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História Acorrentados - Permanência


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


To postando no 3G da minha irmã, to frita

dps dou um jeito de responder

Desculpem os erros!

Três!

Capítulo 18 - Permanência


Fanfic / Fanfiction Acorrentados - Permanência

Não achei nenhuma palavra para responder aquele absurdo. Não, não e não! Ele não poderia sair assim, não o Jean que sempre esteve comigo e Eren.

- Não gosto desse tipo de brincadeira, Jean. - Falei aflita.

- Não estou brincando.

- Você não pode estar falando sério.

- Estou. - Ele sorriu amarelo. - Venho pensando nisso há algum tempo.

- Eu não entendo... Por quê?

- É o meu limite, Mikasa. Isso tudo vale a pena? Ver pessoas traumatizadas, assustadas, sem preparo algum para continuar... Pessoas que convivemos durante muito tempo. E para quê? Para no primeiro dia em campo perder sua vida?

- Ninguém falou que seria fácil, mas estamos nisso juntos.

- Juntos? Faça-me um favor, Mikasa... - Falou com uma frieza sem igual. - Não sobrou ninguém e os que sobraram, nem se olham mais. É olho por olho e dente por dente.

- Não somos assim.

- Essa é a minha decisão. Não vou mais discutir isso.

- E o que você vai fazer?

Ele olhou para cima, sorrindo ao ver o céu com os últimos raios de sol. Voltou a me encarar, sem expressar nada diferente.

- Ainda tenho a vaga na PM, mas pensei em ir para o Bombeiros. Não quero parar de ajudar as pessoas, só que serei mais útil lá.

- Não posso aceitar isso tão facilmente. - Puxei sua mão. - Nós éramos... Nós somos.

- Dois desconhecidos, Mikasa.- Tentou levantar, mas não soltei. - Não torne mais difícil.

- Você acha que vou ver você ir embora e ficar parada?

- A escolha não é sua.

- Somos amigos, sempre fomos e sempre seremos. - Falei com a maior intensidade do mundo, tentando fazê-lo lembrar de como nos conhecemos.

"Era apenas mais uma manhã normal de aula, no começo do ano letivo, com todos os pré-adolescentes interagindo com as perguntas que a professora fazia.

- Certo, quem vai vim para a lousa hoje? - A mulher perguntou sorridente. - Que tal você, Mikasa?

Levantou o olhar do cachecol recém ganhado, vendo alguns cochicharem sobre si. Olhou para o irmão, que incentivava ela a ir.

- Qual o problema dela? - Desviou o olhar para um garoto do fundo da sala, com as mãos atrás da cabeça e com cara de indiferente. - Vai logo!

- Jean, não fale assim com ela. - A professora sorriu. - Numa próxima, certo? Então você pode vim, Albert?

Mikasa o observou, que continuou agindo com indiferença, voltando a encarar o pano vermelho no seu pescoço. Assim que o sinal para o intervalo tocou ela foi a primeira a sair, sendo seguida pelo seu irmão.

- Porquê não foi? - Deu os ombros. - Você prometeu para nossos pais.

- Não gosto dessas pessoas. - Separou-se do irmão. - Te vejo depois.

Sentou no canto do pátio externo, encarando novamente o cachecol. Era um pano com uma cor tão viva e confortável, não sentia calor com ele.

- Você é estranha. - Olhou para o lado, vendo Jean sentar ao seu lado. - Não devia ter vergonha.

- Não tenho. - Olhou para ele. - Tenho memória fotográfica, se eu fosse até a lousa teria que responder aquela questão, questão essa que eu resolvi ao bater os olhos. Tenho doze anos, se alguém descobrir vão querer me avançar de ano, isso vai me separar do meu irmão e os meus pais terão mais trabalho.

- Você realmente muito estranha. O que tanta olha nesse cachecol?

- Meu pai disse que a cor dele vai me lembrar sempre do sangue, assim posso me sentir normal. Tudo isso pode ser apagado por ele.

- Isso não é verdade.

- Eu sei, mas é isso que me faz levantar da cama todos os dias."

- Se cuida, Mikasa. - Jean levantou e eu corri atrás dele, segurando seu braço com toda a minha força. - Mikasa...

- Não pode ir, você prometeu.

"As pessoas vestidas de preto andavam pela casa, procurando consolar mãe e filhos. Mas a menina, sentada na ponta da escada, não participava da despedida do pai.

O garoto subiu as escadas, sentando do seu lado. Ficaram sem falar nenhuma palavra sequer, o clima já fazia todo o processo de tristeza.

- Sinto muito pelo seu pai. - Falou rapidamente.

- Eu também.

- Cadê o seu cachecol?

- Não vou usar mais. Ele está morto e a história sobre aquele pano não vale de nada, sem ter ele para tornar tudo verdade.

- Eu faço isso. - Olhou para ele, permitindo que seus olhis inchados fossem vistos pelo mesmo. - Mas você não pode mais chorar.

- Por quê?

- Não suporto te ver chorar.

- Prometa que vai ficar e eu prometo que não vou mais chorar. Nunca mais.

- Eu prometo."

- Não precisa mais de mim, Mikasa.

- Não, eu preciso. - Já não conseguia mais pensar em nenhum argumento para convercer ele a parar com essa loucura.

- Não faça isso com você mesma.

- Não. Eu sempre te vi e você não pode pedir que eu não te veja mais.

"- Fiquei sabendo que vocês querem entrar na PM. - Jean falou para os irmãos que comiam juntos no shopping.

- Quero convencer minha mãe e Mikasa, ao mesmo tempo. - Olhou para a irmã. - Elas estão pondo tantos impecílios...

- Eu não vou entrar na PM contra a vontade dela. Jean, fala que estou certa.

- Meu objetivo é o FBI. - Ele deu os ombros. - Se vocês forem até o fim, prestarei o concurso com vocês.

- SÉRIO?! - Eren perguntou, sem acreditar.

- Maldita hora que encontrei vocês dois. - Olhavam para ela, ansiosos pela resposta. - É o Jean que vai pagar o pato se não der certo."

- A questão não é essa. - Finalmente ele me encarou. - Não dá mais.

- Eu não. - Minha voz falhou. - Não consigo sem você.

- Você consegue. - Seus braços me rodearam, me envolvendo num abraço com sentimento de despedida. Engoli o choro, lembrando da promessa que fizemos. - Pode chorar.

- Não vou quebrar uma promessa de vida. - Agarrei sua camisa, escondendo meu rosto no seu peito. - Não sou como você.

- Não estou quebrando nada. - Me afastou, arrumando o meu cachecol no pescoço. Segurou meu queixo e me forçou a encarar ele. - Estou aqui.

- Não vale de nada se eu não te ver.

- Estou aqui. - Apontou para o cachecol. - Aqui. - Para o coração. - E aqui.

Passou o indicador na minha testa, tirando o cabelo e deixando um beijo demorado ali. Sorriu e saiu andando, eu estava sozinha novamente.

Peguei a minha bolsa no chão, deixando uma nota qualquer de dinheiro em cima da mesa. O mundo estava desmoronando ao meu redor e eu não podia fazer simplesmente nada.

(...)

Não tinha motivo algum para me esforçar no treinamento, não valia a pena. Eu era a melhor e não havia dúvidas de que eu terminaria tudo com honra.

A semana foi a pior de todas, eu não parei de pensar nele em momento algum. Jean fazia tanta falta e eu nunca dei o valor que ele merecia, era uma situação que ficava indolor devido a tanta dor.

Pedi para a Sargento me colocar na faxina, já que eu não tinha vontade de pegar em nenhum tipo de arma e nem treinar nada. Eu via Jean em tudo, sem nenhuma excessão.

- Ackerman. - Olhei para cima, vendo Levi sentar na minha frente, enquanto eu limpava talher por talher. - Algum problema?

- Eu sou uma estrutura fragil, que precisa de pilares para se manter firme. Você é o mais forte e está no centro, só que não consegue me sustentar sozinho.

- O que?

- Sem Annie, Eren e Jean... - Respirei fundo. - Não dá.

- Do que está falando?

- Eu... - Apertei a franela. - Estou desmoronando.

- É por causa daquele moleque?

- Não, é por causa do me mehor amigo. É por ele, quem tem um nome. Não é moleque, pirralho, nemhuma dessas palavras. É Jean Kirstein.

- Não quer que eu fique, não é?

- Não, eu não quero.

- Certo. - Levantou e foi embora, enquanto eu continuei limpando cada um dos objetos.

(...)

A minha mente não parava de ver Jean em todos os lugares, nada que eu fazia tirava a sua imagem da minha cabeça. Eu estava enlouquecendo aos poucos.

Além disso, ele havia sumido. Nenhum dos nossos amigos tinham um número para que eu pudesse ouvir sua voz, não obtive sucesso em nenhuma tentativa de contato.

Assim que saí da academia na outra sexta corri para aquele mesmo lugar. Agradeci mentalmente por encontrar aquela mesa vazia, só que dessa vez sentei no lugar que Jean tinha sentado.

Nunca acreditei em coincidências da ficção. Para mim, sempre foram apenas ilusão. Só que torci para ser de verdade, por alguns segundos. Ele chegava, me abraçava e prometia nunca mais sair de perto.

- O que deseja, senhorita?

- Uma garrafa de vinho.

O líquido no vidro já estava quase no fim e eu já cogitava pedir a segunda garrafa, mas meus olhos não mantiam o foco em nada. Tudo estava distorcido.

- Senhorita, estamos fechando.

- Certo. - Abri a bolsa, fazendo com que ele pegasse o dinheiro. - Pague aí.

- A senhorita já pagou.

Levantei, sorrindo com toda a força que ainda me restava. Cambalei um pouco, mas eu conseguiria chegar. Andei devagar entre alguns quarterões, seguindo o caminho que achava ser o certo.

Para completar, a chuva começou a cair de repente, como se a melancolia não fosse o bastante. Dei os ombros e continuei o meu percurso.

Vi um carro conhecido do meu lado, parei e esperei o vidro abaixar. Levi me encarava sério, como se aquilo fosse um crime. Foda-se.

- Entre. - Neguei. - Estou falando sério.

- Tô cagando e andando para você, idiota. - Voltei a caminhar.

- Ackerman. - Movia o carro do meu lado.

- Tô cagando e an - Meu estômago revirou e eu apoiei as mãos no joelho, sentido tudo girar mais do que o normal. - Oh...

- Droga. - Saiu do carro, chegando a tempo apenas de segurar meu cabelo. - Bote toda essa porcaria para fora.

E eu realmente o fiz, parecendo limpar todo o meu organismo. Assim que terminei, ele me colocou dentro do carro e prendeu o cinto.

Entrou também, fechando os vidros e ligando o aquecedor. Encostei a cabeça no vidro, sem saber para onde eu deveria olhar.

Entramos num bairro nobre, onde as casas pareciam mansões. O carro entrou em um dos portões automáticos, sem me permitir ver tudo perfeitamente do lado de fora.

- Venha. - Puxou meu braço, levando-me para dentro.

Não prestei muita atenção nodls detalhes. Era branca, grande e sem vida. Me guiou escada acima, entrando em algum lugar que não pude identificar.

- Vou te ajudar. - Tirou a minha roupa, prendendo meu cabelo com delicadeza.

Me trouxe até um banheiro, ouvi a água do chuveiro sem ligada e deixei que ele fizesse o que achasse melhor. Assim que senti o líquido escorrer sobre a minha pele eu me senti melhor, como se fosse uma recarga.

- Vire. - Virei e senti suas mãos nas minhas costas, passando um sabonete líquido cheiroso. - Volte.

Esfregou toda a extensão do meu corpo, com uma seriedade maior do que o normal. Até na hora de passar o shampoo ele foi calmo, como se eu fosse quebrar.

O banho acabou e ele me secou. Já no quarto tinha uma blusa branca e uma box preta, que ele pegou no armário que tinha ali mesmo. Jogou a minha toalha no chão, terminando o que havia começado.

- Esse é o quarto de hóspedes. - Coloquei a camisa. - Te vejo depois.

Juntou minhas roupas e mais algumas bagunças, já indo até a porta. Olhei para aquela cama enorme, sem saber como pedir aquilo para ele.

- Posso pedir que fique? - Perguntei incerta.

- Não, não pode.

(...)

Entrei no quarto que ficava ao lado do meu, vendo a porta entreaberta do banheiro. Fui até lá, procurando por ele.

Não consegui dormir, nem por alguns segundos. Mesmo que tudo parecesse errado, eu ainda tinha certeza numa coisa: eu estava perdidamente apaixonada por ele.

- Se você não ficar, eu fico. - Falei, observando seu corpo dentro da banheira. - Não vou a lugar algum sem você.

- Cadê suas roupas, Ackerman? - Não lembrava quando tinha tirado.

Caminhei até lá, entrando na água por cima do seu corpo. Segurei sua nuca e deitei no seu ombro, como se aquele lugar fosse o único que me trouxesse paz.

- Eu não vou te soltar. Não me solte.

- Isso só vai tornar as coisas piores, Ackerman.

- Eu não ligo, apenas permita que eu permaneça com você. Para sempre ou apenas hoje.


Notas Finais


A oneshot um dia eu posto :v

Cortei o hentai pq recebi reclamação, vou ver se ainda vai ter ;)

bjs


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