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História Addictive Life - Bechloe - Capitulo 84 Um Nível a Cima


Escrita por: itsbechloe

Notas do Autor


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Capítulo 92 - Capitulo 84 Um Nível a Cima


CHLOE POV

Levei Jesse até seu apartamento, voltei ao meu em silencio e tomei uma ducha sem que Amy ou Emily percebessem minha visita. Não consegui pregar os olhos e para mim aquilo já era normal. Re-arrumei minha mochila e parti novamente ao hospital. Algo dentro de mim naquele momento havia mudado, sentia-me eufórica e esperançosa depois de ter invadido a Treable’s. Durante o caminho ao hospital consegui reorganizar meus pensamentos. Algumas coisas ainda deveriam se encaixar, precisava descobrir alguns detalhes e revelar outros, mas tinha a tranquilidade em saber que Jhon não sabia meu maior segredo, que todos os esforços estavam resolvendo a segurança desse enigma que criara. Estacionei o carro e segui ao interior do hospital, tudo ali parecia-me familiar agora, estranhamente aquele ambiente tinha virado um acomodo.

            — Senhorita Beale? – virei para a voz – Senhorita Beale o Dr Bumper estava procurando você! – disse a recepcionista.

Instantaneamente algo dentro de mim agitou-se.

            — Algo aconteceu com Beca? – perguntei alarmada aproximando-me dela.

            — Creio que são noticias boas! – respondeu abrindo um sorriso.

            — Onde ela esta? – perguntei inquieta – Por favor...

            — Se acalme senhorita! – disse serenamente – Siga até o terceiro andar no quarto ao final do corredor...!

Não esperei ela terminar a frase. Andei rapidamente até o elevador. Os dois andares pareceram um prédio inteiro diante do meu nervosismo. Meus passos seguiam largos e firmes, quando alcancei o final do corredor vi a porta entreaberta. Minhas mãos procuraram o fecho, meus olhos direcionaram-se ao leito e ali estava ela. Meu coração deu um salto.

            — Beca! – me aproximei.

            — Chlo não! – Bumper parou-me antes de alcançar a cama – Não é o que está pensando!

Olhei dele para Beca. A expressão preocupada em seu rosto me dizia que o esperado não acontecera. Beca conservava a mesma expressão solene no rosto, a diferença é que não usava mais aparelhos respiratórios nem tubos por todo corpo.

            — Não houve nenhuma melhora, só transferimos o quarto... – explicou-me ele vendo minha confusão – Ao final da tarde vamos removê-la do coma, mas isso não é garantia que ela saia dele!

Esquivei-me dos braços de Bumper sentindo meus músculos tencionarem. Lentamente alcancei a cama, meu coração palpitou mais forte a medida em que me aproximava dela.

            — Vou deixá-la sozinha, volto daqui a pouco para conversarmos.

O baque da porta se fechando isolou-me a Beca como se habitássemos outro mundo. E era um mundo onde só existia eu e ela. Sentei-me lentamente na beirada da cama alta. Apenas observei-a demoradamente sentindo-me perplexa com a beleza do rosto delineado. Os traços demonstravam cansaço, a pele estava pálida, os lábios uma vez rosados adquiriam uma cor clara.

            — O que fizeram com você meu bem... – sussurrei levando uma mão até seu rosto.

Contornei a pele quente sentindo uma estranha sensação por meu corpo. Tracejei minha mão até a sua, cruzada sobre o colo, a atadura do pulso enfaixando o corte. Sentia-a tão frágil, tão distante de mim ao mesmo tempo em que próxima. Beijei-lhe a palma lentamente e mantive aquele calor em meu rosto. Meu instinto protetor ressurgiu com força, oh céus como me doía senti-la daquela maneira, era terrivelmente culpada por tudo.

            — Me perdoa, eu errei em deixá-la... – sussurrei – Queria tanto contar-lhe a verdade, queria tanto criar um lugar seguro pra você... – parei abruptamente sentindo o jorro de lagrimas em meus olhos.

Suspirei mirando-a entorpecida, toquei-lhe o rosto mais uma vez reavivando a textura de sua pele entre meus dedos. Os cabelos castanhos faziam uma áurea em sua volta, poderia estar dormindo.

 

Não sei por quanto tempo perdi-me a olhá-la. Minutos pareciam correr em segundos. Bumper explicou-me rapidamente seu quadro clinico horas mais tarde, tudo que eu já sabia, tudo que ele já me falara. Seu corpo não precisava mais de tanto auxilio, era um avanço querendo ou não, mas novas e boas notícias pareciam não surgir, era uma monotonia.

            — Jenny corte a sedação... – Bumper instruiu a enfermeira.

A um canto do quarto analisava a ambos executarem seu trabalho. Bumper media-lhe a frequência cardíaca, Jenny diminuía a dose de medicamentos.

            — Quando ela acordara? – perguntei tentando manter a calma.

            — A pressão dos remédios passara em um ou dois dias, depois disso... – virou-se a mim – Fica a encargo do organismo dela. Horas, dias, quem sabe meses, nunca é certo Chloe! Nesses casos depende da força do paciente!

Não sei se aquela noticia animava-me ou deixava-me mais desapontada. Suspirei sentindo uma pressão descomunal sobre meu peito. Era uma sensação impulsiva que não deixava-me tranquilisar. Eu queria que ela acordasse naquele momento.

            — Fluxo diminuído para ponto 2[1] doutor! – Jenny informou-lhe.

            — Ótimo Jenny, pode ir... – sorriu.

Assim que ela retirou-se Bumper voltou-se a mim.

            — Sei que agora você pode ficar em tempo integral aqui, mas não aconselho você a fazer isso...  intuiu-me – Seu braço ainda está cicatrizando e não vejo nada em você para cuidar...

            — Não preciso de conselhos Bumper...

            — Quem fala é o doutor Chloe, o médico não o amigo! – olhou mais sério – Não quero vê-la aqui por mais de seis horas diárias! Vá pra casa, descanse e volte para vê-la...

Abri a boca para argumentar, mas antes que assim o fizesse ele interrompeu.

            — Isso é uma ordem... Do doutor. – acrescentou ríspido virando-se a saída, parou a porta – Se não obedecer corto qualquer tipo de visitas!

Fiquei a pensar em suas palavras, em sua ameaça de não deixar-me ficar com Beca. Voltei-me a ela e pus-me ao seu lado. Necessitava com todas as forças mirar-lhe novamente, nos profundos olhos azuis. Me dera conta que chegara à hora de tomar as decisões. Emily, Alice, Riverdale, Jhon, Theo... O relógio caminhava rapidamente e só me baseava a acabar com tudo quando tivesse plana certeza que Beca estivesse bem.

 

 

 


Notas Finais


[1] O coma induzido é uma manobra que médicos utilizam para poder implementar o tratamento necessário para manter um paciente grave vivo. Pode ser chamado de sedação medida através da escala de Glasgow de coma (escala de Ramsey de sedação). Quanto maior a sedação, maior o valor atribuído, variando de 1 a 6.


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