1. Spirit Fanfics >
  2. Acromante >
  3. Capítulo Quatro

História Acromante - Capítulo Quatro


Escrita por: MathSou

Capítulo 4 - Capítulo Quatro


Acordo em um tipo de hospital, mas ele é diferente, parece ser menor, camas mais simples, de ferro com um colchão mais fino. Tem várias dessas camas espalhadas pelo quarto, que é bem largo. Vejo Jessy entrando pela porta, que imediatamente corre em minha direção.

- Você está bem? – Jessy me pergunta – Está se sentindo melhor?

- Sim – Respondo – Só estou me sentindo um pouco tonto e com dor de cabeça, Onde estamos?

- Na enfermaria.

- Não, quero dizer, em que lugar fica essa enfermaria, nunca a vi antes.

- Em uma ilha próxima a Grécia – Jessy responde sussurrando, quase não escuto o que ela diz.

- Como assim Grécia? – Falo apavorado – você quer dizer que estamos na Europa?

- Sim, a capital dos feiticeiros fica aqui porque foi na Grécia que tem os registros mais antigos sobre nós.

- Por quê estamos aqui?

- Não era para eu ter te trazido para cá ainda, me mandaram para vigiar você e impidisse que se metesse em problema até eles dicidirem o que iam fazer.

- Como assim? Mandaram você?

- Explico tudo mais tarde, você deve ficar aqui por mais algumas horas, até que esteja totalmente recuperado, aquele feitiço que fez, quase o matou.

- O que aconteceu com meus pais?

- Eles estão bem, seu pai foi mandado para o hospital, estão sendo protegidos por um feiticeiro – Ela faz uma pausa e depois continua – Eles são seus pais mesmo?

- Não – Viro o rosto – Meus pais morreram logo depois de eu ter nascido, num acidente de carro.

- Sinto muito, Eu volto mais tarde para te pegar.

Assim que ela saiu, um homem e uma mulher, que pareciam ser médicos, apareceram para ver como eu estava. Fizeram vários tipos de feitiços, que pareciam ser de cura, me

Trouxeram comida e depois que eu comi fiquei realmente melhor. Depois de um tempo vi que eu estava muito sujo, fui perguntar se tinha algum lugar que eu podia me limpar ou tomar um banho, quando outro médico apareceu. ele era alto e magro, cabelos bem pretos e curto, seus olhos eram azuis.

- Vou mostrar aonde é o banheiro – Disse ele como se tivesse lido a minha mente – Para que possa tomar um banho.

- Quanto tempo fiquei aqui? – Pergunto.

- Você apenas passou a noite aqui – Ele responde – Um feitiço daqueles devia ter te matado, você parece ser muito poderoso.

- Como assim devia ter me matado? Vocês não fazem feitiços como aquele?

- Vou deixar que Hektor explique isso com calma mais tarde, vamos.

- Qual é seu nome?

- Peter, me chamo Peter Riesenberg.

No meio do caminho ele parou para pegar umas roupas para mim e me entregou. Não era como a maioria dos hospitais que conhecia, talvéz porque não é um hospital, é uma enfermaria. Nuca tinha visto uma, apenas as das escolas nos filmes, e essa era maior que aquelas.

O médico me levou até a porta do banheiro, entrei e tomei um banho. Parecia que não tomava um a muito tempo, e com certeza foi o mais rápido de todos, estava curioso para saber como era o lado de fora. Vesti uma camisa azul claro, e calça jeans azul. A roupa coube muito bem, o que foi estranho porque o médico não havia nem visto o tamanho para ver se cabia.

Quando saio, vejo Jessy me esperando na saída da enfermaria. Ela parecia ter me esperado aqui há muito tempo, ou ficou aqui desde quando havia saído.

- Parece bem melhor – Disse ela.

- Estou mesmo.

- Isso é bom, você mandou muito bem com aquelas bruxas, a maioria das pessoas teria soltado a adaga quando a bruxa o pegasse, você tem extinto de um feiticeiro.

- Obrigado, eu acho.

- Vamos então.

Andamos por uma estrada de paralelepípedo. Não vejo nenhum carro, só pessoas andando a pé. Nunca tinha visto uma cidade sem nenhum carro. As casas também eram diferentes eram uma mistura do estilo grego com casas dos tempos de hoje, sem dúvida uma cidade diferente de todas que já vi.

- Onde estamos indo? – Pergunto.

- Vou leva-lo até o Hektor – Jessy Responde.

- O médico o mencionou.

- Bem, ele é o feiticeiro-chefe, e eles não são médicos, são curandeiros, Hektor vai querer conhecê-lo, todo mundo está dizendo que não era para você estar vivo – Ela começa a falar mais rápido – Era a minha responsabilidade protege-lo a todo custo, não sei o que faria se você não tivesse sobrevivido...

- Ei, calma, eu não morri, não se sinta culpada pelo que aconteceu, fique calma.

- É eu sei, devia ter dito que você não podia fazer magia, é perigoso.

- Tudo bem, não se preocupe – ficamos quietos por alguns instantes – por que é perigoso?

- Também não sei ainda, pregunte ao Hektor quando o chegarmos, ele vai saber te dizer.

Não conversamos pelo resto do caminho. Fomos até o que pareceu ser o centro da cidade, as casas agora faziam um círculo enorme envolta de um templo grego, mas ele não estava destruído como a maioria dos templos que eu via nos livros, ou na internet, estava em ótimo estado. Eu senti como se tivesse voltado no tempo, era realmente incrível.

Por dentro havia vários pilares alinhados, até a outra parede do outro lado, e entre os pilares havia paredes com algumas portas de vez em quando.

 Um homem saiu de uma delas, ele é alto, tem cabelo castanho, mas não um castanho que é quase preto como da maioria das pessoas, um castanho bem marrom, e uma barba um pouco comprida, seus olhos são castanhos bem escuros, ele olhou para nós e veio em nossa direção.

- Jessy – Disse o homem – que prazer em vê-la aqui, esse deve ser o Thales, não é?

- Sim sou eu – Digo apertando sua mão – Prazer em conhecê-lo.

- O prazer é meu, meu nome é Hektor, sou o feiticeiro-chefe.

- Ele está aqui como havia pedido – Disse Jessy.

- Obrigado – Disse Hektor – venham comigo, vamos para um lugar onde tenhamos um pouco mais de privacidade.

Fomos até quase o meio do templo, e entramos em uma porta à direita. Por dentro parece um típico escritório de um advogado, tirando o fato de ter vários instrumentos que parecia ser de magia, e algumas poções.

- Você já deve ter percebido o que é capaz de fazer – Disse Hektor – E também sobre os feiticeiros, antes de dizer a você o que quero, preciso explicar que, por você ter passado tantos anos sem praticar magia, eles acabaram sendo bloqueados, não sabemos por que você conseguiu fazer aquilo com o ônibus, nem com a Bruxa.

- Vocês sabem sobre o ônibus? – Pergunto espantado – e como assim minha magia foi bloqueada?

- Sim foi por isso que mandamos Jessy, depois dela confirmar que você realmente era um de nós na festa, e sobre a sua magia. Depois que algum feiticeiro fica muito tempo sem praticar magia, ele acaba perdendo ela, não sei como, mas você a recuperou.

Isso está ficando cada vez mais confuso, essa coisa de eu ser um feiticeiro, magia bloqueada, depois recuperada de um jeito que nem eu sei como fiz, como posso ter recuperado algo eu praticamente nunca tive. Começou a me dar uma dor de cabeça forte, é muita coisa de uma vez.

- O que você queria me dizer então? – Pergunto.

- Bem, depois de alguns testes descobrimos que você mesmo tendo recuperado a magia, a maior parte dela ainda se encontra bloqueada, nós podemos recuperá-la, se você quiser.

Fiquei encarando a parede por alguns minutos, aquela história de que eu podia ter uma magia que eu nem sabia que tinha de volta pareceu me aterrorizar, eu só quero voltar para casa e ficar com os meus pais.

- E se eu não quiser mais? – Pergunto.

- Como assim se não quiser mais? – Pergunta Jessy, ela estava tão quieta que nem me lembrava de que estava aqui – Você tem que ficar e treinar.

- Isso é uma coisa que ele precisa decidir sozinho – Disse Hektor encarando a Jessy, e logo em seguida vira para mim – Nós podemos bloquear o resto, e você poderá voltar para casa, mas pense bem, tanto liberar quanto bloquear sua magia não tem volta, você precisa ter certeza absoluta do que quer fazer.

Voltamos pelo mesmo caminho que viemos. Jessy não disse nada o caminho inteiro, tentei falar com ela, mas ela não queria me responder. Não sei porque ela ficou tão brava, eu ia ter que tomar o que pode ser a decisão mais importante da minha vida, minha decisão mudará minha vida para sempre, ou continuar tendo a vida que sempre tive. Hektor me deu uma semana para pensar nisso, o que é bastante tempo, achei que ele fosse me dar menos.

- O Peter, seu curandeiro, disse que você pode ficar na casa dele – Disse Jessy depois de tanto tempo – É essa a casa dele.

A casa era como a maioria das outras casas, mas a diferença era um pouco maior que as outras, chegamos mais perto e batemos na porta, não demorou muito até que ele atendesse.

- E aí, Thales – Disse Peter depois virando para a Jessy – Como vai Jessy? Querem entrar?

- Não obrigado, Só vim trazer o Thales até aqui. – Responde Jessy que vira para mim – te vejo amanhã.

- Até amanhã então – Digo.

Entro na casa e acabo até me surpreendendo, por dentro parece uma casa normal. Depois de tudo que havia visto acho estranho ver que alguma coisa naquela cidade é normal.

- Por que ficou tão espantado? – Disse Peter, eu não percebi que havia demonstrado algum tipo de espanto no rosto.

- Não é nada, é só que sua casa é a coisa mais normal que vi o dia inteiro.

- É bom ter uma coisa normal às vezes. Venha comigo, vou mostrar o seu quarto.

O quarto era pequeno, tinha uma cama, um armário, só pelo fato de ser normal já é melhor.

- Não é muito grande – Disse Peter – Mas é bem confortável.

- Para mim está bom.

- O que aconteceu com a Jessy? – Pergunta Peter – ela não parecia muito feliz.

- Eu também não sei, ela está assim desde quando terminamos a conversa com o Hektor.

- Ah sim, ele me disse que você está decidindo entre ficar ou não com a magia. Se quiser eu posso ajudar, posso te ensinar umas coisas para ver se você vai gostar ou não.

- Mas minha magia está bloqueada.

- Bem pelo o que percebemos enquanto você estava inconsciente, não está totalmente bloqueado. Eu fiz uns testes e sei exatamente quanto você possui, posso te ensinar a fazer só o que você aquenta.

Eu pensei por um tempo antes de responder, eu estava decidido que queria que Hektor bloqueasse o resto de magia que ainda tenho, mas nesse momento acabei gostando da ideia de aprender um pouco antes de voltar a minha vida normal.

- Pode ser.


Notas Finais


Obrigado por lerem pessoal!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...