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História Acorrentados - Lembranças


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Lê aqui antes de descer, ok?*-*

Gente, que recepção divina foi essa? Muito obrigado a cada um que favoritou e comentou a fic, estou muito animada. Esse capítulo ta bem legal, espero que gostem! Perdoem os erros.

PS: TEM NOVIDADE NAS NOTAS FINAIS, LEIAM!

Capítulo 2 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction Acorrentados - Lembranças

- Mas que droga, Mikasa. - Annie falou, segurando o saco de areia para mim. Logo depois que saí da sala do comandante Rivaille vim para cá. - Você acha que ele te ameaçou pra valer?

- Com certeza. - Fiz uma sequência de três. - Ele vai transformar minha vida num inferno.

- Talvez, se você desculpar-se, ele esqueça. - Falou me empurrando o saco, começando a bater.

- Não vou me desculpar. Por mais que eu esteja com medo do que venha, tenho princípios. - Preferi não contar todos os detalhes, eles não pareciam importantes. - Nem pude ver como Eren estava.

- Pelo o que eu vi, estava bem. - Fez cara de desgosto. - Armin quase foi pego pelo comandante tentando ajudá-lo no treinamento, ainda bem que eu estava por perto.

- Aquele filho da puta. Como estão as coisas entre você e o Armin?

- Tsc, como esperado. - Empurei para ela, voltando a socar. - É complicado.

- Baixinho idiota! - Alguém gritou entrando.

Meu coração quase saiu pela boca ao ver Sasha entrar no dormitório daquele jeito, jogou-se na cama e socou a parede com força. Paramos um pouco para observá-la.

Só o adjetivo "baixinho" fez meu coração disparar. Ele não seria capaz de atacar mais uma pessoa, principalmente Sasha, que era a pessoa mais doce que eu tive contato nesse tempo. Ele não ousaria.

- Sasha, o que foi? - Perguntei.

- Maldito Connie, acredita que ele planeja ir questionar o comandante amanhã? - Olhou para nós duas. - Ele esqueceu que se ele for chutado, eu saíria também?

- Já falou isso para ele? - Annie foi direto ao ponto. - Vocês dois ficam aí, fingindo não sentir nada.

- Não se preocupe, Sasha. - Sentei ao seu lado. - Eu não vou deixar aquele comandante de meia tigela nos infernizar.

- O que você vai fazer, Mikasa? - Sasha perguntou confusa.

- Ele quer guerra, então, ele terá.

(...)

Estávamos no campo de treinamento, fazendo duelos sem nenhum tipo de arma. O objetivo era simples, derrubar seu oponente. Hannah enfrentava Eren, já recuperado.

Eu sentia aquele olhar tedioso sobre mim do outro lado, mas resolvi seguir o conselho de Annie, agir apenas se ele fizer o mesmo. Respirei fundo, tentando manter minha concentração na luta. Como esperado, Eren acabou vencendo.

- Ackerman e Kirstein, para o meio. - A Capitã Ral disse  com a prancheta na mão. - Apenas derrubem ou imobilizem, sem golpes baixos.

Encarei Jean, eu odiava lutar contra ele. Eu sempre soube que ele tinha uma queda por mim, por isso, nunca dava tudo de si. A última vez ele me fez jurar que se ele lutasse para valer, eu o veria com outros olhos.

Ele sorriu confiante, era um bom sinal. Avançou para cima de mim, desviei e chutei sua barriga, fazendo ele rolar. Quando tentei avançar, alguém passou a perna por trás da minha e eu caí com tudo no chão.

Olhei para cima e encontrei o olhar do comandante, seus olhos carregavam um pouco de deboche e desdém. Jean me ajudou a levantar e eu observei a cena, sentindo-me a pessoa mais azarada do mundo.

- Você precisa de mais atenção. Teve vontade de terminar tudo tão rápido e não percebeu a minha aproximação. - Ele falou com as mãos nas costas.

- Isso foi um duelo de igual para igual para todos, porquê o senhor acrescentou isso ao meu treinamento? - Tentei ficar calma, mas era difícil.

- Porque eu quis. - Falou com naturalidade. - Na vida real, Ackerman, as coisas nem sempre acontecem como você deseja. Se você planeja lutar com um, podem aparecer dez. Sempre alerta, garota.

Cerrei meus punhos, tentando ao máximo controlar minha raiva. Jean tentou me tirar dali, mas eu não me movia. Todos olhavam para nós, curiosos com a situação.

- Como você formou-se em primeiro entre cem soldados? Houve algum erro, tenho certeza. - Falou ao virar as costas, caminhando lentamente.

- Então, me enfrente. - Falei e ele parou de andar, virando para me encarar. - Entendo seu ponto de vista, mas não vou deixar nem o senhor e nem ninguém duvidar da minha capacidade e do meu esforço para chegar até aqui.

- Soldado Ackerman, peça descu - A capitã começou a falar, mas logo fora interrompida.

- Até onde vai sua autoconfiança, Ackerman? - Disse tirando a parte de cima do seu uniforme. - Sem problemas, Capitã Ral, eu coloco essa aqui na linha.

Aquilo me causou em certo desconforto. Ele tirou algumas coisas do seu uniforme com naturalidade, tirou o sapato e logo ficou de frente para mim. Suas mãos foram para trás das suas costas, como se eu não fosse algum problema.

- Vá em frente e prove, Ackerman. - Tentei alisar a posição dos seus pés, para saber seu estilo de luta. Era indecifrável.

Tentei acertá-lo com uma sequência de três, se eu conseguisse ver a posição dos seus braços saberia seu modo de luta. Ele desviou facilmente, sem mexer as mãos.

Usei as pernas, mas foi em vão. Um pequeno sorriso debochado surgiu em seus lábios finos, fazendo meu corpo ficar tenso. Uma sensação estranha se estacionou no meu ventre, me fazendo querer manter distância.

Enchi a mão direita e tentei novamente, ele desviou para esquerda e eu encontrei a tão esperada brecha. Voltei a atacá-lo, mas agora com o cotovelo. Ele não viu outra saída, precisou usar a mão direita para não ser acertado.

Sorri satisfeita, mas senti ele me derrubar. Consegui agarrar a manga do seu uniforme, golpeei suas pernas e consegui trazê-lo comigo. Ele caiu por cima de mim, forçando o antebraço no meu pescoço.

- Imobilizada. - Falou apertando um pouco mais.

- Estamos quites. - Disse e ele pareceu não entender. Olhou para baixo e viu minhas pernas prendedo seu corpo, deixando-o na mesma situação.

Seus olhos voltaram a colidir com os meus e eu não conseguir decifrá-los. Não pensar na situação foi complicado, mas se tornou impossível quando senti seu cinto raspando na minha cintura. O comandante levantou sem olhar para ninguém, pegou suas coisas e sumiu no meio da confusão.

(...)

- Você é louca! - Eren me repreendeu. - Você está pedindo para ser expulsa.

Dei os ombros, estávamos almoçando no refeitório. Incontáveis vezes alguém aparecia para saber como foi lutar contra o comandante. Todos me olhavam como se eu fosse louca, tavez eu fosse.

- Aquilo foi arriscado. - Annie completou. - Você está comprando briga com quem não deve.

- Eu não ligo. Ele está usando da autoridade para nos amedontrar. Eu não acredito que vocês aceitaram tão facilmente que nossos amigos fossem simplesmente riscados! - Falei batendo a mão na mesa, não importa se ele é o comandante, o rei ou o papa.

- Mikasa está certa! - Connie falou. - Vou comprar essa briga com você.

- Não vai, não! - Sasha puxou sua orelha e ele gemeu de dor. - Mikasa não foi expulsa porque. o comandante quer ver até onde ela vai, mas você vai ser expulso apenas por abrir a boca.

- É. - Concordei, perdendo meu único aliado. - Não se preocupem, eu me viro.

- Estou dentro, Ackerman. - Olhei para trás e encontrei Jean, juntamente com Marco. - Conta comigo.

Do mesmo jeito que chegou, ele saiu. Sorri satisfeita e, pela primeira vez, achei que tinha chance de colocar o comandante Rivaille no seu devido lugar. O sinal tocou, anunciando o fim do horário do almoço.

Levantamos e fomos em direção a saída. Quando estava prestes a sair senti alguém puxar meu braço, olhei para trás e encontrei a Capitã Ral me encarando.

- Ackerman? - Perguntou me soltando.

- Sim, senhora.

- Me acompanhe, por favor.

Segui a mulher, não entendendo muito bem a situação. Chegamos até a cozinha, observei duas mulheres ali. A capitã dispensou as duas, depois me olhou firme.

- Lave a louça do almoço, ordens do Comandante Ravaille. Você tem uma hora, precisa fazer o exercício de resistência junto com os outros.

Falou isso com a maior naturalidade do mundo. Quando dei por mim, estava parada com uma louça de cinquenta pessoas para eu lavar. Nada era mais presente dentro de mim do que o ódio por ele. Maldito!

(...)

A tarde passou lentamente. Depois que terminei aquele maldito castigo, corri  para o treinamento. Precisei ficar vários minutos de cabeça para baixo, por ordens do comandante , dizendo que era uma técnica para evitar seu cérebro perceber sua fome. É claro, não acreditei em nenhuma das suas palavras.

Agora estávamos em outra prova, preparando nosso corpo para ficar durante um bom tempo, parados e calados. O vento batia fortemente no meu corpo, meu cabelo e o meu cachecol voavam.

Éramos um grupo misto, sentados na grama em círculos. Eu ouvia cada detalhe da natureza, o vento, as árvores, a única coisa que interrompia era a voz rouca do comandante, nos dando as suas instruções.

- Isso é para vocês aprenderem a controlar a própria respiração. Isso é essencial para um agente, pricipalmente numa situação de risco. - Ele falou calmo. - Deixem os olhos fechados e os ouvidos abertos.

Senti uma presença estranha atrás de mim. Quase abri os olhos, mas lembrei do que ele tinha feito mais cedo. Respirei fundo, tentando ignorar o ser ali.

Sua mão passou sobre a minha regata, acariciando levemente. Forcei ainda mais meus olhos, tentando não abrir. Seu queixo se posicionou em cima do meu ombro, meu corpo ficou tenso.

- Fique quieta. - Sussurou apenas para mim. Sua mão continuava a fazer movimentos por cima da minha blusa na região da minha barriga. Tentei empurrá-lo, sacudindo minha cabeça. - Caralho, você não pode apenas obedecer?

Colocou a mão para dentro do pano e eu senti sua mão fria ali. Fiz menção de levantar, mas ele não deixou. Seus dedos faziam movimentos que não pude decifrar. Meu cérebro pensava apenas num modo de fugir daquela situação. Subiu um pouco e acariciou meus peitos sobre o sutiã.

Ouvia perfeitamente sua respiração no meu ouvido, arfei ao sentir seu corpo colando ainda mais ao meu. De repente, ele parou e se afastou. Meu coração estava extremamente acelerado. Eu queria apenas correr dessa merda que está fora do meu controle.

- Certo, vocês realmente foram bem. - Ele falou. - Abram os olhos, estão dispensados por hoje.

Abri os olhos, sentindo que meu corpo perder as forças. Respirei fundo e saí dali, sentindo o olhar daquele maldito sobre mim. É claro, eu sabia que isso não seria nem o começo.

(...)

Olhei mais uma vez para a minha imagem através do espelho. Como eu conseguiria olhar novamente na cara do comandante depois daquela cena? O pior era não saber se eu havia gostado ou não.

Apertei meu cachecol, que estava em cima da cômoda.
Mil coisas rodavam em minha mente, até que vi Jean entrar no meu dormitório. Como era o horário da janta o lugar estava vazio, exceto por mim, que preferi não comer hoje. Parece que nesse lugar, ficar sozinha está fora de cogitação.

- Mikasa. - Veio para perto de mim. - Tudo bem?

- Sim. - Sorri para ele. - Apenas sem fome, não se preocupe.

Ele deu um sorriso de canto, chegando mais perto ainda. Virei para encará-lo e notei algo diferente em seu olhar. Puxou minha cintura para ele, fazendo eu sentir seu peito subindo e descendo rápido.

- Estou cansado de ver você fingir que não me vê. - Falou sério. - Vou acabar com isso agora.

Agarrou minha nuca, me puxando para si. Eu não tinha mais força para lutar contra essas coisas, eu realmente estava cansada. Me deixei levar, ele era bonito e podia ser a solução contra o -

- Kirstein, tire suas mãos da Ackerman. - Olhamos juntos para a porta, vendo o comandante ali. Jean tirou as mãos de mim, entrando em posição de sentido. - O que isso significa, soldados?

- Perdoe-nos, senhor! - Ele falou. - Nutrimos sentimentos intensos um pelo o outro, estávamos apenas conversando.

- Isso é verdade, Ackerman? - Perguntou sereno.

- Isso não lhe convém, comandante. - Falei já perdendo a paciência. - Se quiser nos punir, faça-o.

Sua expressão tornou-se raivosa, como da primeira vez que eu o respondi. Arrumou o lenço nos pescoço, apertando um pouco demais. Olhou para Jean, não consegui entendi seu olhar. Ele era o tipo de pessoa que você acha que sabe quem é, mas acaba descobrindo que não.

- Kirstein, retire-se. - Jean olhou para mim e eu assenti, então ele saiu.

O comandante olhou para mim e eu voltei minha atenção ao espelho, tentando parecer calma. Observei ele através do espelho, imóvel.

- O que foi? - Perguntei impaciente.

- Então você não vai jantar para ficar a sós com seu namoradinho? - Perguntou num tom mais alto. - Isso seria o suficiente para expulsar vocês dois.

- Faça isso! Me livre desse tormento. - Falei, da boca para fora, é claro. - Isso não mudará minha opinião sobre o senhor.

- Certo. Estou cansado de bancar o bonzinho. - Se aproximou das minhas costas, sem desviar o olhar do meu. Sua mão parou sobre minha cintura, eu só conseguia ver seus olhos e uma parte do seu nariz, o resto foi escondido pelo meu ombro. - Esse é o meu último aviso.

Senti sua boca contra meu pescoço. Arregalei os olhos, sentindo o movimento. Apertei meu cachecol sobre a cômoda, tentando raciocionar. Me encostou no seu corpo e eu pude sentir seu membro sobre a minha bunda. Quase gemi.

Ele se afastou e me encarou novamente, fazendo meu corpo ficar fraco. Suas mãos deslizaram sobre minha cintura, voltando para trás das suas costas. Toquei meu pescoço, vendo a marca vermelha logo aparecer.

- Essa é a última chance de você parar de me provocar, Ackerman. Da próxima vez, não serei piedoso. Quando olhar para essa marca, lembre de quem a fez e eu te garanto, se não parar agora, você terá muitas outras.

Virou as costas e saiu do lugar, me deixando sozinha novamente.Toquei novamente meu pescoço, sentindo o calor entre minhas pernas aumentarem. Os detalhes do seu rosto, voz rouca, aquele corpo.

Estou fodida ou quero estar? Eis a questão.


Notas Finais


GENTE, eu to querendo postar o terceiro capítulo na quarta, para igualar a quantidade de caps das minhas outraa fics. O que vocês acham? Que vai ficar muito em cima ou pode ser assim mesmo?

Como falei, vocês me deixaram muito animada e eu já estou escrevendo o terceiro... Enfim, me falem!

Até o próximo <3


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