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História Adolescentes no apocalipse : Apocalipse zumbi (Interativa) - Um dia terrível pra ser um covarde


Escrita por: John_Pizza

Capítulo 4 - Um dia terrível pra ser um covarde


Acordei com barulhos estranhos. Resolvi abrir os olhos.

 

 Certas pessoas já estavam de pé. Olhavam pela janela, tentando entender o que acontecia. Me levantei da cadeira, coloquei Melly sentada na cadeira, pois ela continuava dormindo.

Isa, Gary e mais uma garota estavam conversando perto da janela, no fundo da sala. Fui até eles coçando os meus olhos.

-Hey pessoal. O que vocês tão falando? –Eu perguntei num tom baixo.

-ISSO NÃO É NADA BOM! O NUMERO DELES SÓ AUMENTOU LÁ FORA! –Gary gritou, me dando um susto e acordando praticamente todos na sala.

-Desnecessário... –Bendy disse de uma cadeira.

-Q-Que houve, exatamente?

-ELES SÓ AUM- Isa interrompeu Gary colocando a mão na boca dele.

-Eles aumentaram do dia pra noite, não sabemos como. –Ela disse.

-Eu já tenho uma solução. –Yui disse se levantando e vindo em nossa direção.

-Hm? Qual seria? –Isa perguntou.

-Sair daqui. –Yui disse. –Agora, antes que seja tarde.

-Como?

-Bem, se o prédio já não estiver tomado podemos sair por alguma outra porta que não dê de cara com esse pessoal ai. –Ele disse apontando pela janela.

-E se estiver tomado? –Gary perguntou se tremendo um pouco.

-Bem... Vamos ter que matar eles. Se jogar da janela não é uma opção aceitável.

-Ok, decidido.

-Pessoal, sairemos em dez minutos. –Isa falou sorrindo. –Aposto que vai ser divertido.

 

 

 E então se passaram os dez minutos. Estávamos todos prontos, com a cara grudada na porta esperando o Bendy abrir ela. Assim que ele abriu e o primeiro garoto passou o corredor e viu algo, se virou pra nós e voltou pra sala correndo. Fizemos o mesmo, com medo, pois podia se ouvir muitos grunhidos. Tranquei a porta assim que todos entraram.

-O que houve? O que viu? –Gary perguntou pro garoto.

-M-Milhares deles! Virando o corredor. –O garoto disse apontando pra porta.

E realmente, assim que ele terminou a frase a porta foi empurrada várias vezes.

-O que a gente faz?

-Matar. –Bendy disse pegando uma bengala.

-Uh?  Como assim seu estúpido? –Melly disse.

-Você é idiota ou o que garota? Vamos matar eles, ou eles nos matam. Matar ou morrer. Pode se decidir, mas eu já me decidi. –Ele suspirou. –Nunca gostei dessa garota...

-Hey seu pequen- Melly ia dizendo.

-Sssh! Sem tempo pra isso! Abra a porta, Gary. Somos bastante contra eles!

 

E assim ele fez. Ele abriu a porta, e muitos daqueles doentes se avançaram na sala, que estava quase vazia antes. Mas, problemas como sempre tem que acontecer. Gary ficou preso atrás da porta. A pressão dos doentes quando ele abriu foi tão grande que ele ficou espremido num espaço minúsculo entre a parede e a porta. Mas, assim não poderiam atacar ele.

Depois eu pensava nisso, não era hora. Haviam criaturas tentando comer meus órgãos, bem na minha frente. Eu que estava só com uma faca de cortar carne, não poderia fazer muito, ao menos eu acho. Uma senhora se arrastando veio atrás de mim com aqueles dedos sujos. Sem pensar duas vezes, enfiei minha fica no peito dela. E fiz com mais dois que vieram.

-Seu idiota! Não é assim que se mata esses negócios. –Bendy falou do outro lado da sala. –Se mira na cabeça! –Ele falou e perfurou o doente na sua frente, bem na testa.

Uh? Não era isso que Yui havia me contado. Mas pelo jeito Bendy havia razão, pois aqueles três que eu “matei” agarram meus pés.  Antes de eu pensar em qualquer coisa Gary e Melly já haviam tirado aquelas coisas dos meus sapatos.

Voltei ao normal, e fui atacar aqueles doentes que não paravam de sair daquela minúscula porta.

-ALGUÉM ME AJUDA! –Eu ouvi e, procurei a voz com os olhos.

 Demorou quatro segundos para eu perceber que era o Gary, que estava atrás da porta preso.

-Isa! Me ajuda aqui!

-Beleza! –Ela disse cobrindo minhas costas.

Matei aqueles na porta, desta vez na cabeça. Consegui tirar o Gary de lá.

-Me larga seu inútil! –Melly dizia para um doente que segurava o braço dela.

-Deixa comigo! –Yui disse cortando o braço do doente com duas facas de cozinha.

Parei pra ver Yui fazendo cena e, me distrai.

-John! Atrás de você! –Gary disse um pouco distante.

Ao me virar pra trás cai no chão junto a um doente. Me desesperei. Minha faca estava fora de alcance. Só podia segurar os braços daquele doente.

-Pega John! –Isa disse jogando um martelo, um pouco maior do que os outros que eu conheço no chão ao meu lado.

Peguei aquilo e bati repetidas vezes nos olhos daquele nojento. Sujei toda minha roupa e minha cara de sangue, mas eu consegui tirar aquilo de cima de mim. Matei mais dois com aquele martelo, era bem melhor que a faca de cozinha, mas mesmo assim juntei ela do chão.

Me virei e vi uma cena pesada. Uma garota do grupo gritando de dor. No seu ombro havia sangue, e dois doentes mordendo ela. Todos se entreolharam, era uma chance de sair daquela sala.

Yui e Melly saíram correndo da sala junto com mais um garoto e duas garotas.

-Covardes! Me ajud- A garota dizia enquanto eu e o resto do grupo saia correndo, eram suas últimas palavras.

 

 Descemos até a biblioteca no andar de baixo e saímos pela porta de incêndio. Um erro. O alarme começou a tocar. Um enorme barulho de sirene tocou. Não dava tempo de encontrar o resto do grupo. Não era seguro ficar ali, então saímos imediatamente.

-Eles vão morrer! –Eu dizia correndo ao lado do grupo.

-Claro que não! – Isa disse correndo ao meu lado. –Já devem ter saído dos prédios!

 

  Depois de quase cinco minutos correndo, paramos numa casinha de dois andares. Temos sorte de ser dia claro ainda. Fechamos a porta e, antes de qualquer coisa checamos a casa. “Limpa”, demos sorte. Nos reunimos na sala de jantar. Todos cansados, suados e ensanguentados.

-Quem..quem era a garota que morreu? –Gary perguntou recuperando ar.

-Penny. –Bendy respondeu. –Estudante do primeiro ano do ensino médio.

-Hmm.. Nós fizemos uma maldade, ou... o certo? –Gary perguntou com voz tremula.

-O certo.

-Ela morreria de qualquer maneira. –Isa completou.

-Ah, bem... Se vocês dizem.. –Gary falou se sentando numa cadeira.

Ficamos nos olhando.

-E então? A gente vai ficar aqui só se olhando? Precisamos fazer algo! –Bendy disse batendo o punho na mesa.

Ficamos quietos olhando pra ele.

-..Vamos sair daqui. Ficar parado esperando o pior acontecer não vai ajudar.

Todos levantaram da mesa e saíram da casa. Ficamos do lado de fora da casa, na entrada.

-Aonde vamos?

-Só vamos andando. Os idiotas não devem ter ido longe. –Bendy disse caminhando pela calçada.

 

 E então fomos. Andando pela rua e matando qualquer doente que aparecesse no caminho. Estávamos virando uma esquina quando Bendy nos segurou e falou pra ficarmos quietos. Eu estava confuso. O que houve? Muitos doentes?

-Hey.. O que houve? –Eu disse baixo.

-Olhe. –Ele disse me colocando na frente.

Então eu vi. Um pequeno grupo de pessoas. Estavam armados, e, não pareciam estar de brincadeira.

-O que a gente faz? Eles vão virar aqui de qualquer forma! –Isa perguntou.

-Sssh! –Gary disse colocando a mão na boca dela.

-O que foi isso? –Uma voz veio do outro lado da esquina.

-Corram! –Eu disse empurrando todos para o lado contrário da esquina.

Uma

Péssima

Ideia

Eu só sai correndo, sem olhar pra trás. Eu só ouvia os barulhos de tiros. Não eram muitos, mas ainda sim estavam disparando. Me escondi atrás de um carro que estava no meio da rua. Não via ninguém, alem do Gary que havia me seguido. Conseguia ver alguém correndo ao longe, acho que era a Isa. Espero que ela saia ilesa dessa.

Mais um problema surge. Os doentes. Eles apareceram, aos montes. Antes de qualquer um deles poder nos atacar eu puxo o Gary pra debaixo do carro comigo.

 

 Ficamos ali por cerca de dois minutos. Não, nada ia bem. As coisas só pioraram. Apareceram mais e mais dos doentes, e aquele maldito grupo continuava atirando. Mas, dentre o caos surge uma chance. Percebo que os doentes estão dando a atenção aos babacas que atiram, então eu puxo o Gary comigo pra cima. Seguro a mão dele e saio correndo. Entramos numa casinha no final da rua.

 Entramos, fecho a porta e tranco antes de qualquer coisa.

-O que a gente vai fazer?! –Gary dizia andando de um lado pro outro. –Estamos ferrados!

-Calma cara! Não estamos não.

-Então o que a gente faz?! –Ele repetiu.

-...Esperamos.

-Uh? –Ele parou de andar de um lado pro outro.

-Esperamos os doentes irem embora, e.. vamos achar o nosso grupo.

-Isso é impossível! –Ele disse num tom alto.

-Eu prometo. –Eu sorri. –Só se acalma por agora.

Fiquei sentado no chão por uns minutinhos. Então decidi que deveríamos vasculhar a pequena casa.

Estava tudo bem, limpo e arrumado. Até que eu entrei na cozinha. Uma mulher estava na parede, com uma faca encravada na cabeça. Ao menos morta estava. Sem chegar perto dela, peguei comida. Aquela cozinha estava com um cheiro horrível. Além do cadáver, ainda havia comidas podres na geladeira e só açúcar e pão mofado na maioria dos armários. Peguei o que pude, que no caso foi meio pacote de mini pães.

Coloquei eles na mesa e Gary veio. Dividimos os pães e conversamos um pouco.

 Sem ver o tempo passar sentado naquela mesa de madeira, anoiteceu. Olhei pela janela, muito quieto.

-Devemos sair? Devemos? Devemooos? –Gary dizia quase pulando do meu lado.

-Não. Não é seguro. Alguém já teria voltado por aqui, e está escuro. Não é bom sair por ai.

-Oh, ok então.. –Ele disse se desanimando.

-Com sono? Você pode dormir se quiser. Tem um quarto aqui, certo?

-Sim, sim tem. Mas, eu não vou te deixar acordado sozinho. –Ele dizia sorrindo.

-Meh. Tudo bem, eu não estou cansado. E qualquer coisa eu vou no quarto e me jogo na cama ué. –Eu disse rindo.

-Heh. Sobre isso... Temos um pequeno probleminha. –Gary disse indo ao quarto.

Sim, tinha um problema. A cama era de casal, e sabe...

Eu pensei que teria mais que uma cama.

-A-Ah. Bem, eu não estou cansado. Pode dormir você cara.

-Ah, valeu então! –Ele disse subindo na cama e pulando.

-Boa noite, crianço. –Eu disse rindo.

-Ei ei ei ei ei. Espera um segundo. –Ele disse se sentando na cama.

-Quê?

-Posso ver seu machucado? Se melhorou. –Ele disse olhando pra mim.

-Ah, sim. Se não tiver nenhum problema pra você.

Me sentei na cama ao lado dele. Ele tirou o curativo do meu pescoço, doeu um pouco.

-Tá bem roxo... –Ele disse lentamente. –Maaas..Podia ser pior!

-Eh, verdade. –Eu ri.

-Eu não entendi direito, foi realmente um chupão ou...? –Gary dizia rindo um pouco.

-N-Não! Claro que não! O Bendy que me empurrou da escada, huuh.

-Foi mal, heh. –Ele disse.

-Ok, ok. Boa noite pra ti. –Eu disse saindo do quarto e indo direto pra mesa.

 Fiquei lá a noite toda. Não parava de pensar no pessoal. Tudo o que aconteceu foi por minha causa.

 Eu sou um covarde por sair correndo.

 Será que estava tudo bem com a Isa? Não sai da minha cabeça a imagem dela correndo pra longe. Sim, eu me importo com os outros, mas essa imagem grudou no meu cérebro. Mas... e o Yui? Deve estar bem né? Ele sabe se cuidar.

 Nem acredito que tudo ficou pior do que já estava.



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