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História Afraid of Feel - Assuntos pendentes.


Escrita por: breakheart

Notas do Autor


olá meus amores, estou passando aqui rapidinho só pra deixar um capítulo novinho para vocês. Espero que gostem e me digam o que acharam, muito obrigada pelos favoritos e comentários, um beijo e até o próximo!

Boa leitura.

Capítulo 4 - Assuntos pendentes.


Os raios de sol iluminavam aqueles olhos que eu tanto amei, se aquilo fosse há um ano atrás eu estaria sorrindo feito boba, mas a nova Blair apenas o encarou em um misto de frieza e tédio.

— Você não tem nada melhor para dizer?

Pelo olhar que ele me lançou pude notar que eu o deixara surpreso.

— Uau, cadê aquela Blair que era sempre tão gentil e delicada?

Dei um sorriso falso e respondi simplesmente:

— Morreu.

Me virei pronta para ir embora, mas antes que eu pudesse dar um passo senti sua mão envolver meu pulso. O primeiro toque depois de tanto tempo. Lutei contra a vontade de olhar em seus olhos e dizer todas as palavras que estavam presas em minha garganta, eu quis empurrá-lo e gritar com ele perguntando por que fez tudo aquilo comigo. Mas eu havia prometido a mim mesma que jamais falharia novamente.

— Tire suas mãos de mim — vociferei puxando meu braço.

Justin me olhava aflito.

— Blair, me deixa explicar...

— Explicar o quê? — interrompi. — Você não me deve satisfações Justin Bieber, não era essa uma das suas regras?

Pela primeira vez eu o deixara sem palavras, Justin me encarava inexpressivo. Ele abriu a boca para dizer algo mas eu não esperei para ouvi-lo, nada que viesse dele me interessava. Enviei uma mensagem para Ellie avisando que estava indo para casa, era apenas a duas ruas dali.

— Ei moça, espere!

Virei para trás e encontrei um rapaz vindo em minha direção.

— Você deixou cair isto.

Ele abriu a mão e eu vi uma delicada pulseira de pedrinhas azuis.

— Desculpe, mas não é minha — dei um pequeno sorriso e me virei pronta para ir embora.

— Espere — disse segurando minha mão.

— Se isso for uma tentativa de me chamar para sair você falhou miseravelmente — falei cruzando os braços e ele riu.

— Para sair com uma moça tão bonita como você certamente eu teria que me esforçar muito mais.

— De fato — concordei. — Mas por que usou uma pulseira roubada para chamar a minha atenção?

— Não é roubada, eu apenas a encontrei — riu novamente. — Achado não é roubado, certo?

— Certo — eu ri —, mas ainda espero uma explicação.

— Bem, haverá uma festa na minha fraternidade esta noite de recepção aos calouros, e eu fui incumbido de convidar todas as moças bonitas da cidade.

— Eu não sou qualquer garota que você encontra por aí e chama para uma festa.

— Você é Blair Marshall, certo?

— Como sabe? — perguntei desconfiada.

— Você não é a filha do governador? — ele sorriu. — Seria difícil não reconhecê-la.

Sorri satisfeita.

— E você, quem é?

— Sou Nathan Howard, ao seu dispor — fez uma reverência.

Eu conhecia aquele sobrenome.

— Você não é...

— Sim, sou o filho do reitor da universidade — confirmou. — Mas isto não importa.

Ele segurou minha mão e a levou até os lábios.

— Espero encontrá-la esta noite, Blair Marshall.

[ . . . ]

Já era muito tarde quando despertei ouvindo meu celular tocar, tateei no escuro até encontrá-lo no criado mudo ao meu lado. Me sentei na cama e vi o nome de Ellie na tela do aparelho, já passavam das duas horas.

— Alô? — atendi meio grogue.

— Blair? — a voz chorosa de Ellie soou do outro lado da linha.

— O que houve? — perguntei preocupada.

— Você pode vir aqui me buscar? — sua voz soava abafada.

— Claro que posso, aconteceu alguma coisa?

— Não — falou calma. — Mas vem logo, por favor.

Ellie encerrou a chamada e eu me levantei às pressas, tropeçando nos lençóis. Apenas peguei um casaco que estava pendurado perto da porta e fui correndo até a garagem, a festa estava acontecendo a duas ruas dali, mas eu não me arriscaria andando à pé pelas ruas àquela hora da noite. A casa era enorme e já estava cheia de pessoas bêbadas deitadas no jardim e outras vomitando na calçada, uma cena extremamente repugnante e era por aquele motivo e mais outros que eu evitava ambientes daquele tipo.

— Tire suas mãos imundas de mim! — gritei para um garoto que tentava me alisar enquanto eu atravessava um corredor procurando por Ellie.

— Blair? — procurei com o olhar quem me chamara e vi Nathan. — Acho que está meio atrasada, não?

— Eu não vim para a festa — falei impaciente. — Só estou procurando minha amiga que deve estar bêbada em algum lugar dessa casa.

— É uma garota baixa de cabelos castanhos? — perguntou e eu confirmei com um aceno de cabeça. — Eu a deixei em um dos quartos lá em cima, ela estava passando mal.

— Obrigada — agradeci, já indo em direção às escadas.

— A propósito, bela camisola — acrescentou sorrindo.

Arregalei meus olhos e olhei minha roupa, eu estava usando uma camisola branca de renda que deixava boa parte das minhas coxas expostas. Senti minhas bochechas esquentarem e fechei o casaco, saindo rapidamente dali. O corredor do andar de cima estava silencioso, cada passo que eu dava ecoava por ali. Fui abrindo todas as portas à procura de Ellie, mas ao abrir uma delas encontrei Justin sentado ao lado de uma garota, antes que eu pudesse fechar a porta, ele disse:

— Está procurando sua amiga?

Olhei-o desconfiada.

— Sim, como sabe disso?

— Ela está aqui.

Entrei no quarto e fui até a cama, onde Ellie estava dormindo. Verifiquei se estava tudo certo com ela e me virei para ele.

— Como a encontrou?

Ele percebeu o tom de acusação em minha voz.

— Calma, eu não fiz nada. Ela estava chorando aqui sozinha e pediu que eu esperasse com ela até sua amiga chegar.

Assenti com calma.

— Você pode me ajudar a levá-la até o carro?

Justin não se opôs e carregou minha amiga até o lado de fora da casa, colocando-a no banco de trás do meu carro.

— Obrigada — falei para ele, pronta para ir embora.

— Blair, será que nós podemos conversar?

— Não acho que eu tenha algo para conversar com você.

Ele suspirou impaciente.

— Você sabe que nós temos assuntos pendentes, desde que você foi embora eu me sinto culpado por não ter lhe dito a verdade.

— Qual verdade? Que você transava com a minha melhor amiga enquanto eu corria atrás de você feito uma idiota? — ri com escárnio. — Ou que você apostou cem dólares com seus amigos nojentos que conseguia me levar para a cama em menos de um mês?

— Eu sei que fui um idiota com você — admitiu —, mas precisa me ouvir...

— Não, eu não preciso ouvir nada, você é quem precisa ouvir umas boas verdades — falei com raiva. — Eu me doei ao máximo por você, sempre estive disposta a fazer tudo por você, o meu maior erro foi ter te tornado prioridade na minha vida. Você me machucou com toda a sua frieza com relação aos meus sentimentos, e eu jamais vou permitir que você e nem ninguém me faça sofrer novamente. A verdade é que você não suporta me ver feliz, não suporta a ideia que eu não dê mais a mínima para você. Sabe do que é que você gosta, Justin Bieber? De ter uma idiota correndo atrás de você, então eu sugiro que procure por outra porque a minha vida você não vai arruinar nunca mais.

E com isso eu fui embora, sem saber que deixara Justin para trás guardando um terrível segredo.



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