História Adorable - O começo da farsa

Deveria ter ficado louca! Onde eu estava com a cabeça aceitar um acordo desses. A empresa da minha família era a coisa mais importante da minha vida, depois da minha família, é claro! Mas deveria ter outras maneiras de salva-la sem precisar entrar nesse pacto nojento com aquele sujeito arrogante e asqueroso.

O apartamento que ele alugou para minha estadia no Brasil era maior do que eu precisava, tinha uma varanda com uma vista linda, as paredes eram claras e a sala era de tamanho pequeno mas em contra partida a cozinha era enorme, meu lugar favorito na casa, também tinha dois quartos e me sentir mais aconchegada ao notar que um dos quartos estava pintado com minha cor favorita, lilás. Me instalei nele e logo após um banho de água fria, já que o clima de lá não me dava opção de escolher o banho quente, eu deitei na cama exausta.

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Está atrasada, Hyuga! *o moreno mais novo a esperava na porta da mais nova sala dela*

– achei que eu fosse secretária do seu irmão, sr. Uchiha. *disse ríspida e visivelmente irritada*

Não era pra menos, os três primeiros taxistas que ela conseguiu com muito esforço parar na rua não falava nenhum idioma além do português, coisa que ela só sabia pronunciar obrigada e oi dignamente.

- Não quero que isso se repita! *ela apenas balançou a cabeça positivamente mordendo a própria língua para não falar nada que a causasse arrependimento em outra hora.*

Com a saída do moreno ela sentou-se em sua mesa fazendo esforço para desfazer a cara amarrada.

“Ora não é para tanto! Atrasei 7 minutos. Isso sem falar que perdi meia hora com os táxis e só cheguei apenas 7 minutos atrasada porque sai mais cedo de casa para conseguir chegar antes aqui. E é assim que aquele sujeito desprezível me recebe”

Não era do costume de Hinata implicar tanto com uma pessoa. Mas no caso de Uchiha Sasuke ela realmente abriria uma excessão. A mesa estava com uma pequena pilha de papéis, ela resolveu digitalizar e resolver tudo antes que chegasse mais trabalho e ela não cumprisse o prazo de entrega, afinal não queria dar mais motivo para o Uchiha a importuna-la mais ainda. Depois dos papéis resolvidos e devidamente separados ela deixou em destaque na mesa alguns que precisariam da assinatura de Itachi e olhou o relógio se perguntando o porque dele ainda não ter chegado. Já se passaram 2 horas desde que ela chegou e nada dele. Suspirou ao lembrar do rosto dele e seu estômago embrulhou a lembrando do real motivo pelo qual ela estava e se amaldiçoou por isso. Depois de mais uma hora ela decidiu deixar os papéis na mesa do seu mais novo chefe, pois daqui a pouco ela entraria no horário de almoço. Ao abrir a porta teve uma surpresa. Itachi estava em sua mesa, totalmente concentrado no notebook, Hinata o observou por alguns segundos, ele estava um caco. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo tinha algumas mechas caindo sobre o rosto trazendo mais atenção para as olheiras que estavam mais fortes e visíveis que as do dia anterior. Seu terno estava um pouco amarrotada chegando longe de está apresentável como um dos herdeiros de uma das multinacionais mais important.... Ela não chegou a terminar o raciocínio pois percebeu que os olhos dele estavam sobre ela.

– O. Ohayo, Itachi-sama *gaguejou nervosa e se odiou por isso.*

– Hinata! Você não imagina como me deixa feliz ouvi meu idioma* ele disse sorrindo doce com os olhos fechados* – mas ficaria bem mais feliz se você esquecesse o “sama”, sim?

– hai *disse baixinho balançando a cabeça.* – Perdão, não sabia que já tinha chegado a empresa... Se eu soubesse.... *ela apertou um pouco os papéis em suas mãos, quase os ameaçando.*

– Chegado? *ele se levantou mostrando a cadeira a sua frente indicando que a morena se senta-se, a contra gosta ela sentou-se* – não se preocupe. Eu ainda não fui para casa. *ele sorriu ao terminar a frase*

Hinata abriu e fechou a boca sem saber o que dizer e notou o estado exausto dele tinha uma explicação.

– tinha muito trabalho aqui *ele continuou* – Graças a Sasuke agora eu tenho você, mas não se preocupe. Não pretendo explora-la. *disse em um tom brincalhão. * – mas me diga, o que veio fazer em minha sala?

– Claro! *ela lembrou dos papéis* – Esses papéis precisam de sua assinatura. *ela estendeu para que ele os pegasse, quando ele os pegou, ela pediu licença para se levantar e o perguntou se precisava de mais alguma coisa.* – Preciso. O horário de almoço está começando.... *ele olhou o relógio dourado e visivelmente caro no pulso.* – Agora. *ela confirmou com a cabeça sem entender onde a conversa chegaria* – Me diga, Hinata. Conhece algum restaurante aqui?

– Bem, para falar a verdade, não. Nunca estive no Brasil. Gostaria que eu saísse para comprar seu almoço, é isso?

– Não... *ela suspirou aliviada, já seria sacrifício o suficiente encontrar um onde ela pudesse almoçar.* – Na verdade eu quero lhe convidar para almoçar comigo. Aceita?

– c.comigo? *ela sentiu o rosto queimar e clamou inutilmente para que o rubor em sua face não estivesse visível. A primeira coisa que veio a sua mente foi criar uma desculpa e recusar o pedido, mas ora, qual desculpa? E onde ela iria almoçar?* – é muito gentil da parte do senhor mas não precisa se incomodar, posso achar um lugar...

– Não estou sendo gentil por obrigação, oras seria uma boa ideia almoçar com alguém depois de uma madrugada em claro e por outro lado você pouparia tempo em pesquisar restaurantes que tenham comidas que você goste ou ao menos conheça. Então, vamos? *ele levantou tirando o paletó e subindo as mangas da camisa social longa até os ombros, disfarçando o estado exausto. Hinata corou ao olha-lo, sem dúvidas era um homem muito atraente, ela balançou a cabeça tentando tirar esses pensamentos da mente.*

– Hai. *ela aceitou o pedido com um sorriso no rosto, tentando esconder a culpa de enganar um homem como Itachi.* – Só um momento... *ele confirmou com a cabeça e ela foi ao banheiro, checando como estava sua aparência. Depois do corte de cabelo e do banho de loja do dia anterior ela não sentia dentro de sua “casca”. *

Ela usava uma saia preta um palmo acima do joelho com uma venda de 3 dedos atrás, sua blusa era uma social branca bem Passada, seu cabelo estava preso pela metade e ela resolveu soltá-lo por completo e se amaldiçoando internamente ela soltou o broche a que prendia algumas mechas, seu rosto não tinha maquiagem nenhuma, apenas um aspecto saudável. Se encarou mais uma vez no espelho.

         “o que está fazendo? Por que essa preocupação com a aparência de uma hora para outra? Nunca foi disso!”