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História Across the music - Cap4


Escrita por: ARMeU

Capítulo 4 - Cap4


Fanfic / Fanfiction Across the music - Cap4

Não tinha pra aonde eu correr, eu estava ferrada.

 

Ele soltou a garrafa que estava em sua outra mão, e agora me segurava com os dois braços em quanto me empurrava de encontro á parede.

: - que sorte eu dei de ter achado uma menina tão bonita assim - ele falava com rosto perto do meu, em quanto me acariciava, eu estava com os olhos fechados e o rosto virado tentando evitar o máximo de contato que podia.- eu prometo não demorar muito ....- ele falava com aquele bafo e tom de voz que me dava ânsia de vômito em quanto tirava o cinto, a essa hora lagrimas já caiam pelas minhas bochechas.

Ele estava prestes a desabotoar minha calça quando eu ouvi um barulho forte e assim que abri meus olhos o homem estava apagado no chão. Tinha alguém atrás dele com um capuz no rosto que aparentemente tinha dado uma garrafada na cabeça dele. Não deu nem tempo de reagir eu já estava sendo guiada por essa pessoa para outro lugar. Eu queria abraçar, agradecer sei lá fazer qualquer coisa para essa pessoa que acabou de me salvar, mas como também era um estranho e logo me desfiz de sua mão no meu pulso.

:- ei está tudo bem, apenas me siga até eu te levar para longe daqui, essas ruas aqui são muito perigosas.- o seu tom de voz era acolhedor e mas suave, mas mesmo assim fugi de sua mão quando o mesmo tentou me pegar no pulso de novo. Ele então tirou o capuz e eu o vi, quer dizer a vi, quer dizer não sei, fiquei confusa.

:- tudo bem eu sou uma menina também não vou te fazer nada- ela tentou de novo pegar meu pulso e dessa vez eu deixei, tava explicado porque o tom de voz era suave, ficamos em silêncio até eu perceber que ela estava parando de andar. Eu olhei em volta e já sabia onde estava.

:- está tudo bem? Ele te fez algo antes... antes de eu... é – ela tentava terminar a frase quando eu a encarei nos olhos pela primeira vez na noite

 :- está sim , graças a você, nem sei como agradecer, você me salvou- Eu disse em quanto minha consciência ia voltando ao normal, e toda a situação do que poderia ter acontecido se ela não tivesse aparecido passou pela minha cabeça e a única coisa que fiz foi abraçar essa desconhecida, eu nem sei o que seria de mim agora se não fosse por ela.

Fui desfazendo o abraço que mal foi retribuído,assim que desfizemos encaramos uma á outra, eu  percebi que ela estava vermelha, e agia como se não soubesse o que fazer, parecia que ela queria falar alguma coisa mas não conseguia  achei engraçado.

:-....é ... o... seu calça está ziper aberto- ela falou muito rápido e eu acabei não entendi

:- o quê ?

:-...ziper está calça aberta..... ai droga!- ela falava olhando pro chão com o rosto ruborizado-..., desculpa o que eu quis dizer é seu zíper da calça está aberto- ela terminou a frase e percebi que seu olhos estavam fechados.

Era engraçado ver ela assim desse jeito toda envergonhada e frágil sendo que á pouco tempo atrás ela apagou um cara que PERA, OQUÊ?!!!! AIISHH, olhei rápido pra baixo e fechei o zíper. E agora eu a acompanhava no tom de pele, ou até passava do tom dela, senti meu rosto queimar e pus as mãos o cobrindo. Então que dizer que eu vim andando todo o caminho, desde quando o homem tentou abri-la, com a calça desabotoada.

:- está tudo bem... nem dava pra ver nada.... quer dizer não que eu tenha tentado...eu apenas olhei rápido....porque ... é estava chamando atenção e ...- ela até parecia estrangeira, porque não conseguia pronunciar direito as palavras :-é de qualquer forma que bom que você está bem, tchau.- ela disse tão rápido quanto saiu dali.

eu até teria ido atrás pra perguntar seu nome ou sei lá oferecer algo em troca por ela ter me ajudado, mas depois dessa situação eu não sei se teria coragem de falar com ela.

Quando cheguei em casa foi tudo normal, preferi nem comentar o que aconteceu com meus pais, pois conhecendo eles não iam deixar eu sair sozinha por um longo tempo, acabei inventando uma desculpa qualquer por causa da demora.

Também demorei para pegar no sono, além de não parar de pensar em tudo o que me aconteceu essa noite. Tinha quase certeza que se eu dormisse teria pesadelos, mas na verdade eu acabei sonhando com a menina que tinha me salvado

Eu estava encolhida no canto do quarto, pronto pra receber um de seus tapas que já era pra eu estar acostumada, mas a cada  vez que ele  me batia parecia que doía mais, mas o tapa não chegou em  mim, quando eu vi ...era ela ... ela segurava  seu pulso em quanto  gritava com ele, aproveitei para sair dali porém assim que eu ia sair pela porta eu ouvi um baralho e ela não falava mas, virei na direção deles e vi que ele tinha acabado de acertar um jarro de vidro que tinha ali perto na cabeça dela,  parecia ate uma cena que eu já tinha visto só que agora era ela quem estava apagada no chão. O sangue corria por seu rosto, e o garoto logo sai correndo dali assustado com o que ele tinha acabado de fazer. Eu não pensei duas vezes antes de correr em direção á menina e começar a gritar, sacudir, fazer qualquer coisa para que ela acordasse. Eu já estava perdendo as forças quando ela abriu seus olhos, que veio de encontro com os meus.

Acordei  rápido sentando na cama, eu estava suada e um pouco assustada, já havia algum tempo que eu não sonhava com ele.

 

ELE. Meu primo, 1 ano mas velho que minha irmã. Sempre que meus pais tinham compromisso de trabalho eles me deixavam na casa de meu tio. Desde pequena ele era meio abusivo, ele tinha com certeza  algum problema comigo, minha irmã acabou vendo uma vez que ele me bateu mas ele deu uma desculpa que eu tinha o batido antes e que eu havia quebrado algo dele,  eu apenas fique quieta porque eu não queria levar mais porrada. No começo nem eram tantas.

 

Meu tio vivia sozinho com ele, minha tia havia morrido no parto quando teve meu primo. Meu tio até que tinha bastante dinheiro. Eu quase não o via, ele estava sempre trabalhando, mas na casa dele, ou melhor mansão, havia vários empregados que já trabalhavam com meu tio há muito tempo, e meus pais também os conheciam e os confiavam até porque quando eu e minha irmã ficávamos lá eram eles que “cuidavam” de nós, eles cuidavam sim mas de longe, sabe se  precisássemos  de alguma coisa nós os chamávamos  e só, por isso que vários anos se passaram e ninguém nunca fez nada. Eu ate poderia contar pra minha irmã mas ...1- ele me ameaçava,  2....sabia que mesmo um pouco “novo” ele conhecia e andava com algumas pessoas estranhas sem falar que uma vez eu o vi  mostrando uma arma para um de seus amigos, ele tinha apenas 15, Jessica 14 e eu 9 mas eu morria de medo que ele fizesse algo comigo ou com minha irmã, como ele era louco desconfiava  que se eu  contasse para nossos pais, ele não seria preso devido a idade e provavelmente o pai dela não iria fazer alguma coisa, que dizer eu não sei, porque eu nunca vi ele ligar pro filho, então preferia não arriscar.

 

Teve uma vez que ele foi lá pra casa, e de noite ele mandou que eu pegasse uma bebida do meu pai na adega, mas eu não o fiz porque meu pai ia notar e provavelmente ele bêbedo deve ser mais agressivo, então ele meu bateu. No dia seguinte  eu quase contei pra minha mãe, ela tinha notado alguns roxos no meu braço, eu já estava cansada de levar toda aquelas surras, mas quando eu ia contar, meu primo chegou perto da gente, e eu falei algo sobre ter caído na escola. Ele tinha percebido que eu ia contar, no dia seguinte minha mãe estava no hospital, tinha tido um ataque alérgico, quando fomos comer fora, mas ela tinha avisado pro garçom tirar a nozes da sobremesa . Graças a Deus o atendimento foi rápido, a garganta dela tinha fechado, na ambulância mesmo conseguiram ajudar ela, mas ela ficou por um tempinho no hospital. Meu primo me falou depois que havia sido ele na hora eu surtei e bati muito nele que respondeu batendo mais em mim e falando que se eu tentasse contar de novo ele faria pior. Como minha irmã já estava treinando na empresa ela não tinha noção da frequência com que ele me batia, era todas as sextas e sábados que eu ficava na casa do meu tio, ela só havia visto uma vez, e eu não falava sobre ele pra ela.



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