História Afraid to Fall in Love - Christian Beadles

Abro meus olhos e me dou conta que dormi sem perceber. Levanto e vou até a janela vendo que o dia ainda está claro, provavelmente eu dormi por algumas horas.

FLASHBACK ON

Avistei uma caixa roxa no fundo da gaveta da cômoda e como sou curiosa peguei para ver oque havia dentro. Levei a caixa até a cama e abri rapidamente.

Havia diversas fotos se alternando entre os garotos que estavam lá em baixo.
Em uma foto havia o garoto que não quis me falar o nome que havia diversas tatuagens e uma garota morena que devia ter minha altura abraçada com ele, deveria ser namorada talvez.
Em outra foto havia os três juntos e mais um garoto e duas garota morenas. E foi assim que passei um bom tempo olhando as fotos e algumas cartas e outras coisas desnecessárias.

FLASHBACK OFF

Fui até a porta e percebi que a mesma se encontrava aberta. Estranho. Abri a mesma e sai pelo corredor que estava vazio. Desci as escadas e vi alguns garotos na sala, os mesmos de sempre e mais dois que não havia visto antes.

Quando terminei de descer pudi ver que os mesmos me olhavam e alguns com expressão confusa.

– Eu já posso hã.. ir embora?

– Olha, a bela adormecida acordou – Falou o tal de Ryan e fiz uma expressão confusa – você está dormindo desde ontem a tarde.

Como assim eu havia dormido esse tempo todo? Ta explicado o porquê de estar claro.

– Uou – Faço uma cara de surpresa e então olho o garoto moreno – já posso ir?

– Não – Ele fala e logo volta o olhar para a televisão

– E porque não?

– Porque eu não quero – Vejo uma veia do seu pescoço ficar mais nítida

– E porque você não quer?

– Garota – ele se virou pra mim – se eu fosse você não me desafiava

– E porque não? – ele pegou uma arma que havia na mesinha ao seu lado que eu nem havia reparado sua existência

– Você não quer ter uma bala no meio da sua testa não é?

– N-não

– Então é bom parar de me irritar

Ele voltou a atenção na televisão e eu voltei para o quarto.

Oque aquele imbecil queria comigo?

Devo assumir, sempre gostei dessas coisas de terror/arma/sangue mas dá medo pessoalmente.

Antes de eu me jogar na cama avisto o garoto moreno abrindo a porta e logo a fechando atrás dele.

– Oi, sinto muito pelo oque aconteceu lá em baixo.

O olho para ver se consigo ver algum tom de brincadeira ou zoeira em sua voz mas nada me parece zoar.

– Ah.. não foi nada.

– Foi sim, ás vezes o jb passa dos limites.

– jb? – o olho confusa enquanto sento ao seu lado.

– Você não conhece ele? – ele faz uma cara de confuso e eu nego

– E deveria?

– Ele é o Justin Bieber – ele falou como se me ajudasse a lembrar

– Hã.. não conheço não

– Ele é o maior traficante da cidade e você não conhece? Em que mundo você vive?

– Não sei, nunca ouvi falar

– Nossa garota, você tem muito a aprender -ele ri e confesso que o riso dele é contagiante

– Pois é.. Então, ainda não sei seu nome

– Ah, verdade. Eu sou Christian Beadles

– Hm, então prazer chris –sorrio– posso te chamar assim?

– Claro

– Então ta

–Caramba –ele passa a mão em alguns fios meus– que cabelo maneiro, tem vários tons de azul –dou risada pelo modo que ele ficou impressionado.

– Obrigado –sorrio– você não é igual os outros, gostei de você

– Eu também gos.. –antes de ele  terminar de falar a porta é aberta bruscamente

– Oque está fazendo aqui Christian?

– Eu só vim ver como ela estava

– Ótimo, já pode ir

Mas oque??? Esse garoto tem problemas não é possivel.

Chris se levanta e sai do quarto mas não sem antes me olhar e sussurrar um "boa sorte". O tal Justin vem na minha direção e encosta na cômoda.

– Eu já posso ir embora? – o interrompo e vejo que ele fica um pouco nervoso.

– Não garota, eu já disse que não

– E oque quer então? Eu ja disse que não vou contar aquela história a ninguém

– E porque eu confiaria em uma menina que tem cabelo azul?

Idiota.

– Porque será que cabelo não define personalidade?! – falo meio óbvio

– Tanto faz. Você vai ficar aqui e pronto – ele vai até a varanda e volta – você tem celular?

– Não, deixei em casa.

– Algum aparelho de comunicação?

– Não – reviro os olhos

– Se eu pegar você conversando com alguém você vai ver só – ele aponta em minha cara e eu bato em sua mão.

– Primeiramente você não levanta o dedo pra mim e não aponta na minha..

Quando me dou conta já estou no chão pelo tapa que havia me dado.
Ele é a primeira pessoa que rela a mão em mim, mas também a linda vai discutir com um traficante, parabéns melanie.

Coloco a mão no rosto e sinto algumas lágrimas escorrerem pela dor que senti. Vejo que ele se abaixa e segura em meu pulso com violência.

– Você nunca mais ouse levantar a mão pra mim, entendeu? Garota estúpida – ele levanta e sai do quarto trancando a porta logo depois.

Mas oque droga acabou de acontecer aqui? Tudo bem que já tive várias consultas com meu psiquiatra e ele me diagnosticou com o transtorno bipolar, mas não achei que seria tão sério a ponto de enfrentar um bandido, embora eu estou pouco me lixando se ele me mataria ou não.

Eu sou a típica pessoa que não liga muito pra vida e está pouco se importando se irá morrer cedo ou tarde. Pra mim, todos nós iremos morrer então não há oque temer.