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História After All - Capítulo V: Olhos Vermelhos


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Olar, Alor e Oley, hahahahah.
Boa noite, galerinha!!!
Muito obrigadinha pelos comentários no último cap, vocês são incríveis <3 Obrigada pelos favs também, muito amor pra todos <3
Preciso contar uma coisa pra você: Eu amo esse capítulo <3 Muito <3
O nome do capítulo é baseado na música Olhos Vermelhos, do Capital Inicial. Se vocês quiserem ouví-la enquanto leem, coloquem ela no momento em que a Hermione desce da carruagem pra dar mais emoção. Ia colocar o link, mas não pode =(
Então, sem mais enrolação, bora capítulo =* <3

Capítulo 6 - Capítulo V: Olhos Vermelhos


POV Gina

Hermione estava demorando muito para aparecer, daqui a pouco a seleção das casas acabaria, e ela precisa estar aqui. Acho que a professora Minerva também está pensando nisso, ela fica olhando pra nossa mesa, e de vez em quando para o olhar em mim e inclina a cabeça, eu respondo balançando a cabeça pros lados, em negativa.

Estava começando a ficar preocupada. E se o Malfoy tivesse feito alguma coisa? Talvez fosse melhor ir falar com a Luna. Levantei da mesa da Grifinória, chamando a atenção da diretora, que, virou a cabeça tão rapidamente, que achei que fosse quebrar o pescoço, segurei o riso, que meu parentesco com Fred e Jorge me fazia querer soltar, e apontei para Luna, Minerva balançou a cabeça, demonstrando entendimento. Fui para a mesa da Corvinal, me sentando ao lado da Luna, que estava ocupada aplaudindo um primeiranista que havia acabado de ser mandado para a Corvinal, mas olhando para alguma das outras mesas.

— Luna, alguma notícia da Hermione? — cutuquei-a, perguntando.

— Não, quer usar as moedas falsas para mandar alguma mensagem? Talvez ela responda — Luna respondeu, sem nem pensar ou olhar pra mim, olhando atentamente para a mesa da Sonserina, para onde o chapéu seletor havia acabado de mandar um aluno.

— Você é um gênio, Lovegood! Está com a sua aí? Deixei a minha na mochila — antes mesmo que eu acabasse de falar, ela já estendia a mão para mim, sem tirar os olhos da mesa da Sonserina. – Obrigada, Luna. Mas o que há de tão interessante na Sonserina que você não tira os olhos de lá?

— Eu? Nada disso, Ginevra – ela respondeu, afobada, corando. – Vamos, fale logo com Mione, para sabermos se está tudo bem. – a loira olhou pra mim, mudando de assunto.

— Vai passar dessa vez, Lovegood, mas só porque estou muito preocupada com a Mione. Mas da próxima vez que me chamar de Ginevra você vai experimentar uma das azarações Weasleys. – Ela já não olhava mais pra mim. – E se continuar olhando tanto para lá, vai ter que me explicar o motivo!

Peguei a moeda que Luna havia colocado na mesa e mandei uma mensagem com os números “112203”, na comunicação que nós três havíamos criado, era um tipo de “cadê você?”.

Quando acabei de escolher os números, a moeda brilhou, e assim soube que as outras duas moedas haviam brilhado, com os mesmos números, no mesmo momento.

POV Luna

Eu também estava preocupada com Hermione, e se o sumiço dela tivesse alguma relação com a caixa? Era melhor eu procurar o garoto zabumba, e perguntar pra ele do Malfoy. Mas Gina não poderia saber, Hermione havia me pedido segredo sobre a caixa.

— Vou ao banheiro, antes que sirvam a sobremesa. — Já comecei a levantar, pronta para ir em direção a mesa da Sonserina, quando Gina puxou meu braço.

— Vou com você — a ruiva disse.

— Você precisa ficar. Se servirem o pudim precisa guardar um para mim — me desvencilhei dos braços dela, dessa vez indo em direção à porta do salão comunal, pois percebi que seria estranho eu ir para mesa da Sonserina, sendo que falei que ia ao banheiro.

Fui andando, atenta à mesa da Sonserina, até que, com os olhos, achei Zabini. O moreno olhava para mim, e ao encontrar meu olhar sorriu, aquele mesmo sorriso bonitinho de quando estava de cabeça pra baixo, o que me fez perder o foco por um segundo. Tentando manter a minha atenção onde devia,  eu acenei para ele e movi os lábios, dizendo sem som “Vem aqui!”. Zabini levantou os olhos e abriu um sorriso ainda maior, levantando da mesa.

Saí do salão e pouco depois ele chegou até onde eu estava.

— Oi de novo, Lovegood! — Blásio me cumprimentou, sorrindo.

— Sem tempo pra papo, Zabini. — O sorriso dele esmoreceu. — Cadê o Malfoy?

O sorriso dele diminuiu ainda mais, e eu fiquei sem entender o porquê.

— Não faço ideia — ele respondeu emburrado, dando de ombros. — Não sou a babá do Malfoy. — O garoto virou as costas para mim, já voltando para o salão comunal.

— Espera, Zabini! — chamei-o de volta. — É... Desculpa... É que a Herms ainda não chegou. Pensei que pode ter acontecido alguma coisa a ver com a caixa. E já que o Malfoy também não chegou, minhas suspeitas disso só aumentam, O que você acha?

— Ah, por que não disse antes? — o sonserino voltou para perto de mim. — Vamos atrás deles.

E já foi saindo em direção à porta de entrada de Hogwarts, corri em direção a ele, para poder acompanhá-lo.

POV Hermione

— Por que esses testrálios não andam? — perguntei, nervosa.

— Você é quem deveria saber, sabe-tudo. — Malfoy comentou, irônico. — Mas, nesse caso, eu sei. Provavelmente seja fome, e eu não tenho nada de carne aqui, você tem?

Fiquei surpresa por ele saber tanto sobre as criaturas. Mas eu realmente não tinha nada de carne comigo, infelizmente. O que me fez esmorecer ainda mais.

Era o primeiro dia de aula depois de toda a guerra, Minerva havia confiado em mim como monitora chefe, e eu estava a decepcionando. Ainda por cima, estava lá, travada no meio do caminho para Hogwarts, com um ex-comensal e uma criatura só vista por quem já presenciou a morte de alguém de perto. Tudo agourento. Senti um arrepio percorrendo meu corpo.

 Mas me veio de novo a imagem de um cavaleiro em seu cavalo alado. Foi quando o sonserino desceu da carruagem, e foi acariciar a criatura novamente, ele conversava com ela baixinho, como se a entendesse. Parei para prestar atenção no que diziam.

—... Julgam, mas eu tenho motivos para ser julgado, fiz coisas terríveis. Ela devia estar com medo por estar comigo, não com você. Você talvez até desse sua vida por ela se eu tentasse algo, não é mesmo? — isso me fez temer, com receio de que ele estivesse planejando algo.

Ou talvez estivesse só querendo acalmar o testrálio. De qualquer modo, parei de prestar atenção no que ele dizia, pois senti um calor emanando do meu bolso.

— A moeda! Como não pensei nisso antes! — exclamei animada. — Na verdade sou uma idiota – disse, pegando minha varinha e a moeda.

Realizei o movimento com a varinha, enquanto realizava o feitiço não verbal, para enviar uma mensagem um pouco mais completa para as meninas, comecei então a falar:

 — Luna, Gina, está tudo bem. Estou com Malfoy a caminho do castelo. O problema é que o testrálio não quer andar. Vocês podem, por favor, pedir a Hagrid para vir aqui, e diga para ele trazer comida pra essa criatura. Malfoy acha que ela está com fome. E antes que vocês entrem em crise, quando eu chegar ensino vocês a fazerem isso. Beijos e andem logo.

Malfoy olhava pra mim confuso.

— Com quem está falando, Granger? — o garoto pálido questionou.

— Não te interessa, Malfoy, mas a ajuda já deve estar vindo.

Como fui idiota, como não pensei nisso antes? Eu estava tão distraída, com tantas preocupações, que nem parei para pensar na solução mais simples de todas. Ainda estava me repreendendo pelo ato estúpido, quando Malfoy subiu novamente na carruagem, sentando de frente para mim.

— Obrigada por arrumar uma solução, Granger — ele agradeceu, me olhando. — E sobre o que eu estava falando com o cavalinho. – Corei, ao ver que ele percebeu que eu o escutara. — era só brincadeira. Eu realmente estou mudado. Não é por ter feito o errado uma vez, que vou fazer a mesma coisa pra sempre.

— Não é minha intenção te julgar. O julgamento já aconteceu. E se Harry confia que você é alguém melhor do que os outros acham, eu vou acreditar nisso. — O ex-comensal levantou os olhos cinzentos, com um meio sorriso nos lábios, olhando diretamente nos meus olhos. — Mas não é por isso que vou prestar menos atenção em você. Você não é burro, com certeza sabe o que Minerva pretendia, quando chamou a você e a mim para sermos monitores. Ela confiou em mim e eu vou dar um voto de confiança a você.

— Ela só quer um contato imediato com os aurores perto de mim. Mas o que quer dizer com “um voto de confiança”? — ele respondeu, e perguntou, logo em seguida.

— Que não vou ter tempo para te seguir o tempo todo, preciso estudar e usar o banheiro. — conclui, tentando soar simpática.

Ele riu com a brincadeira, sua risada era rouca e ao mesmo tempo doce.

— Okey, Granger, prometo não fazer nada enquanto estiver no banheiro. – o garoto declarou, ainda rindo. — Vou ter liberdade para ir e vir?

— Podemos negociar isso. — Ele me olhou intrigado, fazendo um aceno com a cabeça, em sinal de “continue”.

— Desde que você me diga para onde vai e volte em um horário combinado, pode ir — contei. — Mas se qualquer coisa acontecer no castelo, enquanto você não estiver sob minha supervisão, saiba que você será o primeiro suspeito. E saiba que Ronald aparecerá aqui em dois segundos para te levar para Azkaban. – Ele voltou a rir.

— Do que está rindo, Malfoy? Estou falando sério — confrontei-o, emburrada por seu deboche com minha ameaça.

— Qual o problema do seu namoradinho comigo? — antes que eu respondesse, ele prosseguiu. — Eu não vou fazer nada demais, Granger, fique tranquila. Talvez eu passe algumas noites nas masmorras, mas só isso. — Malfoy piscou com seu olho esquerdo para mim.

— E o que faria nas masmorras, Malfoy? Isso seria extremamente suspeito. — questionei.

Ele riu, sorrindo malicioso.

— Não faz ideia nenhuma do que eu faria em uma masmorra cheia de garotas, Granger?

Eu corei, ao perceber o que ele queria dizer.

– Ele não fez nada com você ainda, não é mesmo? — Malfoy perguntou, quase afirmando.

O garoto se aproximou de mim, enquanto eu corava ainda mais. Antes que eu pudesse responder, ou ele zombar ainda mais de mim, ouvi uma voz amigável e conhecida chamando meu nome, Hagrid.

— Ah, aí estão vocês! Já estava ficando preocupado. Achei que estariam mais próximos ao castelo. Demoraram demais, o coitadinho deve estar com fome realmente — o meio gigante disse tudo de uma vez, sem esperar resposta.

E já tirava um pedaço de carne crua de um dos bolsos de seu casaco, dando-o de comer à criatura de couro negro.

— Obrigada, Hagrid, você é o melhor — eu disse, saindo da carruagem e o abraçando.

— Por que demoraram tanto, Mione? Esse aí aprontou alguma coisa? — o grandalhão indagou, indicando Malfoy com a cabeça.

— Não, Hagrid, não – eu disse, lembrando da cena que vi entre ele e Pansy. A lembrança me fez corar, o que Hagrid não viu, mas não passou despercebido pelos olhos de Malfoy, que sorriu sozinho, o que me fez corar mais. – Eu que quis fiscalizar os vagões depois que todos saíram, mas está tudo certo.

— Então podem voltar pra carroça que o nosso amiguinho já está nos trinques! — Rúbeo avisou, me levantando e colocando na carruagem, o que me fez rir, por sua força absurda para alguém com um coração tão grande. – Eu vou andando, esse troço não me aguenta. Até mais, Mione.

Hagrid saiu andando, praticamente correndo, devia ter largado tudo o que fazia para vir me acudir. O testrálio então iniciou sua caminhada, andando lentamente em direção ao castelo, não parecia ter pressa alguma.

— Por que corou falando com o grandão? — Malfoy perguntou, curioso.

— Não te interessa, Malfoy — respondi ríspida, mas rapidamente corei de novo, por lembrar de novo da maldita cena entre ele e sua cadelinha.

— Aí, de novo. Qual o seu problema? Vive com vergonha? — ele então sorriu malicioso novamente, seu sorriso era atraente e provocante. – Ou estava pensando no que te disse antes? — ele falou com a voz sedosa, com o intuito de me fazer corar ainda mais, o que prontamente aconteceu.

— Já disse que não te interessa. — opus-me, emburrada, mas ainda corada. Era com aquela voz que ele havia falado com Parkinson naquela hora.

— Diz, Granger – ele usou a mesma voz de novo.

— Cala a boca, Malfoy. – respondi, me recompondo e expulsando a imagem da minha mente.

— Olha como fala comigo, sujeitinha de san... – antes que ele terminasse a injuria minha varinha já estava novamente em seu pescoço.

— Vai insistir nisso, Malfoy? Você sabe que eu sou uma bruxa melhor que você. Agora retire o que disse. — a injúria fez com que toda minha vergonha alheia fosse mandada embora, e que eu entrasse em modo de luta.

Ele permaneceu calado.

— Antes que eu te estupore — ameacei-o.

Ele continuou calado, com os olhos cinzentos arregalados. Puxei levemente minha varinha para trás, como se me preparasse para dizer o feitiço.

— Me desculpe, ok? É o hábito. — o preconceituoso justificou-se

— É melhor mudar de hábito, outros não seriam tão tolerantes quanto eu. — eu avisei, ainda com a varinha em seu pescoço, porém a pressionando menos.

— Eu não posso te dizer que vou mudar do dia pra noite, Granger. Você é nascida trouxa. não tem noção das coisas que já ouvi meu pai dizer sobre pessoas com o sangue como o seu. — Malfoy tentou explicar-se. — Agora, você? Você consegue ser pior que todos. Fica por aí, pagando de sabida, ajudando o Potter, enfrentando as trevas, ganhando prêmios. E é uma sangue-ruim! Tem o sangue podre e nojento.

Depois de uma pequena pausa, a qual eu não consegui palavras para falar, o garoto continuou.

— Eu fui criado para te odiar.

Eu arregalei os olhos, não entendendo bem o que ele quis dizer com aquilo.

— Mas eu vou tentar ser gentil. Eu estou tentando mudar,. – ele então parou novamente.

— Eu preciso de um incentivo. O que acha de um acordo? – perguntou.

Eu acenei, e ele deu continuidade à sua fala.

— A cada vez que eu te chamar de sangue ruim fico uma noite sem sair.

— Trato feito. — respondi, sem pensar. — Já são duas noites, então. — ele se preparou para contestar. – Duas noites, ou eu falo com Minerva sobre seu vocabulário impróprio.

— Ok, você venceu. — ele concordou, quando a carruagem parou em frente a Hogwarts.

Eu desci e vi que ele ficou para trás, se despedindo da criatura alada.

O céu já estava em um tom entre o azul anil e o azul meia-noite, além disso, estava salpicado de estrelas brilhantes, era noite de lua cheia.

Direcionei meu olhar para o castelo. Eu havia vindo até aqui muitas vezes durante sua reconstrução, mas nenhuma após o final da reforma. Hogwarts estava perfeita. Cada pedra no seu devido lugar, os pequenos detalhes todos perfeito. Completamente igual a antes, com apenas uma exceção.

Havia, em frente à escadaria principal, uma estátua de prata, uma grande fênix, com as asas abertas. Parecia que cada pena entalhada na pedra tinha um tom levemente avermelhado, apesar da estátua ser completamente prata. De longe, pude ver que havia em sua base uma placa. E que em todo o corpo e asas da Fênix haviam coisas escritas.

Aproximei-me da obra de arte, com o intuito de apreciá-la, e ler as informações contidas naquela placa. Foi quando cheguei perto o suficiente para conseguir distinguir as letras entalhadas que parei de chofre.

Os entalhes no corpo e asas eram todos nomes. Alguns dos nomes eu nunca ouvira, outros me pareceram conhecidos. Lancei meu olhar para a placa.

 “Aos nobres bruxos e bruxas da Ordem da Fênix e a todos aqueles que deram suas vidas por um mundo melhor.”

Era essa a primeira frase que existia. Desci meus olhos vagarosamente, continuando a leitura.

“Liliam e Thiago Potter...”

A primeira lágrima escapou de meus olhos, sem que eu me desse conta.

“Cedrico Diggory, Sirius Black, Alvo Dumbledore, Olho tonto Moody, Charity Bourbage, Dobby…”

As lágrimas rolavam pela minha face de modo ininterrupto. Quando cheguei ao nome de Dobby, solucei. Lembrei-me daquele dia, de Dobby nos salvando e sendo morto logo em seguida. Lembrei-me de Harry cavando sem parar, lembrei-me de seu epitáfio “Aqui jaz Dobby, um elfo livre.”, Senti a força se esvaindo das minhas pernas, como se estivesse vivendo aquilo de novo, e me deixei ir ao chão. Foi quando senti uma mão fria ser colocada em meu ombro.

“Fred Weasley, Severo Snape, Remo Lupin, Ninfadora Tonks…”

As lágrimas caíram em um fluxo maior, e eu não conseguia enxergar o último dos nomes. Me abracei com força e me balancei, para frente e para trás. Queria esquecer daquilo, de toda a destruição, queria que as lembranças sumissem, queria apagar os nomes da pedra.

Respirei profundamente e levantei os olhos uma última vez. Todos eles mereciam aquela homenagem, eu devia ler seus nomes, devia ler o nome de cada um de meus amigos.

 “Colin Creevey”

Foi então que perdi os sentidos.

POV Draco

Ela chorava em frente a estatua de prata.

Aquela em que fui obrigado a entalhar aqueles nomes.

Quando eu o fiz, chorei. E aqueles nem eram meus amigos.

Granger devia sentir uma dor enorme, eram muitas perdas para uma garota tão jovem. E algumas eram minha culpa. Dumbledore e Snape. Totalmente minha culpa. 

Quando entalhei seus nomes na prata eu chorei de modo compulsório, chorei lágrimas de sangue. Minha mãe dizia que isso demonstrava meu arrependimento, e que eu precisava disso para me tornar um homem melhor. Tenho certeza que meu pai discordaria.

Eu fiquei parado a distância, deixando que a garota tivesse o seu momento de tristeza, ela precisava remoer suas perdas, aprender a conviver com elas e com a dor.

A garota chorava, mas não tirava seus olhos da pedra, até que alguma perda doeu mais forte e ela caiu no chão se contorcendo. O que me fez lembrar do momento em que foi torturada pela minha tia, na minha mansão. Dobby, o elfo, tinha morrido naquele dia.

Ela reabriu seus olhos novamente e, mesmo no chão, prosseguiu com a leitura. Sem que eu pudesse evitar, me aproximei dela. Era muita dor o que ela sentia, eu precisava lhe pedir desculpas. Encostei a mão em seu ombro, mas ela não se importou, continuou a chorar.

Ela parecia não estar nesse mundo, a grifinória não percebia o que estava fazendo, mas recitava os nomes que lia. Sua voz estava banhada em melancolia e tristeza, mas soava tão bela quanto o canto da fênix, soava como uma canção de despedida, uma homenagem simples para aqueles que foram chamados de heróis.

Quando ela leu o último nome desmaiou, a dor havia sido demasiada. Lembrei que o último nome era de um garotinho da grifinória, um que era fã de Potter, não o conhecia, poucos o conheciam, mas Minerva adicionou aquele nome a pedido do próprio Harry Potter.

Com cuidado eu fui até a menina, que jazia sob a estátua, e a peguei em meus braços, entrando silenciosamente no castelo e indo diretamente em direção à enfermaria. Ela era leve, ou estava leve, talvez ela também não tivesse passado o último ano tão bem.

Eu jamais havia parado pra pensar no sofrimento dos outros. Eu enxergava o que eu passei, meus medos, meus sofrimentos, meus arrependimentos, minhas perdas.

Mas aquela sangue ruim abriu meus olhos, o meu sofrimento não era nada.


Notas Finais


E aiiií? O que acharam?
Eu achei que teve muito Point of view, mas, como vocês viram, todos estavam interligados e tiveram ou terão sua importância. Porque sei que é uma dramione, mas eu não consigo não escrever da Luna ou da Ginny .-. E Zabumba caaara <3
O que acharam dessa estátua? Eu fiquei abalada escrevendo isso, enquanto ouvia músicas tristes, foi quando tocou Olhos Vermelhos que eu soube qual seria o nome do capítulo *-* E quando li de novo pra postar aqui, chorei de novo .-.
E a conversa entre nossos pombinhos do coração? Eles até conseguiram ser civilizados por alguns momentinhos, hahahah.Pra quem achou que o Draco tinha sido gentil no outro cap, o que acharam desse? O que acharam do Draco?
Bom, gente, logo menos tem mais capítulo, provavelmente no sábado a tarde, porque tenho prova pela manhã.
Espero, de coração, que vocês tenham gostado desse.
Deem fav e comentem bastante, sempre ajuda <3
Beijinhos e espero vocês nos coments e no próximo cap =* <3


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