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História Acordos - Presente.


Escrita por: PipocaSinger

Notas do Autor


Oi, pessoas! <3
Primeiro, obrigada pelo incentivo de quem tá comentando nos capítulos da fic, amo vocês <3
Espero que gostem desse capítulo, acho que ele ficou divertido e trouxe ainda mais provocações entre o NaruHina, mas enfim, vou parar de falar né?
Boa leitura a todos!

Capítulo 3 - Presente.


Os olhos perolados de Hinata abriram-se com a aurora, os primeiros raios de sol do dia invadiam seu quarto enquanto ela se levantava preguiçosamente, desejando desesperadamente mais alguns míseros minutos de sono.

Espreguiçou-se como de costume e esperou por Tenten, havia a dispensado na noite anterior quando ela voltara levemente amedrontada, esperando por alguma reação de sua senhora que indicasse raiva ou frustração, mas a única coisa que recebera fora uma ordem de saída, vinda de uma Hyuuga extremamente pensativa.

- Bom dia, Alteza. - Não tardou para que a morena atravessasse as pesadas portas de madeira de seu quarto.

- Bom dia, Tenten. Pode preparar meu banho por favor?

- Não vai querer que eu traga seu café?

- Não.

- Algum problema, senhora?

- Nenhum. Apenas pretendo tomar o café da manhã com meu noivo hoje.

- Não discutiram ontem à noite? - A ama perguntou enquanto preparava a banheira de Hinata.

- Discutimos.

-E?

-E ele fez algo que não deveria ter feito.

- O que seria esse “algo”?

- Tenten, qual é o brasão de meu clã?

- Um tigre, senhora. - Respondeu sem entender onde Hinata pretendia chegar, mas não questionou.

- E sabe qual é o brasão do clã Uzumaki?

- Não, senhora.

- Uma raposa. Quem você acha que é mais forte?

- Um tigre, vossa Graça. Mas não compreendo o sentido de tudo isso.

- A raposa provocou a fúria do tigre. Veremos o quanto ela consegue resistir.

Hinata armou-se de um sorriso que escondia bem mais do que se permitiria mostrar.

 

 

 

Sem avisos prévios, Hinata invadiu o quarto de Naruto, tendo plena certeza de que ele ainda dormia. Pretendia acordá-lo e surpreendê-lo, mas foi ela quem acabou tendo a surpresa maior.

O loiro dormia tranquilamente em sua cama, e tudo estaria perfeito, se ele não estivesse completamente nu.

A morena não conseguiu evitar um grito de surpresa e foi esse grito que acabou por acordá-lo.

Sentindo a cabeça prestes a explodir, resultado da bebedeira da noite anterior, o loiro murmurou palavras incompreensíveis enquanto tapava os ouvidos com uma almofada.

Recompondo-se do choque inicial, Hinata caminhou apressada até as janelas e abriu as cortinas o máximo que pôde, iluminando o quarto com a luz do sol imediatamente.

- Acorde, vossa Majestade! - Gritou próxima a ele.

- Ninguém nunca te ensinou a bater na porta? - Ele rosnou.

- Você teria me ignorado. - Disse suavemente. - Agora levante-se! - Pegou a almofada que ele usava para cobrir o rosto e a lançou sobre ele.

- Maldita Hyuuga! - Ele disse sentando-se na cama. - O que você quer?

- Primeiro, que se vista.

- Acostume-se com ele, querida. Ainda vamos brincar muito juntos. - Respondeu com um sorriso malicioso nos lábios.

- Por sete infernos! Como você é irritante!

- O que espera que eu seja à essa hora da manhã sendo acordado por uma mula como você?

O loiro se levantou, sem mostrar um pingo de constrangimento por sua nudez.

- Mula? - A voz de Hinata adquiriu um tom ameaçador.

- Você ouviu bem, princesa. - A resposta veio debochada, pretensiosa.

Hinata não soube de onde viera o impulso, mas antes que percebesse sua mão já ia em direção ao rosto de Naruto. Mas assim como seu instinto fora rápido, o reflexo dele fora ainda mais.

Sem esforço, Naruto segurou a mão dela poucos centímetros de distância de seu rosto e com certa brutalidade a puxou para frente, fazendo-a se chocar contra seu corpo.

- Está lenta demais, Alteza. - Sussurrou ao seu ouvido.

- Me. Solte. - Ela disse lentamente, furiosa e incomodada com a situação.

Novamente, ele ignorou sua ordem.

- O que está fazendo aqui?

- Vim visitar meu adorável noivo. - Respondeu irônica.

- Não quero visitas hoje. - A soltou.

- Quem disse que eu pretendo e preciso ser convidada?

- Não vai querer que eu te coloque para fora do quarto.

- Vai fazer isso antes ou depois de vestir sua roupa?

Ele bufou.

- Isso por acaso é você de bom humor?

- Não. Isso sou eu lhe avisando para nunca mais me beijar daquele jeito. Não ouse me agarrar novamente.

- Então não ouse corresponder quando eu o fizer.

- Eu não correspondi!

- Não foi o que pareceu.

- Está avisado, meu rei.

- Eu não recebo ordens suas.

- Tome um banho. Estarei te esperando para o café da manhã. 

- Esperará pela eternidade. Já disse que não sou seu cachorrinho para que me mande fazer o que bem deseja.

Hinata suspirou e se afastou.

- Você está certo. - Começou a perambular pelo quarto até encontrar uma jarra de vinho sobre uma mesinha. - Bebendo sozinho? - Perguntou ao erguer a jarra para ele.

- Lhe interessa tanto assim o que ando fazendo?

Lentamente a Hyuuga se serviu de uma taça.

- É claro que sim. Você é o meu noivo e este vinho veio de minha dispensa. - Deu um gole curto antes de se aproximar.

Naruto a observava com olhos curiosos.

- Não vai mesmo tomar café comigo?

- Você não está sabendo me convencer.

- Mudarei meus métodos então.

Hinata se aproximou ainda mais, com olhos maliciosos.

- O que pretende fazer, princesa? - O sorriso do loiro era lascivo, começava a se interessar pela brincadeira.

A morena então sorriu e antes que Naruto tivesse tempo para pensar ela despejou sobre seu corpo todo o líquido de sua taça.

- Demore o quanto quiser no banho, esperarei com prazer.

Sorrindo ela se retirou, deixando o noivo furioso atrás de si.

 

 

 

- Me digam, ele é sempre tão idiota? - Hinata já conversava intimamente com os guardas de Naruto enquanto o esperava do lado de fora de seu quarto.

- Ele é uma boa pessoa, Alteza. - Um dos homens, alguns anos mais velho que ela, lhe respondia com um sorriso afetuoso no rosto.

- Ele é irritante.

- Naruto só gosta de brincar um pouco.

- Ele brinca o tempo inteiro.

O homem riu.

- Ele é um rei novo, está em guerra grande parte do tempo. Estes são os únicos momentos em que ele pode se divertir com alguém, tente levar isso em consideração, Alteza.

- Já está contando meus problemas para ela, Jiraya? Eu deveria demiti-lo.

A pesar da ameaça o tom era brincalhão.

- Faça isso e não voltará vivo de sua próxima batalha, sou eu quem sempre salva sua pele.

O loiro riu.

- Não se ache tanto assim.

- Essa autoconfiança é característica comum do povo de Konoha? - Hinata encarou os dois, era estranho como pareciam tão próximos.

- Não, minha doce princesa. É característica comum dos melhores. - Naruto respondeu com calma. 

- Algum dia esse seu ego mais que inflamado vai acabar matando alguém sufocado.

- Acredite, Alteza. Já matou muitas pessoas. - Jiraya quem respondeu, recebendo de Naruto um sorriso sincero de agradecimento.

Antes que Hinata pensasse em uma resposta, Naruto a tomou pelos braços e a guiou pelos corredores.

- Parece que o banho te deixou de melhor humor.

- Depois do que fez comigo, creio que é você quem precisa de um banho para ver se consegue ser, no mínimo, mais gentil com seus convidados.

- Sem falsas cortesias, por favor.

Naruto a encarou por breves segundos.

- Você está tensa. Algum problema?

Você é um problema.

O loiro suspirou.

- Certo. Parece-me que você é ainda pior do que imaginei.

Em resposta, ela simplesmente deu de ombros.

Tomaram café no jardim, em silêncio, exceto por algumas piadas que Naruto tentava fazer em suas tentativas frustradas de arrancar de Hinata algo mais que seus resmungos criticando o quanto ele era infantil.

Desistindo de uma conversa no mínimo suportável, o loiro se levantou depois de se sentir satisfeito e começou a andar em direção ao castelo novamente.

- Onde vai?

- Procurar alguém interessante para conversar.

- Talvez a mesma mulher com quem esteve ontem à noite?

Naruto, então a encarou.

- Do que está falando?

- As marcas no seu pescoço.

Instintivamente ele levou umas das mãos a região.

- Que marcas?

- Mordidas, ao que me parece.

- Não me lembro de ter dormido com alguém. - Disse confuso.

Calmamente Hinata se levantou da mesa, não havia traços de raiva em sua voz quando ela voltou a falar, mas Naruto finalmente percebeu o incômodo em seus olhos perolados, que sempre se voltavam ao seu pescoço, mesmo que ela parecesse se esforçar para focar em seu rosto.

- Não me importo que se divirta alimentando os bordéis da cidade, esse prazer que procura não vai encontrar comigo, mas ao menos use roupas que escondam essas marcas por um mínimo de respeito ao nosso noivado. É só o que lhe peço. 

"Já é difícil demais lidar com meu Conselho em condições normais, não dificulte ainda mais as coisas me fazendo ter que justificar seu comportamento."

- Não foi minha intenção desrespeitá-la, senhora. Realmente não havia visto nenhuma marca e não me recordo de tê-las conseguido. Peço-lhe perdão pela forma como me apresentei essa manhã.

Hinata se surpreendeu com a sinceridade daquelas palavras e apenas assentiu, sem saber exatamente o que poderia lhe responder.

- Há algo mais que possa fazer para compensar o transtorno?

- Terei reunião com o Conselho daqui à duas horas, seria bom se pudesse comparecer.

- Discutiremos sobre nosso casamento então.

- Já disse que não me casarei com você até que tenha ao menos um de meus inimigos mortos.

Naruto não respondeu, apenas deu de ombros, como se o que ela dissesse não possuísse nenhuma importância, e foi embora.

 

 

 

A reunião correu perfeitamente bem, exceto pelo fato de que Naruto não compareceu, o que não surpreendeu Hinata, mas irritou os membros de seu Conselho profundamente. O loiro começara a adquirir a antipatia de todos eles.

Antes do almoço Hinata o procurou pelo palácio, ao menos nesta refeição ele poderia participar em conjunto com os nobres. Foi, primeiro, onde parecia mais óbvio, seu quarto. Ao chegar nas instalações do loiro, porém, o guarda lhe avisou de que não o encontraria ali.

- E onde posso encontrá-lo então?

- Temo que não possa, Alteza.

- O que quer dizer com isso?

- Vossa Graça saiu para caçar, isso é tudo que sei.

- Caçar? Não há lugar para se caçar aqui perto.

O soldado ergueu os ombros, mostrando que não poderia lhe ajudar mais do que aquilo.

- Ele costuma demorar muito em suas caçadas?

- Depende, minha senhora. Cada caçada exige seu próprio tempo, mas se não há lugares próximos para essa atividade ele pode desistir e voltar logo, ou demorar alguns dias, até conseguir o que quer.

- Qual destas opções é a mais provável? - Perguntou temendo já saber a resposta.

- A última, Alteza. Uma vez que ele tenha se decidido por algo, não há muitas que coisas nessa Terra que podem fazê-lo mudar de ideia.

E ele estava certo.

Depois dessa conversa, quinze dias se passaram desde que Naruto sumira, sem deixar nenhum aviso. Uma mistura de raiva e preocupação invadia Hinata a cada hora que se passava sem que soubesse onde ele estava e o que estaria fazendo.

 

 

 

- Vossa Alteza, peço perdão pelo incômodo. - O camponês começou a falar.

- Não se preocupe, diga-me em quê que posso ajudá-lo.

A Hyuuga participava de mais uma audiência naquela tarde, aparentemente seu povo encontrava milhares de novas reclamações todos os dias.

- Vossa Graça, eu moro fora das muralhas da cidade, no campo, tenho um rebanho de ovelhas que são meu único sustento… Sei que uma guerra se aproxima e tenho medo de perder tudo, já que não estarei protegido. O que posso fazer para evitar que eu e minha família morramos junto com os animais?

- Senhor, não posso fazer muita coisa para lhe ajudar, infelizmente. Recomendo que venda seu rebanho e venha para a cidade, não posso lhe oferecer proteção no campo.

As palavras de Hinata foram absorvidas com desolação durante alguns segundos.

- Obrigado, Alteza. - Ele agradeceu. Sua voz tornara-se baixa, era óbvio que a solução não era a que ele esperara e sua decepção e tristeza eram visíveis.

- Volte para sua casa e cuide de suas ovelhas. - A voz de Nauto ecoou pela sala, fazendo Hinata direcionar seu olhar às portas do salão, sem acreditar que ele realmente havia voltado. - A Princesa irá me entregar um relatório de cada um de seus súditos que moram no campo e eu enviarei dois homens de meu exército para cada um. Eles poderão ajudar tanto no trabalho quanto na proteção de suas famílias, desde que se comprometam a alimentá-los e lhe ofereçam um bom lugar para descansar. - O tom do loiro era firme, não abria espaço para discussões.

- Meu senhor… Eu fico muito agradecido… - O homem respondeu emocionado.

- Majestade. - Hinata disse. - É uma honra recebê-lo de volta.

- Majestade? - O camponês recuou um passo. - Desculpe-me por meus modos. - Disse e fez uma reverência desengonçada que acabou por abrir um sorriso nos lábios do loiro.

- Não se preocupe com isso. Pode voltar para casa sem maiores preocupações, dois de meus homens irão acompanhá-lo. 

Naruto encarou o grupo de soldados que viera com ele e com um movimento rápido de cabeça, dois dos soldados se destacaram do grupo e esperaram pelo camponês na porta. 

- Sim, meu rei. Obrigado, mais uma vez. - Disse e saiu sendo seguido por dois homens de armaduras gastas.

- Onde você estava?

- É assim que me recebe depois de tanto tempo? Seus bons modos de anfitriã pioram cada dia mais.

Ela bufou, o encarando do alto de seu trono.

- Estou começando a achar que é mais fácil eu mesma matar quem quer destruir meu reino do que depender de você.

- Agora que já facilitei seu serviço?

- Do que está falando? Você não fez nada desde que chegou aqui, além de me estressar.

O loiro então fez sinal para dois de seus homens que estavam atrás de si, carregando um baú, se aproximarem. Em silêncio eles deixaram o objeto em frente as escadas do trono e se afastaram. O loiro então deu passos lentos e parou em frente ao baú, só então Hinata percebeu que ele mancava.

- Seu presente de noivado, Alteza. - Disse e abriu a arca.

Hinata prendeu a respiração, seu estômago estava embrulhado mas não vomitaria diante daquilo, não diante dele.

Três cabeças estavam diante de si, todas de olhos e bocas abertas.

- O que é isso? - Perguntou ao se recompor.

- Deidara, Sasori e Zetsu.

Respondeu tranquilamente e os nomes fizeram a morena sentir um breve alívio. Eram três dos generais de exércitos inimigos.

- É um belo presente, Majestade.

- Me disseram que uma era necessária para poder me casar com a mais bela virgem princesa, trouxe três porque sua beleza era grande mais para que correspondesse a uma única. - Disse com o sorriso que tanto a irritava.

- Quão afortunada deve ser essa mulher. - Respondeu fingindo tédio.

- Deveras é, minha senhora. Não foram pequenos os perigos que corri para conseguir esses troféus.

- Perigos, Majestade?

- Não espero que saiba o que é isso, mas sim, perigos.

- Insinua isto porque sou princesa, senhor?

- Não, minha senhora. Afirmo isso porque um homem só sabe o que é perigoso quando entra em batalha comigo e uma mulher só o sabe quando se deita em minha cama. Decerto eu saberia se já tivesse me deitado com tão formosa dama.

- Me parece que tem treinado as palavras, meu rei.

- Estou tentando impressionar uma mulher que reclama muito das coisas que falo. Estou no caminho certo?

- Duvido que acerte o caminho mesmo com um guia, Uzumaki.

- Uzumaki? Parece que estou ganhando o respeito da princesa.

- Ou o seu desprezo, visto que não lhe foi atribuído nenhum título.

- Prefiro pensar nisso como prova de nossa intimidade.

Piscou e saiu.

 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Deixem aí a opinião de vocês e ajudem a divulgar a fanfic! >< <3
Bjos e até o próximo


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