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História Acromante - Capítulo Oito


Escrita por: MathSou

Notas do Autor


Agora a história começa a se movimentar mais, continuem acompanhando, obrigado.

Capítulo 8 - Capítulo Oito


Depois de ter acordado, sai para caminhar, o Peter não me viu saindo, e se visse não deixaria, eu sei que não posso me afastar dele, mas eu precisava ficar um pouco sozinho, minha vida estava muito confusa, e parecia que piorava cada vez mais. Todo dia eu me metia em problemas, desde quando enfrentei a bruxa, qual problema eu me meteria hoje? Eu tinha a impressão de que isso ia acontecer novamente, espero que esteja errado.

Enquanto caminhava senti que estava sendo seguido, o estranho era que quando olhava para trás não via ninguém, já tive essa sensação antes, era bem comum pra mim, mas dessa vez era mais forte, como se eu pudesse ver a pessoa. Imaginei que poderia ser e esperava que estivesse errado, então começo a correr.

Olho para trás e vejo que estava certo, o Tyler e outros dois amigos estavam correndo atrás de mim.

Fico virando varias ruas para tentar despistá-los, mas eles são muito rápidos, tento passar por dentro de uma casa em construção, pulando os buracos onde futuramente serão as janelas, mas assim como antes minha tentativa de despistá-los fracassa.
Percebo que não vou conseguir fugir, então paro de correr e pergunto:

- O que vocês querem de mim? – Imediatamente me arrependo de ter feito isso, não terei chance contra eles.

- Se você achou que o Hektor salvou sua pele – Disse Tyler enquanto seus outros dois amigos me cercavam – estava enganado, ele apenas adiou um pouco.

Vejo uma bola de raio se formando na mão dele, e me preparo para tentar defender, diferente de ontem, hoje eu não acho que estou pronto para defender, mas preciso tentar.

Ele lança à primeira, consigo colocar a mão na frente, mas não consegui defender, sou lançado a uns dois metros para trás e caio no chão. Vejo minha mão toda queimada, e sinto como se tivesse colocado a mão no fogo.

Levanto-me olhando para a minha mão, não sei se consigo defender com a mão queimada, precisava fazer com a outra, e se não conseguisse não conseguiria defender mais.

- Você achou mesmo que conseguiria fazer isso? – Perguntou Tyler dando risada – Nem ao menos sinto magia em você, não merece ser um feiticeiro.

Não me lembro do que aconteceu depois disso, só que ele joga alguma coisa e atinge minha cabeça e me deixa inconsciente, eles me levaram para um lugar que parecia ser o porão de uma casa, nunca tinha visto um, não temos esse tipo de coisa no Brasil, mas aparece frequentemente nos filmes. Quando acordo, vejo três pessoas na minha frente, não consigo identifica-las, minha visão estava ruim, só via borrões. Tento me levantar, mas estava amarrado em uma cadeira.

- Como você não perdeu sua magia? – Pergunta o homem do meio, pela voz imagino que seja o Tyler.

- Do que você está falando? – Pergunto.

- Você sabe muito bem do que estou falando, normalmente depois de 10 anos se não fazemos magia a perdemos para sempre.

- Eu também não sei como, estão tentando descobrir.

- É exatamente o que quero fazer, preciso descobrir como isso é possível.

- Bob – Continua Tyler, chamando o amigo que está a sua direita – Faça o que for preciso para descobrir como recuperar.

Tyler e o outro amigo saem do porão e fico apenas com Bob, fico um pouco assustado, principalmente com a parte “Faça o que for preciso” isso nunca acaba bem.

- O que vai fazer comigo? – Pergunto.

- Não se preocupe, não farei nada de mais – Responde Bob, ele vai até o outro lado do porão, onde tem vários frascos com poções, e volta com um frasco com um poção azul – Beba isso.

- Minhas mãos estão amarradas.

- É mesmo, então abra a boca.

- O que isso faz?

- Me permitirá entrar na sua mente.

- Como assim entrar na minha mente? Vai poder ler meus pensamentos.

- Não, não vou entrar na parte das memórias, a única parte da mente que um feiticeiro pode ver é a que controla a magia, agora abra a boca.

Ele me faz beber o frasco inteiro, não tem um gosto muito bom, tem gosto de remédio. Ele vai para trás de mim e coloca as mãos na minha cabeça, ficamos quietos por alguns minutos até que pergunto:

- Por que o Tyler está tão obcecado por isso?

- Não é da sua conta.

Não sei quanto tempo levou, mas pareceram horas, ele ficou o tempo todo com as mãos na minha cabeça, se eu não soubesse o que ele estava fazendo acharia que ele fosse louco. Senti algumas fracas dores de cabeça às vezes, nada muito forte.
Quando ele tira as mãos da minha cabeça, me viro para perguntar o que ele descobriu, mas ele imediatamente sobe as escadas e sai pela porta, não parecia com pressa, mas parecia não querer me dar explicações.
Fico tentando descobrir um jeito de sair daqui, percebi que não sou bom nisso, tinha tanta coisa naquele porão que eu poderia usar, mas não consegui pensar em nada.

Fico imaginando o que eles estavam conversando, será que consigo usar minha magia para escuta-los? Poderia tentar, tento fazer minha magia ir até a região onde ficam meus ouvidos, tento me concentrar na minha audição, tentando amplia-la, não tive um sucesso imediato, mas depois de algumas tentativas, consigo escutar eles.

- Preciso de mais tempo – Disse um homem que pareceu ser o Bob – Uma semana ou duas no máximo.

- É muito tempo – Disse o outro, com certeza era o Tyler – O Peter está louco atrás dele, não vai demorar muita até ele descobrir que foi a gente, precisa fazer isso logo.

- Eu posso tentar ir mais rápido, mas não vou conseguir em pouco tempo.

- Então não durma, passe dia e noite acordado, não importa, dês de que seja rápido. Eu prometi a minha irmã que acharia um jeito de ela voltar a fazer magia.

- Tudo bem,

- Vou comprar alguma coisa para ele comer, fique aqui.

Foi um alivio saber em que o Peter está me procurando, mas mesmo assim precisava achar um modo de sair daqui. Começo a pensar nas possibilidades, ainda estava com o meu amuleto, podia fazer um portal para fora daqui, mas se fizesse isso, provavelmente morreria, poderia passar pela pequena janela próxima ao teto, mas parecia ser muito pequena, eu não caberia ali, precisava ver o resto da casa, só ali não vou conseguir fazer algum plano.

- Bob – Grito.

- O que você quer? – Pergunta Bob, abrindo a porta e entrando no porão.

- Preciso ir ao banheiro.

- Não dá, espere o Tyler chegar ele resolve isso.

- Não dá para esperar, por favor, me leva, vai ser rápido.

- Tudo bem – ele desce a escada, desamarra minhas mãos – Lembre-se que queremos você vivo, mas podemos feri-lo, se tentar fugir, não hesitarei em ataca-lo.

- Tudo bem, serei um bom menino – Ele segura meus dois pulsos juntos para que eu não fuja, e me guia pela casa.

É uma casa normal como a do Peter, passamos pela cozinha, tem pratos sujos em cima da mesa, parece que acabaram de almoçar. Vejo também minha adaga em cima da mesa, não havia percebido que eles a tiraram de mim. Ele me leva até um corredor, e consigo ver a porta de saída, é lá que preciso chegar, mas como eu ainda não fazia ideia.

Acabo vendo que realmente precisava ir ao banheiro, então o que eu disse não havia sido uma total mentira. Quando ele me leva de volta acabo tendo uma ideia, tropeço propositalmente na cadeira da mesa, e ao me levantar pego minha adaga da mesa, e consigo por dentro da minha manga sem que ele perceba.

Depois que ele me amarra foi um pouco difícil tirar a adaga de dentro da minha manga, visto que ele amarrou o meu pulso, quase a deixo cair no chão, então corto a corda e consigo me levantar da cadeira. Agora precisava pensar no que fazer a seguir.
Primeira coisa que tento fazer é abrir a porta, como já imaginava, estava trancada, começo a vasculhar o porão tentando achar alguma coisa que me ajude a sair daqui. Encontro um machado, poderia usá-lo para quebrar a porta, mas chamaria muita atenção, e ele me impediria antes que conseguisse prosseguir, poderia fazer uma distração.

Pego o machado e bato nos canos, começa a vazar a água, jogo o machado para longe e volto para a cadeira.

- Bob – Chamo – Um cano estourou.

Ele destranca a porta e entra correndo.

- Como isso foi acontecer? – Pergunta ele.

- Não sei, ele simplesmente começou a jorrar água.

Olho para cima e vejo que ele deixou a porta aberta, enquanto ele estava arrumando os canos eu subo as escadas bem devagar e tranco a porta. Assim que ele percebe, começa a bater na porta pedindo para que eu a abra. Saio da casa e corro para longe dali.
Eu não sabia aonde estava, nunca tinha andado por essas ruas, devia estar bem longe da casa do Peter, corro por todas as ruas, tento ver algo familiar, mas não havia nada, aquela parte da cidade era desconhecida para mim, estava perdido.

Depois de tanto correr, resolvo parar um pouco para descansar, estava exausto, não sabia o que fazer, até ver o outro amigo do Tyler correndo na minha direção, e volto a correr.

Não sabia o que fazer, ele era muito rápido, logo me alcançaria, precisava encontrar algum lugar para me esconder, ou alguém para me ajudar. Ele estava a alguns metros de mim, se esticasse a mão me pegaria, porém alguém se joga para cima dele. Era o Peter.

- O que fizeram com ele? – Pergunta Peter.

- Não fizemos nada – Responde o amigo do Tyler, Depois dele ter dito isso, o Peter dá um soco na cara dele.

- O que pretendiam fazer com ele? Responda.

- Ainda não terminamos com ele.

Peter dá outro soco na cara dele.

- Resposta errada – Disse Peter, seguido de mais um soco.

Peter se levanta, e o cara fica no chão, estava com o nariz sangrando, por causa dos socos.

- Vamos, vou te levar ao Hektor.

- Não, você não vai – Nos viramos e vimos que era o Tyler, e ao lado dele estava o Bob – Bob, ajude o Oliver.

Ele foi até o cara que o Peter havia batido e o ajudou a se levantar.

- Você não tem chance contra nós, somos três.

Peter começou a atacá-los de todas as maneiras possíveis, mas não era o suficiente para derrotar três feiticeiros, sempre que eu tentava me aproximar eles me lançavam para trás, não pude fazer nada para ajudar.

Bob e Oliver pararam de brigar e vieram atrás de mim, tentei fugir, mas não deu tempo eles me pegaram, e me levaram de volta, deixando o Tyler brigando sozinho com o Peter.

- Achou mesmo que iria conseguir fugir de nós? – Disse Oliver – Se tentar fugir de novo, eu vou te fazer sofrer tanto que vai desejar estar morto, ouviu?

Não respondo a nenhuma das perguntas, fico apenas observando enquanto o Bob me amarra na cadeira. Eles disseram que por ter tentado fugir iam me deixar sem comida aquele dia, estava faminto, mas acho que conseguiria aguentar, eles não aparecem lá o resto do dia.


Notas Finais


Obrigado por lerem!


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