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História Acromante - Capítulo Dez


Escrita por: MathSou

Notas do Autor


Mais um capítulo, é um bem importante, Thales terá que decidir, ficar com a magia, ou não.

Capítulo 10 - Capítulo Dez


Durante o banho penso na decisão que terei que tomar em alguns minutos. Ainda não estou totalmente certo do que quero, então resolvo decidir na hora. Estou na casa de Peter, Jessy foi para a casa dela tomar um banho também, combinamos de nos encontrar no templo as 20h30, onde irei fazer o bloqueio ou a liberação da minha magia. Hektor não me deu uma hora exata, apenas pediu para que eu aparecesse ainda hoje quando eu estivesse pronto.

Saio e ponho a roupa, pego a bainha da adaga e ponho o amuleto de portal no bolso e vou em direção ao templo. Tento afastar qualquer tipo de pensamento que envolve essa última semana, penso nos meus pais, amigos, na escola, na minha vida antes disso.

Antes que eu perceba chego ao templo, são 20h27, mas já vejo Jessy esperando por mim na entrada, e vou até ela.

- Pronto para decidir o futuro da sua vida? – Ela me pergunta.

- Não, mas preciso assim mesmo – Digo.

Ela assente e diz:

- Vamos então.

Logo quando entramos vemos Hektor que nos pede para segui-lo e entramos em uma pequena sala, na última porta do lado esquerdo, lá dentro havia outra pessoa me esperando atrás de uma cadeia que está no meio da sala que era mais escuro.

- Você deve ser o Thales – Disse o Homem – Me chamo Dylan. Por favor, sente-se.

Ele devia ter a idade do Peter, era um pouco mais baixo, cabelos bem pretos e curto. Vestia um jaleco branco, como as de curandeiros e de qualquer outro médico do mundo.

Vou até onde ele está e sento na cadeira.

- Então – Continua ele – Qual vai ser a sua escolha?

Chegou a hora, precisava decidir, era agora ou nunca.

- Quero... – Digo – Quero continuar com minha magia.

Olho para Jessy, ela abre um pequeno sorriso, mas logo volta a ficar com sua expressão séria. O Dylan me entrega um poção azul igual ao que Bob havia me dado, mas esse era um azul mais forte. Assim que eu bebo não sinto nada diferente, e então o Dylan coloca as duas mãos na minha cabeça.

- Você vai sentir uma pequena dor de cabeça – Avisa o Dylan.

 Começo a sentir uma leve dor de cabeça exatamente como ele disse, mas ele deve ter se esquecido de dizer que a dor de cabeça aumentaria, porque é exatamente isso que acontece, aumenta cada vez mais, parece até que minha cabeça está sendo esmagada.

- Está doendo demais! – Grito.

- Não era para isso ter acontecido – Disse Dylan – a magia dele está muito bem bloqueada – continuo gritando, mas depois de algum esforço e muita dor de cabeça ele diz:

- Consegui – Que imediatamente tira as mãos da minha cabeça e caio no chão.

Jessy corre em minha direção, com Hektor logo atrás. E diz:

- Thales, você está bem?

- Acho que sim.

Tento ficar de pé, mas o máximo que consigo é sentar, que é o que faço.

- Tem alguma coisa diferente em você – Continua Jessy.

- Diferente como? – Digo, então olho para o Dylan – Deu certo?

- Sim – Ele responde – Mas não do jeito que esperávamos.

- O que aconteceu comigo?

- Thales – Disse Hektor – Você não é um feiticeiro.

- Como assim ele não é? – Pergunta Jessy – Eu posso sentir a magia dele.

- Isso porque ele é um acromante.

Quando ele disse isso meu corpo gelou, não conseguia me mexer. A Jessy me explicou um pouco sobre eles, são os antigos semideuses, mas ela me disse que eles estavam extintos. Como posso ser um deles? A cada dia que passo aqui, mais perguntas sem respostas aparecem.

- Como ele pode ser um acromante? Eles estão extintos – Disse Jessy tirando as palavras da minha boca.

- Boa pergunta – Disse Hektor – Mas eu também não faço ideia.

- O que fazemos agora? – Continou Jessy – Pelo menos metade da cidade ainda guarda rancor dos acromantes, sem falar nos caçadores que provavelmente estão na cidade.

- Espera aí – É a primeira coisa que consigo dizer depois dês de quando descobri o que sou – Que caçadores?

- Eles são um grupo de feiticeiros que se juntou após a guerra, para caçar e matar os acromantes, acreditando que eles ainda estão vivos.

- Meu dia de sorte – Digo – Preciso dar um jeito de sair daqui.

- E para melhorar todos num raio de um quilômetro, devem conseguir sentir você.

- Não aqui – disse Hektor – o templo foi feito com uma estrutura para que não se possa sentir magia de quem está aqui dentro, enquanto estiver aqui ninguém pode sentir a sua presença.

- Não importa Hektor – Disse Jessy – Não podemos manter ele aqui para sempre.

- Eu sei – Disse ele se virando de costas e colocando a mão na cabeça.

Depois de alguns segundos ele volta a se virar pra nós e diz:

- Acho que eu tive uma ideia, Jessy, você precisa fugir dessa ilha com ele, aqui é o lugar mais perigoso para ele ficar e você precisa ir com ele.

- Mas como? Sempre achei que fosse impossível fugir dessa ilha.

- Até ontem era impossível – Continua ele.

- Como assim?

- O Tyler, depois que sequestraram o Thales revistaram a casa dele, e encontraram aberto no porão um túnel.

- Túnel para onde?

- Leva até a Grécia.

- Como eles fizeram isso?

- Isso não importa agora. É a única rota de fuga de vocês, e vai estar aberta até pelo menos amanhã. Precisam ir agora.

 - Vamos Thales – Disse Jessy indo em direção a porta, eu a sigo e quando ela abre corremos para fora e não paramos mais.

Começamos a nos aproximar de um lugar familiar, lembro dele de quando eu estava fugindo da casa do Tyler. Devemos estar perto, vamos conseguir. Mas é tarde, tem dois feiticeiros correndo atrás de nós.

- O que a gente faz agora – Pergunto.

No exato momento que eu pergunto, a Jessy para, acho estranho ela ter parado quando percebo que na verdade os feiticeiros que estão atrás de nós que congelaram ela no lugar, os dois estão a mais ou menos 3 metros de mim, um deles está com o braço esticado apontando para a Jessy, parece que ele está a mantendo congelada.

- Venha com a gente – Disse o homem com o braço esticado – E ela não se machuca.

- E quanto a mim – Pergunto tentando enrolar o máximo possível para pensar o que fazer.

- Se for forte o bastante tem chance de sobreviver – Disse o outro homem.

- Forte o bastante para o que? – Pergunto tentando disfarçar o meu pavor – O que vocês vão fazer?

- Já falamos demais – Disse o homem que congelou a Jessy – Vem com a gente, ou ela morre.

É agora ou nunca, tenho que fazer alguma coisa antes que ele mate a Jessy, então faço o que mais tenho feito desde quando cheguei aqui, estico meu braço em direção ao homem que congelou a Jessy e lanço uma bola de fogo no braço dele. A manga da camisa dele pega fogo e ele começa a gritar e a Jessy volta a se mexer.

- Thales – Ela grita – Feche os olhos.

Faço o que ela pediu, não deu para ver o que aconteceu, mas percebi que ela cegou os dois homens com uma luz tão forte que deu para sentir de olhos fechados, que por sorte não me afetou. Quando abro os olhos novamente vejo que eles estão tentando recuperar a visão, aproveitamos para voltar a correr.

- Eles vão nos congelar de novo – Digo.

- Espero que não – Disse Jessy, então continuamos correndo.

Usamos caminhos diferentes para tentar despista-los e jogamos coisas no caminho deles, conseguimos ganhar um tempo, mas não tenho certeza se o suficiente, chegamos a casa e corremos para o porão, abro a passagem e digo:

- Vamos.

- Não, preciso impedir que eles nos sigam, você fica aí, é mais seguro.

- Eu vou te ajudar.

- Não fique aí.

- Eu já recuperei minha magia, lembra?

Ela fica me encarando durante um tempo e depois diz:

- Tudo bem, mas tome cuidado.

Fico imediatamente de pé, esperando pela chegada dos caçadores que devem chegar a qualquer momento.

Assim que eles abrem a porta, a Jessy faz um deles levitar, e o joga contra a parede. O outro pula na minha frente, faço uma bola de fogo, com o dobro de tamanho dessa vez e jogo nele, mas ele a divide em duas com as mãos e as apaga. Ele joga uma bola de raio em mim e consigo defender dessa vez, o que me deixou impressionado. Faço a estante que está atrás dele levitar e cair em cima dele, parece que consegui vencê-lo, me aproximo para verificar, mas ele segura minha mão e tenta me atingir com uma adaga, consigo me soltar dele pego a minha adaga na bainha e corto seu braço, faço outra bola de fogo e dessa vez ele não defende e desmaia.

Vejo que a Jessy também conseguiu vencer o outro cara. Ele também estava caído no chão, ela olha para o homem que lutei e diz:

- Nada mau, agora vamos.

Assim que entramos ela não entra totalmente, fica na entrada do túnel, ela estica os braços para cima e faz a casa começar a tremer, e desmoronar, assim que uma boa parte da casa foi destruída pergunto:

- Por que você fez isso?

- Para garantir que não nos sigam, vamos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, continuem aqui para lerem mais capítulos.


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