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História After All - Capítulo XVIII: Planos


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Eu continuo idiota e sem conseguir fazer muita coisa =\ Mas continuo aqui =)
Não tenho muito o que falar, porque não tenho criatividade nem pra escrever notas iniciais =\ Desculpem =(
Mas muito obrigada por todo o apoio que têm me dado nos comentários, ajuda de montão e me faz escrever pelo menos de pouquinho em pouquinho, tenho três capítulos começados, mas infelizmente o que está mais adiantado é o último deles, apesar que está bem legal, haha.
Bom, sem mais embromação, bora capítulo =*

Capítulo 19 - Capítulo XVIII: Planos


POV Hermione

A dor estava forte demais e eu puxei minha mão. Desse modo, Malfoy conseguiu retomar sua atenção e fechar sua mente novamente, da qual eu fui expulsa no mesmo momento.

Meu dedo estava queimado, assim como o ponto em que ele estava antes, no braço do garoto.

— Você está bem? — Malfoy perguntou, com um tom beirando a preocupação.

— Você não queria — constatei, sem expressão.

— Surpresa? — ele indagou, com um pequeno sorriso zombeteiro se formando em seus lábios, em meio à dor. — Minha família servia a ele, eu não tive opção.

Olhei em seus olhos cinzentos, eles transbordavam veracidade.

— Você matou uma nascida trouxa? — lembrei-me do que Voldemort havia dito.

— Não, Granger, meu pai matou, com a minha varinha — o garoto esclareceu.

— Vocês enganaram Voldemort? — surpreendi-me.

— Eu não conseguiria, não alguém inocente. Minha vida corria risco e a de minha mãe também, meu pai fez o que foi preciso para nos manter seguros — Draco contou, com o olhar distante.

— Seu pai, Lucius Malfoy? — indaguei, confusa.

— Surpresa novamente? — o sonserino provocou. — Meu pai é um ser humano, e mais do que isso, um pai.

O silêncio reinou por alguns momentos, que passei envergonhada por ter julgado uma família inteira por tanto tempo, sem entender o que acontecia de verdade. Mas havia algo que eu não entendera.

— Mas por que você quis contar sobre a marca estar escurecendo pra mim? Justo pra mim, a sangue ruim que te irrita dês do primeiro momento? — inquiri, curiosa.

O sonserino puxara sua mão de volta para seu braço e analisava a marca com seus dedos finos.

— Você é mais do que isso, Granger. — Seu olhar prendeu-se ao meu. — Você acredita que o que aconteceu com o Weasley não seja culpa minha, ou ao menos tenta acreditar. Você é boa e inteligente demais para acreditar em algo sem provas.

— Você está tentando mudar — tentei justificar-me, sem conseguir desviar de seu olhar penetrante.

— Mas você é uma das poucas que acredita nisso — o loiro constatou. — E tinha todos os motivos pra não acreditar.

— Todos merecem uma segunda chance — declarei, dando um pequeno sorriso.

Nesse momento, Malfoy baixou seu olhar de meus olhos para minha boca, abrindo um sorriso provocante.

— Até mesmo o Weasley? — a provocação veio, como imaginei.

— Ronald já teve segundas chances demais — abaixei a cabeça, meu sorriso se desfazendo.

— O que quer dizer com isso? — perguntou.

Eu balancei a cabeça, como quem não quer falar, mas Draco, com sua mão esquerda, tocou em meu queixo, levantando minha cabeça, delicadamente, meus olhos colaram-se à marca em seu braço, que tinha uma pequena queimadura, no formato do meu dedo.

— Por que essa lembrança? — perguntei, antes que ele dissesse algo.

— São dores semelhantes, quando você toca na marca nítida é como se ela estivesse sendo feita novamente — ele tentou se explicar, mas não olhava para mim, estava atento à tatuagem.

— Doeu muito, não foi? — Eu estava preocupada.

— Agora, você diz? — confirmei com a cabeça. — Bastante, mas tem algo estranho. A marca já devia estar normal a essa altura.

— Deveria? — perguntei.

— Deveria, mas não está. A marca não pode ser desfeita ou “ferida”, quando algo acontece a ela, o desenho automaticamente se refaz, mas não está voltando ao normal — Malfoy parecia confuso e com medo.

Por um momento, tentei me aproximar do sonserino novamente, estendendo meu braço, para tentar alcançar seu braço e examiná-lo, mas, no mesmo momento em que o garoto percebeu minha pretensão, desviou-se de mim e seu olhar se tornou cortante como o gelo da cor de seus olhos.

— Nunca conte isso pra ninguém! Está me entendendo, Granger?

Bom, voltamos ao normal.

— Não vou te difamar por ai, Malfoy — retruquei, já me levantando, pronta para subir as escadas.

— Espera! — ele me interrompeu, segurando meu pulso. — Você não acredita mais na inocência do Weasley?

Eu pensei um pouco. Eu não sabia no que acreditar, mas aquilo às vezes soava mesmo como o Ronald, mas ele jamais me atacaria, ao menos eu acho que não.

— Agora eu não sei, mas faz tanto sentido... — Eu precisava me agarrar às esperanças de ele não ter culpa, aquilo não fazia sentido. — Rony nunca me atacaria. E aparatar, ele nem sabe aparatar direito. Mas eu não devia tê-lo estuporado. Mas Crucio, é uma maldição, Merlin!

Eu não conseguira me soltar do aperto de sua mão, mas o contornei, sentando-me na mesa, de frente para ele, que havia se levantado para me alcançar.

— Eu acredito que ele não tenha querido aparatar, ou me atacar. Mas o resto era ele — conclui.

— Então vamos descobrir quem era — Malfoy declarou, confiante. — A mesma pessoa que estava o controlando foi quem tentou pegar a caixa.

Passamos alguns segundos em silêncio, eu tentava elaborar um plano para descobrir algo sobre Ron, conversaria com Harry essa noite.

— Vou precisar passar algumas noites nas masmorras — Malfoy riu. — Até eu que sou de lá tenho preconceito.

Eu tive que rir junto com ele. E em meio ao riso, minha barriga roncou, fazendo o loiro rir ainda mais.

— Eu vou até a cozinha pegar algo para comermos. — Draco levantou da mesa e saiu pela porta.

Olhei-o sair, por um momento deixei-me observá-lo, as costas de Draco eram largas, não pude deixar de lembrar de como elas eram bonitas, definitivamente definidas, meu olhar estava pronto para descer ainda mais, quando o garoto passou pela porta e ela se fechou logo em seguida.

— O que está acontecendo? — perguntei para o nada.

Eu estava mesmo admirando o garoto de novo? Qual o meu problema? Aquele era Malfoy, e não um garoto bonito qualquer, um dos mais bonitos, talvez, mas não um qualquer. Isso devia ser carência, eu precisava arrumar alguém. Talvez até mesmo algo mais casual.

Decidi tomar um banho, enquanto esperava pelo almoço, para ver se tirava um pouco daquela maluquice toda de minha cabeça. Rony me atacando, alguém invadindo a sala de Minerva, eu e Draco agindo como amigos, a bunda maravilhosa que Draco tinha. Eu o chamando de Draco! O que estava havendo?

Andei até meu armário e peguei um moletom confortável, afinal, eu não planejava sair do quarto pelo resto do dia, mesmo sendo um dia de aula, Minerva entenderia. O modelo era azul marinho, uma blusa com zíper e capuz e uma calça, que agora era apertada nos meus quadris e onde um dia se lera Sexy Machine, hoje o y havia desaparecido. Peguei também uma lingerie qualquer.

Subi as escadas e entrei no banheiro, a água estava deliciosamente quente, porém, tomei um banho rápido, já que a fome estava me trucidando por dentro. Me troquei e sai com os cabelos ainda molhados, fui descendo as escadas, com a toalha nas costas, já os secando com a varinha.

Malfoy estava sentado na cadeira. Ele havia trazido cerveja amanteigada e vários sanduiches. Minha varinha fazia uma barulheira com o vento que soprava, por isso, o garoto tentava falar algo, sem que eu o ouvisse. Parei o feitiço e olhei para ele.

— É o suficiente? — ele gritou, sem ver que eu já havia parado de usar a varinha.

Eu ri e ele riu também, parecíamos amigos.

— Sim, é o bastante — sorri respondendo, enquanto minha barriga roncava, me pedindo pressa para sentar-me e comer.

Tirei a toalha das costas e fui para o armário pendurá-la. Quando eu voltei Malfoy segurava o riso.

— Então você é uma Sex Machine? — ele perguntou, com um sorriso malicioso.

— Deixa de ser bobo, Malfoy! É só uma marca! — reclamei, em tom de brincadeira.

No mesmo momento, percebi que para ler aquilo ele estava prestando atenção demais onde não devia, e por um momento, aquilo não me incomodou. Eu realmente precisava arrumar alguém.

— Nunca ouvi falar dessa marca — o sonserino debochou. — Acho que você é uma máquina de sexo. — Ele piscou.

Dessa vez corei e me engasguei com as palavras.

— Cala a boca, Malfoy! — resmunguei. — Vamos comer!

Sentei-me na cadeira mais próxima a ele e servi-me de um sanduiche. Compenetrei-me na deliciosa tarefa de comer e só depois de acabar aquele e mais dois lanches, ficando satisfeita, me dei conta que Malfoy olhava interessado demais para meu decote. Eu não havia fechado o zíper completamente, pois me sentia sufocada. Mas, ao ver o olhar do garoto, puxei o zíper até o fim. O loiro percebeu o deslize e voltou os olhos para a comida, tomando um bom gole da cerveja.

— Acha que consegue ver com o Potter o que vão fazer com o Weasley? E já falar sobre a vinda dele a Hogwarts? — o garoto perguntou, em uma tentativa clara de mudar de assunto.

— Claro, Harry não me esconderia uma informação assim — respondi. — E eu já disse que falaria com ele sobre a conversa com seu pai.

— Consegue agora? — Malfoy indagou. — Precisamos pensar nos planos ainda hoje — explicou-se.

Pensei no combinado que havia feito com Harry, ele iria me encontrar a noite no meu sonho. Mas ele não vinha há dias, e eu precisava falar com ele, havia outro meio, o espelho de Sirius. Mas será que era confiável, Malfoy saber o que Harry me diria? Talvez fosse melhor ele não saber. Com tudo, se vamos trabalhar juntos nisso, tenho que aprender a confiar nele.

Levantei e andei até meu armário, abri a gaveta de meias e peguei o espelho de dois sentidos, que estava escondido sob elas.

— Isso é um espelho de dois sentidos, Harry tem o par desse — expus, enquanto andava de volta à mesa. — Só preciso dizer o nome do dono do par e ele passa a me ver e ouvir, assim como eu posso vê-lo e ouvi-lo.

— Eu sei o que é um espelho de dois sentidos, Granger — Malfoy ralhou. — Agora diga logo “Santo Potter” para esse pedaço de vidro, e vamos saber o que aconteceu.

Girei o espelho em minhas mãos, voltando a parte refletora para meu lado, de modo que Draco não aparecesse na imagem.

— Harry Potter — disse, claramente.

Nada ocorreu de início, porém, alguns segundos depois Harry apareceu na imagem, com uma expressão cansada no rosto. Atrás dele eu pude ver a sala d’A Toca.

— Olá, Mione. Está tudo bem? — perguntou, preocupado. — Achei que nos veríamos a noite.

Malfoy ao meu lado deu um sorriso malicioso, e eu lhe fiz sinal com as sobrancelhas para que permanecesse quieto.

— Faz noites que você não vem, Harry — constatei.

— Não tenho tido muito tempo, me desculpe, Mione — o moreno pediu, sinceramente.

— Está conseguindo ver Gina pelo menos? — indaguei.

— Muito pouco — meu amigo confessou.

— Harry, você sabe que não pode deixar Gina sozinha durante a noite toda — lembrei-lhe, falando sobre os pesadelos que assombravam a ruiva, dos quais só Harry conseguia tirá-la.

— Eu tenho chegado só no final — lamentou-se, o menino que sobreviveu.

— Não a deixe só, Harry — pedi, sinceramente.

Malfoy olhava para mim, fazendo sinal com as mãos, para que eu falasse logo sobre o que queríamos.

— Você me chamou para falar sobre isso, Mione? Ou alguma coisa aconteceu? — Harry questionou, dando a deixa que eu precisava.

— Aconteceram muitas coisas, Harry — tentei começar.

— O que houve? — O garoto aproximou seu rosto do espelho, e pude ver que suas olheiras estavam escuras e profundas.

— Há uma caixa, a encontramos no trem e ela tem runas antigas, com significados sombrios, além de símbolos criados pelo próprio Voldemort, e que querem dizer coisas horríveis — contei-lhe.

— Como sabe o significado desses símbolos, Hermione? — Potter indagou, sério.

— Dra... Malfoy está me ajudando com isso — respondi, honestamente. — Mas isso não importa.

— É claro que importa, Hermione! Ele pode estar envolvido com isso! — o eleito o acusou.

Vi de esguelha que Malfoy fazia careta perante o que Harry dizia.

— Ele não está envolvido, tenho certeza disso. — Malfoy sorriu, ao meu lado. — Mas não te chamei para falar sobre Malfoy, ou melhor, não sobre Draco Malfoy.

— O que tem Lucius Malfoy? — meu amigo perguntou, prontamente.

— Draco acha...

— Draco??? — Harry questionou.

— Porque estamos falando de dois Malfoys, melhor usar o primeiro nome, não acha? — Harry fez uma careta em concordância.

— Draco acha que a caixa contém feitiços de proteção, maldições criadas por Riddle, e Lucius Malfoy as conhece. O sonserino acha que o pai pode ajudar, em troca de um acordo — continuei explicando a situação.

— Um acordo? Isso cheira mal, Mione — Harry expôs sua opinião.

— Minerva vai falar com você sobre isso, mas eu preciso que você tente falar com ele, Harry. Precisamos descobrir o que há nessa caixa — declarei.

— Tudo bem, Mione, eu vou tentar. Mas se eu achar que é um golpe, mando Draco Malfoy para Azkaban junto com o paizinho dele — Potter sentenciou.

O sonserino abaixou a cabeça.

— Agora me conte sobre o Rony, Harry — pedi.

— O que, Herms? — ele perguntou.

— Ele vai ser mandado para Azkaban? — perguntei, preocupada.

— Ainda não sei, Herms. Estamos investigando o que houve — Harry informou, em um tom preocupado.

O sonserino na cadeira me olhou, e com os lábios, sem som, falou:

— Pergunte onde o ruivo está agora.

Segui seu conselho.

— E onde ele está por enquanto, Harry?

— Eu não posso dizer, Mione. Para sua segurança — Harry parecia sério demais. — Eu preciso ir. Te vejo mais tarde.

E o espelho voltou a refletir minha imagem.

— Desculpe por isso — disse a Malfoy.

— Pelo que, Granger? — o garoto questionou.

— Pelas acusações de Harry — expliquei o óbvio.

— Você me defendeu, morena. Isso já basta — Draco consolou-me, com um sorriso torto.

— Mas pelo menos ele disse que falará com seu pai — mudei de assunto.

— Sim, mas, ele escondeu uma informação de você — Malfoy ralhou comigo.

— Ele tem os motivos dele, acredito eu. — No fundo, eu havia ficado extremamente magoada. Harry não podia esconder isso de mim.

— Porém, eu sei onde o Weasley está agora — o loiro sorriu, triunfante.

— E como você sabe isso? — indaguei, desafiadora.

— É o seguinte, eu também tenho um desses espelhos. Comprei na Borgin & Burkes, e uso pra me comunicar com minha mãe. Entretanto, ele sofre algumas interferências as vezes, pegando imagens de outros espelhos que não o seu par.

— E você ouviu Harry dizendo algo — conclui, em seu lugar.

— Exatamente. Ronald está n’A Toca, seja lá o que isso for — Malfoy anunciou.

— A Toca é a casa da família Weasley — expliquei. — E faz todo sentido, Harry não ia deixar que o levassem para Azkaban, mas eles iam o querer vigiando-o, por isso Harry está n’A Toca — deduzi.

— Pois bem, você precisa falar com seu namorado — o sonserino ponderou.

— Já disse que ele não é mais meu namorado, Malfoy! — reclamei pela centésima vez naquele dia.

— Ok. Então, você precisa falar com seu ex-namorado — ele corrigiu-se, em um tom zombeteiro.

— Harry não vai deixar que eu vá até ele, Malfoy. Ele está preocupado — contestei.

— Diga que precisa terminar com ele de vez, ou qualquer coisa assim — o loiro sugeriu.

— Isso não o faria mudar de opinião — avisei, tentando pensar em algo que convenceria Harry a me deixar falar com Rony, a sós ainda por cima.

Malfoy tinha uma face pensativa, uma bela face, confessei para mim mesma. Sua testa enrugada, seus olhos baixos, seus lábios franzidos, como se preparando para um beijo.

— E a Weasley? — perguntou de repente, me tirando dos devaneios.

— O que tem a Gina? — questionei-lhe.

— A Weasley conseguiria entrar na própria casa, não? — sugeriu.

— Mas isso implicaria em contarmos para ela sobre o plano e, consequentemente, sobre a caixa — argumentei.

— Ouvi falar que você prepara uma ótima Poção Polissuco — Malfoy comentou, despretensiosamente.

Ponderei por alguns instantes. O preparo da poção demorava cerca de um mês. Poderíamos prepará-la no quarto mesmo. Mas como conseguiríamos os ingredientes? A capa da invisibilidade dos Potter estava comigo. Eu poderia entrar no escritório de Sluggorn e pegar tudo. Talvez até mesmo se eu simplesmente pedisse ele daria.

— Mas isso vai demorar um mês — expus.

— É o que temos por enquanto — Draco sentenciou.

— Mas só vejo eu fazendo as coisas nesse plano. O que você fará? — perguntei.

— Eu? Eu vou até as masmorras dormir com algumas meninas e arrancar informações delas depois do sexo — o sonserino esclareceu.

— Isso é ridículo. E você é um cafajeste — retruquei.

— É o seguinte, cada um age como dá. As sonserinas me contam qualquer coisa depois de uma noite. Se você fizer Verita Serum as coisas ficarão ainda mais fáceis — o garoto tentou explicar.

— Você terá que me ajudar com as poções. Não vou conseguir fazer tudo sozinha — queixei-me. — E se eu fizer Verita Serum não tem porque dormir com as garotas.

— Está com ciúmes, morena? — Malfoy sorria maliciosamente, o que me fez corar.

— É claro que não, seu idiota! Só acho que as garotas mereçam mais respeito — respondi, ainda corada, mas com raiva.

— Fique tranquila, eu sempre vou voltar pro nosso quarto — Malfoy zombou, dando uma piscadinha para mim. — Vou tomar um banho. Quer vir?

— Idiota! — rosnei.

Enquanto ele levantava atirei-lhe um caderno que havia sobre a mesa. Então me dei conta de que era o livro “O Amante da Morte”, que eu pegara na biblioteca. Por esse motivo levantei-me e fui até o livro, que estava próximo a Malfoy.

— Não achei que você fosse aceitar, Granger — ele deu uma risada, que estranhamente, não era fria.

— Só vim pegar o livro, Malfoy. Ele é muito mais interessante que você.

E dando uma piscadela para ele, ergui-me com o livro em mãos e fui até minha cama. Pude sentir o olhar do Sonserino em minhas costas, mas quando sentei-me à cama o garoto não estava mais lá.

POV Draco  

            Aquela roupa ficava insinuante demais naquela sangue-ruim. A blusa com os seios quase aparecendo, aquela calça com os quadris quase a rasgando e as três letras saltando para meus olhos, S-E-X. Tudo isso me fazia pensar coisas que não devia sobre uma garota como ela.

            Observei-a ir andando até a cama. Ela andava daquele jeito sensual pra me provocar? Ou ela sempre andara assim? Quando percebi, meu membro já estava se tornando evidente demais. Subi a escada correndo, antes que ela se virasse e percebesse a ereção que causara.

Assim que cheguei ao meu quarto já tirei minha camisa e a joguei em um canto, antes mesmo de chegar ao banheiro. Lá chegando tirei meus sapatos e minha calça. Liguei o chuveiro e entrei sob ele, tentando fazer a água gelada diminuir minha empolgação.

— Maldita Granger! — sussurrei para mim mesmo, socando a parede do banheiro.

Veio então à minha memória o dia em que ela havia esquecido de pegar sua toalha. Seus seios eram lindos. Imaginei a sensação que seria tê-los em minhas mãos. Meu pênis pulsou em resposta.

Balancei minha cabeça, desci minha mão até meu membro e o envolvi.

— Granger filha da puta — murmurei, enquanto movimentava a mão por toda minha extensão.

Eu imaginava seus seios e seus quadris. E aquelas três letras saltando me faziam imaginar aquela mulher na cama. Um gemido escapou de meus lábios.

Eu podia estar transando com metade da escola, mas, ao invés disso, estava me tocando no banho, pensando em uma sangue-ruim. Que decadência, Draco Malfoy.

Larguei meu pênis, quando estava quase alcançando o ápice e desliguei o chuveiro. Eu precisava ir agora mesmo até as masmorras.

Me sequei com a toalha que estava no banheiro e enrolei-a em minha cintura. Vesti a primeira roupa que encontrei e desci as escadas aos pulos.

— A onde vai, Malfoy? — a sangue-ruim, que até agora estava estrelando um pornô em minha mente, perguntou.

­— Masmorras — respondi, já saindo, me sentindo pulsar, só por ouvir sua voz. Maldita Granger!

Passei pelos corredores e escadas rapidamente, chegando às masmorras mais rápido do que nunca.

— Viperarum fideles — falei para a porta do salão comunal da Sonserina.

A porta se abriu. Blásio estava sentado no sofá, com a Lovegood deitada em seu colo, ele acariciava o cabelo dela. O garoto estava apaixonado.

Eu vim com a intenção de ficar com Pansy, afinal, ela sempre estava disponível. Mas lembrando-me da Granger, decidi provar algo diferente, e algo que a fizesse pagar por me fazer passar por isso.

— Blás, você sabe onde a Greengrass está? — perguntei, com a voz baixa, pois sua garota parecia estar dormindo.

— Qual das duas, Draco? — ele perguntou de volta, mantendo o mesmo tom que eu.

— A virgem — ri em resposta.

— Você não presta, Draco Malfoy — o moreno riu comigo. — Ela foi para Hogsmeade com o Dino Thomas, mas chegou agora a pouco, deve estar no dormitório das garotas.

As regras eram iguais em todas as casas, garotos não podiam entrar no quarto das garotas, mas o contrário era permitido. Por sorte, Pansy subia as escadas que traziam do dormitório para o salão.

— Achei ter ouvido sua voz, Draquinho — ela miou em cumprimento. — Veio me ver?

Parkinson, por algum motivo, achava que eu nutria algum sentimento por ela. A escola inteira sabia que eu só a usava. Mas eu não podia, simplesmente, pedir que ela chamasse outra garota pra mim.

— Você pode avisar Astoria que Dino Thomas está a esperando aqui fora? — perguntei, de um modo educado e lisonjeiro.

— Posso — Pansy resmungou, enquanto já descia as escadas novamente.

Me despedi de Blásio com um olhar e o deixei rindo baixo, enquanto saia das masmorras.

A porta se abriu e Astoria apareceu, ela tinha um sorriso nos lábios, que esmoreceu ao não encontrar o namoradinho em lugar nenhum.

— O que houve, Greengrass? — indaguei, fingindo não saber o que estava acontecendo.

— Pansy me disse que Dino estava aqui. Mas não o vejo em lugar nenhum — a garota choramingou.

— Grifinórios são uns idiotas. — Dei a ela meu melhor sorriso.

A garota corou. Era a magia Malfoy agindo.

— Bom, eu esqueci a senha das masmorras, pode abrir para mim? Preciso pegar umas coisas no meu quarto — inventei algo.

— Viperarum fideles. — Sua voz era doce e inocente.

Entrei novamente nas masmorras, Blásio segurou o riso, quando viu Greengrass atrás de mim.

— Bom, eu vou indo. Tenho muitas coisas pra subir. Obrigada pela ajuda — agradeci, fingindo não saber o que viria depois.

Eu já ia virando-me para a entrada dos quartos masculinos, quando ela me chamou de volta.

— Espera, Draco. Eu te ajudo.

Blásio ria descaradamente no sofá, enquanto a garota descia as escadas comigo.


Notas Finais


Gostaram desse papinho Dramione??? Adooooro eles conversando assim,haha =))
Me contem o que gostaram e o que odiaram, me contem tudo! Me contem o que acham dos dois se conhecendo assim aos poucos, meio que se acostumando um com o outro? Gostam assim ou preferiam que as coisas acontecessem mais de pressa? (mesmo o Draco sendo um cafajeste de primeira ><)
Beijinhos pessoal! Vejo vocês no próximo =* <3


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