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História Acordos - Sentimentos escritos.


Escrita por: PipocaSinger

Notas do Autor


Olha eu aqui de novo!
Como eu atrasei um pouco o último capítulo, acabei decidindo postar esse mais cedo ><
Quero agradecer a cada um de vocês pelos comentários positivos do último capítulo, vocês são incríveis <3
Acho que a maior glória de um autor são seus leitores, a cada dia sinto-me mais gloriosa por ter vocês me acompanhando. Amo vocês <3
Como esse é o 16º capítulo da história e sei que vocês já não se aguentam mais por causa desse segredo da Hina, adianto que esse segredo será revelado no capítulo de número 18, então tenham apenas mais um pouco de paciência comigo.
Embora o Naruto tenha saído de Mun pra voltar pra Konoha eu queria manter ainda o romance dos dois e tentei fazer algo que fosse relativamente fofo, visto que eles não se vêem há dias... Espero que eu tenha conseguido e que vocês gostem.
No mais, uma boa leitura a todos!

Capítulo 16 - Sentimentos escritos.


Fanfic / Fanfiction Acordos - Sentimentos escritos.

A viagem até Konoha levou quase uma semana até que se completasse, o caminho teve de ser feito com cuidado e, mesmo que estivesse só, a atenção dada a possíveis problemas fez Naruto cavalgar mais lentamente que o comum. Quando atravessou os portões de seu castelo foi extremamente bem recebido e, mal havia descido do cavalo, convocara uma reunião emergencial.

-Meu rei, não esperávamos por sua vinda. Mun nos avisou há pouco de que já estava a caminho, houve algum problema?

A voz de Tsunade era reconfortante de se ouvir depois de tanto tempo, mas poderia aproveitá-la depois, quando a reunião acabasse.

-Mun está sob cerco, precisamos intervir.

-A maior parte do nosso exército já está lá, não podemos enviar mais reforços ou estaremos esgotados. -Shikamaru era firme, porém preocupado.

-Não vim aqui para mandar mais homens, a intervenção será feita sem que diminuamos a segurança de nosso reino.

-O que pretende fazer então?

Itachi, sempre calmo, era, fisicamente, uma versão um pouco mais cabeluda de Sasuke, a semelhança do clã Uchiha só não era mais assustadora que a do clã Hyuuga.

-É um exército pequeno, eles não têm provisões para muito tempo, só o que temos que fazer é impedir que a comida destinada a Mun chegue até eles.

-Podemos fazer isso. -Shikamaru concorda. -Mas pode nos dizer com quem estamos lutando?

-Ainda não sei. Ele não disse o nome e seu exército não tem estandartes levantados. Quero uma missão de infiltração para descobrir quem anda ameaçando o reino de minha esposa.

-Mandarei uma carta para Sasuke, nossos melhores espiões estão lá.

-Obrigado, Itachi, mas creio que esteja errado. Nosso melhor espião está aqui, e é você.

-Desde que entrei pro Conselho não executei nenhuma missão, meu senhor.

-Mas estou certo de que consegue. Pode fazer isso?

-É claro, meu rei. É uma honra servi-lo.

-Prepare suas coisas, quero que parta imediatamente.

-Sim, Senhor.

-Shikamaru, tome todas as providências necessárias para que, a partir de hoje, nenhuma carroça de comida se aproxime do exército inimigo.

-Graças a aliança com Mun temos dinheiro o suficiente para convencer qualquer comerciante a nos ceder sua comida sem violência, talvez não seja preciso planejar muito. -O Nara respondeu dando de ombros.

-Mas certamente ficaremos lotados de comida, o que faremos com ela? -Tsunade interviu.

-Armazene-a, quando Mun sair de cerco pode ser que precise de suprimentos.

 

 

 

 

 

-Por quanto tempo pretende ficar conosco, meu sobrinho?

Tsunade finalmente o soltara do abraço.

-Ainda não sei. Essa viagem não foi exatamente bem planejada.

-Posso saber por que deixou sua mulher em Mun sabendo que o reino estava sob cerco?

-Eu precisava deixá-la um pouco sozinha.

-Sabemos que casamentos arranjados raramente funcionam bem, mas mesmo que não goste dela não pode deixá-la lá, não sob tais circunstâncias.

-É aí que está enganada, tia. Eu a amo.

-Como? -A loira o encarou completamente surpresa.

-Hinata é a mulher mais impressionante que já vi em toda a minha vida. Consegue ser tão determinada e firme quanto a senhora, tenho certeza de que se dariam bem.

“É também dona de uma beleza exuberante, com cabelos tão bonitos quanto o céu na noite e olhos tão fascinantes quanto a própria lua.”

“É decidida, focada, inteligente, uma líder nata. Hinata é tudo que eu poderia desejar e ainda mais, é o que tenho nas mãos e ainda completamente inalcançável. Hinata é minha maior glória e minha derrota mais vergonhosa, é tudo o que quero, mesmo sem querer.”

-E porque não está com ela, então? Ela não o ama?

-Ama. -Um sorriso mínimo se forma nos lábios do loiro. -Mas ela tem medo de amar. Hinata possui segredos que a impedem de se entregar a mim, de confiar no quanto podemos dar certo juntos, e é por isso que precisei ir embora. Precisei sair para que ela tivesse tempo de pensar em nós dois, de pensar em mim sem que fosse pressionada pela minha presença.

-É a primeira vez que vejo você falando assim de uma mulher.

-É porque é a primeira vez que amo uma de verdade.

 

 

 

 

 

A noite caia novamente sobre Mun, há mais de dez dias Naruto partira e, tomada pela saudade, Hinata buscava sempre algo para fazer que a impedisse de desabar nas lembranças do loiro. Deixando-se pensar apenas antes de dormir, quando tinha certeza de que ninguém testemunharia suas lágrimas e indecisões.

Naquela noite, treinava com Jiraya, um dos soldados de Naruto com o qual acabou se afeiçoando, sabendo que por um tempo ele próprio havia treinado o noivo, ficou contente por tê-lo ajudando em seu treinamento. Porém, nada se comparava as aulas fornecidas pelo próprio marido, as risadas que ele conseguia lhe arrancar, os beijos roubados que as vezes vinham ou os sorrisos cúmplices que frequentemente trocavam.

Tudo lembrava-lhe ele.

Já estava cansada, com a respiração ofegante, quando Sasuke atravessou os jardins silenciosamente.

-Majestade. -Reverenciou-a com perfeição.

-Pois não?

-Acabamos de receber notícias de Konoha, entre elas estava uma carta dirigida a senhora, Naruto pediu que a entregasse.

-Ele… Me escreveu? -A surpresa não poderia ser maior, desde que partira Naruto não dedicou-lhe nenhuma carta ou pedido direto. As notícias tratavam-se apenas da guerra.

O moreno assentiu diante da pergunta e lhe estendeu uma carta. Hinata a pegou com cuidado.

-Obrigada, Sasuke.

-Com sua licença. -O moreno logo saiu, tão silenciosamente quanto partira.

-Minha rainha? Continuará com o treinamento?

-Não. Está dispensado.

Assim que ficou sozinha Hinata sentou-se no banco mais próximo e pôs-se a analisar o papel, antes de realmente o lê-lo.

Passou a ponta dos dedos sobre os traços da caligrafia impecável de Naruto, linhas tão bem desenhadas que chegaram a proporcionar-lhe inveja. Era a letra de um rei.

Sorriu ao ver o perceptível cuidado com que a carta havia sido dobrada, um pequeno pedaço de papel cujo significado era imenso diante de quem lhe escrevera e de quem agora ansiava por ler.

Depois de finalmente ter concluído sua minuciosa perícia, focou-se nas palavras e em seus respectivos significados.

 

 

 

“Minha doce rainha, há dias venho cobrando-me essa carta, mas nunca sei o que lhe escrever. E até o momento, ainda não sei.

Cheguei há alguns dias em Konoha, é aliviante estar em casa novamente, com pessoas conhecidas, as quais amo imensamente, é bom rever pessoas das quais senti tanta falta, rever lugares os quais sempre gostei e estão nas minhas mais antigas lembranças, pensei então, que isso seria suficiente para deixar-me feliz, no mínimo contente. Mas me enganei.

Os lugares mais bonitos parecem perder toda a graça sem os seus sorrisos iluminando o meu caminho. As pessoas mais divertidas enchem-me de tédio pelo simples fato de não me entreterem tanto quanto seus olhos me entretêm. Konoha é a minha casa, mas meu lar tornou-se você.

Me pergunto se não estou sendo um idiota lhe escrevendo essas coisas, mas não posso deixar de escrever. Queria poder lhe dizer tudo isso, mas por mais que eu grite, sei que não irá me escutar. A distância as vezes é uma tortura e agora sinto-me torturado a cada novo segundo em sua ausência.

Acredite, não foram raras as vezes que quis voltar, que quis dizer que estava apenas sendo um idiota e que tudo que eu queria era você, de qualquer jeito, com todos os problemas, era sempre você. Mas então, do que adiantaria? Amo-te como jamais acreditei ser possível amar alguém e agora não sei se estou pronto para não ser amado da mesma forma.

Talvez, vir para Konoha tenha sido uma fuga minha. Nunca senti-me tão covarde como me sinto diante de você.

Tudo tem acontecido lentamente e não sei quando retornar, mas peça-me água e te darei o mar, peça-me que volte e imediatamente estarei gritando seu nome em frente aos seus portões. E quando eu voltar, peça-me um beijo que beijar-te-ei por todas as noites até o fim da minha vida.

Espero que essas finalmente sejam palavras dignas de serem ouvidas por uma rainha.

Sinto sua falta.

 

Com amor, Uzumaki Naruto.”

 

 

Hinata não saberia dizer em qual parte da carta suas lágrimas começaram a cair, nem se lembrava de como havia, correndo, ido parar em seu quarto, buscando o primeiro pedaço de papel que encontrasse.

Em pouco tempo, com a visão embaçada pelas lágrimas, já escrevia desajeitadamente “Volte para mim”, repetidas vezes naquela pequena folha. Porém, antes que decidisse enviá-la, um trecho específico da carta do amado chamou-lhe atenção: “Amo-te como jamais acreditei ser possível amar alguém e agora não sei se estou pronto para não ser amado da mesma forma.”

Aquelas palavras a fizeram parar.

O quão egoísta seria trazê-lo de volta sem a certeza de que poderia finalmente confiar-lhe seus maiores segredos? O quão cruel seria trazê-lo de volta sem poder corresponder-lhe por completo ao sentimento avassalador que ambos partilhavam?

Com novas lágrimas nos olhos pegou o papel amassado em que escrevia e guardou-o em uma gaveta.


Notas Finais


Espero muito que tenham gostado <3
Obrigada por lerem até aqui, nos vemos no próximo capítulo ><


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