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História Acromante - Capítulo Doze


Escrita por: MathSou

Capítulo 12 - Capítulo Doze


Estamos na frente de uma loja de artefatos antigos, Jessy disse que era a loja de Calydon, onde ele trabalhava. Entramos na loja, não era muito grande, e havia varios artefatos espalhados por todos os lados, até mesmo diversos amuletos.

Quando entramos vemos uma mulher atrás de um balcão. Ela ainda não viu que entramos, mas quando a porta se fecha atrás de nós e o sino da porta toca ela olha para a gente, então vamos até ela.

- Com licença, estamos procurando o Calydon – Disse Jessy.

Ela grita chamando alguém, não entendo o que ela fala, mas imagino que estava falando grego. Um homem sai de uma porta atrás dela. Ele tem um cabelo loiro que vai até o ombro, e uma cicatriz a baixo do olho esquerdo, como se fosse dois arranhões.

- Jessy! – Fala o homem, e mais umas coisas que também não entendo.

- O que ele disse? – Pergunto.

- Não entendi muito bem  – Responde ela.

- Não disse que sabia grego?

- Muito pouco, não sou fluente.

- Como vamos falar com ele?

- Tem um jeito, espere – Ela vira em direção a ele e diz bem devagar algo em grego e com um pouco de dificuldade.

Ele vai até o balcão de onde tinha saído e volta com três colares na mão, entrega para nós e coloca um deles. Também coloco o que ele me entregou e quando olho para a Jessy ela também está com o colar.

- Omilía – Disse Calydon.

Meu colar começa a brilhar e ficar mais quente, mas não é só o meu, da Jessy e do Calydon também estão assim. Isso dura poucos segundos e quando para, Calydon diz:

- Agora vamos conseguir conversar.

- Você está falando português!? – Digo espantado, quase de queixo caído.

- Sim – Responde Jessy – é isso que o colar faz, ele alinha nossos idiomas para que possamos nos entender. Nós estamos o ouvindo falar português e ele nos ouvindo falar grego. É mais ou menos como a magia da ilha.

- Exato garoto acromante.

- Sabe o que eu sou?

- Senti sua presença desde quando chegou.

- Foi por isso que viemos – Disse Jessy – Precisamos da sua ajuda para fugir, os caçadores estão procurando ele.

- Vocês estavam em Nisíratos? Como conseguiram fugir?

- O que é Nisíratos? – Pergunto.

- É o nome da ilha onde vivem os feiticeiros – Responde Calydon.

- É uma longa história – interrompe Jessy – Podemos passar a noite aqui? Até soubermos o que fazer.

- Claro, tudo por você – Disse ele – Vou conseguir roupas e pensamos para onde podem ir depois. Se quiserem sobreviver, vão ter que ir o mais rápido possível, eles não vão demorar a encontrar vocês.

- Muito obrigado Caly – Disse Jessy.

- Venham, por aqui.

Vamos atrás de Calydon, passamos pela mulher que estava atrás do balcão. Vamos até a mesma porta que ele tinha saído, subimos uma escada até sua casa que ficava em cima da loja.

Ele nos leva a um pequeno quarto no final do corredor, não era muito grande, e nem muito pequeno. Havia duas camas e entre elas uma pequena escrivaninha com um grande guarda-roupa na frente.

- Se eu soubesse que vocês viriam teria arrumado melhor o quarto – Disse Calydon.

- Não Caly – Disse Jessy – Está bom assim.

- Fiquem à vontade, vou trazer cobertores e travesseiros para vocês, e depois vou conseguir roupas novas.

Ele saiu do quarto, nos deixando sozinhos lá. Me deito em uma das camas, e Jessy se sentou na outra cama. Eu estava muito cansado, os últimos dias não foram nada fáceis. Tenho medo apenas de que o Calydon não seja o que pareça ser, não sei se ele é confiável, mas se a Jessy confia nele, acho que posso confiar também.

Jessy me analisou por algum tempo, até que disse:

- Não se preocupe, pode confiar no Caly – Disse como que se houvesse lido minha mente.

- Como conheceu ele? – Pergunto.

- Ele era um grande amigo do meu pai, participaram de várias missões juntos...

- Eu não consegui salva-lo – Calydon apareceu novamente no quarto com os cobertores – Estávamos em uma missão, procurando uns feiticeiros criminosos, quando os encontramos, como era de se esperar, eles não se renderam facilmente, precisamos lutar com eles... e seu pai não resistiu... ele me fez prometer que eu cuidaria de você.

-Caly – Disse Jessy dando uma pausa e depois continuou – Você nunca havia me contado isso.

- Eu achei que estava na hora de você saber.

- Por isso se afastou da KPM?

- O que é isso? – Pergunto.

- Abreviação de guerreiros guardiões dos feiticeiros em grego, é tipo nossa polícia, e sim, me afastei para cuidar de você.

Quando olhei para ela vi que estava com os olhos cheio d’água, percebi que estava lutando para não começar a chorar. Até que disse:

- Eu... eu já volto.

Ela se levantou e saiu do quarto, quando eu fui tentar segui-la Calydon me parou dizendo:

- A Jessy é forte, mas as lembranças do pai sempre acabam com ela, pode ir – Ao pronunciar a última frase ele aponta com a cabeça a direção que Jessy foi, e eu vou até ela.

Ela estava na sacada da casa olhando para a rua, eu paro do lado dela, fico assim por um tempo até que digo:

- Como você está?

- Bem, é só...

- Sente saudades do seu pai?

 - Todo dia.

 - Eu acho que te entendo, eu nunca cheguei a conhecer meus pais, não lembro como eles são, mas as vezes imagino como teria sido a minha vida se eles não estivessem morrido.

- Você teria crescido como um acromante – Ela abriu um pequeno sorriso, mas logo parou de sorrir.

- É, mas isso aconteceu por um motivo, e gosto da minha vida assim, meus pais, meus amigos, você.

Ela sorriu e disse:

- Está bem, entendi, vamos lá temos que contar para o Caly tudo que aconteceu.

Nos sentamos no sofá da sala da casa de Calydon e contamos tudo a ele. Sobre mim, sobre minha magia, o que aconteceu na ilha, sobre eu escolher liberá-la e como fugimos em seguida. Ele escuta tudo sem interromper, apenas presta atenção enquanto Jessy conta e eu acrescento alguns detalhes que ela esquecia de mencionar. Quando terminamos Caly disse:

- Vocês precisam de um lugar para se esconder, em que os caçadores não achem vocês.

- E existe algum lugar assim? – Pergunto.

- Vocês precisariam da ajuda de um mago para se esconder assim, eles são muito difíceis de encontrar, pode esconder vocês.

- E como acharíamos ele se você disse que são difíceis de encontrar?

- Eu conheci um, uma vez a muitos anos, vou tentar descobrir alguma coisa, e ainda preciso conseguir roupas e dinheiro para vocês, então amanhã a gente pensa num plano.

Assim que terminamos vamos até o quarto descansar um pouco, o Calydon havia saído para conseguir roupas para nós. E quando voltou fez a janta. Já era noite e depois de jantarmos vamos direto para a cama.


Notas Finais


Esse capítulo não teve muita ação, mas o próximo terá, então se quiserem q eu poste outro ainda hoje, ou talvez amanhã, me digam o que estão achando da história, comentem ai, se estiver sendo bem recebido, postarei o próximo até no máximo amanhã.
Obrogado por lerem.


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