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História After All - Capítulo XVI: Quadribol.


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Desculpem pela demora, amoras.
Eu não estou muito bem ultimamente, tenho me sentido uma autora bem ruim e vocês provavelmente concordariam ainda mais se lessem no nyah! porque lá eu não posto a muito tempo. Não tenho conseguido terminar de escrever os capítulos, tenho três começados e nenhum acabado, então me sinto mal e esqueço de postar aqui também. Desculpem por isso =/
Sem mais lamentações,
Bora capítulo!

Capítulo 17 - Capítulo XVI: Quadribol.


POV Hermione.

Desci as escadas e minhas amigas me esperavam sentadas na cama.

— Foi ele? — Gina perguntou quando me sentei novamente na cama.

— Falamos disso amanhã, pode ser? Estou morrendo de cansaço — pedi, sinceramente.

— Quer que fiquemos por aqui? — Luna ofereceu, prestativa.

— Não precisam, meninas. Eu só preciso dormir, uma boa noite de sono e eu estarei melhor — tentei mostrar-me forte.

— Qualquer coisa você nos chama, ok? — Gina exigiu.

— Pode deixar, suas bruxas maravilhosas — acalmei-as. — E amo vocês!

As duas saíram do quarto me mandando beijos. E eu me joguei em minha cama, cansada. Peguei minha varinha que estava sob meu travesseiro e usando o feitiço Accio peguei meu pijama e minha toalha. Levantei da cama e subi as escadas.

Malfoy estava deitado de bruços, sem camisa. Olhei para ele e vi um homem forte, decidido, implicante e, apesar de tudo, incrivelmente atraente. Por um instante quis ter minhas mãos passeando em suas costas,elas ficariam lindas com marcas vermelhas de arranhões. Chacoalhei minha cabeça afastando aqueles pensamentos. Devia ser o efeito do estresse, só podia ser isso. Entrei no banheiro e tomei uma ducha rápida, sem lavar os cabelos. Ao sair, olhei de esguelha para o garoto, mas antes de pensar qualquer coisa, desci a escada aos pulos e me deitei em minha cama e, antes mesmo que eu percebesse, estava dormindo.

A noite passou rápida, e quando acordei a primeira coisa que me dei conta foi que Harry não havia aparecido. Isso devia significar que ele passou a noite tentando resolver o caso de Ronald, e ainda devia estar fazendo isso.  Me levantei e me troquei sem coragem, mas a lembrança de que ainda era domingo e, com isso, não teríamos aula, surpreendentemente, me aliviou. Eu precisava descansar um pouco mais.

Subi as escadas sem fazer barulho, Malfoy ainda estava dormindo, exatamente na mesma posição que na noite anterior, de bruços e sem camisa. Dessa vez, não deixei que minha mente me pregasse peças, e fui andando depressa para o banheiro, antes que meus olhos se demorassem demais em seu corpo. Quando saí, o garoto havia se virado, e tinha o braço esquerdo sobre os olhos, com a marca negra voltada para cima. Sem conseguir evitar, meus olhos colaram-se nela, na marca, em seu contorno escurecido, que ninguém mais havia notado, meu olhar percorreu seu braço até encontrar seu peitoral, e em seguida seu abdômen, que era absurdamente definido. Eu estava paralisada, não conseguia parar de observá-lo.

— Bom dia, Granger — Malfoy disse, de repente.

No mesmo instante, corei, e por um instante, não consegui dizer nada.

— O que está fazendo? — ele questionou, ficando sentado na cama.

— Estava só passando — tentei justificar-me.

— Passou tempo demais me olhando, para alguém que estava só passando — o sonserino encrencou.

— Estava te vigiando, afinal é pra isso que estou aqui, não? — menti.

— É verdade — o garoto concordou. — Por um momento, achei que estivesse só observando o meu lindo corpo.

Ele piscou para mim, e eu me segurei ao máximo para não voltar a corar.

— Nem em sonhos, Malfoy — declarei, escondendo a verdade. — Estava te vigiando, como já disse.

— Posso te perguntar uma coisa? — o monitor pediu.

— Perguntar pode, mas não garanto que irei responder — esquivei-me.

— Você sente mesmo tanto rancor assim? — Seu olhar havia perdido o ar zombeteiro.

— Não é bem isso, Malfoy — falei, apoiando-me na mesa. — Sei que você está tentando mudar, mas ontem estava estressada com tudo aquilo. Acabei descontando em você. Desculpe-me.

— Eu entendo — ele concordou. — Só queria reafirmar que eu não enfeiticei o Weasley. E inclusive, dizer que sinto muito pelo acontecido.

— Tudo bem e obrigada — respondi, me retirando de seu andar, enquanto o garoto voltava a se deitar.

Sai do quarto e fui em direção à Torre da Corvinal. Gina ainda deveria estar dormindo, mas Luna, como eu, tinha o hábito de acordar cedo. Após responder à charada corretamente, pude entrar no salão comunal e ir em direção ao quarto de Luna. Quando via os corvinos naquele ambiente, eu me sentia bem comigo mesma, às vezes pensava que o chapéu colocara-me na casa errada, não fosse por Harry e por... Bati na porta do quarto sem completar o pensamento, ainda não conseguia aceitar o que havia acontecido ontem.

Uma Luna sorridente e descabelada apareceu na porta.

— Ah,oi Mione! Tudo bem com você? Está melhor? Como passou a noite? Conseguiu dormir bem? — a loira me bombardeava de perguntas enquanto me puxava para dentro, onde Gina, inexplicavelmente já estava.

— Oi Mione, e ai? — Gina cumprimentou-me.

— Então vocês fizeram uma festa do pijama sem mim? — reclamei, de brincadeira.

— Você estava com sono, e eu queria saber do dia de Luna, com o Blasinho — a Weasley explicou, zombeteira como era.

— E vai me contar agora? — indaguei, já ficando curiosa.

— Ah, ela conta depois! Eu não quero ouvir tudo de novo agora — a ruiva interrompeu a resposta que se formava na boca de Luna.

— Ah, não é justo. Eu conto sim! — Lovegood interveio.

Luna contou sua tarde para nós, tendo sua história interrompida por constantes comentários de Gina. Mas não contou o que Blásio havia lhe dito, a tal história dele. Ao que teve que ouvir inúmeras reclamações vindas de nossa parte.

— Ai o Draco contou o que tinha acontecido com você e eu corri para o castelo — ela finalizou. — Agora nos conte. Foi o Draco que enfeitiçou o Rony?

— Ele diz que não — respondi, sem saber se eu mesma já acreditava ou não.

— Eu sabia — a loira exclamou. — Eu acredito nele.

Gina olhava para ela espantada, Luna era uma garota meiga, mas nunca foi do tipo inocente demais, que acreditava qualquer coisa.

— Por que? – a ruiva indagou, com um tom até mesmo meio indignado. – Ele não é uma boa pessoa de qualquer modo, pode muito bem ter sido ele, não custa nada mentir.

— Ele está tentando mudar — argumentei com Ginny.

— Você acha que ele está falando a verdade? —a Weasley questionou.

— Não sei o que acho — confessei. — Ele enviou uma carta para o seu irmão, mas disse que não o enfeitiçou, e hoje ainda disse que sentia muito pelo ocorrido.

— Por que ele enviou uma carta para o Ron? — Gina indagou.

Fiquei em silêncio, pensando se devia ou não contar o motivo, ela era irmã dele, mas também era minha amiga, não me condenaria.

— O que houve, Herms? — Luna perguntou também.

— Ok, eu conto. Mas vocês precisam prometer manter isso em segredo — concordei, por fim. — Bom, a alguns dias Malfoy estava querendo sair a noite, e eu não concordei em deixá-lo ir, mas no mesmo dia mais tarde, ele desceu para o meu quarto porque me ouviu falando enquanto dormia.

— E o que ele ouviu? — Lovegood deu ouvidos ao pensamento de ambas.

— Eu havia dito que Ronald não tinha pegada — contei.

A loira automaticamente caiu na gargalhada, enquanto a ruiva ficou boquiaberta.

— Aí o Malfoy me chantageou, disse que enviaria uma carta anônima ao Ronald, dizendo que eu andava espalhando isso sobre ele, caso eu não concordasse em deixá-lo sair. Eu não deixei e ele fez — conclui.

— E ainda assim você acha que ele não enfeitiçou o Rony? — Gina ponderou.

— Ele avisou que enviaria a carta e depois assumiu que a enviou. Draco Malfoy pode ser um canalha, mas não é mais como no sexto ano, ele não teria dito essas coisas se planejasse enfeitiçar o garoto — argumentei, levando a outra ao silêncio.

— Vamos tomar café, então — Luna sugeriu, para amenizar o clima.

Minhas amigas se levantaram e fomos as três para o salão principal, em busca de um bom café da manhã.

— Tudo bem, talvez não tenha sido ele — Gina declarou de repente, enquanto descíamos, e voltou a ficar em silêncio.

Sem saber porquê, eu sorri com sua mudança de opinião.

Enquanto comíamos, Blásio veio em nossa direção, na companhia de seu amigo Malfoy. O moreno se sentou ao lado de sua loira, enquanto o outro sentou ao seu lado.

— E ai? O que vamos fazer hoje? — Zabini perguntou pra todas nós.

— Vamos? — indaguei, confusa.

— Sim, vamos — ele reafirmou. — O que acham de xadrez bruxo?

— Tedioso — Gina respondeu, antes de todos. — O que os sonserinos acham de um jogo de quadribol amistoso?

Os olhos de Malfoy cintilaram com a proposta do desafio, ele já estava pronto para aceitar.

— Os sonserinos eu não sei. Mas eu e Hermione não achamos uma boa ideia, não é mesmo, Mione? — Luna interveio, já que, assim como eu, não era boa em quadribol.

— Deixem disso, você pode jogar contra seu amorzinho, Luna — a ruiva sugeriu, para não estragarmos sua brincadeira.

— Ah, sendo assim, por mim tudo bem. Vamos! — a corvina cedeu, por fim.

Todos se levantaram e já estavam caminhando em direção à saída do castelo, quando consegui pensar em algo para me tirar daquela enrascada.

— Ela pode jogar com o Blásio, mas e eu? — questionei sua proposta.

— Você pode ser a juíza, Mione. Não estrague nossa brincadeira — a Weasley reclamou.

Fomos, então, os cinco para os jardins. Alguns alunos já estavam por lá, jogando quadribol, voando em vassouras, lendo livros, ou apenas conversando, todos se divertiam naquela manhã de tempo ameno.

Os meninos já foram encontrando espaço entre os grupos, tentando montar um protótipo de campo de quadribol, enquanto Gina invocava sua vassoura e uma goles. Quando acabaram de arrumar o campo improvisado, Malfoy e Zabini fizeram o mesmo. Como Luna nem eu possuíamos vassouras, Gina correu até o vestiário e pegou uma para cada.

Com a vassoura em mãos, olhei para cada um deles, enquanto levantavam voo. Os garotos e Gina subiram aos céus com maestria, enquanto Luna precisou de três tentativas para deixar o chão. Quando percebeu que eu ainda não havia subido na vassoura, a ruiva virou o bico de sua Nimbus para o chão e veio voando em minha direção.

— Herms, tudo bem por ai? — ela perguntou.

— Gina, você se esqueceu que eu não sei voar? — indaguei irritada. — Os sonserinos não precisam saber disso. Invente uma desculpa para que eu não precise sair do chão!

Antes mesmo que eu acabasse de falar, a garota já estava voando de volta para cima.

— Meninas, vamos voar baixo, porque a vassoura que peguei pra Mione não está boa — ela mentiu.

— Não sabia que toda a Grifinória era tão pobre quanto vocês Weasleys. — Malfoy zombou, voando sobre a cabeça da garota.

— Sua vassoura é muito mais ultrapassada do que a minha, Draco. Uma Nimbus 2001, isso é piada hoje em dia — Gina contestou, rindo, enquanto vinha para perto do chão. — Vamos lá, Herms, jogue a goles para o alto.

Assim que a goles saiu de minhas mãos, Malfoy e Gina voaram para ela, a garota levou a melhor, mas ao passar a bola para sua amiga esta deixou-a escapar. Blásio, que estava perto de Luna, pegou a bola que ia caindo e saiu em disparada, trocando passes com o loiro. Malfoy atirou a bola em direção à área que eles haviam delimitado como gol, mas Weasley a pegou no ar e saiu para o lado oposto, voando mais rápido que todos, e marcando o ponto.

Malfoy chegou voando por baixo e pegou a goles no ar, a atirando para Blásio, que estava ainda fazendo a volta com sua vassoura, mas, mesmo assim, pegou-a com facilidade. Em poucos segundos, Gina já estava em cima dele, enquanto Luna tentava alcançar Draco, que já havia ultrapassado os outros dois, Zabini, o vendo, jogou a bola em sua direção, e com uma simples virada de mãos, o monitor chefe a mandou para o gol.

A goles despencou diretamente nas mãos de Luna, que tentou jogá-la para Gina, mas Blásio a pegou pelo meio do caminho e sozinho levou-a até o gol. Luna acabou até comemorando, levando a mim e aos dois garotos a cairmos na gargalhada, enquanto Ginny, irritada, voou depressa até a bola e, driblando os dois marmanjos, fez mais um ponto para o time das garotas.

Depois desse gol vieram outros de ambos os lados. Gina era uma ótima artilheira, mas estava jogando sozinha, enquanto Malfoy e Zabini tinham um entrosamento incrível, apesar de não jogarem individualmente tão bem quanto minha amiga. Incrivelmente, o jogo estava constantemente empatado, o que estava deixando Malfoy irritado, o que o fazia cometer faltas e me levava a apitar.

Até que Luna cansou de jogar e, sem avisar ninguém, desceu para o chão. Blásio, ao perceber, também desceu. Os outros dois, que estavam em uma discussão sobre se o gol que o sonserino acabara de fazer fora legal ou não, nem perceberam a retirada de seus companheiros. Coloquei o apito nos lábios e soprei com força. Ambos desceram, bufando e reclamando.

— Era pra ser um amistoso — lembrei-lhes. — Chega de jogar, Luna e Blásio nem estão mais aqui.

Gina pousou emburrada e já foi em direção ao castelo, esquecendo completamente de pegar a vassoura que estava comigo.

— Você faz alguma ideia de onde guardam estas coisas, Malfoy? — perguntei, indicando a vassoura com a cabeça.

— Claro, jogue ela aqui — ele respondeu, ainda irritado.

Assim que joguei a vassoura, ela pairou no ar, sem ir para o chão, ou para a mão de Malfoy. Ficou lá, parada, voando, esperando que alguém subisse nela, como uma vassoura em perfeitas condições faria.

—Então a vassoura não estava boa? — Draco questionou, já montando na Cleansweep.

Ele levantou voo e descreveu um círculo com ela, com direito a uma pirueta no ar, antes de voltar para o chão.

— Ela me parece perfeita — Malfoy concluiu. — Admita, Granger, você não sabe voar.

— É claro que sei! Ela deve ter voltado a funcionar agora — contestei, tentando não deixar escapar a mentira em minha voz.

— Então, prove — o sonserino desafiou-me.

— Não preciso provar nada pra você. Não estou afim de voar agora — falei, já me afastando.

— Boa sorte para achar e abrir o armário de vassouras, sem ser uma integrante de um time, então — o garoto disse, enquanto jogava a vassoura de volta para mim, de um modo que ela, incrivelmente, não ficou voando.

Peguei a vassoura e olhei ao redor, procurando por alguém que eu soubesse fazer parte de algum dos times de quadribol da escola. Mas então, lembrei-me que os times ainda estavam sendo montados, e eu somente sabia que Gina era a capitã do time da Grifinória, e agora, que Malfoy já estava no da sonserina, que eu nem sequer sabia quem era o capitão.

— Espera! — gritei para Malfoy, que já estava alcançando a entrada do castelo.

O loiro virou-se e rumou seus passos em minha direção.

— Eu provo — conclui.

O garoto tinha o olhar banhado em descrença. Encaixei a vassoura sob minhas pernas e dei um impulso. Não saímos do lugar. Tentei novamente, e nada de novo. Draco deu uma gargalhada.

— Vamos lá, Granger, mostre pra mim! — ele zombou da minha cara, voltando a rir.

Puxei a vassoura e a chacoalhei, antes de colocá-la novamente sob as pernas. Dessa vez dei um impulso muito forte, um salto. A vassoura respondeu, saiu do chão e foi para o céu. Minhas pernas tremeram, subíamos cada vez mais alto, a vassoura acompanhava meu tremor e bambeava no ar. Com medo de cair, soltei as mãos dos cabos para pedir ajuda, o que fez com que a vassoura se inclinasse, com a cauda voltada baixo. Minhas mãos suavam. Sentia como se fosse cair a qualquer momento.

— Hey, Granger! — Malfoy chamou, já subindo na sua vassoura.

Ele voou rápido em minha direção, e parou logo abaixo de mim.

— Parece que você não voa tão bem assim — o garoto caçoou.

— Me ajude, Malfoy! — mandei, assustada e estressada.

O sonserino pareceu não mudar sua postura, continuava me circulando por baixo. Até que finalmente subiu um pouco.

— Você consegue se virar sozinha, Granger — ele sugeriu, com ironia na voz.

— Pare com isso e me ajude logo — reclamei novamente.

— Não vou te ajudar — Draco reafirmou, dessa vez com a voz séria. — Se eu te ajudar, você não aprenderá a voar nunca.

— E quem disse que quero aprender a voar? — contestei.

O suor em minhas mãos me fazia escorregar.

— Primeiro você precisa se acalmar — aconselhou-me. — Depois você coloca um pouco de peso nas mãos que estão segurando o cabo.

Respirei fundo, tentando deixar um pouco do medo ir embora. Quando senti-me mais aliviada, fiz como Malfoy havia sugerido, colocando peso em minhas mãos. A vassoura começou a estabilizar, mas, com o peso em excesso, seu bico foi demais para baixo, e eu fiquei assustada de novo.

— Não tanto peso, Granger. Alivie um pouco — Draco falou alto.

Tentei fazer como ele havia dito, mas deixei peso de menos dessa vez.

— Vamos lá, Hermione, você consegue — ele incentivou.

Respirei fundo e fiquei naquilo, até que alcancei o equilíbrio na vassoura.

— Isso! Parabéns! — o garoto felicitou-me. — Agora controle a vassoura, vamos lá. Se você tremer, ela treme junto.

Me concentrei nas palavras dele e tentei pensar em coisas que me deixavam confortável: livros, estudo, meus pais, Harry e Gina, A Toca. Abri os olhos e a vassoura estava parada.

— Boa! O que acha de tentar andar um pouquinho? — Malfoy sugeriu para mim.

Eu concordei com a cabeça e ele sorriu para mim, acenando de volta.

— Você só precisa apontar o bico pra onde quer ir e dar impulso — o sonserino explicou.

Apontei a vassoura para a direção em que ele estava e dei, o que achei ser, um leve impulso. Mas este saiu muito mais forte que o esperado e voei com tudo para cima do garoto. Ao invés de desviar, Malfoy se firmou a minha frente e recebeu o impacto, me segurando e impedindo que ambos caíssemos.

— Não precisa de tanta força, morena. — Draco piscou para mim, com um sorriso maroto nos lábios.

— Foi sem querer — desculpei-me, encabulada. — Acho melhor descermos agora, não acha? Já está ficando tarde — sugeri, sem olhá-lo nos olhos.

— É, talvez seja mesmo, Hermione — o garoto concordou, era possível ouvir o sorriso em sua voz.

Ele apontou o bico de sua vasoura levemente para baixo e eu imitei seu ato, ao perceber que eu estava repetindo seus gestos, ele passou a fazê-los mais devagar. Sua mão direita ficava mais próxima à ponta, enquanto a esquerda se mantinha próxima ao corpo, suas pernas ficavam penduradas para trás e seu dorso levemente flexionado para a frente. Me posicionei do mesmo modo. Ele então moveu os pés levemente e aproximou seu tórax um pouco mais da vassoura, assim desceu voando vagarosamente. Imitei seu gesto e o segui de modo semelhante, porém meio desengonçado, pousando logo após ele.

— Vamos guardar essa vassoura agora. — Malfoy estendeu a mão para mim e eu depositei a vassoura sobre ela. — Voar não é tão ruim assim, não é mesmo?

— Não tão ruim, mas ainda prefiro ficar na garupa de uma vassoura do que pilotá-la — respondi, dando de ombros.

— Quando precisar de uma carona, só precisa pedir — o loiro ofereceu-se, me provocando.

— Deixe de ser bobo! Prefiro pilotar nesse caso. — Mostrei-lhe a língua, em resposta

— O weaselby nunca tentou te ensinar? — o sonserino questionou.

— Ele nem pilota tão bem, não conseguiria me ensinar — conclui, me desanimando, enquanto andávamos em direção ao local em que o vestiário ficava.

Chegando lá, Malfoy usou uma chave que tinha no bolso para abrir a porta de um armário, onde ficavam as vassouras, e guardou a que tínhamos conosco lá dentro.

Voltamos, então, para o castelo, onde, no salão principal, encontramos Gina, Luna e Blásio, os três conversavam animados.

— Por que demoraram tanto? — Gina perguntou.

A ruiva claramente já havia tomado banho, seus cabelos vermelhos brilhavam e sua pele estava branca de novo, diferente de quando saiu dos jardins, molhada de suor e com os cabelos emaranhados.

— Malfoy estava tentando me ensinar a andar de vassoura — contei, sem pensar que havia qualquer coisa naquilo.

Mas minhas amigas me lançaram olhares insinuantes e piscadas, as quais eu, em resposta, neguei com a cabeça.

— O que fazemos na mesa da Corvinal, ao invés de na da Grifinória? — mudei de assunto.

— Luna já estava por aqui quando eu desci, então me juntei a eles — a ruiva explicou. — Mas agora vamos comer, antes que tirem o jantar.

Comemos nossa refeição em meio a risos, enquanto Malfoy contava sobre o desastre que eu era em uma vassoura e Gina nos dizia como era difícil pentear os cabelos após voar na sua Nimbus 2003. Parecíamos amigos. Sem distinção de casas, opiniões ou sangue. Depois do jantar fomos para nossos quartos, e dormi a noite toda, sem nem sequer pensar em Ronald.


Notas Finais


Eu gosto desse capítulo, porque ele tem um pouco de quadribol e eu adoro quadribol <3 porque ele tem a Gina jogando <3 porque tem sisterhood <3 porque tem Draco e Hermione <3 Espero que vocês também tenham gostado! Deixem o comentáriozinho pra fazer uma autora menos triste, haha.
Vejo vocês no próximo capítulo =* <3


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