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História Acromante - Capítulo Onze


Escrita por: MathSou

Notas do Autor


Para compensar o tempo sem postar, vai aqui mais um capítulo, espero que gostem.

Capítulo 11 - Capítulo Onze


Estamos andando nesse túnel faz mais de 4 horas e nada de acharmos a saída dele, ficamos boa parte do caminho sem dizer nada, mas eventualmente começavamos a conversar. Como não havia nada para fazer além de andar e ficar olhando para as paredes. O tunel era até que bem grande, devia ter uns 3 metros de comprimento e uns 2 metros de altura, as paredes eram feitas de um tijolo que parecia ser antigo. Como se tivesse sido feito a muitas décadas atrás, o que é um pouco dificil de acreditar, já que passou todos esses anos e ninguém descobriu esse túnel.

- Acha que ainda vai levar muito tempo para chegarmos? – Digo.

- Talvez, não sei qual a distância da nossa capital até a Grécia.

- Nossa capital?

- É, quero dizer, capital dos feiticeiros, foi mal, não estou acostumada com isso, a ideia de você ser um acromante me assusta um pouco.

- O que vocês têm com os acromantes?

- Desde pequena eu fui criada com medo deles, aprendi sobre a guerra entre os feiticeiros e acromantes a quase 200 anos atrás. Perdemos muitos de nós na guerra, mas extinguimos os acromantes.

- Você já havia me dito isso, só não entendo o motivo da guerra.

- Nunca gostei muito de história, não prestei muita atenção nessa parte, mas os acromantes e feiticeiros sempre tinham problemas, sempre se odiaram.

- Ata.

Vejo que ela está olhando para a adaga na minha bainha, penso se devia ter aceitado ela quando ela me deu, mas ela pergunta:

- Já escolheu um nome para ela?

Desvio um pouco o olhar para pensar em algum nome e digo:

- Pode ser... destemida.

Ela ri.

- Esqueci de dizer, tem que ser um nome grego.

- Sabe grego?

- Um pouco.

- Como é Destemida em grego?

Ela abre um pequeno sorriso e responde:

- Atromitos.

- Então esse vai ser o nome – Digo pegando a adaga – Atromitos.

A adaga começa a brilhar quando pronuncio essas palavras por alguns segundos e volta ao normal. Não entendo o que acabou de acontecer.

- Por que a adaga brilhou?

- Eu nunca havia visto isso – Diz ela sorrindo mais ainda – ela correspondeu ao nome, é uma adaga mágica, ela aceitou você como seu portador.

- Muito legal! – Sorriu também.

- Thales, que horas são?

- 00h42.

- Sabe tão precisamente assim?

- Estranho, não é?

- Vamos parar um pouco, precisamos dormir, amanhã continuamos, pode ser que a gente leve a noite inteira ainda.

Sento encostando as costas na parede de frente para a Jessy. Havíamos andado por quase 4 horas, e parecia que não era nem metade, como eles esperavam me carregar por esse túnel contra a minha vontade? Talvez apenas por ser a única opção de fuga deles.

Ainda estou com a adaga na mão, a pouco tempo ela brilhou apenas pelo fato de eu a ter nomeado. A adaga me aceitou, o que será que isso significa? Cada vez que acho uma resposta isso me leva a mais perguntas.

- Não existe nenhum tipo de magia para saber a extensão desse túnel? – Pergunto.

- Não, não fazemos esse tipo de coisa.

 - A saída pode estar logo ali – Digo esticando o braço o braço na direção do túnel – Ou estarmos na metade do caminho, ou até estarmos apenas no começo. Não saber isso está me matando.

- Thales, pode apostar que no momento que quando a gente sair desse túnel, os caçadores vão conseguir localiza-lo, talvez isso seja bom para podermos ter mais tempo de nos prepararmos.

- Mas não temos comida.

- Não temos, mas posso conseguir água – Ela se levanta – Me empresta a sua bainha.

Não entendo o que ela vai fazer, mas me levanto e tiro a bainha entregando a ela. Ela o pega e começo a sentir algo nela, como se fosse uma intensa onda de energia correndo pelo seu corpo. Até que aparece água nas mãos dela. Ela está fazendo sua magia virar água, do mesmo jeito que faço com fogo. A água flutua pelo ar e ela o manipula até a bainha, a usando como copo.

- Pega – Disse ela – Beba.

Pego a bainha e bebo a água como ela pediu, ela chega a estar até que refrescante. Não tomo muito, e alcanço o resto para ela.

- Não estou com sede – Disse ela – pode beber.

- Você também precisa – Chego mais perto dela para que ela pudesse pegar, ela me encara um pouco e pega a água e bebe o resto.

Mesmo estando molhada coloco a adaga na bainha e a prendo novamente no meu cinto.

- Agora precisamos dormir – Disse ela – quero estar bem disposta quando a gente sair daqui e você também precisa estar.

- Está bem.

Deitamos no chão mesmo, não havia nada para usar como travesseiro. Levei algum tempo para conseguir dormir, não estava acostumado com isso. Agora sozinho com meus pensamentos percebo o real perigo em que estou, estou sendo perseguido por feiticeiros, pior, estou sendo caçado. Está ideia apavorante afasto o sono, a Jessy já deve estar acostumada com isso, nasceu nesse mundo. Agora eu desejaria ter escolhida bloquear a magia, e ter voltado para a minha família.

Escuto a voz de Jessy, ainda estou com os olhos fechados, mas aos poucos vou abrindo. Jessy estava sentada ao meu lado me acordando.

- Jessy – Digo – São 6h22.

- Isso eu não sabia – Disse ela – mas temos muito caminho para percorrer, temos que continuar o quanto antes.

- Não disse que quanto mais ficarmos aqui melhor?

- Só se você quiser morrer de fome, mas com sorte chegamos em algumas horas.

- E se não tivermos sorte?

- Talvez mais um dia ou dois, duvido que duraria mais do que isso.

 - Dois dias? – Digo com uma expressão de medo.

- Não se preocupe, vamos sobreviver, até porque temos como conseguir água, levante, temos que continuar.

Ela estica a mão para me ajudar a levantar e eu pego. Ela pede minha bainha novamente para podermos beber mais água, isso ajudar a me dar mais energia, mas estava morrendo de fome, parece que sentir fome virou parte da minha nova rotina.   

Andamos durante horas, já era de tarde, eu não aguentava mais andar. Fizemos algumas paradas, bebemos bastante água, até que chegou a noite novamente, e fomos dormir. Minhas pernas estavam doendo muito, fazia quase 24 horas direto só andando e sem comer nada. Foi apenas na tarde do dia seguinte que avistamos algo, uma luz no fim desse túnel escuro.

- Jessy, está vendo aquilo? – Pergunto.

Ela abre um sorriso e diz:

- Conseguimos Thales!

Começamos a andar mais rápido e a luz ficava cada vez mais perto, até que uma chegamos ao que parecia ser o sistema de esgota da cidade, a luz vinha da entrada de um bueiro logo acima.

Subimos e nunca achei que fosse ficar tão feliz em ver o sol de novo, subo na frente e ajudo Jessy a sair também.

- Precisamos achar um lugar para comer – Digo – Estou morrendo de fome.

- Ainda tenho dinheiro para nós dois – Disse ela – depois disso vamos precisar conseguir mais dinheiro e roupas.

- Como vamos fazer isso?

- Eu acho que sei como, mas primeiro vamos comer algo.

Vamos até uma pequena lanchonete que havia por perto, a primeira que encontramos. Pedimos comida normal, um almoço. Eu estava com tanta fome que parecia que aquilo não seria o suficiente, mas começo a comer.

- Calma – Disse Jessy – Comi devagar, você não come a quase dois dias, se comer rápido demais vai vomitar.

Eu não queria que isso acontecesse. Então comi o mais devagar que consegui, fui voltando a comer normalmente depois de alguns minutos.

Depois que saímos de lá vamos a uma rodoviária. Jessy gasta o resto do dinheiro que tinha para pagar o ônibus.

- Aonde exatamente vamos? – Pergunto.

- Tivemos muita sorte, Calydon mora na cidade vizinha, ele é um amigo, poderá nos ajudar.

- E como ele vai reagir quanto a mim?

- Não se preocupe, ele vai entender.

- Espero que sim.

Subimos no ônibus, depois que no sentamos ela pergunta.

- Come se sente?

- Muito melhor.

- Mas e em relação a ser um dos mais procurados entre os feiticeiros? O primeiro acromante encontrado em anos?

- Aterrorizado.

- Vamos resolver isso, você irá para um lugar seguro.

- Como?

- É impossível você ser um acromante sem ter pelo menos um dos pais, devem existir mais, só temos que os encontrar.

- É acho que sim.

Ficamos quietos o resto da viagem.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, aguardem o próximo.


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