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História Adolescentes em Crise 4 - Segunda Geração - Para Tudo Existe Uma Primeira Vez


Escrita por: violetrevive

Notas do Autor


MEUS QUERIDOS E QUERIDAS *lua sapeca*
Uma ótima leitura a vocês *lua sapeca* porque hoje um dos shipps se realiza.

Capítulo 57 - Para Tudo Existe Uma Primeira Vez


No dia seguinte eu estava um pouco diferente...

Na noite de terça-feira, pintei meu cabelo com um tom de rosa mais vivo e meio avermelhado. Eu queria mesmo era me sentir nas minhas raízes, mas como não dá para voltar ao ruivo em um único dia, eu deixei a cor do cabelo mais viva.

Foi um pouco difícil me vestir como eu me vestia antes, até porque eu não estava me sentindo muito confortável com aquelas combinações.

Achei muitas leggings estampadas que eu nem sabia que ainda tinha.

Verifiquei a previsão de tempo: máxima 25, e mínima 15. Com essa máxima mais a parte do “dia ensolarado” eu podia concluir que faria calor.

Vesti uma legging que a estampa imitava escamas de peixe – sereia –, ela era azul-metálico. Coloquei uma camiseta preta da Marceline do Hora de Aventura, e uma camiseta branca de mangas pretas e compridas por cima. Coloquei também um cardigã preto que ia até os joelhos. Calcei meu All Star branco, dei uma ajeitada no cabelo e peguei minhas coisas para ir ao colégio.

Ao som de Black Veil Brides nos meus fones de ouvido, saí de casa me sentindo como nos velhos tempos.

Mais uma vez ninguém me viu saindo.

- Oh não! – Yuri disse com um sorrisinho nostálgico assim que entrei sorrindo na sala. – Oh não! Eu achava que você não tinha mais essas roupas! Eu jurava que nunca mais ia te ver com essa calça!
- Julie voltou mesmo às raízes? – Camila disse surpresa arqueando as sobrancelhas.
- Isso prova tudo, não é mesmo? – falei erguendo a camiseta de manga comprida, e segurei a de baixo com a outra mão.
- Não... – Carol disse surpresa. – Julie, eu vou fazer você ir ao banheiro colocar essa camiseta por cima! Só faltou o cabelo comprido e ruivo...
- Uma pena que não dê pra voltar ao ruivo em um único dia, se não eu fazia isso também.
- Você não sente falta do cabelo natural, falando nisso? – Camila perguntou.
- Às vezes sim. Mas ainda quero pintar de outras cores. – respondi indo deixar meu material na minha carteira.
- Entendi.
- Se essa é uma versão sua de como você era antes, prefiro como você é agora. – Noah disse. Quando cheguei, ele não estava ainda, mas pelo visto, chegou logo depois de mim e ficou na porta prestando atenção em tudo.
- E daí? Eu não te perguntei nada. – falei antes de sair e só ouvi o pessoal gritando, indo ao delírio com a minha resposta.

Desci as escadas e fui até a sala do Arthur.

Por algum motivo, o pessoal da sala dele tinha decidido deixar a porta fechada. E eu vi mais uma oportunidade de mostrar que eu estava de volta.

Usando meu calcanhar, forcei a maçaneta para baixo e empurrei a porta com o pé mesmo para abrir. Ela bateu na parede e todos olharam para mim. Eu ri deles e dei um passo para dentro, me encostando à porta.

Os gêmeos e o meu irmão estavam no fundo da sala mais uma vez. Pelo visto lá era mesmo o lugar deles.

- O que você está fazendo com essas roupas? – Nathan perguntou com os olhos arregalados.
- Arthur, você tem par para a festa junina por acaso? – perguntei.
- Não... – respondeu um tanto desconfiado. – Mas eu nem estava pensan...
- Ótimo. Você vai dançar comigo então. – falei.
- Mas a gente nem tá participando dos ensaios... – ele disse rapidamente.
- A gente se vira na hora. – dei de ombros.

Ele não estava acreditando que eu estava falando sério. Afinal, ninguém estava me levando a sério.

Desencostei da porta e saí da sala dele para ir avisar à Bia que agora eu tinha par.

- Ei! Julie! – Arthur me chamou indo atrás de mim enquanto eu já subia a escada. – Por que você está agindo assim... de novo?
- Quis voltar às raízes por um tempo... – respondi me virando para ele. – Ou quem sabe misturar as versões passadas com a de agora, quem sabe.
- Mas isso não tem um motivo?
- Tem sim. – respondi com sorrisinho de canto. – Andei pensando bem nas coisas que têm acontecido desde o começo do ano, e percebi que têm algumas pessoas que não sabem como realmente sou. Só quero mostrar isso a elas.
- Você é meio problemática às vezes...
- Você vai dançar comigo na quadrilha né? – encarei-o.
- Julie, eu não queria dançar isso não...
- Mas é o seu último ano! Até o seu pai dançou!
- Meu pai? – estranhou.
- Nossos pais fizeram tantas coisas no passado que às vezes se esquecem de nos contar certas histórias. – eu ri.
- Isso é sério? – continuou me olhando franzindo a testa de leve.
- Sim... Em uma das vezes que fui para Guarujá sozinha este ano, eu e a Bia passamos no colégio em que nossos pais estudaram... Demos um jeito e conseguimos ver um vídeo que fizeram do dia da dança. Lembro muito bem da Bia me enchendo o saco falando que eu era a cara da minha mãe, enquanto eu ficava surpresa de mais por concordar com ela. – fiz uma pequena pausa. – Sabe, Arthur... – falei apoiando meu cotovelo no corrimão – Eu sempre tive uma quedinha por você. E depois de ver aquele vídeo eu decidi que jamais poderia ficar com você, porque talvez isso causasse uma zoeira e ao mesmo tempo algumas brigas entre a minha família e a sua. Tudo só porque seu pai não ficou com a minha mãe no final das contas. Por isso, por um grande tempo eu mantive essa distância que tinha entre a gente por mais que já andássemos juntos... Mas sinceramente... Agora eu quero que se foda isso tudo, porque mesmo que role alguma coisa entre a gente, o passado deles não têm nada a ver! E se tiver briguinha entre ele por conta disso, eu vou entrar no meio, porque seria uma coisa bem ridícula da parte deles.
- Sabe que é bem estranho ouvir essas coisas de você? – disse com arzinho de riso. – Ainda mais depois de ter sido meio que rejeitado naquela festa da empresa do seu pai. – eu ri com essa lembrança dele.
- Na verdade, até aquele dia, eu achava que você era um babaca. Só depois eu comecei a ver que não era bem assim.
- Nossa, que legal você, hem. – disse com sorriso irônico.
- Então, você vai dançar comigo ou não? – encarei-o.
- Vou... Mas eu tenho que ir de xadrez mesmo? – perguntou franzindo a testa.
- Não. – sorri. – Eu vou estar toda de preto, provavelmente... Ou não. Não sei ainda.
- Ok então. Você vai participar do ensaio hoje? Tá sendo na última aula...
- Fica tranquilo. – sorri colocando a mão no ombro dele. – Já imagino que seus professores vão achar que é desculpa para não assistir a aula. Eu passo lá para te buscar.

Ele me encarou com certo tédio e eu ri.

Logo o sinal tocou, e eu subi para a minha sala.

No intervalo, fiz questão de ser a primeira a chegar à mesa do grupo. Não esperei nem a Bia para descer até o pátio. Assim que tocou o sinal, larguei minhas coisas na mesa e saí correndo junto ao pessoal que queria ter seu lanche garantido. Chegando à mesa, deixei minha cadeira afastada o suficiente para eu ficar com os pés apoiados sobre a mesa de modo confortável. Entrelacei meus dedos das mãos, apoiando-as sobre minha barriga, e fiquei observando cada pessoa que descia a escada.

- Mas... – Nathan disse assim que terminou de descer as escadas. – Que merda é essa, Julie?
- Quando a sua mãe diz que às vezes as roupas descrevem o jeito da pessoa, ela está certa. Porque olha... – Bia comentou ao sentar ao meu lado. Por enquanto eu só sorria da reação deles.
- Você vai voltar a ser mais colorida? – João perguntou me encarando. – Não sei se você sabe, mas a gente não pode manchar a imagem do grupo com outras cores...
- João sendo ridículo como sempre... – eu disse ainda sorrindo. – Antes eu achava que os gêmeos eram ridículos. Hoje eu continuo achando o João ridículo.
- Como assim só eu? – João me encarou. – O que aconteceu entre você e o Arthur? – eles me encararam curiosos.
- Nada. Eu só comecei a andar com vocês e vi que na verdade quem é ridículo de verdade é você.
- E eu estava começando a achar que você era até que legal... – João disse me encarando.
- Mas?
- Mas se for voltar às suas raízes, já sei que você é ridícula também.
- Claro... – sorri tirando meus pés de cima da mesa. – Ah! A propósito, Bia – eu disse me virando para ela, ainda sorrindo. – agora tenho par para a festa junina também.
- Você vai dançar na quadrilha? – Noah me encarou.
- Vou. A Bia e o Nick vão, então eu vou também.
- E quem vai ser seu par? – perguntou curioso.
- O Arthur.

Ele lançou um olhar para o Arthur que dizia “se eu pudesse, já tinha te matado”.

Sinceramente, não sei por que ele ainda tinha ciúmes de mim, sendo que nunca mais rolou nada.

- Arthur? – João encarou o irmão e depois a mim. – Você vai dançar essa merda? Fala sério, é só pra não ficar na aula, né? – disse voltando a encarar o irmão.
- Não, eu realmente vou dançar com ela.
- Você tá louco? Ninguém na família dançou essa merda!

Eu comecei a rir dele.

- É aí que você se engana! – falei. – Minha mãe convenceu o pai de vocês de dançar no último ano.
- E agora você fez o mesmo com ele? – João me encarou.
- Tá falando isso como se fosse uma coisa ofensiva à reputação de vocês... Mas, cara, essa coisa de quadrilha é só zoeira!
- Achei que ele tivesse ido atrás de você naquela hora para dizer que não ia dançar merda nenhuma. – João disse.
- Não... – Arthur disse.
- De qualquer forma... – João disse começando a sorrir. – Vai ser legal ver vocês dois juntinhos então...

Algo me disse que ele não estava tendo ideias muito boas.

- Algo me diz que merda vem por aí. – Bia disse desconfiada.
- Algo também me diz isso. – falei.
- Este ano somos nós quem cuidamos da cadeia... – João disse sorridente.
- Eu não vou vir nem trabalhar. – Noah disse.
- É bom nem vir mesmo. – falei. – Se não vai espantar as pessoas com a sua cara de bosta.
- Wooooow! – Bia e João zoaram, enquanto que eu ri. Noah continuou me encarando.
- Então acho que vou vir. – disse por fim com um sorriso falso.
- Se não tivermos dinheiro o suficiente para a nossa formatura no ano que vem, já até sei quem culpar. – continuei com a zoeira.
- Eu não vou querer participar mesmo... – deu de ombros.
- Ótimo.

xx

Quando foi na última aula, o professor anunciou que não seria “o chato” de dar aula para os únicos três que não queriam participar da quadrilha, então que era para todos descerem para a quadra.

Muita gente estava sendo liberada da última aula. Só as salas de terceiro ano que não. Por isso tive que ir até a sala do meu irmão chamar o Arthur.

De primeira o professor deles não acreditou muito, mas depois de alguns “é sério mesmo” como resposta, ele o liberou.

- Nem sei se te agradeço por isso ou se me sinto como se estivesse pagando um mico. – disse ele, enquanto andava ao meu lado. Eu ri.
- O pessoal da sua sala que é um bando de sem graça por achar ridículo dançar isso.
- Eles estão mais animados com a dança do terceiro ano.
- Eu nem sabia que iria ter.
- Estão ensaiando na casa um dos outros... Querem fazer surpresa total para a escola.
- Eita... Já tô vendo a merda... Você vai dançar? – perguntei olhando para ele.
- Não... Vou ficar cuidando da cadeia nesse horário.
- Entendi.

Quando chegamos para dançar, aconteceu uma coisa que ninguém esperava: a professora de educação física quis nos colocar como o primeiro casal de toda a fila! Pois a ordem sempre era: primeiro o pessoal do terceiro ano, depois do segundo, primeiro, e oitava série. E como a sala dele era a única de terceiro ano, e até então ninguém queria dançar, os primeiros da fila estava sendo um casal do segundo ano mesmo. Mas quando chegamos, só pelo Arthur ser do terceiro, ela queria nos colocar ali.

Foi assim que começou uma briga infinita entre nós dois, o Raul e outra garota que estavam como o primeiro casal, e a professora. Nem eu e nem o Arthur queria aquele lugar. Eu nunca tinha dançado aquela merda, e muito menos ele! Faltavam apenas três ensaios para a festa, e aquele era o nosso primeiro! E era exatamente isso o que o outro casal estava falando.

- Então vamos fazer por votação! – a professora decidiu. – Quem é que é a favor dos dois serem os primeiros? – disse se referindo a mim e ao Arthur.

Por incrível que pareça, todos da minha sala levantaram a mão. A Bia e o Nick também levantaram. Todos eles estavam rindo.

- Vocês querem me foder né? – encarei-os.
- VAI ARTHUR!!! – ouvimos alguém gritar lá do alto. Por incrível que pareça, era o João e o meu irmão.
- Ah não... – Arthur reclamou. – Isso deve fazer parte da vingança do João...
- Vocês que decidem! – a professora disse com ar de riso.
- PODE FERRAR COM ELES! – meu irmão gritou com ar de riso. – QUERO VER OS DOIS COMO PRIMEIROS DA FILA!
- Certo! Então vocês dois vão ser os noivos!
- Que votação mais injusta é essa? – Raul a encarou.
- Sem mais discussões! Vamos ensaiar logo!
- Eu não acredito nisso... – Arthur reclamou colocando as mãos no quadril.

Fizemos o ensaio do jeito que ela queria. E ficamos sendo zoados pelo pessoal da minha sala, já que seríamos “os noivos” da quadrilha.

Até que não nos saímos tão ruim.

Depois do ensaio, voltamos às nossas salas para arrumar o material e...

- Você vai ficar na escola? – perguntei à Bia estranhando.
- Tenho a prova de recuperação, lembra? – disse arqueando as sobrancelhas. – Vou almoçar por aqui com o Nick e ele vai me ajudar a revisar antes da prova.
- Você vai me deixar sozinha com o Maçã? De novo? – nós estávamos parecendo um casal discutindo no meio do corredor.
- Vai que é tua, Julie! – disse ela, me empurrando para sair da frente dela.
- Como assim? – a encarei, seguindo-a.
- Siga a voz da natureza, como diria minha mãe.
- Que merda você tá falando, garota?

Ela parou de andar e se virou para mim.

- Julie, eu sei que você anda querendo ficar com o Maçã. Então... Só. Vai. – disse arqueando as sobrancelhas.
- Você me deixa mais tensa do que eu já fico quando fico sozinha com ele...
- Vai logo, Julie! Já perdi cinco minutos só conversando com você! – disse antes de sair correndo.

Tirei o celular da mochila e liguei para o Maçã enquanto já saía do colégio.

Eu não tive pressa de chegar à pizzaria, então fui andando mesmo, por mais que eu estivesse com o skate debaixo do braço.

- Oiii... – eu disse meio sem graça. – Estou sozinha hoje... – falei assim que ele atendeu.
- O que aconteceu com a Bia?
- Hoje é a prova de recuperação dela e de todo o pessoal que você tava dando aula ontem...
- Ah entendi... Então para onde vamos?
- Não sei. Mas eu vou comer uma pizza antes.
- Tudo bem... – ele riu. – Então até logo.
- Até.

Desliguei e fiquei me perguntando para qual merda de lugar iríamos.

O sol estava bem quente na rua, então me senti obrigada a tirar o cardigã e a camiseta de manga comprida e guardei tudo na mochila.

Fiquei um tempo parada na calçada, pensando se continuava a pé mesmo ou colocava as rodinhas do skate para rolarem... Eu estava começando a ficar com preguiça de andar, então, só por isso coloquei a mochila nas costas e soltei o skate no chão.

Um minuto mais tarde eu já estava na porta da pizzaria.

Maçã me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu jamais te imaginaria com uma calça dessas... – disse surpreso. Eu apenas ri, deixando minhas coisas em uma das cadeiras e fui até o balcão pedir um pedaço de pizza, e aproveitei para pagar.

Voltei à mesa que ele estava e me sentei de frente para ele.

- Hoje eu ainda estou ok. Já estive mais colorida que isso. – falei com ar de riso.
- Como essa transformação aconteceu? – perguntou com ar de riso.
- Ah... Algumas coisas aconteceram... E quando eu fui ver, já estava usando preto quase o tempo todo. – eu não quis contar o porquê da mudança, pois não sabia se a Bia gostaria se eu contasse, já que isso a envolvia.
- Entendi... – disse percebendo que eu não queria falar o verdadeiro motivo.
- Você já comeu, né? – perguntei cruzando os braços.
- Já.
- Vai ficar me olhando comer então?
- Vai dizer que se sente incomodada? – perguntou com ar de riso.
- É esquisito... Odeio que fiquem me olhando enquanto eu como.

Ele riu.

- Tudo bem. Eu fico mexendo no celular então.
- Muito obrigada. – sorri, e logo o garçom chegou com o meu pedaço de pizza de calabresa com catupiry. Ele me deu garfo e faca, mas ignorei a existência dos talheres e comi usando as mãos mesmo.
- Já pensou aonde podemos ir? – perguntou erguendo o olhar do celular para mim.

Lá vem ele com essa pergunta..., pensei ainda de boca cheia.

Apenas fiz que não com a cabeça.

- Tava aqui ouvindo música e pensando enquanto você não chegava... Se você quiser ir em casa, aí eu te ensino a tocar alguma coisa na bateria...

Olhei-o pasma, e, sem perceber, passei até a mastigar devagar.

Comecei a lembrar comigo quando fui na casa do Noah mais para o começo do ano sem nem conhecer o cara direito. Lembrei que mesmo com uma queda por ele, consegui sobreviver. Consegui agir como se não tivesse nada de mais estar sozinha com o cara. Então passei a pensar que tudo bem ir para a casa do Maçã também...

- Tá. Pode ser. – falei por fim, depois de engolir a comida.
- Ok. Não moro muito longe daqui também. – disse se voltando para o celular.

Preciso tirar essa tensão de mim... Preciso tirar isso de mim..., comecei a pensar impaciente. Preciso agir normalmente... Mas af, como vou fazer isso? Eu sempre fico tensa quando estou só com ele em um lugar quieto... Sempre não, né, Julie. Esta está sendo só a segunda vez.

Logo terminei de comer e só passei no banheiro para lavar as mãos e a boca. Voltei à mesa para pegar minhas coisas e saímos de lá.

Nós fomos de skate até a casa dele. Ele morava mais para o centro da cidade, mas era verdade que, de skate, não parecia tão longe assim.

Ao entrar na casa, vi uma escada, ao lado esquerdo, que provavelmente subia para os quartos. À direita ficava a sala. Passamos pelo corredor, que levava à cozinha, e seguimos para outra porta, que levava a uma escada. Descemos a escada, e entramos por outra porta à esquerda.

- Seja bem vinda ao porão, ou garagem. Chame como quiser. – disse ele ao acender a luz no interruptor ao lado da porta, e largou a mochila e o skate ao lado.

Como o lugar era grande de mais para poucas lâmpadas, e nenhuma janela, o lugar era meio escuro... E estava todo bagunçado. Eu me senti em um filme de terror.

- Garagem? – estranhei.
- Sim. – respondeu ao se acomodar no banquinho da bateria, que estava mais para o fundo, no lado sem bagunça. – Temos um fusca! – disse com sorrisinho de canto, usando uma das baquetas para indicar onde o carro estava.

Olhei à minha esquerda e pude ver o portão da garagem mais ao fundo, além do fusca preto. Se fosse um fusca azul eu já iria me lembrar da minha mãe socando todo mundo quando passa um na rua.

- Que legal! – falei sorrindo. – Um dia eu ainda vou ter um fusca azul. – disse enquanto me aproximava dele.
- Pena que quase ninguém sabe dessa brincadeira... – disse com ar de riso.
- É, se não seria uma linda magia passar na frente de um colégio no horário da saída... – eu ri, e ele também.

Ele começou a fazer umas batidas improvisadas na bateria, e eu comecei a curtir o som. Aquilo foi basicamente uma demonstração de que ele sabia tocar muito bem. Então ele mudou as batidas, e também de expressão. Antes ele estava mais sério, e agora, me olhava com um sorrisinho de canto.

Segundos mais tarde eu reconheci o som.

Cherry Bomb!

- Não acredito que você está tocando essa música! – falei surpresa.

Ele apenas riu e continuou tocando.

Imaginei a guitarra de fundo e pensei em que parte poderia estar.

Consegui me achar no tempo da música. E foi aí que comecei a cantar o refrão! Inclusive, até dancei um pouco enquanto cantava. E assim que acabei de cantar o refrão, ele terminou a batida.

Depois disso me senti mais tranquila no ambiente. Foi ótimo para me descontrair.

- Só porque você anda viciada nessa música. – disse com ar de riso, e eu ri.
- Só percebi que era essa música porque ando prestando mais atenção no som da bateria também.
- E o que te faz ter essa curiosidade pela bateria?
- Sempre ouvi meu pai tocando quando vamos para Guarujá... Mas como tocando guitarra dá pra dançar mais que na bateria, preferi aprender primeiro a guitarra.

Ele estava pasmo.

- Espera aí. Você disse que seu pai toca bateria?
- Sim... – respondi com ar de riso. – Meu pai.
- Como...? Como pode? – disse franzindo a testa de leve.
- Vocês têm mais coisas em comum do que parece.
- Como assim?
- Meu pai também já foi punk. – falei sorrindo. – Mas até hoje ninguém sabe o que ele fazia direito nessa época.
- Quê? – disse franzindo a testa. – Ele? Punk?
- Exato.
- Conta outra! – disse ao se levantar e me passou as baquetas.
- É verdade... – falei com ar de riso por ele não acreditar. – Amanhã vamos para a minha casa. E aí você vai falar com a minha mãe sobre isso. E... Quem sabe se você não dá a sorte de falar até com meu pai?
- Não quero falar com ele nada não. O cara me odeia.
- Ele não te odeia, Maçã.
- Anda, senta aqui. – disse liberando espaço para eu sentar no banquinho.
- Vamos ver isso tudo amanhã. – falei ao me sentar.
- Vai, cala a boca. Vou te ensinar o começo dessa música. – disse ainda sério.

Eu ri por ele não acreditar naquilo que contei sobre o meu pai. E logo começou a me passar o que eu tinha que fazer para começar a sair o som que queríamos.

Basicamente tive uma aula.

Depois de tocar a mesma sequência várias vezes, além de ter decorado, o som começou a ficar melhor e já dava para reconhecer a música, pois eu não estava demorando tanto assim para fazer uma coisa seguida da outra.

- Cansou? – perguntou com ar de riso.
- Eu tô morrendo de fome. De novo.
- Vamos subir então. Vou ver se tem alguma coisa pra gente comer.

Devolvi as baquetas para ele, que as guardou em algum canto enquanto eu ia até a porta pegar minhas coisas.

Nós subimos, e larguei minhas coisas atrás do sofá na sala.

Não tinha muita coisa para comer, então acabamos fazendo um lanchinho com pão, queijo, maionese, alface e tomate. Ele pegou dois pratos no armário, um para mim e outro para ele, para colocarmos o lanche, e fomos assistir TV.

Enquanto comíamos, percebi o quanto estávamos perto... E pensei comigo na possibilidade de acontecer alguma coisa...

Ele acabou primeiro que eu, e colocou o prato sobre a mesinha de centro. Assim que acabei também, peguei o prato dele, e perguntei se tinha alguma coisa para tomar. Ele disse que tinha refrigerante na geladeira, então fui lá pegar.

Deixei os pratos na pia, e peguei um copo no armário de cima para colocar o refri. Enchi o copo até a metade e voltei para a sala.

- Seus pais não estão? – perguntei ao me sentar ao lado dele.
- Não, por quê? – perguntou me olhando.
- Nada. – dei de ombros, e tomei dois goles, antes dele me pedir para tomar também. Entreguei o copo a ele, que tomou só um pouquinho e logo me devolveu.

Deixei o copo na mesa de centro, e voltei a assistir o filme que estava passando. Era um filme de ação, mas eu não estava conseguindo me concentrar muito bem... Fiquei pensando em outras coisas.

Uns quinze minutos mais tarde, olhei para o Maçã, e vi que ele estava bem entretido com o filme.

É... Parece que é agora ou nunca...

Respirei fundo, tentando tomar coragem para o que eu queria fazer. Mesmo porque a gente não tinha nem se beijado ainda e eu já estava querendo outra coisa com ele... Respirei fundo mais uma vez, e aproximei meu rosto do dele para dar um beijo perto da orelha.

Ele continuou olhando para a TV, como se nada tivesse acontecido.

Beijei um pouco ao lado, mais para o lado da bochecha.

Ainda sem respostas.

Baixei um pouco, pertinho do pescoço dele, e beijei mais uma vez.

Ele deu um sorrisinho, e logo desligou a TV. Virou-se para mim, e me olhou nos olhos ainda com o sorriso malicioso no rosto. Em seguida, ele me beijou colocando uma mão no meu rosto e a outra, na cintura. Por um momento, tive a impressão de que paramos no tempo...

Aos poucos comecei a me deitar. Apoiei minha cabeça no braço do sofá, e ele ficou por cima de mim. A mão que antes estava na minha cintura, agora estava no meu pescoço, e a que estava no meu rosto, estava apoiada no sofá, mantendo certa distância entre nossos corpos. Eu não sabia bem onde deixava minhas mãos, então entrelacei meus dedos ao redor do pescoço dele.

Deixe a voz da natureza te guiar... Lembrei-me do que a Bia me disse antes de ir embora.

Depois de um tempo nos beijando, ele aproximou um pouco o corpo do meu. Apoiou o cotovelo no sofá, e deixou o quadril colado ao meu. Cruzei minhas pernas ao redor dele, que começou a ir e vir em cima de mim. Parou de beijar minha boca, e foi baixando aos poucos, até chegar ao meu pescoço. A mão que estava no meu pescoço subiu e ficou entre os meus cabelos.

Eu já não estava sabendo até quando iria aguentar tudo aquilo... Meu coração estava batendo muito rápido, e a vontade de acabar com tudo aquilo estava aumentando cada vez mais.

Matheus voltou a beijar minha boca, mas parecia estar acomodado com a situação daquele jeito. Então desci minhas mãos pelas costas dele, e passei até o abdômen. Levantei um pouco e o empurrei, tirando-o de cima de mim.

– Tira logo essa calça, Matheus! – encarei-o. Sim, eu estava estressada com a demora.

Ele me olhou surpreso pela minha atitude, e soltou um risinho de quem estava se divertindo com a minha cara.

Estava falando muito sério. E como ele não fez por si próprio, desabotoei a calça dele e abri o zíper. Ele me deu uma ajudinha erguendo o quadril para que eu tirasse a calça. Vi que ele estava de cueca boxer cor de vinho.

– Ei, ei! – disse ele, com sorriso malicioso, antes que eu tomasse qualquer outra atitude. – Calma aí, Julie... Você é muito apressadinha...

Encarei-o com os olhos arregalados. Minha respiração também estava acelerada. Que droga.

Ele riu, se divertindo comigo mais uma vez.

– Tem certeza que não quer admirar mais nada antes de fazermos isso? Porque eu ainda tenho o que admirar... – disse voltando o olhar para o meu corpo, e se colocou de joelhos no sofá. Colocou as mãos no meu quadril por baixo da minha blusa. Senti um grande arrepio tomando conta de mim ao sentir o toque dele, e fiquei meio tensa por uns segundos. Subiu um pouco as mãos, até chegar perto do meu sutiã. O sorriso malicioso não sumia do rosto dele. Ele mordeu o lábio inferior antes de pressionar os polegares na minha barriga e descer até o quadril novamente. Olhou para minha cara, e deixou escapar um riso ao me ver ainda séria. Senti os polegares dele passando para dentro da minha calça, e então resolvi fechar os olhos. – Vamos tirar essa blusa? – cochichou perto do meu ouvido, enquanto subia as mãos de novo, mas dessa vez levando minha blusa junto. Apenas fiz que sim com a cabeça, e ergui os braços para que ele tirasse minha blusa.

Logo avançamos mais um pouco. Apoiei minhas mãos no sofá de novo e ele aproveitou que eu ainda estava sentada para tirar a minha calça.

Voltei a deitar no sofá.

Matheus percorreu as mãos dele da minha barriga até o meu sutiã, e aproveitou para tirá-lo de mim. Então me beijou mais uma vez. Beijou minha boca, antes de começar a beijar meu corpo até chegar à barriga. Minhas mãos bagunçavam o penteado dele, acariciando-o, enquanto eu mantinha meus olhos fechados.

Senti os lábios dele subindo meu corpo, e resolvi abrir meus olhos. Vi-o observando meu rosto por alguns segundos, sorrindo para mim. Ignorei o olhar dele sobre mim e puxei a regata para cima, tirando-a dele. Baixei meus olhos e pude ver melhor o corpo definidinho dele... Respirei fundo enquanto percorria meus dedos do pescoço dele até o abdômen.

Matheus colocou o quadril sobre o meu mais uma vez, e logo o encarei. Ele riu.

– Pode ficar tranquila... – disse com sorrisinho malicioso, tocando meu lábio inferior com o polegar. – Já vou te dar o que você tanto quer... – deu uma piscadinha para mim, e eu o beijei.

Segundos mais tarde, viramos um só.

Acabei arranhando um pouco as costas dele, enquanto sentia a pressão do corpo dele sobre mim.

Antes dele sair de cima de mim, ganhei dois beijinhos no pescoço.

Eu estava exausta.

– Olha só, hem, Julie... – disse passando a mão pelo cabelo, que estava todo desmontado. Não havia mais moicano ali. Só um monte de cabelo grandinho e bagunçado. O sorriso malicioso ainda não tinha deixado o rosto dele. – Você tem um fogo... Se eu não soubesse que você era virgem, falaria que você já tem experiência... E olha... Eu falei que esse seu cabelo tinha que ser um pouco mais escuro, né? Pois depois disso eu diria que você merece um rosa choque!
– Cala a boca, Matheus! – encarei-o com arzinho de riso, e ele riu. – Ah, eu já li alguns livros que têm discrição das cenas de sexo... Basicamente todo livro de romance tem pelo menos uma cena... Mas eu meio que segui meus instintos também... – falei enquanto o observava vestir a calça. Ele vestiu literalmente apenas a calça. – O que você está fazendo? – perguntei confusa.
– Instintos do fogo esse, hem... – disse pegando a regata dele do chão e jogou na minha cara.
– Ei! – reclamei. Ele riu.
– Pega as roupas do chão e vai para o meu quarto. É a primeira porta que você vai ver ao subir a escada. Meus pais podem chegar a qualquer momento. Já vou até lá, só vou limpar esse sofá...
– O quê? – perguntei ao me sentar. – Que horas são?
– Passamos mais tempo nos beijando e... eu te provocando que você imagina... – disse colocando as mãos no quadril. – São... – tirou o celular do bolso da calça para verificar a hora e logo o guardou. –... cinco horas.
– Eu tenho que ir embora! – falei preocupada. Eu estava perdida.
– Eu se fosse você, não iria sem tomar um banho antes. – disse arqueando as sobrancelhas. – Até porque... seu comportamento pode mudar um pouco. Ah! E se quiser colocar alguma roupa minha para não ficar sem nada até tomar banho... Sinta-se à vontade.

Olhei-o com os olhos semicerrados por ter me dado esses avisos.

Cheguei a ouvir falar que as pessoas mudam um pouquinho sim depois da primeira vez, mas se isso acontecesse mesmo comigo, eu estaria fodida! Minha mãe perceberia rapidinho, e provável que meu irmão também...

Peguei as roupas do chão, e fui para o quarto dele.

Joguei as roupas em cima da cama, que estava no canto do quarto. Na verdade não tinha cama. Era só um colchão com lençol, a coberta amontoada, e dois travesseiros.

Andei até a escrivaninha, que ficava logo abaixo da janela, ao lado do colchão. A cadeira estava cheia de roupas amontoadas. Tinham mais roupas sobre a escrivaninha também. Eram todas as roupas que ele andava usando nos últimos tempos.

Vesti uma camiseta preta com a escrita da banda Sex Pistols. Aparentemente, todas as camisetas tinham sido customizadas por ele. A camiseta não ficou tão grande assim para mim. Não chegou nem à metade das minhas coxas.

Vi uma porta do outro lado, e, cheia de curiosidade, fui ver o que era ali. Era um banheiro. Aproveitei o espelho para dar uma ajeitada no meu cabelo.

Ouvi a porta do quarto se fechando. Assustada, me virei rapidamente.

– Ah, você já descobriu o banheiro... – comentou enquanto observava a bagunça do quarto. – Isso aqui tá uma bagunça... – murmurou. – Mas não vou arrumar agora.

Continuei olhando-o. Eu tinha uma coisinha para perguntar, mas não sabia como dizer. Muito menos sabia o que ele iria achar de mim.

– O que foi? – disse se virando para mim.
– Matheus... – eu disse meio sem jeito, e me encostei ao batente da porta. Ele ficou atento ao perceber que eu tinha o chamado pelo nome ainda, e não pelo apelido. – Por acaso você ligaria se eu fizesse isso... com outros caras?
– Não. – deu de ombros ao perceber do que eu estava falando. – Nós continuamos amigos. – respondeu com indiferença.
– Ok... – falei sem saber o que dizer.
– Você ficou mais bonita assim do que com as suas roupas... – disse erguendo as sobrancelhas duas vezes seguidas com um sorrisinho malicioso. Eu ri e agradeci. – Sabe qual banda é?
– Costumo ouvir umas músicas deles...
– Graças a mim. – disse com sorrisinho de canto, se achando. Resolvi apenas ignorá-lo, e soltei um risinho. – Bem, eu vou pegar uma toalha limpa para você e já volto. – disse abrindo a porta do quarto, e saiu.

Um minuto depois ele voltou com a toalha limpa. Eu já tinha colocado minhas roupas sobre a tampa do vaso sanitário. Ao me entregar a toalha, deu uma piscadinha com um olho só, e sorriu.

Tranquei-me no banheiro e tomei banho na água quente para dar uma relaxada, e limpar bem meu corpo depois daquilo.

Só não lavei meus cabelos, se não meus pais iriam ficar se perguntando onde eu tinha molhado meu cabelo.

– Não precisa me seguir. – falei ao sair do banheiro. Eu estava com medo de ficar muito próxima dele de novo e acabar rolando mais uma vez... Ele estava deitado de barriga para cima no colchão, enquanto mexia no celular. – Eu abro a porta da sua casa e depois você aparece para trancar, ok? Mas aparece lá só depois que eu for embora, tá? – joguei a camiseta dele na cara dele.
– Ô! – disse tirando a camiseta da cara, e deixou o celular no colchão. – Por que não quer que eu vá com você? – perguntou me encarando, ficando sentado. Apenas continuei encarando-o, encostada ao batente da porta. Então ele riu ao notar o motivo. – Quer que eu coloque uma camiseta, assim você fica mais à vontade?
– Não precisa, já tô saindo... – eu disse me desencostando da porta, e o vi pegando a camiseta para vesti-la.
– Pronto... – disse com ar de riso, enquanto se levantava.

Eu fui descendo a escada na frente, para calçar meu All Star. Ouvi-o abrindo a porta para mim, enquanto eu pegava meu skate e a mochila atrás do sofá.

– Vai precisar se controlar mais agora que nunca ou não vai conseguir fazer sexo direito com os outros caras... – disse com ar de riso, assim que cheguei à porta. Dei um risinho forçado a ele.
– Você é bem convencido às vezes, né?

Ele riu.

– Foi bom te conhecer sem moicano... – falei com sorrisinho de canto, e dei mais uma bagunçadinha no cabelo dele.
– Vai logo pra casa, Julie! – disse me empurrando de leve para fora, e rimos.
– Até mais... – sorri largando meu skate no chão, e subi em cima dele para começar a remar.
– Até.

xx

A casa estava muito quieta... Me deu até um pouco de medo.

Então levei um susto quando vi minha mãe na sala, assistindo TV com o meu pai.

– Onde você estava? – ela perguntou me fitando.
– Na casa do Rick. – respondi rapidamente. – A gente ficou jogando e eu perdi a noção do tempo...
– Hm. – disse ela, ainda meio desconfiada.
– Por que não ligou ou não passou uma mensagem para nos avisar? – meu pai disse me encarando.
– Eu planejava ficar lá até três horas só... Mas acabei perdendo a noção do tempo, como já disse. – respondi.
– Tudo bem. – minha mãe disse voltando a assistir a TV. – Pode ir para o seu quarto já.

Ufa...

Tranquei a porta do meu quarto, e passei uma mensagem para o Rick, avisando que qualquer coisa, era para ele concordar que passei a tarde na casa dele. Em seguida, fiz um grupo no WhatsApp só comigo, a Bia, e a Scarllet. Contei a elas a verdade, sobre tudo o que tinha acontecido por mensagem de texto.

Eu estava louca com o que tinha acontecido naquela tarde.



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