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História Acorrentados - Especial: Por ela


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Quase 100 favoritos e mais de 150 comentários, ces são fodas <3

Novamente, venho me desculpar por não responder os comentários, mas estão todos lidos, certo?

O último capítulo vau ser enorme e eu não sei se iria conseguir escrever até quarta, então, pode ser que só saia no próximo sábado, porém nada está definido!

Eu esqueci de por capas nos anteriores, vou procurar no celular e coloco, ok?

Enfim, desculpem os erros! Boa leitura!

FALTA SÓ UM!

Capítulo 20 - Especial: Por ela


Fanfic / Fanfiction Acorrentados - Especial: Por ela

Essa pirralha estava me deixando louco.

Não fazia nada sem pensar nela, tudo que acontecia comigo eu queria correr para contar para ela, apenas para ver seu olhar de reprovação ou irritação. Eu adorava aquela garota.

Isso apenas aumentou depois do incrível final de semana que passamos juntos, foi uns dos melhores de toda a minha vida. Eu não podia negar que ela me fazia bem, só de estar com ela meu humor melhorava, sem falar no sexo. Ackerman era maravilhosa, em todos os aspectos.

Eu queria que o Kirstein ficasse longe dela, não que sumisse do mapa, pois isso a afetou muito, provando que ele realmente era um dos pilares que a mantiam de pé. Eu estava com a responsabilidade de não deixar ela desabar.

Os dados de ex-membros da organização eram criptografados e colocados em sigilo absoluto, protegendo a pessoa e a instituição. Só que eu estava decidido a achá-lo.

Naquele maldito dia, fiquei o tempo todo na minha sala, falando com todas as pessoas possíveis, procurando por Jean para que ela parasse de se culpar e pudesse seguir em frente, comigo.

A porta da minha sala sr abriu e eu pensei ser ela, chegando mais cedo e se apressando, como sempre. Petra passou por ela, acabando com as minhas falsas esperanças. Mas o mais surpreendente foi ver o seu pai, Richard Ral, entrar logo depois. Meu pesadelo começou ali.

- Comandante Levi Rivaille, quanto tempo! - Levantei e o cumprimentei, olhando para Petra que andava por minha sala. - Como vai?

- Ótimo, senhor. - Ele era o  Segundo Marecha do FBIl da cidade. - E que o traz aqui?

- Ah, você sabe. - Tocou meu ombro e apontou para sua filha, sentada no sofá da minha sala. - Fazemos tudo por que amamos.

- Eu gosto desse sofá. -  Deu um pulinho no estofado. - Quero um desses na nossa casa.

- Espere, como? - Alternei o olhar entre os dois, reprovando a situação. - Estou ocupado, se me dão li -

- Não, não damos. - Petra levantou, ficando de frente para mim. - Nós vamos ficar juntos, vamos reatar nosso noivado e nos casar o mais rápido possível.

- Você está louca, Ral. - Fui até a porta e toquei a maçaneta.

- Me conte mais sobre Mikasa Ackerman, comandante. - Olhei para o homem, que sorria. - Petra disse que é uma linda jovem.

Meu sangue ferveu na hora, demorei para soltar o pedaço de metal. Respirei fundo e virei. cruzando os braços e esperando ouvir o que os dois tinha vindo fazer aqui.

- Não toque no nome dela.

- Deve ser gostosinha, você ficou irritado. - Ele veio até minha frente, mostrando que não tinha medo de agir. - Aumente o tom mais uma vez que eu vou ir fazer uma visita no dormitório da sua garota, rapaz.

Mordi a carne interna da minha boca, sentindo o gosto de sangue, para não fazer aquele maldito engolir todos os dentes. Assenti, ele bateu no meu ombro e sentou.

- Eu tentei ser compreensiva, meu amor. - Logo depois que se aproximou, tocou meu rosto. - Você quase me enganou.

- Do que você está falando?

- Você levou aquela vadia para sua casinha preciosa, naquele maldito condomínio fechado! - Apertou meu queixo. - Quando éramos noivos você nem me contou que tinha uma casa daquelas.

- Você não merecia nada. - Afastei ela.

- Foi graças a mim, Levi! Eu falei com o meu pai do seu potencial, eu fiz você de um mero soldado á um tenente, foi eu! Agora você me fala que eu não merecia?! Eu mereço me casar com o homem que eu amo e eu mereço um final feliz, não importa o que você queira!

- Não posso fazer nada sobre isso. Não vou me casar com você, seu pai aceitou o fim do nosso noivado na época, você transou com o motorista que iria te levar para o altar. - Até ri um pouco com a lembrança. - No apartamento que iríamos morar.

- Você vai ter que esquecer isso.

- Você vai ter que aceitar isso. - Falei por cima.

- Não, não vou. - Pegou um papel do bolso. - Você vai horrar com a sua palavra.

- O que é isso? - Li algumas linhas, mas minha mente não conseguia entender nada.

- São as possíveis consequências que a jovem Mikasa pode e vai sofrer quando o caso de vocês for exposto. Ela vai perder tudo, vai perder a chance de trabalhar em qualquer parte publica dos Estados Unidos, o irmão dela também não sairá ileso, o caso do papai nunca será resolvido, a casa da mamãe será tomada por falta de renda, isso se ela não for processada pelo governo. Seria triste, não?

- Você... - Cerrei os punhos, controlando a raiva. - Não vai fazer nada contra ela.

- Vou sim. - Olhou para o homem sentado no sofá, agindo naturalmente. - Papai, por favor, traga.

- Claro, querida. - Tirou a caixinha do bolso e entregou para mim.

- Não a envolva nisso. - Segurei a revolta dentro de mim. - Eu farei tudo o que quiser, mas não precisa dela.

- Preciso sim, já que você nunca vai arriscar o seu cargo e a segurança da sua mãe. Mas ela, não tem nada além disso. - Fez sinal para que eu me ajoelhasse. - Vamos logo, meu bem.

- Vocês dois são desprezíveis. - Peguei os dois anéis e joguei a caixinha no chão, sem me ajoelhar. Eu nunca fingiria que estava feliz ou satisfeito com isso. - Não façam nada contra Ackerman.

- Você se importa com ela, meu rapaz. É o suficiente. - Estendeu a mão. - Vou chamar o oficial para resolvermos como vocês vão trabalhar.

- Eu não me importo de largar o FBI, já tenho o que preciso. - Beijou o rosto do pai. - Vai na frente, tenho algo para resolver.

O homem saiu e eu olhei em volta, procurando qualquer jeito de fugir daquela situação, eu não podia voltar para aquela vida, não agora que eu tinha encontrado com aquela pirralha.

As peças de ouro na minha mão pareciam pedras, logo vi que foram as alianças que usávamos naquela época. Eu era um moleque que viu uma chance para crescer e pensava amar uma pessoa como ela. Quanta ingenuidade.

- Antes de trocar as alianças, nós vamos transar. Você me negou aquela vez, nunca mais vou deixar você me humilhar daquela forma. Seja homem e admita que aquela aprendiz de puta nunca te deu prazer como eu dei.

Senti sua boca sobre a minha e a sua língua tentando me envolver em algo que, nem de longe, era real. O real era apenas com Ackerman e ninguém mais. Segurei sua nuca, fingindo que era a pirralha.

"- Pelo mesmo motivo que o senhor está usando o lenço em seu pescoço." Suas respostas na ponta da língua. Abri o olho, vendo que não era ela.

"- Estou atrasada e exijo que o senhor me solte. Sei que o senhor pode simplesmente... Simplesmente mexer com o meu corpo, me causar coisas que eu não posso controlar. Mas isso não fará de você o homem que eu quero para mim." Seu sangue quente. Petra circulou minha cintura com as pernas, me mantive firme. Eu apertava sua pele apenas com raiva, com certeza aquilo deixaria marcas.

"- Para longe de você." Sua sinceridade. Joguei seu corpo sobre a mesa, esperando que aquilo acabasse e que as lembranças dela parassem de me atormentar, mas não pararam.

"- Eu não vou te soltar. Não me solte." Afastei Petra de uma única vez, quase sem conseguir formar uma única palavra. Meu coração estava acelerado e eu não entendia nada, só que ninguém teria a intensidade dos meus toques como Ackerman tinha.

- Volte a me beijar. - Segurei seus pulsos antes que tocassem minha nuca novamente.

- Não... - Eu me sentia fraco e vulnerável, sem saber o que fazer. - Preciso falar com ela, depois, você terá tudo. Só me deixe falar com ela.

- Não mesmo. - Foi até o meu computador, olhando para a tela. - Isso é para ela?

- Deixe ela em paz, por favor.

- Não! - Bateu a mão sobre a mesa. - Você não pensou em mim e nos meus sentimentos, não pensou na minha honra! Você não vai ser educado e doce, vai ser o Levi que vai casar comigo e não tem olhos para mais ninguém. Isso?! - Fez algumas coisas ali e eu soube que tinha acabado com tudo que eu tinha feito. - Arrase com o coração dela, expectativas e tudo! Eu nunca vou perdoar ela!

Ficamos alguns segundos no silêncio, meu coração parou ao ouvir as batidas na porta. Petra sorriu, rasgando a sua própria roupa, indo para o banheiro.

- O que é mais importante? Ackerman ou sua liberdade? Veremos agora, meu amor.

Fui para a frente do computador, desacreditando do que havia acontecido. Olhei para as duas portas que separavam as duas mulheres que me deixaram se defesa, principalmente, por meus fortes sentimentos por uma delas. Finalmente pedi para ela entrar, pronto para arrasar com ela e comigo mesmo, ao mesmo tempo.

Cada frase dita por mim era dolorida, ver seus olhos perderem o brilho e ter que esconder a verdade. Foi doloroso demais, eu sabia que ela nunca mais iria querer me olhar novamente. Então, ela correu.

- Você pegou pesado, amor. - Petra se divertia com a situação.

- Eu vou -

- Não. - Puxou meu lenço. - Peça com educação.

- Por... Por favor, deixe que eu a acalme, pode surgir problemas se algo acontecer. - Quase implorei, mas não consegui fingir indiferença. - Por favor.

- Vá, mas lembre-se do que pode acontecer e - Sem esperar, corri atrás dela. Cambaleando um pouco a vi longe, aumentei o ritmo, correndo atrás do que parecia ser mais importante do que a minha vida.

- Ackerman. - Assim que a toquei, ela se afastou e parou de correr.

- Não toque em mim! - Um reflexo diferente estavam nos seus olhos, eu não suportaria ser o causador disso.

- Preci -

- Você é um lixo! O mais desprezível possível, você é indigno de receber qualquer sentimento bom! Tudo o que você passou e passa até hoje?! Você merece tudo e um pouco mais! - Despejou.

A primeira lágrima que escorreu fez tudo dentro de mim se desmanchar. A boca que eu sempre adorei beijar ganhou uma forma triste, a cor rosada da bochecha ficou intensa e os olhos dela, os mais bonitos, ficaram vagos.

- Você não se divertiu o bastante?! - Gritou. - Não foi o suficiente suas mentiras do final de semana?! Esse era o jeito?! Essa era sua solução tão almejada?!

Enquanto ela falava tudo, eu não falava nada. Se eu conseguisse falar e explicar, Ackerman entenderia e eu a deixaria em paz, seguindo sua vida feliz. Mas assim que tentei me aproximar, senti sua mão no meu rosto, num ardor sem igual.

- Nunca mais toque em mim. Nunca mais pense em falar comigo. Nunca mais, Comandante Rivaille. - Encarei ela, sem força.- Eu tenho nojo de você.

Não, eu não podia deixar ela daquela forma. Era ela, Mikasa, eu nunca mais a deixaria fugir, prometi a mim mesmo. Era a pirralha que me aceitou, do jeito que eu era. Se eu assumisse, ela iria... Não tive tempo de desviar do soco que recebi ao tentar tocá-la novamente. Senti o sangue escorrer e continuei olhando para ela.

- Eu não vou falar sobre nada com ninguém. Sua mãe, seu passado, Ral... - Era fria. - Mas se ousar me tocar novamente, irei te denunciar por abuso de poder e assédio. Tenho provas de sobra, sabe disso.

Tentei levantar, mas foi em vão. Meu corpo não respondia aos meus comandos, então sequei o sangue com minha camisa e respirei fundo, aquilo foi o melhor para ela. Mikasa era a melhor soldado, seu futuro estava garantido.

- Isso é por ela.

Voltei para a sala, vendo Petra encostada a mesa. Puxei sua mão direita e coloquei o anel, beijando logo em seguida. Se Ackerman estivesse segura, nada mais importaria.

- Vou deixar bem claro: nem que leve toda a minha vida, você vai pagar por isso. Um dia, eu vou te denunciar e te colocar atrás das grades, junto com o corrupto do seu pai.

- Você não entende? Mesmo se fizer isso, você não a salvaria.

- Vamos nos casar o mais rápido possível.

- É assim que eu gosto, Comandante Rivaille.

(...)

Não havia mais nada a ser feito, ela pediu dispensa e uma medida protetora contra mim, alegando medo pelo incidente em que salvei sua vida. Ela tinha desistido de tudo, por minha causa.

O Oficial Dot Pixis foi convocado por Richard, para anunciar o nosso casamento e para ele redirecionar Petra, para seguirmos adiante. Eu não via Mikasa há dois dias, pareciam dois anos.

A reunião estava marcada para quarta, ás dezoito horas. Aquele lugar não era o que eu sempre preferi do que a minha casa, era apenas um pedaço de terreno que não tinha nenhum traço de Ackerman, ou seja, nada mais me interessava ali.

Tive que respirar ar puro antes de aceitar aqurle absurdo e, automaticamente, tive que ir visitar a minha mãe, mesmo que ela não se lembrasse depois.

- Levi! - Me abraçou quando cheguei perto. - Pode pegar a minha maleta para mim?

- Não, mãe. Hoje não. - Sentei no chão e apoiei a cabeça sobre seu colo, fechando os olhos. - Vou me casar.

- Isso é ótimo! Onde está Mikasa?! - Falou pulando de felicidade.

- Mikasa? - Assentiu. - Você lembra...

- É claro que lembro, filho.

- Ela seguiu sua vida, mãe.

- Você tem que casar-se com quem ama. - Olhei para ela. - Você precisa lutar se a ama. Você ama ela?

- Eu... - Apertei o pano branco da sua saia e uma lágrima escorreu do meu olho. A sensação de chorar, já há muito tempo esquecida por mim, me fez lembrar que eu estava vivo e que tinha um grande motivo para continuar. - Obrigado, mãe.

- Richard, você está atrasado para o jantar! - Levantei e vi ela agir como sempre. - Você precisa arrumar esse relógio e Levi brigou na escola novamente, aquele menino é impossível.

- Não, Luna. - Engrossei a voz, como sempre imaginei ser a dele. - O seu relógio está adiantado, eu sempre chego na hora. Quanto a Levi, vou falar com ele agora.

Beijei a testa dela, que me olhava um pouco confusa. Abracei seu corpo com força, me despedindo da minha mãe.

- Nossa casa continuará arrumada e você vai poder fazer outra manta para ele. Vou guiar nosso filho pelo caminho correto, uma última vez.

(...)

Todos estavam me olhando, esperando o tão esperado aviso. Petra segurava minha mão, sorrindo para todos que nos olhavam, dizendo que não conseguimos mais esconder nossa união.

- Então, Comandante Rivaille, fale. - O oficial falou.

- Vamos, rapaz. - Richard incentivou.

Eu não abri a boca, aquilo era mais difícil que imaginei. Não havia outra solução, ela desistiu por minha causa e merecia ter todos seus esforços recompensados.

- Levi, meu amor -

- Silêncio. - Pixis me olhou, esperando uma resposta. - Rivaille, se tem algo para falar...

Olhei mais uma vez para a minha mão direita, vendo o que meu sacrifício faria ou mudaria. Nada. Nunca haveria retorno e ela? Não me perdoaria. Aquilo não iria mudar o fato da sua dispensa ou conseguir provas de que ela não teve culpa alguma de ter se envolvido nessa situação. Não era real.

Eu nunca quis um "apenas ontem", "apenas hoje" e muito menos um "apenas amanhã" com Mikasa. Desde que coloquei os olhos naquela pirralha, a minha vida mudou. Eu queria o para sempre, sempre.

Mikasa Ackerman. Superou todas as dificuldades, problemas e me venceu, ela era uma pessoa que jamais vou ser. Talvez seja esse o motivo do meu coração ter dona e aliança nenhuma mudaria isso. Eu estava apaixonado por Mikasa, sem sombra de dúvidas.

- Eu quero fazer uma denúncia. - Soltei a mão de Petra, colocando o anel sobre a madeira. - Sobre um superior e um soldado.

- Não faça isso, Levi. Você vai se -

- Calada, Ral, uma denúncia é algo muito sério a se tratar. - O Oficial se inclinou sobre a mesa, esperando minha continuação.
- Trata-se de um caso de ameaça, falso testemunho, danos morais e físicos, abuso de poder, chantagem e assédio.

- Assédio?! - Petra gritou, espantada.

Nada mais era tão valioso do que Mikasa, nada me fazia mais feliz do que ela fazia. Ela merecia ser reconhecida e ter todos seus sonhos e objetivos alcançados, o preço que eu pagaria era barato. Tudo por ela.

- Estou me delatando, Comandante Levi Rivaille, por todos esse delitos contra a ex-soldado, Mikasa Ackerman.


Notas Finais


O próximo terá pov dos dois, hein?

Estou rindo com alguns comentários de um leitor novo, mas não sei o nome dele e.e Outro ponto ruim em usar 3G ;(

Comenta aí, meu povo!

Beijão :*


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