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História Afraid of Feel - O destino.


Escrita por: breakheart

Notas do Autor


oi meus amores, como vão? eu sei que sumi (quase um mês), mas como já expliquei eu ando bastante ocupada com meus estudos e com o vestibular chegando meu tempo vai se tornando cada vez mais escasso. Mas apesar dos apesares estou aqui trazendo este capítulo novinho em folha (terminei ele hoje à tarde). Tentarei não demorar muito, mas infelizmente não posso prometer nada. Muito obrigada por todos os favoritos e comentários, vou tentar responder todos até o final dessa semana! Me digam o que estão achando e qualquer sugestão ou críticas construtivas serão bem-vindas, é só me procurar! Um beijo e até o próximo!

Boa leitura.

Capítulo 3 - O destino.


1 ano depois.

Coloquei meus óculos escuros assim que meus pés atingiram o solo do aeroporto, todas aquelas horas de voo me deixaram exausta. Eu me sentia preparada para viver essa nova etapa da minha vida, mesmo sabendo que isso significava trazer à tona partes do meu passado que eu tanto lutara para esquecer.

— Tudo bem, querida? — a voz suave de minha mãe chegou aos meus ouvidos.

Assenti com um aceno de cabeça.

— Ótimo — ela prosseguiu —, o carro já está a nossa espera.

A viagem de carro até a cidade de Berea durava cerca de duas horas, durante todo o percurso eu permaneci quieta apenas observando a paisagem pela janela enquanto minha mãe folheava um catálogo.

— Você não parece estar animada — proferiu, sem desviar o olhar do folheto à sua frente.

— Eu só estou cansada — murmurei me ajeitando no banco.

— Mas isso não é tudo o que você sempre quis, Blair? — falou me olhando intensamente. — Você passou todo o seu ensino médio planejando isso, não vá desistir agora, seu pai e eu ficaríamos muito decepcionados.

— Não vou desistir — é tudo o que consegui dizer.

O resto da viagem foi feita em silêncio e quando finalmente chegamos eu me senti viva, as ruas estavam cheias de carros indo e vindo, nada como o início do semestre. Então finalmente a vi: a faculdade que eu tanto sonhara em estudar, agora tudo seria realidade. O campus era maravilhoso, com a grama verde e todos os prédios fabulosos, eu me sentia em casa. Haviam muitos alunos por ali, carregando seus pertences para os dormitórios. Mas aquela área não me interessava, Blair Marshall não fica em simples dormitórios, eu tinha a minha própria fraternidade.

Quando o carro parou em frente à casa pude ver várias garotas aguardando do lado de fora, elas esperavam pela nova líder. Todas as fraternidades por ali tinham uma espécie de representante, a fraternidade para a qual eu iria não tinha ninguém na liderança porque a antiga representante se graduara no semestre passado, então bastou apenas um telefonema do meu pai para que me escolhessem como a nova líder.

O motorista abriu a porta para mim e eu saí do carro com calma e elegância, acompanhada por minha mãe. Cerca de dez garotas me olhavam ansiosas, todas sorridentes enquanto eu analisava uma por uma, até encontrar quem eu tanto procurava. Chloe Foster, ex-melhor amiga e futura vítima da minha vingança cruel. Ela não mudara quase nada, vi sua expressão de surpresa ao me reconhecer.

— Meninas, sou Blair Marshall, a nova líder de vocês pelos próximos quatro anos. Será uma experiência... interessante.

Sorri abertamente enquanto todas aplaudiam, exceto Chloe. Eu era uma rainha com sede de vingança.

[ . . . ]

Sábado, 09:30 AM.

Dei um pequeno sorriso conforme Rose, uma das garotas da casa, falava abertamente sobre o campus da universidade para todas à mesa. Eu não dava a mínima para aquela chatice pois já sabia tudo sobre aquele lugar. Desde que entrei para o ensino médio meu grande sonho era me graduar na Baldwin Wallace University, uma das melhores universidades dos Estados Unidos, apesar do campus ficar localizado na pacata cidade de Berea, estado de Ohio. Mas relevando essa infeliz circunstância era maravilhoso, eu já havia visitado o local três vezes nos últimos dois anos e sabia que aquele lugar era o certo para mim, mas tinha conhecimento de que muitas pessoas que eu conhecia também queria estudar ali. Para mim conseguir entrar era questão de honra e eu sempre estive acostumada a ter tudo o que eu queria, dessa vez não foi diferente.

Deixei as garotas conversando e me retirei da cozinha, precisava me aprontar para aguardar a chegada de Ellie, uma amiga que fiz quando me mudei de Vancouver. Assim que a conheci nos tornamos inseparáveis, mas desde o ocorrido entre Chloe e eu passei a ter dificuldade para confiar nas pessoas e isso me afetava bastante.

— Blair?

Reconheci sua voz e parei no meio do corredor, ela estava logo atrás de mim, provavelmente estivera me seguindo desde que saí da cozinha.

— Sim?

Chloe continuava da mesma forma que eu me lembrava, exceto que seus cabelos loiros outrora curtos agora caíam por suas costas até a cintura.

— Podemos conversar?

Ela ainda não arrumara suas coisas, que estavam espalhadas por todo o quarto. Chloe se sentou na cama desarrumada e eu permaneci em pé, atenta a tudo.

— Sobre o que quer conversar? — quebrei o silêncio. — Que eu saiba não temos nenhum assunto pendente.

— É claro que temos — sua voz é firme e ela me encarou. — Você simplesmente sumiu, mudou até o número do celular para eu não poder te ligar! Eu procurei por você, fui até a sua casa mas tudo o que seu irmão disse foi que você decidiu se mudar e nem me disse o porquê!

— Creio que esteja havendo um engano — falei, indiferente. — Eu deixei bem claro porque fui embora.

— Deixou claro como?

Permaneci em silêncio enquanto Chloe me olhava perplexa, minha mente estava à mil. Ela não sabia sobre a carta que deixei para ele, não sabia que eu tinha ido embora porque descobri sobre os dois e não consegui lidar com isso.

— Foi por causa do Justin?

Ouvir o nome dele me causava uma sensação estranha que eu não sabia descrever, mesmo depois de todo esse tempo. Eu não gostava de mentiras, mas mentir para Chloe seria essencial para que tudo desse certo no meu plano.

— Foi — murmurei —, você sabe o quanto eu o amei e como era difícil não poder tê-lo, então eu preferi ir embora.

Chloe se levantou e veio em minha direção como se fosse me abraçar, mas parou a alguns passos de distância.

— Por que não me contou? — seu tom era de compreensão e tive que resistir a vontade de revirar os olhos.

— Não queria que me achasse fraca.

— Eu jamais acharia isso, Blair — se aproximou novamente e segurou minhas mãos. — Nós fomos amigas por tanto tempo, eu senti sua falta.

Dei um sorriso falso.

— Eu também.

Ela me abraçou sem saber que em breve estaria provando do próprio veneno, só não podia garantir que o gosto seria bom.

[ . . . ]

Ellie chegou logo depois do almoço e eu ajudei com as malas, que não eram poucas. Notei que Chloe ficou nos observando até entrarmos no quarto, talvez ela tivesse pensado que seríamos melhores amigas de novo ou algo do tipo, pensou errado.

— Então aquela é a tal Chloe? — indagou colocando as roupas nas gavetas.

Olhei-a de soslaio.

— Como você sabe?

— A tensão entre vocês estava paupável no ar.

Revirei os olhos enquanto a ajudava a dobrar as roupas.

— Não há tensão alguma — repliquei —, ela não sabe que fui embora porque descobri o caso que eles tinham.

— Como não?

— Nós conversamos mais cedo, tenho certeza que ela não sabe de nada — expliquei. — Ao que me parece ele não contou nada sobre a carta para ela.

— Quando vai parar com essa coisa de “ele” e finalmente chamá-lo pelo nome? — me olhou zangada. — Parece que estamos em Harry Potter e todo aquele lance de “Você-Sabe-Quem”.

— Eu não evito dizer o nome dele — tento soar neutra.

— Ah não, imagina se evitasse — disse com sarcasmo.

Por volta das quatro da tarde Ellie me convenceu a levá-la até a universidade para conhecer melhor. Dei a ela um tour completo por toda a propriedade e contei tudo o que sabia sobre a história da faculdade, pensei que o que mais a fascinara fora a enorme biblioteca com seu imenso acervo, mas quando saímos para fora e ela viu o time de futebol americano fazendo aquecimento seus olhos brilharam. Ellie adorava garotos tanto quanto adorava livros.

— Ah. Meu. Deus — falou pausadamente tirando os óculos de sol. — Eu morri e fui pro céu.

Dei uma risada alta enquanto nos sentávamos na arquibancada para observar, ou melhor dizendo: admirar. Haviam uns vinte garotos no campo e quase todos eles estavam sem camisa. Logo alguns deles notaram nossa presença ali e Ellie acenou, chamando a atenção de um que corria em volta do campo. Em menos de três minutos ele foi até ela e os dois já estavam conversando, ri percebendo o quanto Ellie era rápida. Desviei meu olhar de volta para o gramado e então meu coração parou por um segundo, ele estava olhando para mim. Ele me reconhecera. Avisei Ellie que iria ao banheiro e desci as arquibancadas com pressa, a cada passo meu coração parecia acelerar mais. Quando meus pés tocaram o chão arrisquei olhar para trás, um erro. Ele estava vindo atrás de mim.

A antiga Blair correria em disparada até chegar em casa e se esconderia embaixo dos lençóis, e foi exatamente isso que eu não fiz. Fiquei ali parada com a melhor expressão de neutralidade que consegui demonstrar, enquanto o via ficar mais próximo de mim a cada segundo. Ele estava ainda mais lindo que quando eu o deixara há um ano atrás, será que ele continuava o mesmo Justin de sempre ou também mudara? Não será burra Blair, ele jamais mudaria. Ele parou em minha frente e deu um sorriso relaxado.

— Blair Marshall, parece que o destino te trouxe para mim novamente.


Notas Finais


*capítulo não revisado.


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