai, não é a mãe biológica de Jace, mas ela o trata tão bem, o me ama tanto e ele a amo tanto, que qualquer pessoa que observasse se quer pensaria que não eram mãe e filho. Céline, a sua mãe biológica, morreu logo após o parto. A história dela e de Stephen, pai de Jace foi muito turbulenta. Na época os avós paternos e maternos de Jace fizeram um acordo, seus filhos iriam se casarem para que os sobrenomes das duas famílias se fortificassem em tradição e riqueza. Apesar de nenhum dos dois ficarem felizes com essa ideia, aconteceu segundo planejado, Stephen e Céline, se casaram. Mas como todo casamento arranjado, não havia amor, desde de muito jovem Stephen era apaixonado por Amatis e Céline sabia disso, então eles viviam um casamento de faixada. Mas outra época “tradicional” chegou, a pressão para que eles tivessem um filho, “um herdeiro”.

Porém, Céline já vivia muito infeliz pela falta de amor, por toda aquela vida de mentira. Ela não culpava Stephen, ou seus pais, ela sabia que havia tido uma escolha, e também sabia do sofrimento de Stephen, ele sempre foi um homem bom e justo, sempre que podia a fazia companhia, lhe levava para sair, lhe comprava presentes, mas não era ela que ele amava e sofria por não poder viver ao lado de seu grande amor. Contudo, Céline queria ser amada e a separação não era uma opção para ninguém na época. Então, ela engravidou, e quando Jace nasceu, ela teve depressão pós-parto e simplesmente desistiu de viver, pouco tempo depois...

Essa história já fez Jace perder muitas noites de sono pensando como pode alguém morrer de amor. Nada tirava da sua cabeça que sua mãe biológica havia morrido porque não tinha sido amada. E isso fez com que ele se fechasse, não queria se envolver com ninguém. Tinha medo de ser amado na verdade, e mais medo ainda de amar. Ele sempre repetia para todos e principalmente para si mesmo, “não sou de ninguém, eu sou de todo mundo”, extremamente esnobe, achava que seria muita maldade privar as meninas da presença dele. Ele estava escorado na parede do dormitório feminino junto com seu primo Alec, esperando por Isabelle, enquanto pensava, “sei que meus pais nunca me obrigariam a casar com alguém, mas “um homem prevenido vale por dois”, é bom não dá mole para o destino, as vezes ele prega umas peças na gente e...”

-Quem é ela? – Jace saí dos seus devaneios ao ver uma menina ruiva sair do prédio que fica o dormitório da Izzy. Olha para Alec, que estava mexendo no celular...

Alec e Izzy são irmãos e primos de Jace. Alec faz o mesmo curso que Jace, Negócios e Sistema de Informação, não são nerds, mas também não são os piores alunos. Eles conseguiram escapar da tradição do casamento arranjado, mas de administrar os negócios dos pais não tinham nem chance. Jace está no segundo ano do curso, enquanto Alec já está no último. Izzy, como todos a chamam, acabou de entrar, e faz Moda. O que deixava os meninos extremamente chateados, eles pensavam que enquanto eles ralavam, ela brincava de boneca. Isabelle tem o gênio forte, ela faz a expressão “temperamental” não ter sentido algum, e com seus pais não age diferente, eles não conseguiram a fazer escolher outro curso. Os três estão na mesma faculdade, não por coincidência é claro. Essa é uma das tantas vantagens em ter uma família é rica, muitos contatos. Além do Alec e da Izzy, os tios de Jace têm outro filho, o caçula Max, que ainda está no colegial.

-ALEC? – Jace bate nele para receber um pouco de atenção. Ele faz careta e larga finalmente o celular.

- O que éééé?

- Você viu aquela ruivinha? – Jace perguntei.

- Ruivinha? Pelo amor dos anjos Jace, se fosse ao menos um ruivinho...

- Ela é linda! Parece uma boneca de porcelana. Nunca vi nada igual. – Jace diz com os pensamentos longe, mas para si mesmo do que para ele.

- Jace? Você está bem? – Falou ele, fingindo preocupação, com a mão no ombro dele. - Não me diga que o cupido finalmente te flechou?!? – Já prendendo a risada.

- Sai daí. – Jace fala empurrando a mão dele. – Você sabe muito bem que eu amarrei meu cupido, tranquei no porão e joguei a chave fora. Sem flechas meu amigo, SEM-FLECHAS!

- Ok, ok! – Ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Mas aonde é que está a tal ruivinha linda?

- Ela saiu de dentro do dormitório da Izzy, mas entrou novamente, deve ter esquecido algo, vi ela mexendo na bolsa... ela está voltando, olha...

- E Jace ataca novamente. – Ele falou com ar de desdém, depois de uma rápida olhada para ela e voltando a atenção ao celular.

Alec tinha razão, Jace Herondale jamais perderia a oportunidade de conhecer a carne nova do pedaço. Só que dessa vez algo diferente aconteceu. Ela passou por eles, os olhou e sorriu, como se estivesse os cumprimentando. E Jace simplesmente ficou sem reação. Não se moveu nem um centímetro se quer, ficou lá, a olhando se afastar de forma rápida...

- Vai ficar aí parado? Pensei que tivesse gostado dela. Ah! Não me diga, eu já sei, ela não é tão bonita quanto você pensou. – Disse Alec zuando com a cara dele.

- Ela é mais! – Foi a única coisa que ele disse, enquanto gravava na memória aqueles lindos olhos esmeralda e aqueles cabelos da cor do pôr do sol.

*****

O primeiro dia em Idris University passou voando para todos. Como todo primeiro dia de aula, não houveram grandes acontecimentos. Só apresentações em todas as turmas e blá blá blá. Jace almoçou com Alec e Izzy, essa que por sinal não estava no seu quarto, tinha acordado mais cedo porque não queria no primeiro dia de aula está de “qualquer jeito”, então foi ao salão.

A parte da tarde Jace não teria aula, seria a recepção da galerinha do primeiro período. E ele decidiu que não perderia seu tempo, jogando tinta naqueles pobres coitados, e ainda correr o perigo de acabar com seu visual. Apesar de ter cogitado a ideia de ir só para conhecer AS novatas. Mas sua mente o traiu, seus pensamentos imediatamente voaram para os olhos verdes que viu mais cedo. Ele precisava encontra-la e acabar logo com isso, tinha plena certeza que só precisava dá uns beijinhos nela e toda essa fixação iria passar, no fim, ela seria apenas mais uma gatinha que teve o prazer de desfrutar dos seus lábios. Enquanto ele pensava nisso, resolveu ir para biblioteca. A faculdade estava uma bagunça em todos os lugares, por conta da chegada dos novos alunos, lá seria um ótimo lugar para ele ficar em paz com os próprios pensamentos.

Assim que ele estaciona sua moto em frente a biblioteca, vê a moça dos olhos verdes mais lindos da face da terra, segundo ele. Seu interior saltava de alegria, pensava em como podia ter tanta sorte, não havia feito nada e já havia a encontrado. Só podia ser ajuda divina, pensava sorrindo. Planejou tudo em sua cabeça enquanto observava ela entrar, iria falar com ela, dá uns amassos na biblioteca mesmo e voltar a sua chata rotina. Após pensar isso seu sorriso se alargou ainda mais, “até que o primeiro dia de aula não vai ser tão ruim assim”.

Jace entra logo em seguida e fica observando a ruiva, ela parece um pouco perdida e ele supõe que deve ser o primeiro período dela. Decidi esperar ela escolher uma mesa, então é só sentar lá e puxar assunto. Pronto, a mágica aconteceria, porque ninguém resisti a Jace Herondale, certo? Vermos! Quando ele estava se aproximando ela levanta, e por um instante ele pensa que ela o viu e iria mudar de lugar. Mas não, ela apenas foi em busca de livros, porque deixou algumas coisas na mesa. Então ele se aproxima da mesa dela e se senta, decidido e esperá-la.

Ele já estava impaciente, batia o pé, se levantou e sentou algumas vezes, sem contar as inúmeras vezes que passou as mãos nos cabelos. Um novo Jace começa a surgir. Nem um pouco acostumado a esperar por qualquer coisa que seja, ainda por cima por uma garota, achou os minutos que se seguiram uma eternidade, chegou a pensar em ir embora, mas aqueles olhos voltavam a sua mente fazendo desistir imediatamente da ideia. Sempre que pensava nela sentia uma sensação estranha que não sabia definir o que era. A comparação mais próxima que ele conseguia fazer era com o medo, mas não conseguia entender o porquê estaria sentindo medo. Volta e meia ele ficava sem folego, seu coração perdia o ritmo, ele então respirava fundo e voltava ao normal, sua barriga também não estava legal. Então chegou à conclusão que deveria ter sido algo que ele comeu no almoço, detestava comer nas lanchonetes da faculdade, ainda por cima no departamento de Moda, cheio de gente estranha do seu ponto de vista.

Ele estava com a cabeça baixa quando ouvi uns passos vindo em sua direção. Era ela! Ele pensou animado. “Finalmente! ” Seus cabelos ondulados e vermelhos caindo sobre os ombros, tinha prendido apenas um pouco a franja que dava uma visão ainda melhor dos seus olhos, ele a achou simplesmente linda, não encontrava outra palavra para descrevê-la. Quando ela o viu em sua mesa hesitou um breve instante, ficou corada e continuou andando em sua direção, com passos firmes e decididos ele pensou. Ele a achou ainda mais linda corada e por um instante pensou que realmente não estava bem. Ela estava de blusa de mangas longas, uma saia não muito curta, meias pretas e bota. Nada extremamente sexy como o que a Izzy costuma usar. Mas sempre que ela passava por uma mesa de rapazes eles viravam o rosto para olhá-la, o que deixou Jace um pouco incomodado. Mas sua simplicidade era tanta que ela nem parecia notar.

Então enquanto ela caminhava na direção de Jace, sorriu, seus olhares se cruzaram e...


Notas Finais


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Amo os comentários de vcs!!!


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