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História Adote-me - Parte Dois


Escrita por: Lady_G

Notas do Autor


Olá leitores e leitoras deste Brasil!

Bom, era para eu ter finalizado em maio, maaaas, devido ao meu TCC (glorioso TCC), eu atrasei a postagem. Bom, nesta segunda parte, acontece um puco mais de drama, entretanto, com uma mensagem positiva no final.

Espero que gostem!

Capítulo 2 - Parte Dois


Fanfic / Fanfiction Adote-me - Parte Dois

Munida de muita roupa de frio e com os cabelos castanhos e soltos, Tenten Lee andava pelas ruas pavimentadas e quase tecnológicas de sua cidade. Tudo parecia estar em harmonia. Mesmo que alguns imprevistos, como ladrões e ninjas querendo confusão, as vezes atrapalhassem a paz. A nova geração estava crescendo cada vez mais e até o momento, nada de Tenten conseguir engravidar. Até que, por indicação de Sakura, a kunoichi especialista em armas resolveu marcar um médico para explicar o que tem de errado com ela. Lee a acompanhava no consultório muito quieto. Normalmente inventa várias novas ideias de treino e missões.

Mas, desta vez não.

- Senhora Lee? – Tenten ergueu a cabeça quando um jovem ninja médico a chamou.

As paredes do consultório eram claras na cor creme e tinha algumas prateleiras com utensílios de exames e entre outras coisas. Quando Rock Lee tentou entrar foi impedido pelo médico. “Apenas ela, desculpe-me”. Obviamente que ele havia estranhado, todavia, por se tratar de um exame delicado, precisava realmente esperar. Claro que Tenten não estaria sozinho com ele, havia uma enfermeira assistente. Também muito jovem, talvez na mesma idade que Hanabi está agora. Para esse tipo de exame, ela precisaria tirar as roupas de baixo, e assim, mesmo relutante o fez.

O exame não demorou muito e com os avanços tecnológicos, adicionados a um ninjutsu especial, o resultado ficaria pronto em minutos. Ela aguardou do lado de fora silenciosamente com o marido. O coração disparava, estava aflita e ansiosa e apertava a mão de Lee com força. Sentia que não ouviria algo positivo. Meia hora depois, o doutor chamou.

Ambos entraram na sala do consultório e os olhos tanto do médico jovem e de sua colega não eram muitos animados.

- Antes de mais nada, foram feitos vários testes para que...

- Apenas diga! – Tenten havia se exaltado e levantado da cadeira de plástico.

- A senhora é estéril... – o médico abaixou a cabeça. Seu protetor shinobi escondeu parte do seu queixo, já que estava amarrada em seu pescoço. – Seus ovários não funcionam como deveriam e, portanto... sinto muito... nesses casos também fazemos exames nos parceiros, mas, desta vez, não foi necessário.

Tenten não respondeu. Lee apenas pegou o resultado, - em papel, e agradeceu pela assistência. Ambos seguiram silenciosamente para a casa. Ela estava tão devastada que não conseguia nem se quer olhar para o amado. Rock Lee tentava por muitas vezes falar com ela, mas não conseguia encontrar palavras. Ele estava muito triste, só que a dor de sua mulher era muito maior. Então preferiu ficar quieto por enquanto. Quando chegaram, Tenten foi direto para o quarto sem dizer uma se quer palavra. Lee achou melhor então sair para buscar algo para comerem. Ele faria o almoço desta vez. Avisou que sairia.

Sem resposta.

Naruto passava com várias sacolas de compras nos braços. Sempre parando para agradecer aos que viam seus filhos com a mãe mais cedo e dizia o quão sortudo ele era. Foi quando o loiro encontrou com Lee segurando um ursinho de pelúcia em uma lojinha de brinquedos. O ursinho estava sendo exposto do lado de fora com várias outras pelúcias.

- Lee! Que bom te ver! – ele incrivelmente não ouviu Naruto. – Lee?

- Hm? Ah! Naruto!

- Tudo bem?

- Sim...

- Mesmo? – e inclinou a cabeça para o lado. Olhou para o ursinho e depois para Lee. – Não diga que...?

- Não. Tenten não está gravida... Ao contrário. – respondeu tristemente, soltando o brinquedo.

- Ah! Mas logo vem uma dúzia de filhos! – e sorriu. Reparou que Lee novamente não retribuía e olhava para o nada. – O que está acontecendo? Vocês... Vocês não vão se separar né?

- Não... é que fomos ao médico de manhã... ela... ela não pode ter filhos...

Naruto ficou em silêncio por uns instantes até ter uma ideia: - E esse vocês falassem com a Sakura ou a vovó Tsunade? Ambas são as melhores médicas que existem!

- Oh! É mesmo... – concordou o shinobi. Colocou os dedos indicador e polegar no queixo para raciocinar sobre a sugestão. – Acha que elas conseguiriam?

- Não duvido de nada! Pode tentar.

Rock Lee fez uma reverência para Naruto curvando-se em agradecimento e correu em direção a sua casa. O loiro sorriu e sentiu-se esperançoso em pelo menos ajudar em algo.

Chegando em sua residência, deparou-se com malas na sala e Tenten sentada no sofá. Lee olhou para aquelas malas e depois para a esposa, - muito deprimida.

- Vai viajar?

- Eu vou embora. – respondeu com a voz acanhada.

- Embora? Mas... por que? – sentou-se do lado da kunoichi. – Fiz algo de errado? Tenten, meu bem... Por favor não brinque comigo!

- Eu não mereço ser sua esposa. Eu sou uma invalida.

- Oh! Isso é uma besteira gigantesca Tenten. – e tocou em seu rosto. – Eu amo você! Mais do que qualquer coisa. Eu daria minha vida a você sem pensar!

- Lee...

- Você não é obrigada a me dar filhos. Podemos ser felizes sem este tipo de coisa!

Tenten abraçou Lee e começou a chorar novamente. O especialista em taijustu comentou sobre a sugestão de Naruto outrora, Sakura e Tsunade são as maiores ninjas de medicina, portanto, poderiam em ajudar com certeza. Tenten concordou e disse que iria no dia seguinte.

Eram por voltas das nove horas quando Tenten bate na porta da residência dos Uchiha. Um pequeno corpo abrira a porta curiosamente após pedido da mãe. Sarada era muito parecido com Sasuke, mas mesmo assim, os traços de sua mãe eram perceptíveis. Tenten então pensou se tivesse um filho anos atrás, poderia ter a mesma altura que Sarada. Então, Sakura chamou Tenten e após um abraço firme, finalmente questiona o porquê da kunoichi estar ali.

- Eu preciso que me ajude com um problema.

- Claro! No que posso ajudar? – Sakura apontou para o sofá, para que ambas pudessem sentar e dialogar.

- Me ajude a engravidar! – Sakura parou. Olhou para Sarada e depois para Tenten novamente.

- Filha, vai brincar com suas bonecas em seu quarto, por favor.

- bom, mamãe. – e juntou pelo menos seis bonecas e entrou em seu quartinho.

- Como assim Tenten? – mesmo que aparentemente mais velha, Sakura ainda tinha o mesmo entusiasmo de quando mais nova em quesito ajudar o próximo. E viu nos olhos da amiga, que aquilo era realmente sério.

- Ontem fiz um exame... e o resultado deu que sou estéril... – a rosada ficou em silencio, então, Tenten terminou: - você fazer sobre isso?

- Bom... – procurou as palavras certas para explicar. – Eu posso curar doenças e envenenamentos, restaurar órgãos e possuir uma quantidade significativa de chacra... – mordeu o lábio inferior.

- Mas...?

- Mas não posso mudar a genética de uma pessoa... Não desta forma... Voce nasceu com isso Tenten, não posso mudar...

Tenten levantou-se irritada.

- COMO ASSIM? Você foi treinada pela grande Tsunade. Uma mulher que sempre usei como referência na minha vida. Uma mestra que sempre quis ter e está me dizendo que não pode me fazer ter filhos?

- Tenten, você quer um filho ou uma barriga? – Sakura estava em pé encarando seriamente a morena.

- Não entendo... – a kunoichi médica respirou fundo e repetiu.

- Você quer um filho ou uma barriga?

Tenten ainda não havia entendido completamente o que ela estava falando. Então, Sakura anotou um endereço em um bloquinho de notas em cima de mesa onde ficava o telefone e entregou para Tenten.

- Me encontre lá ao meio dia.

Mesmo sem entender, Tenten aceitou e esperava ser um local onde poderia resolver seus problemas e finalmente, de uma vez por todas, conseguir ter uma família.

Tenten Lee chegou ao local marcado, um hospital antigo com várias crianças correndo. Algumas com membros, como braço ou perna ausentes. Isso era devido a guerra e suas consequências. Eram órfãos. Sakura estava com Ino quando se encontrou com Tenten. Inojin e Sarada estavam com Hinata. As mames kunoichi sempre se ajudavam com uma estava ocupada. O que dispensava pessoas estranhas.

- Ino...? Mas... O que...?

- Calma. – pediu a loira gentilmente. – Vamos explicar tudo se vir conosco.

Quando as três entraram, viram que o hospital era usado também como um abrigo para órfãos. Haviam medicas que acompanhavam o dia-a-dia das crianças. Ali, era basicamente um orfanato. O trio chegou a um pavilhão com várias crianças brincando e até mesmo treinando como pequenos ninjas.

- Tenten... Você quer um filho ou uma barriga? – repetiu Sakura, sem encarar a morena. Tenten deixou uma lagrima escorrer por sua bochecha.

- Aqui é um projeto nosso, onde reunimos o máximo de crianças órfãos que podíamos. Todas os dias, pelo menos duas são adotadas. Entretanto... – disse Ino para Tenten .

- Existem mais de mil crianças... – terminou Sakura.

- Quer que eu adote uma criança?

- É uma sugestão... Você, melhor que ninguém, sabe que família não está no sangue, está nos laços. Muita gente estranhava a ligação de Naruto para com Sasuke, até descobrirmos que em outras vidas, eles eram irmãos. – Sakura agora olhava para Tenten também.

- Portanto, estas crianças são filhas e filhos de quem já se foi, mas, pode ter uma segunda chance nas dezenas de famílias que tem espalhadas por aqui. – Ino parecia um pouco mais otimista ao ver a expressão de Tenten vendo todas aquelas crianças.

Antes de qualquer resposta vinda da kunoichi das armas, uma bola em alta velocidade interrompe a conversa e Tenten consegue segurá-la no ar, impedindo de ser acertada. Um grupo seleto de cinco crianças viram onde a bola havia parado e começaram a pontar para um rapazinho tímido e franzino. Tenten andou até o menino com mais ou menos seis anos e sentiu algo estranho ao olhá-lo. Uma sensação de conhece-lo.

- Foi você que quase me acertou? – perguntou, fingindo estar séria.

- Sim... Me des...desculpe senhora... – disse o rapaz, com os braços para traz. Seus cabelos eram médios, com uma franja tampando boa parte de seus olhos, então Tenten se abaixou para vê-lo melhor.

- Como se chama?

- Eu... Eu não tenho nome... Mas... Mas as pessoas dizem que tenho uma cabeça de ferro, já que vivo me machucando por ser atrapalhado... Pode me chamar de Metal.

- Metal? Que nome incrível você tem!

- Acha mesmo? – o menino abriu um sorriso tao verdadeiro. Que Tenten, de alguma forma, começou a chorar.  – Moça? Me desculpa! – a voz doce do rapaz completou com atitude dele. – Pode ficar brava comigo, mas não chora...

- Metal... Onde estão seus pais? – Tenten secava novamente as lágrimas.  

- Morreram na guerra... Eu era bem pequeninho quando vim pra cá.

- Eu sinto muito. Perdi uma pessoa muito especial na guerra também... Mas, em contrapartida, ganhei um família.

- A senhora tem filhos?

- Não... Mas gostaria de ter...

- Oh... Espero que consiga! – e sorriu. Algumas crianças começaram a chama-lo para brincar novamente. – Moça eu vou brincar, ?

- Seja feliz, Metal... – e sorriu para o rapaz.

Antes dele partir para mais uma aventura de criança, surpreendeu Tenten com um abraço e sussurrando “vai ficar tudo bem” e então, saiu. Tenten ficou de joelhos, chorando novamente. Sakura e Ino, - que só observavam, se aproximaram e ajudaram-na a se levantar.

- Então Tenten? Já pensou na resposta da minha pergunta? – a kunoichi fez que sim enquanto olhava a direção onde Metal havia ido.

- Um filho...

A partir daquele dia, Tenten levou Rock Lee para conhecer o pequeno e valente Metal. Era curiosa a semelhança entre eles, assim como Lee era parecido com Maito Gai em aparência e atitudes. Dias após dias, as visitas do casal tornaram-se mais comuns, fazendo finalmente decidirem por adotar Metal. E aconselhando muitos outros casais a fazerem o mesmo.

Metal Lee tornava-se um jovem gennin curioso, valente, atrapalhado, mas muito leal aos seus amigos e claro, aos seus pais. Tenten agradecia todos os dias por Sakura ter a indicado a adoção e tomar como aprendizado, que família realmente não está somente no sangue, está no coração e na alma.

A adoção é uma das maiores provas de amor que um ser humano pode demonstrar.


Notas Finais


E aí, gostaram?

Adoção é um assunto um tanto polemico no mundo real, mas, eu realmente tenho vontade de adotar e se eu tivesse condições, eu faria este ato. Indo para o tema da fanfic, como eu não vi relativamente pistas de quem fosse a mãe do Metal, eu pensei nessa fanfic sendo uma questão de adoção.

Bom, espero que uma mensagem positiva tenha sido passada!


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