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História Acorrentados - Sensações


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Capítulo segunda? Que?

LEAIM AS NOTAS FINAIS, É MEGA IMPORTANTE!

Boa leitura e desculpem os erros! Estou indo responder os comentários do anterior agora!

Capítulo 9 - Sensações


Fanfic / Fanfiction Acorrentados - Sensações

Abri os olhos e tentei identificar o lugar que eu estava, mas não deu certo. Com um pouco de esforço eu sentei, vendo minha mãe dormindo numa poltrona do lado direito.

- Mãe? - Chamei e ela abriu os olhos, me encarando assustada.

- Oh, graças a Deus! - Levantou, me abraçou e começou a chorar. - Eu sempre falei que isso era perigoso, mas você e seu irmão nunca me escutam!

- O que aconteceu? - Ela puxou uma cadeira, sentando do meu lado e alisando meu cabelo.

- Bem, o FBI não quis dar muitos detalhe, mas foi informado que era um atentado contra o Comandante Levi Rivaille, alguém querendo vingança da época que ele era um agente ativo. - Explicou. - Você levou um tiro, mas perdeu muito sangue até receber os primeiros socorros. Ficou dormindo durante dois dias e meio. Fora esse tornozelo quase quebrado!

Engoli o seco, tentando puxar as memórias para que se ligassem... Bandeira, tiros, Annie, Armin, tornozelo e o comandante. Arregalei os olhos, lembrando do que ele fez. Ele me protegeu.

- Como está o comandante? - Ela desviou o olhar. - Mãe... Não me diga que...

- Não! Não é isso! - Senti meu coração parar por alguns segundos. - Não sei ao certo, mas vou perguntar. Aproveito e chamo o Eren, ele se recusou a sair daqui. Você sabe... Desde que seu pai se foi...

- É, eu sei... - Olhei pro lado e ela saiu.

Fiquei um tempo ali, sem pensar em nada. Me sentia ridícula ao extremo, já que em vez de ajudar só consegui atrapalhar. O comandante tinha se ferido por tentar me salvar.  Era ridículo.

- Você gosta de me preocupar, não é? - Vi Eren com meu cachecol na mão. - Que droga você estava pensando, Mikasa?! Você não é a prova de balas, achou mesmo que podia salvar todo mundo?! Todo mundo correu contra os tiros e você foi na direção deles! Que droga!

- Eu... - Senti minha garganta falhar. - Desculpa.

Ele começou a se aproximar com uma cara de poucos amigos, ficou de frente comigo e jogou o cachecol em cima de mim.

- Você é uma idiota. Lembra a última vez que ouvimos tiros?!

- Sim.

- Era o pai, Mikasa! Ele se recusou a dar o carro porque estávamos no banco de trás. Eles mataram ele na nossa frente! Foi por isso que resolvemos entrar para essa merda, para impedir que isso acontecesse com outros! Você não pensou nisso, sua idiota?!

Senti seus braços me rodearem, me abraçando com força. Fiquei um tempo sem reação, sem entender se ele estava feliz ou com raiva. Eu soube a resposra assim que senti suas lágrimas no meu ombro.

- Idiota, idiota, idiota... - Repetiu diversas vezes, enquanto me abraçava, como se eu fosse fugir.

(...)

Nada era pior do que ficar naquele quarto sozinha, já que depois que me "recuperei" o FBI permitiu apenas que membros e envolvidos ficassem no hospital reservado a eles.

Eu já tinha dado meu depoimento umas mil vezes e sempre aparecia algum agente disposto a ver se eu me lembrei de alguma coisa. Nada do que eu falava para eles parecia suficiente, parece minha vó.

Eren teve que voltar para a academia e eu teria que fazer trabalhos extras para compensar os dias de ausência. Annie estava com Armin, já que ela falou que sairia do lado dele se estivesse morta. É, assustadora, eu sei.

Ninguém me falava nada sobre o comandante, minha mãe tinha desconversado. Pedi para que Annie tentasse achá-lo, aquela situação era extremamente frustrante.

A única coisa que me consolava era a comida da minha mãe que chegava três vezes ao dia, quentinha e com o sabor de casa. A TV no meu quarto passava propagandas incessáveis e programas chatos.

- Nossa, quase que não consigo chegar! - Annie falou assim que atravessou a porta, jogou um pequeno objeto perto de mim. - Quarto andar, quarto 43.

Falou e saiu, sem esperar uma resposta minha. Peguei e olhei a chave, nem quero imaginar como ela conseguiu isso. Sem conseguir me conter puxei a cadeira de rodas e subi em cima, o curativo no meu pé não me permitia andar sem apoio.

Sai do quarto e olhei para os lados. A cadeira de rodas não chamou atenção alguma, era um corre corre sem parar. Cheguei no elevador e subi até o andar desejado.

Um leve arrepio correu na minha espinha quando cheguei ao quarto. Abri a porta e entrei em silêncio, fechando logo depois. Olhei para a cama e vi uma pancheta ali. Li um pouco e me senti pior ainda. Ele levou três tiros e um deles a quatro centímetros da coluna cervical, ele podia ficar nuna cadeira de rodas pro resto da vida.

Levantei e pude ver ele dormindo calmamente. Quem vê assim não imagina as merdas que faz. Eu deveria ter ido embora, mas eu tinha que ter certeza.

Fui até a cabeceira da cama e observei sua feição. Não tinha como negar, ele era um dos homens mais bonitos que eu já tinha visto, se não for o mais. Baixinho de merda.

Virei para ir embora, porém senti sua mão segurando meu pulso. Gelei sentindo sua mão fria na minha pele, qual é, saiam desse corpo que não te pertencem, hormônios malditos!

- Você é muito barulhenta. - Disse sereno.

- Estou indo. - Falei, tentando puxar minha mão. Que força é essa, levou mesmo três tiros? - Senhor.

- Fique.

Fiquei nervosa, isso sim. Pra que ficar? Dois acabados dividindo as dores de levar tiros? Passei a língua sobre os lábios, procurando uma desculpa para fugir.

- Preciso ir. - Falei rápido.

- Para onde?

Para onde eu queria ir? Porquê eu queria sair dali? Não era normal um soldado se preocupar com seu comandante? Ainda mais quando ele o protege. Droga.

- Para longe de você. - Assumi.

- Você consegue, Ackerman? - Perguntou um pouco sugestivo.

- Não. - Finalmente virei e o encarei, tentando controlar minha respiração acelerada. - Não consigo.

Beijei ele com certa necessidade, sentindo sua mão ainda segurar meus pulsos. A quem eu queria enganar? Eu estava totalmente entregue a ele desde nosso primeiro beijo, desde seu primeiro toque.

Ele me puxou e eu subi no seu colo, sem separar o beijo. Sua mão foi para a minha bunda, apertando sem piedade e eu arfei. Passei minha unha sobre seu abdômen, sentindo ele gostar.

Sabe aquela sensação de "você tem que se vingar quando tiver a chance"? Lembrei daquela ceninha que ele fez quando eu estava incapaz de reagir, até sorri com a ideia.

Me arrumei um pouco sobre seu colo e comecei a me mover lentamente. Ele me beijava e parou ao sentir eu rebolar sobre seu colo. As mãos firmes pararam na minha cintura e me observava em silêncio.

- Porra, isso é uma vingança? - Perguntou assim que puxou minha nuca.

- Talvez. - Aproximei minha boca do seu ouvido. - Eu mal comecei com você.

Ele deu um sorriso diferente, não era de sarcasmo e nem de deboche. Era verdadeiro. Beijei  ele novamente, adorando esse lado que ele nunca tinha mostrado. Até que foi bom estar no controle pelo menos uma vez.

- Você não vai escapar quando eu sair dessa cama, fique cinte disso. - Passou a mão no meu pescoço.

- Nem pen - Mal pude falar e ele deu um chupão ali. Puta que pariu, eu adorava a boca dele. Senti sua mão em baixo da minha blusa, dedilhando minha pele. - Merda.

- Ah, garota... Você está me deixando louco. - Falou me beijando de novo, voltando a se mostrar o dono da situação. Eu preferia assim.

- Obrigado. - Falei de uma única vez, ele me encarou duvidoso. - Por tudo que fez.

- Você é realmente muito imprudente. - E me beijou.

(...)

Eu nem sei como sai daquele maldito quarto, já que o ser que levou três tiros mostrou que aquilo era pouco para o derrubar e para acabar com a sua... Animação.

Fiquei mais dois dias em observação, no domingo fui mandada para a casa e minha mãe só faltava explodir de tanta alegria. Me encheu de comida, quase voltei para a academia rolando.

Segunda-feira ela me deixou na academia de carro, dando milhões de recomendações e explicando tudo o que o médico havia explicado a ela. Disse que mais uma dessa e ela me amarraria ao pé da cama.

Assim que voltei fui coberta por perguntas sobre ser louca e sobre a sensação de levar um tiro. Recebi algumas broncas e sinais de alívio, por eu estar quase recuperada por completo.

A Capitã Ral me chamou para conversar na sua sala, para que eu fizesse um relatório para justificar minha ausência. Eram tantas formalidades que quando acabassem eu já estaria recuperada.

- Certo, acho que é isso. - Falou calma.

- Estou indo. - Peguei minha muleta e fui em direção a porta, mas senti sua mão no meu ombro. Olhei para trás e vi seu olhar raivoso sobre mim. - Capitã?

- Vou falar apenas uma vez, para o seu próprio bem. Fique longe do Levi. - Falou em um tom maos sério.

- Do que a senhora está falando?

- Não se faça de sonsa, Ackerman. - Ela sorriu abertamente. - Acha que eu deixaria meu Levi sem nenhuma supervisão? Qual é, acha que ele quer algo sério com você? Você é uma diversão, ele sempre gostou de passatempos...

Fiquei um pouco séria, vendo ela se divertir com a situação. Soltei minha muleta e virei totalmente, olhando ela de frente.

- Aposto que está toda derretida e com certeza é virgem. Ele vai fazer o que quiser com você, brincar como quiser e quando enjoar, jogar fora.

- Porquê está falando isso para mim?

- Para evitar que você fique decepcionada mais para frente. - Esticou a mão para tocar no meu ombro.

- Ou seria para eliminar a concorrência? - Segurei seu pulso, apertando com força. Ela fez cara de dor e eu a encarei séria. - Não toque em mim.

- Concorrência? Você é uma piada. Eu era noiva dele, menina. Coloquei Levi lá em cima, sabe quem é o meu pai? É o manda chuva do FBI e foi graças a mim que ele chegou onde chegou. - Falou convencida.

- Isso não é da minha conta, mas se ele não tivesse capacidade não estaria onde está. - Cravei a unha na carna do braço dela. - Não pense que por você ser filha de alguém importante eu vou ter medo de você, senhora. Mas não se preocupe, vou lembrar das suas palavras. - Soltei seu braço e ela me olhou frustrada. - Com licença.

(...)

Não tinha nem palavras para descrever o que eu estava me sentindo. Um lixo, no mínimo. Ainda naquela segunda encontrei Jean e falei que eu não estava pronta para tentar qualquer tipo de relacionamento agora. Nem com ele e nem com ninguém.

Voltei aos poucos aos treinamentos, voltando a ser a pessoa focada que eu era e que não deixaria de ser. Quando o dia de prática terminou eu pedi permissão para a Sargento Hanji para continuar.

Eu sabia que o comandante tinha voltado, mas ele estava apenas no interno, cuidando de algumas papeladas enquanto se recuperava.

A Capitã Ral nem olhou na minha cara e dois dias se passaram desde aquele desabafo dela. Mesmo que eu que eu soubesse das suas intenções ela tinha razão num ponto: era diversão.

Soquei mais uma vez o saco de areia e o som dos socos ecoavam no lugar vazio. Eu descontava toda a minha raiva e ódio naquele objeto, que quase pedia socorro.

- Você não deveria se esforçar tanto, pirralha. - Ouvi sua voz e soquei mais forte ainda, senti meu ombro se contrair de dor e não me importei. - Está me ouvindo, Ackerman?

- Não. - Dei os ombros e continuei o exercício. - Você não deveria estar descansando?

- Algum problema? - Perguntou.

Parei de treinar e o encarei, indignada com seu fingimento. Segurei o saco de areia e voltei a socar, tentando conter o misto de sentimentos dentro de mim.

- Eu não sou um brinquedo seu. - Falei.
- Caralho, o que deu em você?! - Gritou vindo até mim e segurando o saco de areia. - Abra essa boca.

- Não preciso, já que a sua noiva já me falou mais do que o suficiente! - Comecei a tirar minhas luvas, enquanto ele me observava. - Não cansa de mentir, não é?

- Puta que pariu. O que Petra te disse? - Perguntou calmo.

- O suficiente. - Falei indo em direção a saída. - Não toque em mim.

- Ackerman.

- Por favor, chega. - Implorei, demonstrando o quão exausta eu estava. - Siga sua vida, seja com quem for. Mas me deixe em paz, sim?

Continuei andando, sem esperar resposta alguma. A sensação de ser tola a esse ponto não iria passar tão cedo, principalmente pelo fato de estar gostando desse imbecil.


Notas Finais


SEMANA DEU A LOUCA NA SAURA!

Gente, essa semana teremos três capítulos! Hoje, quarta e sábado! Sim, você não entendeu errado!

E POR QUÊ? TRÊS SIMPLES MOTIVOS:
- Sou louca! Isso não é novidade!
- Vou começar a trabalhar (provavelmente) então não sei como serão as coisas daqui para frente, então resolvi fazer esse especial!
- Peguei o crush na saîda do Enem (Turn Down for What) e ele leu minhas fics e disse que eu escrevo bem. HUEHUEHUEHUE

Então, eu só peço uma coisa em troca: me ajudem a divulgar! Comentem (mesmo que não tenha costume de comentar, deixe apenas uma palavrinha), compartilhem com os amigos e me adicionem ao amigos (vou começar a usar o feed do Social para dar notícias sobre as fanfics)!

Dá muito trabalho fazer isso e vou fazer igualmente nas duas histórias que escrevo, então, me ajudem.

SÁBADO VAI TER UM CAPÍTULO MAIOR PARA ENCERRAR A SEMANA COM CHAVE DE OURO <3

E depois voltamos ao cronograma!

Então, até quarta (e nos comentários também)! Beijões gatas!


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