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História After All - Capítulo VII: O Quarto


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Oie galera!!
Muito obrigadinha por todos os favoritos e comentários! Vocês são incríveis e me dão a maior força pra continuar a escrever <3 Obrigada por tudo <3
Agora, bora capítulo =* <3

Capítulo 8 - Capítulo VII: O Quarto


POV Hermione

Assim que o banquete foi completamente magicamente retirado das mesas levantei os olhos, a procura de Malfoy, os monitores deveriam levar os primeiranistas aos seus respectivos salões comunais, explicando as regras de cada um deles, mas nós deveríamos correr para a sala de Minerva, e lhe contar sobre a caixa. Intrigada, vi que Malfoy já olhava pra mim, e assim que viu que meus olhos encontraram os dele, levantou as sobrancelhas e saiu andando em direção à porta do salão comunal. Virei-me para Gina.

— Acha que todos os monitores sabem o que fazer agora? — perguntei.

— É claro que sabemos, Mione. — disse a ruiva, ofendida. —– Mas se alguém não souber, eu faço aprender. — ela riu, dando uma piscadela.

— Obrigada, Ginny — agradeci, com um abraço.

Levantei e andei rapidamente para a porta, onde Malfoy já me esperava.

— Vamos para a sala da diretora — falei, segurando minha mochila de modo protetor.

— Ok — o sonserino concordou com a cabeça.

Eu lancei um olhar para Minerva, que já olhava em nossa direção, ela devia estar tendo o mesmo pensamento que nós, já que apontava em nossa direção e em seguida para cima, em direção à sua sala. Eu sorri para ela, confirmando com um movimento de cabeça que havia a entendido.

Comecei então a andar, puxando Malfoy pela manga para que ele me seguisse.

— Não precisa me puxar, Granger. Já disse que vou — ele emburrou-se.

Larguei sua manga, puxando minha mão para perto do meu corpo e a esfregando na minha veste. Por que eu ficava encostando nele? Ou isso talvez fosse só impressão minha?

Depois desse pequeno momento desconfortável, saímos pela porta principal e subimos a todas as escadas em silêncio, chegando até a frente do gabinete da diretora, onde demos de cara com a estátua em forma de gárgula que protegia a sala. Só então me dei conta de que não tínhamos a senha e bufei desapontada, me sentando no chão ao lado da entrada.

Malfoy me olhava de um modo curioso, andou até minha frente e apoiou as costas na parede oposta a mim, descendo lentamente por ela, até encontrar o chão, fez isso sem tirar os olhos de mim.

— Algo errado, Malfoy? — questionei-o, ríspida.

— Você é quem me trouxe até aqui, e agora simplesmente sentou-se no chão, se houver algo errado, é com você! — o garoto irritou-se.

— Não temos a senha, precisamos esperar Minerva. — falei, em um tom nada amigável.

A presença dele já estava me irritando. Tudo bem vigiá-lo, mas agora ele não estava facilitando, estava sendo espaçoso e folgado. As suas pernas já ocupavam mais da metade do corredor, me deixando encolhida contra a parede.

O garoto então, provavelmente só para implicar, esticou ainda mais suas pernas, fazendo com que seus pés se encostassem aos meus.

— Desencosta, Malfoy — mandei.

A reclamação só fez com que ele se espreguiçasse, quase se deitando no chão, me empurrando, com os pés, contra a parede.

— Deixa de ser chata, Granger. Preciso de espaço, sai daí! — o garoto reclamou, em um tom incomodado.

Levantei emburrada e fechei a cara, virando-me de costas para Malfoy.

POV Draco

Finalmente ela havia levantado. Estava cansado e estressado, e aquela sangue-ruim não ajudava, estava me importunando dês do trem, quando atrapalhou o belo trabalho que Pansy estava fazendo. Na verdade, o que eu precisava era que Parkinson terminasse aquele serviçinho, isso, com certeza, acalmaria meus nervos. É, estava decidido, logo que saíssemos da sala da diretora, eu iria para o meu quarto e daria um jeito de Pansy entrar lá.

            Na verdade, não precisava nem ser Pansy, poderia ser qualquer uma, provavelmente se aquela não fosse a Granger, eu arriscaria ali mesmo tentar agarrá-la, mesmo em frente à sala da diretora. Só precisava me aliviar.

Granger estava parada de costas para mim, seus braços estavam para frente, provavelmente cruzados, aquilo devia estar levantando ainda mais seus seios, e ela estava com as pernas ligeiramente afastadas, com o peso apoiado em uma delas e a outra dando batidas constantes no chão. Ela ficava variando qual perna fazia o que, e o movimento da troca dava um movimento interessante ao seu quadril.

A garota então parou e ficou nas pontas dos pés, fazendo suas curvas se acentuarem. Quando me dei conta eu estava mordendo o lábio enquanto observava seu corpo, e antes que eu pudesse impedir, algo veio a minha mente, a camisola sexy de Pansy, ela realmente ficaria ótima na sangue-ruim...

Meus pensamentos sórdidos foram felizmente, ou infelizmente, interrompidos pela chegada da diretora, que caminhava tranquila no corredor vindo em nossa direção. Eu calmamente me levantei, permanecendo atrás da grifinória, ainda olhando seu corpo.

Minerva abraçou Granger calorosamente, me fazendo desviar o olhar.

— O que houve, senhorita Granger? — a diretora perguntou.

Mas antes que a garota tivesse tempo de lhe responder, a mulher virou-se para a gárgula e pronunciou a senha:

— Ragamuffin albus. — ela agora voltou-se para nós. — Subam comigo, crianças.

 A professora subiu então na escada, seguida pela outra, que lhe explicava tudo o que havia acontecido, sem mentir ou esconder nada, e eu fui atrás das duas.

A diretora sentou-se na cadeira que antes pertencia a Dumbledore, sob um quadro em que o antigo diretor aparecia adormecido, a imagem do homem que quase matei me fez abaixar a cabeça, constrangido. Granger terminou sua história e entregou a caixa a McGonagall, que a ergueu utilizando sua varinha, a depositando em um armário.

— Eu até chamaria a professora de Runas para decifrar essa caixa, mas quero manter essa história o mais sigilosa possível, e todos sabemos a fama de Babbling. — A velha arrumou seus óculos, lançando um olhar significativo a Granger. — Então gostaria de pedir que você cuidasse desta tradução, e como você disse que há símbolos de Voldemort, então você irá ajudar — a diretora disse, me olhando, ao que eu somente assenti.

— Talvez seja melhor pedir auxílio também ao novo professor de defesa contra as artes das trevas, você já o conhece Hermione. — a diretora contou, a olhando de modo carinhoso. — Estúrgio Podmore. — A diretora sorriu.

— Por questão de prevenção, a caixa será mantida comigo, e vocês trabalharão com ela durante a noite, sob minha supervisão e aqui, em meu escritório — ela prosseguiu.

Entendi que o assunto se deu por terminado e comecei a me preparar para levantar, mas antes que eu conseguisse, a diretora prosseguiu falando.

— Agora às amenidades. Ou não tanto. — Ela nos olhou, baixando levemente os óculos. — Acredito que você já saiba o porquê disso tudo, certo, Malfoy? — a diretora dirigiu a palavra a mim.

— Acredito que sim. Ex-comensal. Você precisa de alguém pra me vigiar. E todos sabem que Granger é a melhor bruxa de nossa idade, e que sem ela aqueles cabeças de trasgo não teriam sobrevivido, então você pediu a ela que fosse minha carcereira particular, e como, além de tudo, ela é boazinha, ela aceitou a proposta — respondi, sem parar pra respirar ou pensar, somente soltando as palavras.

— Exatamente, Malfoy — McGonagall concordou, sem se abalar. — E para tornar esse trabalho mais fácil decidimos deixá-los o mais próximo possível, então, a partir de hoje, vocês terão quartos no segundo andar, em uma das antigas salas vazias, Malfoy irá dormir na parte de cima e Hermione na de baixo, desse modo, Hermione sempre saberá quando o senhor estará ou não em seu dormitório. — Ela fez uma pequena pausa, longa o suficiente para pensarmos, mas não o bastante para formarmos nossos protestos.

— Acho que é somente isso. Eu lhes acompanharei até o novo dormitório.

McGonagall saiu da sala, sem nos dar tempo para reclamações, que ela, com certeza, sabia que viriam. Granger levantou emburrada, mas sem chiar, eu, pelo contrário levantei xingando baixo e jogando minha cadeira no chão, mas apesar do barulho, nenhuma das duas mulheres me deu atenção.

POV Hermione

Minerva havia enlouquecido. Uma coisa era eu vigiá-lo, outra coisa era ter que vê-lo até para dormir. Um absurdo! Eu não teria privacidade alguma!

Fui andando quieta atrás da professora, enquanto ainda ouvia Malfoy murmurando diversas ofensas para ninguém específico. O garoto era um imaturo, estava tentando chamar atenção desde que a professora havia nos dado a sentença.

Chegamos ao segundo andar e paramos em frente a uma parede, aparentemente normal, Minerva virou de frente para ela e recitou a senha lentamente:

— Dendroaspis bleyenberghi

Meu Merlim! Eu nunca havia ouvido uma senha tão difícil! Repeti-a mentalmente em minha cabeça, na tentativa de decorá-la.

A diretora abriu passagem permitindo que entrássemos primeiro.

Era um quarto amplo, a porta ficava no canto direito da parede, à esquerda havia uma linda cama, com dossel em cetim vermelho e prata, ao lado da cama via-se um espelho de corpo inteiro e na parede ao seu lado um grande guarda-roupa, próximo à parede da direita, em frente à porta, tinha uma mesa redonda, grande o suficiente para que quatro pessoas sentassem. Mais ao fundo havia uma saleta com um sofá branco e na parede oposta à porta uma lareira.

Algo então me preocupou, uma escada de madeira em caracol na saleta, no canto direito, em frente ao sofá, e ainda mais, não havia nenhuma outra porta nesse andar, o que significava que o banheiro era em cima, no quarto de Malfoy.

Subimos as escadas, o quarto de Malfoy era basicamente igual ao meu, com somente algumas exceções, o dossel de sua cama era em cetim verde e dourado, seu quarto não possuía saleta alguma, o que significava que teríamos que compartilhar a que havia no andar do meu quarto, mas tinha uma porta adjacente que obviamente dava no banheiro.

O banheiro também era razoavelmente grande, uma pia em mármore branco, um vaso comum e uma grande banheira, também em Mamoré branco.

O quarto, como um todo, lembrava quartos de hotel.

Minerva então desceu conosco e saiu, dizendo:

— Espero que entendam, e que aproveitem o quarto de vocês.

Assim que a professora saiu do quarto, Malfoy disse:

— Vou para meu quarto, e vê se não me incomoda.

Ele já ia saindo, mas eu o chamei.

— Malfoy! — Ele parou e me olhou. — Preciso usar o banheiro. Vou subir com você.

Ele emburrou-se e reclamou:

— Tudo isso é pra me vigiar melhor?

Ele se achava muito importante mesmo.

— Não, Malfoy, só preciso usar o banheiro.

E fui em direção às escadas no final do quarto, subindo mesmo sem a “permissão” do garoto.

Passei direto por sua cama e entrei no cômodo. Joguei uma água no rosto e repeti para mim mesma: “É pela segurança dos alunos, é pela segurança dos alunos, é pela segurança dos alunos...”.

Bufei e me sentei no chão do banheiro, estava muito cansada, um banho iria bem. Sem pensar duas vezes coloquei a banheira para encher enquanto tirava minha roupa, e passava os dedos pelo meu cabelo. Guardados no gabinete havia alguns sais de banho, shampoo, condicionador e sabonete, levei-os para uma prateleira acima da banheira.

Coloquei um pé na água, a temperatura estava perfeita, coloquei logo o outro e sentei-me, a água estava ótima e senti um grande peso saindo de mim, inclinei-me ainda mais para que meu corpo todo ficasse submerso, deixando somente minha cabeça e ombros para fora da água. Fiquei assim por muito tempo, até sentir a água começar a esfriar, e os dedos começarem a enrugar. Me preparei para levantar, só então notei que eu havia esquecido minha toalha.

— Malfoy! — gritei para o lado de fora.

Não obtive resposta. Chamei de novo e nada. Tentando manter a calma levantei da água e passei a mão pelo meu corpo, expulsando o excesso de água da superfície, sai da banheira, chacoalhando os pés, e caminhei até a porta.

— Malfoy! Por favor! — pedi, gritando.

Ouvi então uma risada vinda de seu quarto. Chamei mais uma vez e nada. Abri então uma fresta da porta e coloquei a cabeça para fora.

— Malfoy, por favor, eu sei que você está aí. — gritei, já cansada da brincadeira idiota.

O garoto apareceu na entrada do banheiro.

— O que houve, Granger? Precisa de ajuda com alguma coisa ai dentro? — ele perguntou, com um sorriso malicioso nos lábios e nos olhos, que estavam em um tom mais escuro do que o normal.

Eu corei ao lembrar que estava nua, corei mais ao ver que ele percebeu que eu havia corado e corei ainda mais me lembrando de como havia corado antes e do motivo pelo qual isso havia acontecido. Eu devia estar parecendo um pimentão, porque Malfoy abriu ainda mais seu sorriso e perguntou:

— Vai ficar ai corando cada vez mais o dia todo ou vai me dizer o que quer?

Eu consegui corar ainda mais antes de formular uma resposta, o que não passou despercebido aos olhos do sonserino, que mordeu o lábio e continuou:

— Quer que eu entre aí para lavar as suas costas?

Eu continuei corada, mas balancei a cabeça e falei:

— Pare de brincadeiras, Malfoy. Eu esqueci minha toalha, pegue-a para mim.

O garoto fez cara de ofendido e cínico de uma vez só.

— Sem por favor, sem toalha. — o sonserino zombou, e já foi voltando para seu quarto.

Eu bufei emburrada e gritei novamente:

— Malfoy, por favor, a minha toalha.

Malfoy voltou dando risada, com uma toalha verde nas mãos e estendeu-a para mim, porém quando eu fui pegá-la ele puxou de volta.

— Agora diga que eu sou muito mais bonito que o Weasley — ele mandou, em meio aos risos. — E que Potter fede — completou.

— Eu não vou dizer nada disso — respondi, irritada. — Além disso, Rony é muito mais bonito que você, seu magricela! E Harry tem um cheiro muito melhor!

O chantagista balançou a toalha no ar e disse “lalalala”, fazendo-me de boba.

— Malfoy, me entrega essa porra de toalha! — eu gritei. já perdendo totalmente a paciência.

Empurrei a porta e me estiquei na sua direção, puxei a toalha com força, como ele não esperava por isso, a toalha veio facilmente para minha mão. O garoto ia puxar a toalha de volta, mas então reparou que eu me encontrava ainda nua, e lançou um olhar um tanto desejoso para meu corpo. Quando me dei conta, me enrolei o mais rápido possível e fechei a porta com um estrondo.

Malfoy ria do lado de fora.

— Que seios lindos você tem, Granger! — ele gritou para dentro do banheiro.

Eu voltei a corar, mas abaixei a toalha e olhei meus seios no espelho. Eles eram lindos? Me pareciam tão normais. Se Rony ficasse sabendo desse acontecido ficaria louco de ciúmes, mas eu sabia que devia contar, pensei aborrecida.

Após me secar enrolei-me na toalha e sai do banheiro, só não esperava me deparar com um Malfoy deitado na cama, somente de calça jeans. Assim que eu apareci em seu quarto ele olhou para mim e sorriu abertamente.

— Não achei justo te ver daquele jeito e você não dar nem uma olhadinha em mim — ele explicou-se, com um alto teor de malícia na voz.

Eu revirei os olhos e continuei meu caminho para a escada, ouvindo Malfoy rir atrás de mim. Desci as escadas e me troquei rapidamente, colocando um pijama confortável. Assim que deitei e me cobri com um lençol, vi Malfoy descer as escadas.

— A onde pensa que vai, Malfoy? — questionei-o, estressada.

— Masmorras — ele disse, de modo natural, e continuou andando para a porta.

— Nada disso, senhor. Duas noites sem sair, se lembra? — falei, com a cara fechada.

O garoto arqueou as sobrancelhas, chocado, deu meia volta e subiu as escadas pisando forte. No mesmo momento eu soube que teria volta.


Notas Finais


Eita, essa Minerva acho que também shipa, hein?? Colocar os dois assim no meesmo quarto, hhahaha, assim fica difícil .-.
O que acharam dessa espiadinha? hahahah, ninguém mandou a Herms esquecer a toalha, ainda por cima com um inimigo ao lado .-.
O que acham que Malfoy vai fazer pra se vingar??
Espero vocês nos comentários ou até o próximo cap =*
Mil beijinhos pra todos que quiserem, haha =* <3


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