História Afraid to love you - Reencontro

As pessoas sempre dizem que o tempo cura, Karina havia descobrido que isso não era totalmente verdade, o tempo não a tinha curado nem um pouco, não ainda. Ela tinha aprendido que o tempo não faz a dor parar, mas a fazia esquecer de senti-la, o que era um alívio pra Bianca.

Pedro ainda tentava conquistar a esquentadinha, e quanto mais foras tomava mais os amigos zoavam, riam e diziam que ele não consiguiria e que seria melhor desistir, a cada resposta sarcástica, levantar de sobrancelhas e "babaca" que Karina dizia, Pedro parecia mais decidido a conquistar aquela garota, tinha desafiado a si mesmo.

~*

-acordou animadinha. -Karina disse a Bianca que saiu cantando do banheiro.

-E porque não estaria? Olha o dia lindo que está hoje. -Bianca depositou um beijo na testa da irmã.

-E imagino que igualmente lindo seja o cara do ônibus, ou vai me dizer que esse bom humor todo se deve só ao dia lá fora?

-Cara do ônibus? -Bianca fez cara de desentendida e um segundo depois caiu na gargalhada. -Ah, ta bom vai K, mas ele é muito maravilhoso.

-Não dúvido, agora eu tenho que ir ou vou chegar atrasada, e toma cuidado com esse cara do ônibus, ele pode ser um estuprador, ou até mesmo ser o Batman, nunca se sabe. -Implicou Karina.

-Não sei como eu não tinha pensado nisso, com aquele físico eu não düvido que ele seja mesmo o Batman...-Karina fechou a porta, parando de ouvir o discurso da irmã sobre as possibilidades relacionadas ao agora chamado cara do ônibus.

~*

Karina estava no ponto havia uns minutos.

-Karina? -chamou uma voz masculina as suas costas.

Karina gelou, era impossível não reconhecer aquela voz, a loira não se mexeu.

-Finalmente eu te achei, estou em São Paulo a uma semana, te procurei, te mandei mensagens, tentei ligar...

-O que você ta fazendo aqui, Cobra? Porquê?

- Por você Karina, vim pra cá por que eu te amo e te quero de volta.- ele tentou segurar a mão da loira, mas ela o afastou.

-Quando você vai entender que não tem mais volta? Acabou.

-Eu mudei, por você, por nós.

-Não existe nós, existe eu e existe você, eu estou seguindo minha vida e você deveria fazer o mesmo.

-Ainda da tempo de recomeçar, eu ainda posso...

Karina entrou no ônibus decidida, deixando-o sozinho com suas meias palavras e promessas.