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História After All - Capítulo IV: A Caixa


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Olar, Alor e Oley!
Está on-line o cap quatro que vocês pediram tanto que eu não resisti e fugi dos trabalhos pra já postar pra vocês <3
Gente muuuito obrigadinha por cada um dos comentários, eles me deixam muuuito feliz meesmo, vocês não fazem ideia!
Quero deixar aqui a minha mensagem de luto pelos jogadores da Chapecoense, sei que não tem nada a ver com a história nem com nada aqui, mas me deixou bem mal hoje. Sou apaixonada por futebol e torcedora do Palmeiras, ver essa notícia me deixou cheia de tristeza. Meus pêsames a todos os torcedores, amigos e familiares.
Sem mais enrolação, bora capítulo =) Vejo vocês lá embaixo =*

Capítulo 5 - Capítulo IV: A Caixa


Depois de ajudar a doida de minha amiga com aquele feitiço, fui em direção à nossa cabine e no caminho encontrei a mulher dos doces, comprei uma porção de coisas, e continuei meu caminho, agora carregada.

Eu passará menos do que meia hora com Malfoy e minha cabeça já doía. Aquele sonserino era mesquinho, preconceituoso e arrogante, talvez Rony estivesse certo, talvez ele realmente devesse estar em Azkaban. Mas não foi o que aconteceu, e Harry achava que deveria ser assim. Desse modo, seria um longo ano vigiando o ex-comensal.

Cheguei à minha cabine, que estava vazia e sentei-me próxima à janela, largando os doces no lugar vago ao meu lado. Pensei na hipótese de pegar um livro, mas acabaria sendo interrompida, e eu não gostaria disso. Encostei minha cabeça no vidro e deixei meus pensamentos vagarem.

Luna era uma pessoa calma, serena e avoada, mas nem um pouco indefesa. Foi por isso que coloquei-a como dupla de Blásio Zabini. O garoto era muito amigo de Malfoy, eu precisava de alguém que o vigia-se, mas que não fosse rude com o garoto; Gina jamais serviria para algo assim, não era nem um pouco sutil. Quando Luna me chamou, achei que ele tivesse feito algo errado, e depois, sem nenhum motivo, achei que fosse ela quem errara. E era eu quem estava errada sobre tudo.

Erros. Com quantos erros tivemos que conviver em todos esses anos? Quantos erros e arrependimentos cada um de nós carregávamos nas costas? Alguns tinham erros claros, e que todos sabiam, mas não é porque não sabem dos nossos erros que eles não existem, ou existiram. Lembrei-me do pobre pai de Luna, que quase nos entregara aos comensais, será que ele se arrependia disso?  E como será que ele se sentiria se tivesse conseguido nos entregar, mais aliviado ou mais culpado?

Eu não o culpava. Talvez, se fosse comigo, eu agisse do mesmo modo; se a vida dos meus pais estivesse em risco. Eu me sentiria mais aliviada, em seu lugar. Agora, o senhor Lovegood voltara a escrever. Na primeira edição do O Pasquim, após a queda de Voldemort, o homem publicara uma matéria se retratando, e contando a todos a verdade sobre tudo que aconteceu. As pessoas passaram a julgá-lo e a desconfiar dele.

Os bruxos, depois da guerra, se tornaram cada vez mais desconfiadas. Muitas abriram seus olhos e viram que as posições e o dinheiro não significavam que a pessoa era um bom bruxo. As pessoas festejaram nos primeiros meses e depois se recolheram, talvez lembrando da primeira vez que Voldemort fora “derrotado”. Como a sensação de paz e segurança foi falsa, durante aqueles treze anos. Elas temeram.

O mundo bruxo ainda não estava em seus eixos, por mais que parecesse estar. Bocejei e senti meus olhos pesarem. Meus pensamentos foram vagando por tudo que acontecera, pensando nos sinais que foram vistos da última vez, e tentando memorizar cada um deles, para que não passassem despercebidos novamente.

Olhei para fora, para o céu. Era uma bela tarde. O pôr do sol devia estar lindo, visto da colina em frente A Toca.

— HERMIONE!! Olha o que encontramos! Tinha muitos zonzóbulos em volta! Deve ser algo mau! E tem runas aqui! Ei, você sabe ler runas! Mas parece perigoso! Você não devia mexer! Olha!

Era Luna, que havia entrado correndo na cabine, parecia ainda mais desnorteada do que o normal. A loira tomou fôlego, para recuperar o ar que havia perdido, depois de falar tudo sem pausas para respirar. Apesar de que, eu não havia entendido metade do que ela dissera. Sem esperar por resposta, ela tirou uma caixa com aspecto antigo, que estava enrolada sob sua capa, tomando cuidado para não encostar-se a ela, e a colocou sobre o banco a minha frente, se sentando ao meu lado, colocando os doces em seu colo.

Eu a olhava confusa, por não ter entendido nada, esperando por mais alguma explicação, mas a loira olhava fixamente para a caixa, com a testa franzida e inclinada para frente. Zabini chegou, olhou para a outra garota e depois para mim e, ao ver minha expressão confusa, acredito que tenha percebido que eu não havia entendido nada. O sonserino se apoiou no batente da porta, e explicou melhor e mais calmamente, o que estava acontecendo.

— Granger, nós estávamos revistando a última cabine, e tudo estava indo tranquilamente, sem nada fora do comum. Mas Luna usou um daqueles feitiços para fazer as coisas aparecerem e encontrou essa caixa embaixo de um dos bancos — ele narrou os fatos decorridos. — Ela disse achar que é algo das trevas, porque tinha um monte de “zonzosbulos” em volta da caixa.

— Zonzóbulos — corrigi, automaticamente.

Mas, enfim havia compreendido o que Luna quisera dizer, e me aproximei para examinar a caixa mais de perto. Realmente, havia runas gravadas nela. Pelo que me lembrei de imediato, eram runas que diziam sobre trevas e maldições, havia também um símbolo de abertura.

— Wingardium Leviosa, — Agitei minha varinha, pronunciando a fórmula.

A caixa levitou, e assim pude examinar sua base, nesta não havia nada demais, alguns riscos, mas pareciam somente marcas do desgaste causado pelo tempo. Mas a caixa era realmente muito estranha, eu sentia um aperto ao ficar próxima a ela.

— Ainda bem que trouxeram a caixa até mim, parece algo perigoso. Vamos embalar em algo e, quando chegarmos a Hogwarts, levo isso para Minerva. — disse a eles. — E Zabini, vá chamar Malfoy. — pedi.

— Draco não tem nada a ver com isso, Granger! Não é porque foi um comensal que tudo o que acontecer na escola será culpa dele. — Zabini exaltou-se, cruzando os braços.

— Ele pode saber algo sobre a caixa, já que teve mais contato com artes das trevas. Não estou o acusando. — expliquei-me.

— Sendo assim... — O moreno deu de ombros, e saiu da sala.

Dois minutos depois, Malfoy estava dentro da cabine e examinava a caixa com atenção. Assim como eu, ele fez com que ela levitasse, e olhou a base com grande interesse. Enquanto isso, ia falando.

— Bom, realmente não é nada bom. Tem algumas runas antigas sim, mas essas marcas na base da caixa, são marcas criados pelo próprio Voldemort.

Pude ver, pelo canto do olho, Zabini se retrair com o nome dito, ainda eram poucos os que o diziam sem medo. Me senti apreensiva, mas não pelo nome, e sim pelo que aquilo poderia representar.

— A primeira das marcas a esquerda quer dizer “comensal da morte”, a segunda “veneno” e a terceira “sangue-ruim”. — o ex-comensal prosseguiu.

Luna, ao meu lado, fez careta à menção daquela palavra ofensiva. Ela já ia repreendê-lo, mas eu levantei minhas sobrancelhas em sua direção, e a garota entendeu que deveríamos deixá-lo continuar.

— As runas dizem muitas coisas. Acho que é uma espécie de poema, com instruções pra abrir a caixa, e no meio dele também tem alguns símbolos inventados pelo Lorde — o loiro parou, pensativo. — Em algum lugar eu devo ter o significado de cada um deles anotado. Posso traduzir.

Malfoy tinha a feição preocupada, enquanto ainda olhava para aquela caixa, e isso me fez pensar que podia haver algo mais, algo que ele não estivvesse dizendo.

— Luna, Zabini, vocês podem nos dar licença por favor, preciso falar com Malfoy. — pedi, de modo educado.

Eles saíram juntos e conversando baixinho.

- Abre o jogo, Malfoy. — falei, sem rodeios.

— Ainda bem que pediu pra eles saírem. Essa caixa, eu já a vi. Ela estava em posse da minha tia, ela a guardava para o Lorde das Trevas. É algo ruim, muito ruim. — ele contou.

 Sua feição ainda estava preocupada, o que me fez imaginar que, talvez, ele tivesse seus próprios receios.

— Faz alguma ideia do que possa estar contido ai dentro? — perguntei.

Na mesma hora diversas especulações passavam na minha própria cabeça. Afinal, Voldemort confiou um pedaço da sua alma para ser guardado no cofre de Belatriz Lestrange. Para ele ter deixado com ela, deveria ser algo importante.

— Bela mantinha a caixa guardada em um cofre, que somente ela tinha a chave. Ela nunca encostou nisso, e me disse claramente que nenhum de nós deveria tocá-la, que era perigoso, até pra nós sangue-puro. Então, eu imagino que possa ser alguma coisa para usar contra san... Nascidos trouxas. — ele se corrigiu no final.

— Bom, não podemos fazer nada agora. O jeito é corrermos para Minerva quando chegarmos em Hogwarts, você precisa contar a ela o que sabe. — propus.

Olhei pela janela e vi que já estávamos quase chegando.

— Vem Malfoy, vamos para a cabine dos monitores. — falei, o puxando pela manga da veste.

Saímos andando pelo trem, eu na frente e ele me seguindo. No caminho encontramos Luna e Zabini conversando. Parei, me lembrando que precisava lhes fazer um pedido.

— Luna, Zabini, vocês não disseram nada para ninguém, não é mesmo? — perguntei, e eles negaram com a cabeça. — Ok. Ninguém precisa saber disso que aconteceu. A galera poderia se apavorar. — E eles concordaram com a cabeça.

Fomos os quatro andando até a cabine dos monitores, que ficava no início do trem, os outros já nos esperavam lá. Assim que entramos Gina, que conversava com Dino, parou de falar, e todos a imitaram. Sorri para ela, que levantou o polegar discretamente. Era preciso organizar a chegada.

— Vamos nos separar pelas casas. Cada casal de monitores deve levar a turma correspondente à suas respectivas mesas. Os primeiranistas são levados pelo Hagrid. Eu e Malfoy verificaremos se eles estão o seguindo e também iremos fiscalizar o trem, para ter certeza que todos saíram.

Assim que acabei de dar as ordens, as duplas se juntaram e foram para perto da porta pela qual deveríamos descer, para que saíssemos primeiro que todos.

Finalmente o trem apitou, nos informando que havíamos chego em Hogsmeade. Descemos rapidamente e, junto com Malfoy, certifiquei-me que todos os primeiranistas estivessem indo para junto de Hagrid, enquanto os outros levavam aos mais velhos para as carruagens. Quando a grande maioria já estava direcionada, voltei com o sonserino para dentro do trem, com a intenção de vasculhá-lo, a procura de bruxos perdidos e itens esquecidos. Além disso, precisávamos pegar nossas coisas e àquela caixa sinistra.

Iniciamos uma busca pelas cabines e corredores. Encontramos alguns casais escondidos, que rapidamente se arrumavam e iam para porta, sem nem precisarmos dizer nada.

Estávamos acabando a segunda ronda, quando Malfoy entrou na cabine em que ele estivera antes, abriu a porta e parou.

— Pode continuar, Granger. Vou aproveitar que estou aqui para arrumar e pegar as minhas coisas. — E entrou na cabine, fechando a porta.

Eu até continuei a andar, mas então percebi que a atitude de fechar a porta era meio suspeita.

E se Malfoy tivesse mesmo alguma relação com a caixa?

Quando essa ideia surgiu, eu já estava dentro da minha cabine, apanhando minhas coisas. Coloquei com muito cuidado a caixa na minha mochila, escondendo-a sob algumas peças de roupa, joguei a bolsa nas costas e voltei correndo para a cabine do Malfoy.

Ao me aproximar da cabine dele, comecei a ouvir vozes. Sou uma tola mesmo, como pude deixá-lo sozinho? Eu não devia ter feito isso.

Chegando ainda mais perto, pude distinguir que a outra voz, sem ser a de Malfoy, era feminina. Me aproximei da porta e abri uma leve fresta, usando antes abaffiato. Só então, olhei para a cena.

Malfoy estava sentado em um dos bancos, enquanto Parkinson estava com a cabeça no meio de suas pernas, realizando movimentos de vai e vem.

—Ai, trasgos errantes! Ela está fazendo sexo oral nele! — exclamei, sem conseguir me conter, agradecendo por ter usado o feitiço.

 Eu fiquei completamente vermelha. Malfoy estava com os lábios entreabertos e gemendo baixinho, enquanto chamava Parkinson de vadia e nomes bem piores, enquanto ela gemia, com seu membro na boca. Merlin! Que cena grotesca!

Eu fechei os olhos e respirei, em seguida fechei a porta. Malfoy então disse:

— Ahn Pansy, para! A Granger já deve estar voltando...

— Você quer mesmo que eu pare, Draquinho? — ela perguntou, fazendo uma voz, que acho que era pra ser, sexy.

— Para, Pansy. Eu ouvi um barulho. — Escutei, então, o barulho de uma Parkinson caindo no chão e um Draco levantando, já fechando a calça.

Corri então para a ponta do vagão, fingindo estar vindo da minha cabine naquele momento.

— Pegou suas coisas, Granger? — Malfoy indagou, saindo da cabine, como se não estivesse com uma boca em seu pênis segundos antes.

— Sim, está tudo aqui. — respondi, mais vermelha que um pimentão.

— Encontrou algo de errado? — ele perguntou, colocando a mão nos bolsos da calça, e agindo de um modo estupidamente natural.

— Sim, quer dizer, não. E você? — gaguejei, corando ainda mais.

— Só a Pansy. Ela já está saindo. — ele avisou, como se não houvesse nada de errado nisso.

Como se fosse uma deixa, Parkinson abriu a porta da cabine e saiu, lambendo os lábios e dizendo para mim, enquanto acenava descaradamente.

— Tchauzinho, sangue-ruim!

 — E tchau, draquinho — se despediu, mandando um beijo, e limpando a lateral da boca, quando Malfoy arqueou as sobrancelhas para ela.

Eu fiz cara de nojo, sem que nenhum dos dois visse, relembrando a cena mentalmente.

— Acho que já podemos ir então, Malfoy. — eu sugeri, mudando de assunto e voltando à minha cor normal, depois que Parkinson já tinha saído do trem.

— Posso saber como nós vamos? — ele questionou, como se só tivesse se tocado desse detalhe agora. — Tenho certeza que Blásio já deve ter ido sem mim.

— Ele provavelmente foi com a Luna — eu disse, sorrindo. — Que por um acaso, é uma companhia muito mais agradável que você.

— Cale a boca, Granger. — ele resmungou, emburrado.

— Enfim, acho que ainda deve ter alguma das carruagens, caso contrário, vamos andando. — prossegui, ignorando o “cale a boca, Granger” desnecessário.

Saímos do trem, e lá estava uma das carruagens nos esperando, com um testrálio pronto para puxá-la. Sim, agora eu podia vê-los, muitos os viam agora. A morte foi vista e sentida por quase todos em Hogwarts. E por mais que Luna dissesse que eles eram criaturas dóceis e incompreendidas, eu não gostava delas, me davam medo.

Eu estava olhando com os olhos quase fechados para um deles, quando vi que Malfoy o acariciava. Era uma cena assombrosa de se ver, um ex-comensal acariciando uma criatura como essa. Mas ao mesmo tempo, era uma bela cena, um jovem de cabelos platinados e aspecto sombrio com seu cavalo das trevas alado, parecia poético.

— Você também os vê, não é mesmo? — ele perguntou, sem tirar os olhos da criatura, ou parar de acariciá-la.

— Vejo... — respondi, tristonha.

— Sinto muito... — ele se desculpou, de modo sincero.

— A culpa não foi só sua. — constatei.

Ele me ofereceu a mão, para me ajudar a subir na carruagem e subiu em seguida, se sentando no banco a minha frente, cabisbaixo. Seguimos calados.


Notas Finais


Luna é afobada demais, ainda bem que o Zabini é calmo, e um ótimo amigo, não é mesmo? Além da Luna ser lindinha, que já vi que todos vocês concordam comigo *-*
E esses símbolos na caixa, o que será que querem dizer na verdade? E o que será que tem dentro dela? Será que é mesmo tão perigoso??
E esse Draco??? Pansy é uma vadia! Imagina a coitada da Hermione vendo uma cena dessas? hahahah
Gente, eu amo testrálios, sério <3 eles vão estar em vários momentos legais e fofinhos <3
Bom, galera, por hoje é isso. Beijos, e espero vocês no próximo cap , que sai ainda essa semana =*


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