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História Aere Perennius - Laço Eterno


Escrita por: Marksista

Notas do Autor


Oie gatus
Vocês vêm sempre aqui?
Hshshs
E aí gente, tudo na paz?
Temos neste capítulo um especial dia dos pais (bem atrasadinho), com o senhor Wang todo protetor e pai coruja. (<3)
Não tenho muito o que falar agora... até as notas finais, então e boa leitura, pompons ^-^
(Por que pompons? Por que pompons são fofos e eu amo pompons)

Capítulo 11 - Laço Eterno


Fanfic / Fanfiction Aere Perennius - Laço Eterno

SEUNGCHEOL POV

Engoli em seco ao ouvir a porta do escritorio ser trancada, e Jackson voltar-se para mim com expressão mais mortal que eu já vira.

Minha morte seria assim?

- Sente-se. - ordenou, apontando uma poltrona em frente à sua mesa.

Sentei-me ali e sequei minhas mãos nas calças, eu estava soando muito. Notei que nunca havia estado ali antes, e que, aquele com certeza era o lugar onde Jackson trabalhava.

Ele sentou-se à minha frente, apoiando o queixo em uma mão e me observando de forma pensativa, com os olhos semicerrados.

O silêncio tornava-se à cada momento mais desconfortável, e eu procurava algum ponto fixo para encarar além do homem à minha frente. Fiquei imaginando se eu deveria iniciar o diálogo, mas quando abri minha boca para falar algo, ele ergueu sua mão, me interrompendo.

- Eu sabia que isso iria acabar acontecendo uma hora ou outra. - Falou ainda me observando - Mas precisava ser tão cedo?! - me olhou indignado, e fiquei sem respostas, apenas gagueijando. Então ele suspirou - Eu... Eu vou te conceder a mão de meu filho... - ergui meu rosto e sorri, naquele momento, senti vontade de abraça-lo de tanta felicidade, mas me contive - Mas... - ergueu um dedo em minha direção - Existem muitas condições, e você irá cumpri-las. - Me olhou sério.

Engoli em seco, sentindo meu sorriso morrer um pouco e baixando o rosto. Assenti lentamente, esperando que ele começasse.

Ele levantou-se, começando a andar destraido pela sala.

- Primeiramente: Se você machucar meu filho, eu cuidarei de te torturar das piores formas, e tenha isso em mente - Arregalei meus olhos, assentindo rapidamente sob seu sorriso intimidador - Vejamos... Jeonghan tem hora para voltar para casa, se estiver com você e chegar tarde, a responsabilidade será sua, e acho que não preciso adiantar o que aconteceria se isso viesse a ocorrer, não é mesmo? - me olhou calmo.

- N-não... E-eu e-entendo, s-senhor... - murmurei falho. Como um homem poderia soar tão intimidador?

- Ótimo. Mas ainda não acabamos... - Ele parou novamente em frente a mim, atrás de sua mesa - Vocês passarão seus cios separados, não quero que tenham nenhuma relação antes de Jeong completar dezesseis anos.

Meu queixo caiu e o olhei indignado. Mas logo me arrependi cruelmente quando ele arqueou uma sobrancelha e rosnou com o olhar fixo no meu.

- Eu fui claro? - perguntou ameaçador.

- S-sim, senhor... Muito. - falei com a cabeça baixa, vendo que minhas mãos, além de suarem, também tremiam. Eu realmente estava me mostrando um grande alfa. Mas se fosse por Jeong, eu aceitaria.

- Pode ir, então. - Sorriu de lado, me acompanhando até a porta. Abriu a mesma, e quando coloquei um pé para fora, ele segurou meu braço, fazendo-me encara-lo. - Estou de olho em você. - falou baixo, e novamente só pude assentir.

Saí de lá acompanhado de Jackson, e fomos até a sala de estar, onde Jeonghan conversava com Mark.

- ... Mas omma... Por que eu não posso saber sobre o que eles estão falando? - mesmo de costas eu podia saber que Jeong possuia um bico nos lábios.

Mark acariciou seu cabelo, e quando nos viu na sala, olhou para mim e soltou um riso disfarçado, balançando a cabeça como se estivesse com pena.

- Cheollie! - Jeong correu até mim quando nos viu, logo me abraçando pela cintura - O que você e o appa tanto conversaram? Ele deixou você namorar comigo? - Suas bochechas ficaram mais vermelhas do que nunca e ele mordeu seu lábio.

- Estávamos apenas... - limpei a garganta, olhando para Jackson, que me olhava sério - ...convesando sobre coisas de adulto, pequeno... Bom, sim... Ele deixou, sim.

Jeonghan arregalou os olhos e sorriu abertamente, afundando seu rostinho em meu peito. Também o abraçei, e assim ficamos por um tempo, até Mark sugerir que nós dois fossemos tomar um sorvete, e Jeong praticamente me arrastou consigo para fora da casa.

MARK POV

Arqueei uma sobrancelha em direção à Jack, que mantinha-se emburrado no sofá, com os braços cruzados.

- Amor... - o chamei me aproximando, e deixando um selar em seu rosto, o puxei para que deitasse a cabeça em meu colo, e assim ele fez - Não fique assim...

Você sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra. - acariciei seus fios. Ele suspirou e fez um bico, que me fez rir e beija-lo.

- Mas eu não quero perder o meu bebê, Markie...- falou emburrado, e não contive um riso baixo.

- Você não está o perdendo, querido... - afaguei sua testa. - Ele sempre vai ser seu bebê, a diferença é que agora ele tem mais um alfa para protegê-lo. - sorri. Ele suspirou pesadamente, se dando por vencido e assentindo. Mas logo cerrou os punhos.

- Mas se ele machucar o meu neném, eu juro que...

- Shh... - franzi meu cenho, rindo soprado - Guarde um pouco desse ciúme para quando chegar a vez de Jimin. - pisquei e ele estremeceu, me olhando repreendedor.

Acabei rindo e depois de um tempo ele me acompanhou.

- Somos dois velhos ciumentos... - murmurou sorrindo.

- Fale por você, senhor Jack. Eu ainda não tenho trinta. - mostrei a lingua para ele, recebendo um monte de cócegas em reposta.

JEONGHAN POV

- De que sabor você quer, anjinho? - Seung virou-se para mim.

- Morango! - fiz um bico, ouvindo sua risada baixinha e seu pedido ao atendente.

Ele me entregou o sorvete e começamos a andar pelo parque enquanto conversávamos. Acabamos sentados perto de uma grande árvore, o sol já estava se pondo, tornando o clima mais sereno.

Eu comia meu sorvete distraído, mas sentia minhas bochechas queimarem ao ver que Seung me observava. Olhei para ele curioso, e senti sua mão acariciar meu rosto, logo sorriu, limpando um pouco de sorvete no canto de minha boca.

- O-obrigado... - corei ainda mais e baixei meu rosto, para que ele não percebesse. Mas fui impedido por sua mão, que ergueu meu queixo delicadamente, ainda afagando minha pele. Mordi meu lábio quando vi ele se aproximar.

- H-hyung...? - chamei hesitante.

- Sim?

- Nós... A-agora nós somos... namorados? - perguntei de vagar, olhando para seus lábios sem querer e não conseguindo desviar meu olhar de lá.

- Sim, pequeno. Agora nós somos namorados. Por que? - ele sorriu, aproximando-se ainda mais e me puxando para que me sentasse em sua perna.

- E-e o que isso s-significa? - indaguei baixo, sem conseguir desviar meu olhar de seus lábios. Seung sorriu de canto, roçando a ponta de seu nariz em meu pescoço, fazendo-me estremecer.

- Significa que só eu posso fazer isso... - Ele beijou meu maxilar lentamente, e não pude evitar fechar os olhos - Significa que eu também posso fazer isso... - com um sorriso carinhoso, ele tocou meus lábios com os seus, e o típico arrepio percorreu minha coluna. Então ele me beijou.

Hyung já havia feito isso antes, era verdade. Mas dessa vez foi melhor, pareceu mais intenso, mais amoroso. Aquela altura eu já havia jogado meu sorvete por cima do ombro, apenas enlaçando a nuca de Seung com minhas mãos.

Ele se afastou de vagar, olhando no fundo de meus olhos e sorrindo, logo iniciou vários beijos em meu pescoço, e, a cada um eu me arrepiava de imediato.

- Te amo, Hannie. - selou meus lábios levemente.

- Eu também te amo, Cheollie... - beijei sua bochecha - Aigoo, eu joguei fora o sorvetinho... - fiz um bico, sentindo-me arrependido por ter descartado o doce. Seung riu e apertou minhas bochechas, fazendo meu bico aumentar e meu rosto esquentar.

- Seu hyung compra mais pra você. - Ele piscou, mas pareceu lembrar-se de algo. Procurou alguma coisa no bolso de sua calça, agora com um sorriso triste.

- Eu ia me esquecendo... - Ele tirou de seu bolso o cordão com a pequena concha, o mesmo cordão que eu havia entregado à ele quando brigamos. - Promete que não vai mais tirar? - sorriu de lado, colocando o cordão em meu pescoço. Eu sorri e segurei o pingente em meus dedos.

- Prometo, hyung. - Assenti olhando a pequena concha. Ele me puxou para seus braços e me manteve ali, abraçado à ele.

- Agora vamos, já está escurecendo. No caminho eu compro mais um sorvete. - Ele acariciou meu cabelo, pegando em minha mão.

Eu me levantei, e começamos a andar, porém eu não conseguia parar de olhar para ele. Quando ele percebeu, corei e escondi meu rosto em seu ombro.

- O que foi? - sorriu.

- Eu já falei que você é o melhor hyung do mundo? - olhei para ele. Ele fingiu pensar, o que me fez rir um pouco.

- Já, mas eu não me canso de ouvir. - me puxou para si, mesmo estando em uma calçada pouco movimentada, e selou minha testa carinhosamente.

- Você sempre diz isso...

- É por que é verdade. - sorriu, beijando o bico que formava-se em meus lábios.

Já era quase noite quando chegamos à casa de Seung, e eu já possuía um bico em meus lábios novamente. Não queria ir para casa, não agora que estava tão bom ficar junto de Seungcheol sem que precisasse me preocupar com o que os outros pensariam. Pois éramos namorados, afinal.

Esse pensamento fazia meu coração acelerar a tal ponto que parecia querer voar, e, mesmo que eu não entendesse o por quê, aquilo era de certa forma bom, me fazia sentir mais vivo. Seung hyung sempre foi uma das pessoas mais importantes em minha vida. Desde que nos conhecemos no jardim de infância, quando mal sabíamos falar corretamente.

Me lembrava perfeitamente de como nos conhecemos. Eu tinha quase cinco anos, e era novo na escola. Tudo naquele lugar me itimidava, desde a amplitude de todos os corredores, que mais pareciam labirintos, desde os alunos, que em sua maioria, eram muito mais altos e fortes do que eu. Tudo isso resultava em um pequeno Jeonghan agarrado às saias das professoras, ou quieto em algum canto, com o rosto coberto pelo cabelo, contando (ou pelo menos tentando contar) os segundos para que seus pais o buscassem. Mas tudo mudou em um dia, em uma manhã um tanto fria. Eu havia acabado de chegar aos portões da escola, quando senti um forte empurrão em minhas costas, que fez com que caísse diretamente no chão, ralando os joelhos e mãos. No mesmo momento, comecei um choro assustado, me encolhendo ao passo que um garoto aproximava-se, rindo de maneira intimidadora.

Mas então outro menino pareceu surgir do nada, empurrando o grandalhão e fazendo com que o mesmo, assustado sob suas ameaças, pedisse desculpas à mim. Depois de o garoto sair correndo, o menino virou-se para mim, aproximando-se e estendeu sua mão para me ajudar a levantar, com um sorriso calmo em seu rosto.

"- Você está bem, loirinho? - perguntou com os olhos curiosos em cima de mim. Apenas funguei, secando minhas lágrimas e assentindo. - meu nome é Seungcheol, e o seu?"

E assim, mesmo sem sabermos, estabelecemos um laço que parecia mais forte do que qualquer outra coisa. Um laço tão forte, que durante todos esses anos, mesmo que inconscientemente, pertencíamos um ao outro, e à mais ninguém. E ali estávamos nós, depois de tantos anos, e com muitos anos ainda pela frente. E ali estava eu, totalmente dependente daquele alfa, não querendo nem sequer ir para minha casa por uma noite, pois sentia que com o hyung eu me encontrava mais seguro, mais feliz.

Adentramos sua casa, já que eu havia o convencido de que queria dormir ali, e que se fosse para casa, não dormiria direito. Mas algo imediatamente fez com que o bico em meus lábios apenas aumentasse, e me escondesse atrás de Seung, agarrando sua camisa e tentando espiar por cima de seu ombro. Mas meu acanhamento venceu minha curiosidade, e resolvi esconder meu rosto em suas costas, deixando de tentar adivinhar que eram aquelas pessoas.

Pude notar que assim que entramos, duas mulheres vieram imediatamente em nossa direção. Uma parecia-se muito com o omma de Seung, e aparentava ser um pouco mais velha, já a outra... Bom, a outra era uma beta, que parecia ter a idade de Cheollie, possuía cabelos escuros e usava um vestido claro.

Franzi meu cenho, me encolhendo ainda mais atrás de Seung. Quem eram essas pessoas? E por que estavam abraçando o MEU hyung?


Notas Finais


Por onde começamos...?

Vamos esclarecer antes de tudo que o Jack não odeia o Seungcheol, ele é superprotetor e quer apenas o bem do seu filhote ^-^
Opa, surpresa para quem leu My Salvation! Um ponto de vista do nosso Mark ❤
Nossos bebês estão oficialmente namorando agora, isso é um avanço (seca a lágrima)
Hmm... quem será essa que está abraçando o hyung do Hannie?
Deixo esse mistério no ar (por que sou dessas)

Obrigado pelos favoritos e comentários, sério. Queria ser mais criativa para agradecer descentemente, mas fazer o que né... amo voceeeeeessss
<3


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