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História Adelfés Psychés - Wanted Dead Or Alive


Escrita por: onceshunter

Notas do Autor


Olá!
Depois de mais de um mês, eu retorno das trevas!
Espero que você me perdoe.

Boa leitura!

(Wanted Dead Or Alive, Bon Jovi)

Capítulo 8 - Wanted Dead Or Alive


Fanfic / Fanfiction Adelfés Psychés - Wanted Dead Or Alive

Lauren fica parada por alguns segundos, totalmente séria, depois, dispara a gargalhar enquanto Camila a encara perplexa.

— Eu sou uma completa idiota. — fala, ainda rindo e Camila tomba a cabeça. — Eu realmente pensei que você me falaria a verdade.

— Você não acredita em mim.

— Nem um pouco. — responde Lauren, retomando a expressão séria. — Nem uma palavra, sequer. — Camila suspira frustrada e revira os olhos.

— Por que eu mentiria sobre algo assim?

— Porque é mais fácil do que dizer a verdade.

— Que verdade?

— Eu não sei, Camila. Você ficou com medo? Achou que estávamos indo rápido demais? Você poderia ter conversado comigo na época, é claro, mas essa é uma história mais crível que você ser uma fugitiva.

— Por que você sempre presume que eu estou mentindo? Droga, Lauren, eu estou tentando ser honesta com você!

— Não, você está tentando livrar o seu rabo! — Camila abre a boca, injuriada. — Inventando uma história mirabolante onde você é a vítima de algum vilão malvado, ao invés de assumir o seu erro!

— Eu nunca disse que eu sou uma vítima!

— Não precisa dizer! Você criou uma história que faz isso por você!

— Eu preciso beber alguma coisa. — afirma Camila, levantando-se. Abre o frigobar e pega alguns vidrinhos de vodca e tequila. — Ótimo. — diz enquanto rompe o lacre de um dos vidros e toma um longo gole.

— Essas coisinhas custam uma fortuna. — avisa Lauren. Camila dá uma risada nasal e toma outro gole.

— Dinheiro não é problema. — assegura Camila. — Vodca ou tequila?

— Vodca, eu acho. — Camila coloca os vidros de vodca em cima da mesa perto de Lauren e leva os de tequila para a cama, onde torna a se sentar.

— Então você não acreditou em nada do que eu te disse até agora. — começa a falar Camila. — Eu estou decepcionada, mas não surpresa.

— Bem, eu acreditei que não era você no sábado à noite.

— Acreditou mesmo? Não parece.

— Eu juro que estou tentando, mas é difícil para caralho acreditar em você depois de todo esse tempo! Eu não sei mais quem você é; não sei nem se algum dia eu soube.

— É claro que sabe! Eu ainda sou aquela garota que você conheceu no parque, a mesma por quem você se apaixonou!

— Não, você não é e eu também não sou. As pessoas mudam, Camila. — diz Lauren em um tom calmo, tombando a cabeça para o lado. — As pessoas crescem.

— O que eu sinto por você não mudou. — responde Camila, Lauren suspira e desvia o olhar. — O que nós temos não mudou.

— O que nós costumávamos ter não é nada além de uma memória. Memórias nunca mudam, ainda que as pessoas tenham mudado.

Camila parece machucada com a resposta. Abre outro vidro e toma inteiro de uma vez e aperta os olhos quando sente o ardor descendo por sua garganta. Lauren rola os olhos e toma outro gole.

— Você não pode simplesmente me dizer que você não sentiu tudo isso, durante os últimos dois anos. — retruca indignada, erguendo os ombros e balançando cabeça.

— Esse é o seu quarto? Você vai ficar muito mal desse jeito. — reclama Lauren. Camila rola os olhos e abre um novo.  — Eu senti muitas coisas durante os dois últimos anos. — afirma Lauren, voltando ao assunto anterior. — Você vai precisar ser um pouquinho mais específica.

— Fala sério! — explode Camila, levantando-se. — Você sabe por que eu estava na ponte do Brooklyn naquela noite? Porque eu senti que havia algo errado, Lauren! — Lauren ergue o olhar, expirando pelo nariz. — Eu estava dormindo e eu acordei com algo gritando dentro da minha mente. Eu não conseguia parar de pensar que algo estava errado com você. Era como se eu pudesse te ouvir me chamar!

— Fala sério você, Camila! Você mesma disse que me seguia pela cidade! Deve ter me seguido do cemitério até lá.

— Eu não disse que estava te seguindo, Lauren, eu disse que eu estava por perto! Eu não sou uma perseguidora louca!

— Está bem. Supondo que você realmente tenha acordado no meio da madrugada sem explicação alguma, como sabia exatamente para onde ir? — inquire Lauren, estreitando os olhos.

— Como se você fosse acreditar. — replica Camila, sentando novamente.

— Tente. — responde Lauren erguendo as sobrancelhas. Camila suspira e coça a nuca.

— Eu sonhei com isso. — Lauren dá um sorriso de deboche. — Eu sonhei que você colocava lírios brancos em um túmulo que eu presumi ser o de Taylor. — O sorriso no rosto dela se desfaz, transformando-se em uma expressão de espanto. — Depois, eu te vi entrar em um táxi e dizer ao motorista para te deixar no hotel perto da ponte. — Lauren prende a respiração. Seus olhos estão arregalados e a boca aberta. — Eu ficava dizendo para mim mesma que estava tudo bem, mas algo não parecia certo.

Lauren escuta atentamente cada palavra, enquanto àquela noite volta a sua mente tão vívida quanto fora.

— Eu perdi o juízo. — confessa em um sussurro. — Naquela noite eu perdi totalmente o controle.

— O que aconteceu? Você estava sendo tão forte... Na verdade, eu nunca havia te visto ser tão forte como você foi naqueles dois meses.

— Eu não consegui dormir. Eu assisti televisão, ouvi música, li alguns capítulos de um livro... Nada funcionou. Senti que precisava sair de casa, então eu peguei um táxi e, quando percebi, estava parando em frente ao cemitério. Lembro que paguei uma fortuna ao motorista. — comenta com uma risada abafada. — E eu acho que foi ali que a ficha caiu. Até ali, eu sentia que Taylor estava fazendo uma viagem longa, mas naquele momento, eu percebi que ela nunca mais iria voltar.         — fala pausadamente. O álcool em seu sangue entorpece seu cérebro em alguns aspectos, mas sua memória continua clara como a luz do dia. — Eu estava tão fora de mim que peguei os lírios brancos do túmulo ao lado e coloquei no dela. De repente, eu me lembrei da primeira vez que minha mãe me deixou segura-la. Eu era bem pequena e ela era só um bebezinho, enrolada em um cobertor rosa claro. Ela cheirava a shampoo de bebê. — Lauren para de falar, tomando fôlego. Leva alguns segundos até que as lágrimas a deixem continuar. — E ela olhou para mim e sorriu. Eu não sabia que bebês tão pequenos sabiam sorrir, mas ela sorriu. Meu pai disse que ela tinha os meus olhos e que nós iriamos ser mulheres lindas quando crescêssemos.

Camila olha para o frasco em suas mãos, para Lauren e para o frasco novamente. Consegue sentir a dor da outra, sempre conseguiu. Tinham uma conexão inexplicável desde o primeiro dia.

— Eu sinto muito, mesmo. — murmura. Lauren não responde, mas aperta os lábios.

— Ali, no cemitério, tudo que eu conseguia pensar era que a minha irmãzinha estava em uma caixa de madeira.  Estava apertado, frio e escuro. Eu ficava pensando que ela não conseguia se mover, ou gritar. E se ela estivesse com medo? E se ela se sentisse sozinha? Eu me ajoelhei no chão e logo antes de eu começar a cavar com as minhas próprias mãos, um senhor de cabelos brancos parou ao meu lado. Ele me disse para não pensar demais ou eu ficaria louca. Naquele segundo de consciência, eu liguei para outro táxi e esperei do lado de fora dos portões do cemitério, porque se ficasse lá dentro mais um pouco teria enlouquecido de vez. Eu não queria ir para casa ficar sozinha, então dei ao motorista o endereço do hotel porque...

— Porque dá pra ver a casa onde você cresceu do último andar. — responde Camila. Lauren assente quase imperceptivelmente. — É por isso que você adora aquele hotel.

— Mas eu nunca cheguei ao hotel. Havia um bar por ali e eu bebi até o barman praticamente me jogar para fora. Aí eu comecei a andar, a princípio sem rumo. Demorou algum tempo até eu perceber que estava andando em direção à ponte. Convenci-me de que eu só queria um pouco de ar e continuei andando. Depois, eu me justifiquei dizendo que só queria olhar para a água. Por fim, eu aceitei que o que eu realmente queria fazer era com que a dor acabasse. Quando eu ia começar a passar as grades de segurança, eu ouvi a sua voz. Congelou todos os ossos do meu corpo, então eu fiquei ali, parada, até você me chamar de novo.  Eu pensei que estivesse ouvindo coisas, mas quando eu me virei, você estava lá, usando aquele casaco enorme. — Camila seca uma lágrima e bebe mais um pouco de tequila.

— Não havia me sentido tão feliz durante todo aquele quanto no momento que eu te vi. Você só olhou para mim por uns segundos e eu me perguntei o que você estava fazendo ali, sozinha, no meio da noite. Você veio tropeçando até mim e parou na minha frente e não se mexeu, só ficou ali, parada me observando. — fala Camila com um sorriso de lado.

— Eu tinha certeza que estava vendo coisas por causa do álcool que fiquei com medo de que se eu tentasse te tocar, você ia desaparecer... — Lauren termina seu vidro e o coloca sobre a mesa. — Era inacreditável que você estava bem na minha frente. Lembro-me de pensar que se você fosse a última coisa que eu veria, eu morreria feliz. — Camila aperta os olhos e abaixa a cabeça. — Você me abraçou e eu soube que era você, por causa do som das batidas do seu coração. — Lauren sorri brevemente. — E eu acordei na minha cama, sem saber quais partes daquela noite haviam mesmo acontecido e quais delas eu havia sonhado.

As duas ficam em silêncio, tomando um outro gole das bebidas e olhando para o teto ou para seus próprios pés.

— Se você realmente tivesse pulado, teria se arrependido.

— Pessoas mortas não se arrependem das coisas, Camila.

— Você não sabe disso.

— Sim, eu sei.

— E a rainha da razão está de volta. — reclama Camila, jogando as mãos para o alto.

— É um fato e fatos são indiscutíveis. — afirma Lauren. — Mas foi melhor não pular, de qualquer forma. Quase não incomoda o fato de você ter me seguido até lá.

— Que merda, Lauren, eu te disse que não estava te seguindo!

— Se você diz...

— Se eu estivesse mesmo te seguindo, como eu saberia que você conversou com o taxista sobre a lua nova?

Lauren fica estupefata, com olhos fixos em Camila.

— Como você sabe o que eu disse ao motorista do táxi?

— Eu te disse...

— Você me grampeou? Você me grampeou, não foi? Era assim que você sabia onde eu estava!     — Lauren se levanta de uma vez da cadeira. — Quem te deu esse direito?

— O que? Meu Deus, não! Eu não te grampeei, Jauregui, você está paranoica!

— Não existe outra explicação racional para isso, Cabello!

— Talvez a explicação para isso não seja racional! — exclama com as mãos na cabeça.

— Você ouve as coisas que diz?

— Você ouve? Primeiro você me chamou de perseguidora e agora você está me acusando de colocar uma escuta em você!

— Quais as chances de você realmente ter sonhado com isso naquela exata noite, Camila? É mais fácil eu ser sorteada na loteria sem jogar!

— Vai me dizer que nunca aconteceu com você?

— Sonhar com você? É lógico que já aconteceu comigo! Eu sentia sua falta para caralho, então meu cérebro arrumava um jeito de te ver. Isso é um fato, explicado cientificamente.

— Ah, é claro. Se a ciência não explica, quer dizer que não existe! — afronta Camila. — Você é tão ingênua.

— Eu sou ingênua? Você acreditaria no Papai Noel até hoje se sua professora da quinta série não tivesse te contado que ele não existe!

— Você acreditaria que existe um pote de ouro no fim do arco-íris se algum cientista te dissesse que existe, Lauren! Você não é assim tão mais sabida que eu.

— Já que você é assim tão sonhadora, diga, com que mais você sonhou? — pergunta Lauren cinicamente. Camila morde o lábio inferior com tanta força que ele chega a perder a cor.

— Dois anos depois e você ainda tem o dom de me deixar louca com esse seu cinismo.

— Acho que algumas coisas permanecem as mesmas, não é? Por favor, não deixe minha incredulidade te impedir de contar mais sobre suas premonições. — Camila abre a boca e aperta as unhas nas palmas das mãos, furiosa.

— Por que você não me conta sobre os seus sonhos? — questiona com acidez.

— Porque não tem nada de especial neles. A maioria das vezes eram apenas lembranças.

— E as vezes que não eram lembranças? O que eram?

— Eram sobre unicórnios coloridos que cagavam glitter e comiam raios de sol, no planeta arco-íris.

— Será que você pode parar de ser irônica por dez segundos? Quantos anos você tem, cinco?

— Parece que você acha que sim, já que desde que chegamos aqui você já tentou me enganar duas vezes!

— Você é impossível! Eu estou tentando ser verdadeira com você! — grita Camila.

— É mesmo? Você ao menos sabe o que ela essa palavra significa? Significa falar a verdade, não inventar histórias completamente impossíveis!

— Sabe de uma coisa? Isso foi uma péssima ideia!

— Não me diga! O que você pensou que ia acontecer? Que eu ia acreditar em tudo que você diz, por mais ridículo que seja?

Camila tira um rolo de dinheiro de dentro de uma mochila preta no chão, junto com as chaves do carro.

— Você pode me esperar no carro enquanto eu vou pagar a conta. —diz secamente.

— De onde saiu esse dinheiro todo? Têm uns mil dólares em notas de cem aí, no mínimo! — Camila dá uma gargalhada e joga a mochila nas costas. — Camila, responda a pergunta!

— Confie em mim, você não quer saber sobre esse dinheiro. — responde abrindo a porta do quarto. Lauren vai até a porta e a empurra para fechar. — Sério?

— Eu não vou a lugar algum até que você me diga que porra é essa. — Camila cruza os braços e encara Lauren, puxando os cantos da boca para cima.

— Você não acredita em mim. Que diferença faz eu te contar a verdade?

— Você virou stripper ou algo do tipo? — Camila começa a rir e descruza os braços.

— Ser stripper não é ilegal, então, sim, eu virei stripper. Vamos, abra a porta!

— Não! Eu não acredito em você!

— Diga algo que eu não sei.

— Você está muito bem vestida para ser stripper. Eu reconheço Louboutins quando os vejo.            — Camila expira pelo nariz, impacientemente.

— Se eu decidir te contar a verdade, você vai me ouvir? — Lauren assente, irritada. — Tudo bem. Eu vou te levar de volta para o apartamento da Vives e, assim que você chegar lá, você vai jogar seu celular fora.

— Nem fodendo! Você sabe quanto eu paguei por aquele celular?

— Jogue fora ou eu não vou mais entrar em contato com você. — ela abre a porta, espera Lauren passar e tranca a porta por fora ao sair. Passa por baixo um envelope branco com as notas que havia tirado da mochila e anda calmamente até o carro.

— Eu não vou entrar nesse carro com você dirigindo. — avisa Lauren. — Você está mais bêbada que eu. — Camila revira os olhos e pega seu celular no bolso da calça. Chama um táxi para Lauren e entrega a ela um pequeno celular descartável branco.

— Essa é a sua nova linha de emergência. Se precisar de ajuda, você não vai ligar para a polícia, você vai ligar para mim. — Lauren assente seriamente. — Daqui a três dias, às nove e meia da manhã, você vai me encontrar no lugar onde nós tivemos o nosso primeiro encontro. Não vá com o seu carro, pegue um táxi e pague em dinheiro. Conte para uma única pessoa da sua confiança para onde você vai e para mais ninguém, ouviu? Absolutamente ninguém.

— Jesus, no que foi que você se meteu?  — pergunta assustada. Camila balança a cabeça para os lados.

— Você vai descobrir em breve. — ela segura o rosto de Lauren com as duas mãos. — Não volte para a sua casa por nada nesse mundo e não fique sozinha nem no banheiro da sua firma. Se você achar que está sendo seguida em qualquer lugar, finja que recebeu uma ligação e atenda dizendo “Oi, Charlie. Eu vi uma Ferrari azul”, eles vão entender a mensagem. — Lauren ouve atentamente, tentando memorizar todas as instruções. — Se eu não aparecer no nosso próximo encontro em meia hora, volte para casa imediatamente.

Lauren fecha os olhos e assente. Além de aterrorizada, ela se sente quase tonta com tantas coisas para memorizar. O táxi amarelo para ao lado delas e Camila dá o endereço do prédio de Lucy ao motorista, e paga a corrida com uma nota de cinquenta.

Ela entra no carro com o celular branco nas mãos, sentindo sua cabeça rodar e repete para si mesma durante o caminho todas as instruções de Camila.

Com a portaria vazia e escura, assim como todo o andar térreo, Lauren entra rapidamente no prédio e sobe as escadas. Ao chegar ao hall, mal consegue encontrar a maçaneta devido à falta de luz e ao álcool que bebeu no hotel.

— Lucy? — chama, tentando acender as luzes da sala. — Lucy?

— Lauren? — ouve a voz de Lucy, depois seus passos. Saindo do corredor com uma lanterna na mão, corre para abraçar Lauren. — Você está bem? Está tudo bem?

— Sim, estou bem. Está tudo bem.

— Eu sinto muito por ter sido mandona com você!

— Não, eu sinto muito por ter saído daquele jeito. A culpa não foi sua, foi minha.

— Eu estou tão feliz que você voltou! Eu tentei te ligar umas mil vezes, mas você deixou seu celular aqui.

— Por que está tudo escuro?

— O prédio inteiro está sem energia. As luzes se apagaram uma hora e uns minutos depois de você sair.

— Por quanto tempo eu fiquei fora?

— Eu não sei, algumas horas? Para onde você foi?

— Algum lugar no Bronx, eu te conto os detalhes assim que achar meu celular.

— Eu acho que você deixou em cima do balcão da cozinha.

Com a lanterna, Lauren vai até a cozinha e, da janela, vê luzes azuis e vermelhas na portaria.

— Você ligou mesmo pra polícia? — pergunta Lauren, indignada.

— Não, eu não liguei! Eu juro que não!

— Então que viatura é aquela lá embaixo, Lucy? — Lucy franze as sobrancelhas e se aproxima de Lauren, também olhando pela janela.

— Eu não sei! Será que eles vieram por causa do apagão?

— Eles são a polícia, não eletricistas!

— Aquela é outra viatura? — pergunta Lucy sobre o novo par de luzes que acaba de chegar à portaria. — Eu juro que não tenho nada a ver com isso!

Lauren e Lucy ouvem batidas fortes e rápidas na porta. Lauren vai até a entrada com a lanterna na mão e Lucy corre atrás dela.

— Não é polícia, eles acabaram de encostar os carros. — conclui Lauren. — Quem poderia ser a essa hora?

Lucy dá de ombros e abre a porta devagar, Lauren ilumina o hall com a lanterna. Troy, o vizinho da frente está de calças de moletom e camiseta de pijama, aparentemente assustado.

— Troy? O que você está fazendo aqui? — pergunta Lucy. — Já é mais de meia noite!

— Meu pai é policial e ele disse que recebeu um chamado daqui porque o porteiro está morto lá embaixo. Houve uma invasão no primeiro andar e em vim avisar para não sair do apartamento até a polícia chegar.

— A polícia já chegou. — responde Lauren. — Tem duas viaturas lá embaixo.

— Meu pai acabou de me ligar, a viatura mais próxima está há dez minutos daqui. — explica Troy.    — Você tem certeza que são viaturas?

— Eles estão com as luzes e sirenes ligadas. — afirma Lucy. — Nós vimos através da nossa janela da cozinha.  

Troy parece intrigado e entra no apartamento, Lucy tranca a porta trás dele e Lauren o conduz até a janela.

— Viu? Luzes vermelhas e azuis na portaria e os homens entrando estão usando uniformes. — diz Lauren, apontando para fora. Troy observa os homens atentamente, depois fecha a janela de uma vez só e se afasta.

— Eles não são da polícia! Fechem todas as janelas e não abram a porta para ninguém! — Lucy e Lauren olham para ele assustadas.

— Como você sabe que eles não da polícia? — questiona Lucy, cruzando os braços.

— Porque a polícia não atende a esse tipo de denúncia usando fuzis de assalto. — replica Troy. — Isso é uma invasão e os homens lá embaixo são criminosos. 


Notas Finais


Eu realmente sinto muito pela demora e vou procurar demorar menos com os próximos capítulos.
Não se esqueça de me contar o que você achou nos comentários.
Até o próximo capítulo,

Love,
Lana.


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