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História Acromante - Capítulo Seis


Escrita por: MathSou

Capítulo 6 - Capítulo Seis


A noite havia sido tranquila, nada de pesadelos, eu realmente consegui fazer aquela lembrança parar de me aterrorisar. Depois do café da manhã fui até o Hektor para conversar um pouco com ele, Tinha tantas perguntas que não sabia por onde começar.

Acabei até me impressionando com a facilidade que segui o caminho, como se eu já tivesse ido lá varias vezes. normalmente eu não sou muito bom em lembrar o caminho que segui.

Quando estava chegando perto do templo avistei Hektor entrando nele, então corri para alcançá-lo. Até pensei em vim mais tarde, ele parecia estar com pressa, mas resolvi ir mesmo assim. Chamo sua atenção quando ele está prestes a fechar a porta do sala que haviamos conversado da ultima vez, imagino que seja seu escritório ou algo do tipo.

- Thales! – Disse Hektor – O que houve?

- Não, não aconteceu nada – Respondo, enquanto recupero o fôlego – Eu queria fazer algumas perguntas, minha cabeça está muito confusa.

- Claro, pode entrar.

Entro e fico esperando ele entrar. Está exatamente como me lembro, a única diferença é a mesa dele, está cheia de papéis espalhado, ele realmente parecia estar muito ocupado.

- Pode se sentar – Disse Hektor, apontando para a cadeira ao meu lado, enquanto se senta na dele atrás da mesa.

- Eu posso vir outra hora – Digo – Você parece estar ocupado.

- Não se preocupe com isso, só preciso preparar algumas coisas aqui antes da reunião do conselho.

- Que tipo de reunião? – Pergunto e me sento na cadeira que ele havia apontado antes.

- Eu mais os líderes de cada área vamos conversar sobre algumas coisas.

- Como assim áreas?

- Bem, imagino que não está aqui para discutir sobre isso, certo?

- Tudo bem – Digo, me encostando nas costas da cadeira – Isso já aconteceu antes... Digo a magia de alguém ser bloqueada?

- Sim, acontece as vezes, quando se passa mais de 10 anos sem fazer magia você a perde totalmente, nos surpreendemos com você, quando vimos que mesmo sem nunca ter tido contato com a magia ainda continua com ela.

- então quer dizer que até cinco anos atrás, minha magia estáva completa?

- Foi o que deduzimos.

- Então como vocês sabem que podem recuperá-la? Já fizeram isso antes?

- Não nunca foi possivel fazer isso, o Vice-líder dos curandeiros, passou varios anos estudando isso para tentar recuperar a magia das nossas crianças que não as tem, mas nunca teve sucesso, mas quando ele viu você, ele acreditou que por sua magia não estar toda bloqueada, pode liberar o resto.

Fico pensando nisso durante algum tempo. As coisas estão começando a fazer mais sentindo, mas apenas uma pequena parte, ainda tinha muita coisa na minha cabeça que estava confuso.

- E quanto a bloquear a magia? Já fizeram antes?

- Sim, isso já, foi descoberto a muitos anos antes de Cristo, usamos como uma punição, para crimes muito graves, algumas dessas pessoas tentam começar uma nova vida, no mundo mortal, outros não querem se afastar dessa realidade, e começam a se especializar em poções, nós os denominamos Alquimistas.

- E quanto a... – alguém bate na porta, e o Hektor pede para entrar.

- Senhor – Disse o Homem – Precisamos da sua ajuda, é urgente.

- Tudo bem – Disse Hektor – Já estou indo.

O homem assentiu e fechou a porta, Hektor se levanta, olha para mim e diz:

- Conversamos mais tarde, agora preciso ir.

- Tudo bem – Digo me levantando – até mais tarde.

Saio e volto para a casa do Peter. Quando entro vejo ele e a Jessy me esperando, o Peter está com a roupa de curandeiro, provavelmente está indo para trabalhar, e a Jessy com roupas normais.

- Onde você estava? – Pergunta Jessy - O Peter me disse que saiu sem dizer aonde ia.

- Apenas fui falar com o Hektor – Respondo – Estou até com dor de cabeça com tantas duvidas que estou.

- Acha que pode treinar?

- Sim, posso.

- Então vamos quero te mostrar uma coisa.

- Jessy – Disse Peter – Toma muito cuidado com o que ensina para ele.

- Não se preocupe com isso – Responde Jessy.

Vamos direto para a arena de treinamento. Durante o caminho penso em meus pais, meus amigos, minha escola, se eu aceitar ser um feiticeiro, certamente não irei mais ver eles, não era uma escolha fácil de fazer. Eu também fiz novas amizades aqui, que eu também gostaria de continuar com o Peter e a Jessy. Fiquei tão perdido nos meus pensamentos que não percebi que havíamos chegado, até a Jessy me trazer de volta ao mundo.

- Eu quero te dar uma coisa – Disse Jessy pegando alguma coisa no bolço – Aqui pegue.

Parecia ser algum tipo de amuleto, tinha mais ou menos o tamanho da palma da minha mão, era circular e dourado, com um cristal vermelho no centro, na parte de cima dele havia algo escrito em grego.

Πύλη

Não sabia o que significava nem como se pronuncia, até que a Jessy disse:

- Está escrito Píli, significa portal, é um amuleto que cria portais, minha mãe faz esse tipo de coisa, isso é da loja dela.

- Com isso que você abriu aquele portal? – Pergunto.

- Sim, foi com um desses, esse aqui é o meu – Disse Jessy, pegando outro amuleto do seu bolço e me alcançando.

Era exatamente igual, a única diferença era o cristal, o meu era vermelho e o dela era um cristal roxo.

- Por que os cristais são de cores diferentes? – Pergunto.

- Não tem nenhuma diferença – Responde Jessy – Só muda a cor dos portais.

Então me lembro daquele dia, antes de desmaiar e me lembro de que o portal que ela tinha aberto era roxo, então os portais que eu abrir vão ser vermelhos.

- Então vai querer aprender a usar isso, ou prefere ficar olhando e fazendo perguntas – Disse Jessy indo para o meio da sala – Vamos logo.

Então a sigo.

- Você deve concentrar sua magia na mão – Disse Jessy – Para que o amuleto consiga criar o portal. Deve segurar por trás, o cristal deve aparecer, aponte-o para frente, o portal aparecerá na frente do amuleto e quando estiver sentindo sua magia ir para o amuleto, pense no lugar exato em que quer ir, tente fazer isso.

Faço exatamente o que ela pediu. Hoje foi diferente, não havia poção para mostrar a magia se movendo, eu estava conseguindo a sentir passando como um arrepio fraco. A minha magia é puxada pelo amuleto, é uma sensação um pouco desagradável, meu corpo inteiro estava arrepiado, tive a sensação que ia puxar toda a magia do meu corpo, não consigo suportar isso e acabo soltando o amuleto.

Depois de ter soltado penso que não devia ter feito isso, mas já era tarde demais iria se chocar com o chão a qualquer momento. Não escuto ele batendo no chão e olho para baixo, ele estava flutuando a poucos centímetros do chão, foi a Jessy que fez isso, ela fez o amuleto flutuar para não se chocar com o chão.

- Primeira lição – Disse Jessy – Nunca deixe seu amuleto cair no chão, ele é muito frágil, se quebra com facilidade.

- Me desculpa – Digo – Não tive intenção de fazer isso.

- Eu sei não se preocupa – Disse Jessy fazendo o amuleto flutuar até minha mão – Todos fazem isso na primeira vez, mesmo que avisemos para não soltarem, todos soltam, e temos que ficar preparados para pegar quando isso acontece.

- Vou tentar de novo.

- E se você soltar eu pego de novo.

Assinto com a cabeça, e tento fazer o portal, faço a mesma coisa que havia feito antes. Aquela sensação da minha magia sendo sugada acontece de novo, mas dessa vez tento ignorar e tento me concentrar no lugar que quero ir, tento evitar, porém não consigo parar de pensar na minha casa, na minha antiga vida antes disso. Então vejo um círculo vermelho e branco aparecendo na frente do amuleto e não parava de aumentar, estava conseguindo abrir o portal. Fico impressionado comigo mesmo, a mesma sensação que tive quando atirei aquela bola de fogo pela primeira vez, só que dessa vez nada ia atrapalhar esse sentimento, ou pensei que não ia.

O portal da uma explosão e me joga para trás, quando caio, a queda deixa meus pulmões sem ar, sinto como se nunca mais fosse respirar de novo, não entendo o porquê, mas eu fiquei muito assustado. A minha visão começa a embaçar e escuto a Jessy Gritando:

- Thales! Thales!

Até minha visão escurecer, e eu não me lembro de nada depois disso.

 

           

Acordo na enfermaria, está exatamente igual da última vez que estive aqui, escuto o Peter e a Jessy, parecem estar discutindo.

- Eu disse para você tomar cuidado com o que ensina para ele – Disse Peter – Ele teria morrido se o portal tivesse aberto totalmente.

- Eu não sabia disso – Disse Jessy – Fazer portais sempre foi algo tão fácil.

- Isso porque você não tem apenas 10% de magia do que um feiticeiro normal, o que é exatamente o que precisa para criar um portal, não sobraria nada de magia dentro dele.

- Tudo bem, eu vou cuidar melhor da próxima vez.

- Não, não vai ter próxima vez, só eu vou treina-lo a partir de agora.

- Acho que ele acordou – Eles se aproximam de mim.

- Como você está? – Pergunta Peter.

- Melhor do que da última vez que estive aqui – Respondo com um pequeno sorriso, e começo a me levantar da cama – Então, vamos.

- O que você está fazendo – Disse peter me segurando para ficar na cama – Não disse que podia ir ainda, precisa descansar.

- Eu já me sinto melhor.

- Sinto muito, talvez daqui há uma hora ou duas pelo menos não vai precisar passar a noite aqui.

 - Ok, eu fico.

- Pegue – Disse Jessy me entregando o meu amuleto – Eu peguei depois que você... caiu.

- Obrigado – Digo analisando o amuleto para ver se não havia quebrado, mas ele parecia estar intacto, apenas alguns arranhões.

Aquelas pareceram ser as maiores duas horas da minha vida, não imaginava que podia demorar tanto. Pelo menos sai de lá e o Peter disse que era melhor eu não treinar o resto do dia. Quando sai da enfermaria vi que eram 17h, não imaginava que era tão tarde devo ter ficado bastante tempo desmaiado, normalmente não preciso olhar a hora, sempre sei que horas são, mas não tinha como saber a hora quando estava desmaiado.

Não faço nada o resto do dia, fico apenas na casa do Peter, depois que ele volta conversamos um pouco, depois de passar algumas horas sem fazer nada, precisava falar com alguém sobre qualquer coisa. Até ele olhar para o relógio e dizer:

- Preciso ir, tenho uma reunião do conselho.

O Hektor havia me dito sobre essa reunião, mas será que era a mesma, ele também participa disso? O que será que eles discutem lá.

- Você também é desse conselho? – Pergunto.

- Sim – Responde Peter – Eu sou líder dos Curandeiros, não sabia?

- Você nunca me disse isso – Agora havia entendido o que o Hektor queria dizer com áreas, os curandeiros era uma delas – Quem mais participa?

- O Hektor, lógico, por ser o chefe de tudo, o líder dos pesquisadores, dos alquimistas, e assim vai.

- Entendi.

- Preciso ir – Disse Peter olhando para o relógio de novo – Não quero chegar atrasado, vá dormir, eu vou voltar tarde.

Depois que ele sai, vou direto para cama, assim que me deito durmo na hora, estava muito cansado.


Notas Finais


Obrigado por lerem pessoal, espero que gostem do capítulo, estejam atentos, logo vai aparecer alguns conflitos que o Thales terá que enfrentar.


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