1. Spirit Fanfics >
  2. After all, I love you – NAMJIN >
  3. Física

História After all, I love you – NAMJIN - Física


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Olá galero! Primeiramente: AQUI TÔ EU POW. Segundamente: Esse é meu presentinho de Natal antecipado para vocês, espero que não me matem, mas ok <3

Terceiramente galero, postei uma one-shot do Jin com o Xiumin, mas lá é UMA HISTÓRIA POR FORA, NÃO INTERFERE EM NADA NA NAMJIN, OK?! Se gostarem do shippe, deem uma passadinha lá, espero não decepcionar nem lá, nem aqui. <3


~~~~~~~~

em pensar que o tempo passou mt rápido até aqui. eu vi um print meu do capítulo 17 qnt ele foi postado, logo que recebeu os seus favoritos, e ele tava com 134.
maluco, passou tudo tão rápido (começou a tocar uma música triste no meu fone logo agora produção? thanks) e tipo, ela começou no mês do meu aniversário (9) e em pensar que no natal ela já devia ter uns 140, por aí...
eu simplesmente e completamente amo vocês por fazerem isso.

curtam esse capítulo e até logo (:
28/5/17

Capítulo 19 - Física


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Física

– Por você eu estou. – disse ele, com um sorriso no rosto.

Bufei e respirei de olhos fechados, os abrindo logo em seguida.

– Apenas não faça de novo. – falei devagar, virei as costas e saí andando.

Os meninos já estavam lá na frente, nem viram nada. Ou se viram preferiram não interromper.

Namjoon deu uma corridinha para ficar do meu lado.

– Desculpe? – perguntou ele.

Assenti de leve. Amo esse cara, e não há como fingir não gostar, mas eu tento. Juro que estou tentando.

– Ok. – pequena pausa. – Foi tudo bem lá na clínica. Apenas tive de mijar num potinho. – disse ele, dando de ombros.

Ri.

– Bem normal. – disse eu.

– Muito. – disse ele, ai trocou de assunto. – Tome cuidado com o Taehyung na sua casa, ok?

– Você já disse isso. Mas eu sei, eu vou.

– Não sei porque você aceitou, era só ter dito não.

– Vamos ver no que dá, não foi o que você disse? – questionei.

– Foi, mas não assim.

Dei de ombros.

– Vamos ver no que dá. – repeti. – Quem sabe ele não seja um idiota.

Namjoon pareceu incrédulo.

– O quê? – cuspiu ele.

Yuka.

Não percebi, mas parei de andar. Só percebi quando Namjoon parou também.

Ele olhou para onde meu olhar ia.

Yuka me olhou. Ela ria sobre algo que suas amigas diziam e riam também, e quando ela me viu parou.

Vontade de correr até ela e esbofetear aquele rostinho que nem parece ter desgraçado tudo.

Sim, eu acredito no que Namjoon disse. Não acho que ela seja amante dele, mas eu não posso o perdoar ainda.

– Vem. – disse Namjoon, puxando meu punho para sairmos logo dali.

Mas não sem antes nós dois a fuzilarmos com o olhar.

– Vontade de pular no pescoço dessa garota. – confessei bufando.

– Se eu fosse mulher já teria batido nela. – falou Namjoon.

Alcançamos os meninos.

– Batido em quem? – perguntou Yoongi.

– Ninguém. – falei e olhei para Hoseok, o fuzilando também.

Hoseok desviou o olhar.

– Rá, mais viadinhos. – riu alguém passando por nós.

Não liguei. Namjoon bufou, mas continuou andando. Taehyung não disse nada, ele estava com a mão na bunda da garota mesmo. Hoseok foi segurado por Yoongi e se aquietou. Kookie continuou andando.

Namjoon finalmente tomou uma atitude, eu não queria ter de a tomar. Eu não vou mentir, eu queria ser beijado. Queria. Mas depois eu teria de fingir não querer. Namjoon tem de aprender que o mundo não é só rosas e que nem todos são bonzinhos. Acho fofo ele se importar comigo ao ponto de comprar rosas e escrever cartas dizendo o que aconteceu. Acho fofo também ele me puxar, me tirando do mesmo comodo que Yuka. Acho fofo ele me amar.

O sinal soou.

* * *

O sinal soou para irmos embora. Eu não sei ao certo o que estou sentido.

Eu estou bem de ir logo para casa, mas eu estou mal ao mesmo tempo em saber que mesmo estando em casa, Taehyung estará lá também.

– Vou direto, ok? – disse Kookie.

Assenti.

– Sabe, ele não parece idiota. – comentou o mesmo, vendo minha expressão ao mesmo tempo que guardávamos nossos matérias.

– Não? – perguntei.

– Não. Bom, pelo menos parece que não. Mas sempre terei vinte passos atrás com ele e Hoseok. – pausa. – Mas o que eu ainda não entendi é o porquê​ de você ter deixado Taehyung ir a sua casa.

– Quem sabe ele seja um informante do Jimin. Quem sabe eu não descubra andando com ele? – propus.

Kookie deu de ombros.

– Quem sabe? – disse. – Mesmo assim... depois do que eles aprontaram eu não sei não. Não respondo por mim se acontecer mais alguma coisa.

Ri.

– Bravo assim?

– Olha aqui, eu posso ser muito mal. – falou sério.

– Ah, ok, senta lá. – falei debochando.

Ele sorriu.

– Vamos logo, hyung.

Sorri e peguei minha mochila. Coloquei meu braço nos ombros de Kookie e saímos da sala.

– Preciso ir ao meu armário pegar minhas térmicas. – avisei a ele.

Kookie assentiu.

Yoongi, Namjoon, Hoseok, Taehyung e sua namorada, com duas amigas, pareciam nos esperar. Mas não sei ao certo.

Vai toda essa galera no carro de Namjoon?, pensei com meus botões.

Yoongi estava ao lado de Hoseok e não tocava nele, não sei, me impressionou. Taehyung tagarelava e ria. De onde ele tira tanto assunto? Namjoon estava focado em mim e ele assentia para Taehyung roboticamente. Tenho duvidas de ele estar ouvindo o que Taehyung esteja dizendo. A namorada de Taehyung está falando com suas duas amigas que riam e conversam com ela. Parece que são duas pessoas completamente opostas – ela e Taehyung –,  e me pergunto o porquê de estarem juntos.

– Você vai ficar aqui ou vai ir comigo? – perguntei a Kookie.

– Vou com você. – falou como se fosse óbvio, vendo os garotos.

Andamos até o corredor de armários e abri o meu, larguei alguns livros lá dentro e peguei minhas térmicas.

– Vai querer largar seus livros? – perguntei a Kookie.

Ele negou.

Olhei para além dele e vi todo o "grupo" vir em nossa direção.

Kookie percebeu que eu olhava para além dele e olhou para trás, depois para frente de novo.

– Se duvidar, quando formos fazer xixi eles nos sigam até lá.

Ri.

– Quem sabe Taehyung segure ele para você. – disse eu rindo, me referindo ao amiguinho de Kookie.

Kookie se nomeia hétero, mas nunca se sabe.

Ele empurrou meu ombro fazendo eu cambalear para trás.

– Quem sabe eu chame Namjoon para o segurar para você. – rebateu Kookie rindo.

– Eu segurar o quê? – perguntou Namjoon.

Kookie me olhou e eu gelei.

– Nada. – respondemos em uníssono.

Namjoon sorriu, meio que sabendo o que era, mas não sabendo. Se é que isso faz sentido.

– O assunto está bom, mas sabe, quero ir logo para casa. – disse Yoongi com uma voz de tédio, quando se aproximou.

– Você tem duas pernas e dois braços. – disse eu. – As pernas você usa para andar, e os braços para segurar a garrafinha d'água.

Ele riu sem humor.

– Você está pronto ou está difícil? – quis saber.

Bati a porta de meu armário.

– Estou. – respondi.

Eles começaram a andar.

– Espere, vai todo mundo no carro de Namjoon? – perguntei com medo da resposta.

Namjoon assentiu.

Não sei a cara que fiz, mas Namjoon se aproximou e cochichou:

– Não se preocupe, ninguém vai sentar no meu colo, ou vice versa.

– E no meu? – rebati e tentei não rir.

Acho que ele não havia pensado nisso, e deixou a boca cair alguns centímetros.

– Você vai na frente comigo. – exigiu.

– Vamos ver. – falei.

Andamos para fora da escola e a arrumação foi engraçada: Namjoon não queria que eu fosse atrás; Hoseok não queria que uma garota sentasse no colo dele e nem no de Yoongi; e Kookie estava com calor, mais do que o normal.

Ficou assim: Eu na frente (pois é), Yoongi no colo de Hoseok, Kookie teve de ir no colo de Taehyung, porque a namorada dele achou um absurdo ter de sentar em seu colo. Ela disse que "não é puta". Uma amiga dela sentou em seu colo e a outra ficou no banco espremida.

Eu imagino o calor que estava nos bancos de trás. Calor humano.

As garotas começaram a reclamar do calor e pediram para ligar o ar, mas como o ar estava demorando a ficar gelado, optaram por abrir a janela mesmo.

Abaixei o espelho do carro e olhei os rostos. Yoongi estava sorrindo, olhando pela janela. Hoseok parecia gostar. As garotas tagarelavam e Kookie parecia meio infeliz e suava muito. Taehyung estava normal. Segui seu braço e ele segurava Kookie bem de leve pela cintura. Olhei para Namjoon e ele estava focado dirigindo.

– Vocês poderiam ligar o rádio? – perguntou uma garota.

Ela parece bem simpática. A mesma é a que está espremidala, sequinha, loira, fofinha e pequena. Raquítica.

Olhei para Namjoon esperando sua autorização e ele assentiu.

Liguei o rádio e tentei achar uma estação boa com uma música legal.

Enquanto eu girava o botão do rádio, olhei para o espelho de novo. Kookie parecia ter deixado de lado que estava no colo de Taehyung e resolveu curtir. Ele sorria e o vento batia em seu rosto e em seus cabelos. Taehyung que estava atrás e sorria também. Parece cena de filme, meu Deus.

As garotas continuavam a sorrir e falar. Hoseok estava beijando Yoongi, os dois meio tortos pelo modo no qual se encontravam.

No rádio eu não achava nada. Teve uma estação em que parei que estava falando sobre assassinatos e outra tocava uma música muito louca que falava de amor. Até que achei uma bem zen que falava de família e amigos. Deixei nessa.

Me escorei no banco e o vento batia em meu rosto e eu me sentia tão bem e tão leve... Queria pegar na mão de Namjoon e senti-lo ali. Sentir que nos amamos, apesar de tudo. Meus olhos marejaram.

Por que Jimin, por quê? Foi você também que convenceu a Yuka fazer isso com Namjoon e comigo? Se foi você, juro que nunca vou te perdoar.

Pisquei várias vezes e vi no retrovisor – o de fora do carro – que Taehyung fazia ondas com o braço do lado de fora do carro. Olhei no espelho de cima e ele sorria igual uma criança muito feliz, olhando para Kookie e para sua mão. Kookie sorria discretamente, mas acho que se lembrou de algo e virou o rosto, ficando com um beiçinho na boca. Sorri fraquinho. Olhei para Hoseok e Yoongi e eles estavam falando com as garotas sobre alguma coisa de sair para algum lugar. Namjoon estava quieto.

– Tem algum problema? – perguntei para ele, não tão alto, nem tão baixo. Audível.

Namjoon pareceu desligar o piloto automático de si próprio e olhou para mim com outra expressão. Uma expressão mais calma.

– Quero você de volta... Não consigo ficar sem você. – disse sofrido.

Ele também não falou nem alto, nem baixo, mas num bom som.

As meninas tagarelavam, mas quando ouviram isso fizeram "AWWWWNNN" no banco de trás. Isso me irritou, só que não sei porque.

A atenção se voltou à nós dois.

Eu não sei o que dizer. Ficou aquele silêncio ensurdecedor e me senti mais mal ainda.

Eu não queria estar fazendo isso! Não queria, meu amor. Mas você é meio inocente às vezes. Sofrendo você aprende? E outra, se eu te perdoasse agora, você teria gastado dinheiro para o exame para nada. E também que eu quero ver o que está escrito lá.

– Quando sai seu exame? – perguntei, por fim.

– Em três dias. – respondeu.

Alguém me deu uma dedada no ombro do tipo: Vai, vai! Meio que: Perdoe ele, poxa!

Olhei para trás para ver quem havia me cutucado. Foi a namorada de Taehyung.

Ela nem sabe a história e quer que eu o perdoe? Como assim?

As garotas me olhavam com caras ansiosas de: Perdoe ele! Até Yoongi me olhava assim. Kookie não assentiu para isso, ele meio que deixou nas minhas mãos. Kookie já me disse – quando eu ainda estava com Jimin –, para eu nunca ficar com alguém por pena. Que eu devia ficar porque eu gosto/amo e nunca por pena. Entendo.

– Ótimo. – disse eu para Namjoon.

Agora no rádio está tocando uma música que diz para não desistir dos seus sonhos mesmo que todos achem uma coisa fútil. "Pergunte a si mesmo se já se esforçou para algo.", dizia.

E eu me perguntei.

Nunca me esforcei para nada grande demais. Eu já me esforcei para manter meu namoro com Jimin porque eu o amava, mas não sei se isso vale, na verdade. Já me esforcei para tirar notas boas em provas, mas na música eles dizem que no caso é o seu sonho, não estudos.

Acabo de perceber que nunca me esforcei para nada.

Preciso arrumar um emprego.

Chegamos e agradeci a Namjoon. Saímos do carro e eu o vi se distanciar.

Senti um aperto no coração: as meninas ainda estavam lá dentro.

Taehyung sorriu quadrado para mim; um sorriso quadro aberto. Sorri amarelo para ele e procurei minha chave na mochila.

– Olá, senhora! – comprimentou Taehyung sorridente para minha mãe. Ela estranhou, mas o abordou da mesma forma.

– Olá! – disse ela sorrindo e abraçando-o. – Não me chame de senhora, senhora está no céu. Sou Tsugumi.

– Sou Taehyung, mas me chamam de Tae ou TaeTae. – sorriu ele.

Garoto sorridente, eu hein.

– Prazer, TaeTae. Tudo bem com você?

– O prazer é meu. Estou bem.

Minha mãe se voltou ao Kookie.

– E você, Kookie?! Da última vez que eu te vi você estava mais gordinho! – disse ela abraçando meu amigo.

Kookie sorria.

– Eu debutei. – disse ele.

– Então vai desbutar, pois estou preparando um bolo e não aceito não como resposta. – ela se virou para Taehyung. – E nem você, TaeTae.

– Bolo? – perguntou. – Quero.

Sorri e Kookie também.

Minha mãe bagunçou seus fios.

– Já vai ficar pronto. – disse sorrindo.

– Hmmm. – sorriu Taehyung amaciando sua barriga.

Minha mãe pareceu perceber minha existência ali.

Ela veio até mim e me abraçou.

– Desfaça esse beicinho, mocinho. – cochichou e me deu um beijo na bochecha. – Você também está mais magro do que da última vez que te vi. – comentou me observando.

– Mas nos vimos de manhã. – aleguei e senti minhas bochechas queimarem.

– Quer dizer que você não almoçou? – perguntou ela.

Sorri disso.

– Claro que eu almocei. – falei.

– Capaz que ele iria ficar sem comer. – disse Kookie.

– Do jeito que você fala até pareço um gordo. – disse eu.

Ele deu tapinhas em meu ombro: iludido.

Ri e dei um tapinha na mão dele. Ele riu também e minha mãe observava tudo admirada.

Minha mãe queria ter tido outro filho.

– Subam, meninos – disse ela. – Daqui a pouco levo lá o bolo com suquinho.

– Mas eu queria sucão. – falei e ri.

– Só tem suquinho. – disse ela.

– Ah. – e fiz uma cara de decepção, mas eu tinha mesmo era vontade de rir.

Minha mãe sorriu.

– Minha casa é sua casa. Se precisar de alguma coisa peça ao Jin ou a mim, tanto faz. – disse minha mãe para Taehyung. – E você, Kookie, você já sabe onde é tudo, minha casa é sua casa também. Qualquer coisa estou na cozinha.

Ela sorriu e se retirou.

– Vamos subir. – falei e fui em direção a escada.

Eles me seguiram.

Talvez, mas só TALVEZ, Taehyung seja um cara legal. Mas só talvez.

O estranho foi que enquanto Kookie explicava, Taehyung deixou seu caderno de lado e se deitou atravessado na minha cama olhando para o teto. Ele parecia prestar a atenção em outra coisa. Depois de um tempinho que Kookie explicava fui obrigado a perguntar:

– Taehyung, você está entendendo?

Ele me olhou e assentiu:

– Sim, Jungkook explica bem.

– Você não precisa olhar para o seu caderno para entender o que ele está dizendo?

– Não exatamente. Ele explica, e quando eu tiver de fazer eu dou uma lida por cima e faço. É mais fácil do que parece. – disse ele voltando a fitar o teto.

Olhei para Kookie e ele deu de ombros: Talvez seja o jeito dele de entender.

Kookie continuou com sua explicação e olhei a tela de meu celular. Mensagens.

– Ei – chamou Kookie –, agora não, hyung.

– Eu sei, só estou olhando a hora.

Minha mãe pareceu demorar um ano para nos chamar para o café. Kookie já havia explicado e eu já tinha entendido, fiz até os exercícios sem ajuda e estava com o mesmo resultado que os de Kookie – a menos que nós três estejamos errados, pois Taehyung também fez e estão todos iguais.

Kookie disse que precisava ir ao banheiro.

– Você já sabe onde é. – disse eu.

Ele assentiu e saiu do quarto.

– Eu sei física. – disse Taehyung.

– Ainda estou tentando entender o que você quer.

– Não está claro? – questionou.

Neguei.

– Quero paz, estou tentando me redimir da escolha idiota que eu fiz.

– Ser idiota é uma escolha?

– Acredite, é sim.

– Posso confiar em você? – perguntei.

Ele pareceu se surpreender com a minha pergunta. Claro que eu estou blefando, mas ele pareceu se impressionar como se fosse verdade.

– Pode, claro.

– Não vai me drogar?

Ele suspirou e olhou para o teto. Não pude evitar de dar uma olhadela para cima, faz tempo que ele olha para lá. Não havia nada, quem sabe só seus pensamentos.

– Olha, isso foi um erro. – admitiu ele. – Eu disse para ele não fazer.

– Hoseok? – deduzi.

Kookie adentrou o quarto e Taehyung se calou de vez.

– Tae? – foi num tom de: continue, por favor.

Ele me olhou e ficou admirado. O mesmo pareceu se sentir mal. Ele mexeu a boca em um desculpe e voltou seus olhos para o teto.

Não vou ter a ajuda de Taehyung, e sua expressão não mostrou nem que era Hoseok ou que não, mas se não é Hoseok é quem? Tem de ser ele, porque se não for ele foi Jimin, e ainda nem acredito que seja ele que tenha ligado para minha mãe naquela noite.

Kookie se sentou com o pensamento distante. O mesmo começou a guardar seu material na mochila.

– Sua mãe disse para eu chamar vocês para o café. – disse Kookie, ele pareceu despreocupado, enquanto eu tentava parecer, mas estou uma pilha de nervos.

Sinto vontade de sacudir e virar Taehyung de cabeça para baixo até ele dizer tudo o que sabe.

Me controlo e tento esclarecer meus pensamentos enquanto guardo minhas coisas.

Supondo, então, que foi Hoseok. Tudo cola, certo? Menos a parte que Taehyung diz que ser idiota é uma escolha, como se ele escolhesse ter feito tudo isso comigo e Namjoon. A troco de que ele faria tudo isso por Hoseok e quando tivesse se cansado, continuasse amigo dele? Tudo cola, menos Taehyung.

Supondo, então, que é Jimin que tenha mandado tudo – o que faz sentido, mas tem seus furos. Ele ligou para minha mãe, e ok, mas o que justifica? Será que ele me "ama" ainda ou tem mágoa por eu ter o bloqueado em tudo e ter cortado todo e qualquer tipo de contato? E por que diabos Hoseok e Taehyung concordaram com isso? E outra: de onde eles se conhecem? Hoseok e Taehyung entraram juntos na escola, junto à Namjoon, e Namjoon não chegou a conhecer Jimin. Será que os pais deles (os pais de Hoseok/Taehyung com os de Jimin) se conhecem?

Mas pensando melhor agora, por que o pai de Namjoon não gritou com ele? Filho meu não se deitaria com uma menina, ainda mais depois que Namjoon disse que deu a entender que tinha transado com a garota. Por que o pai de Namjoon não gritou com ele? Esquisito. A mãe dele também não. Muito estranho. Estranho ao extremo. Será que... Não, não é possível, já que só a mãe de Namjoon sabe, a não ser que ela tenha contado ao pai de Namjoon quando Namjoon à contou. Mas também não faz sentido, por que ele (ou ela, a mãe de Namjoon) ligaria para minha mãe e diriam que eu estava me beijando com Xiumin? Sendo também que a voz é do Jimin, o que faz a possibilidade de ser o pai ou a mãe de Namjoon mais sem sentido ainda. E por que eles fariam isso se eu ainda nem estava com Namjoon?

Senti Kookie me dar uma cotovelada de leve no braço, então despertei de meus devaneios. Olhei para ele e ele jogou a cabeça na direção de minha mãe: ela está falando com você.

– No que está pensando? Estou falando com você e você está com cara de palerma. – disse ela.

Kookie deu um risinho.

O fuzilei com o olhar, mas no fim acabei rindo.

– Nada de mais. – respondi à minha mãe. – Mas o que a senhora disse?

Nós já estávamos na cozinha, eu, inclusive, já estava sentado e esperando minha mãe me servir. 

– Sobre a cobra, Jin. Vocês ainda não sabem quem foi? – perguntou fatiando o bolo.

Fiquei um pouco tenso já que Taehyung está ali e ele pode muito bem jogar na rodinha. Mas ele ficou quieto.

Respirei.

– Ainda não. – menti.

– Isso é bom e ruim. – disse, servindo Taehyung que parecia com fome. – Vocês tem aula extra, mas os professores que pagam o pato.

– Penso a mesma coisa. – disse Kookie.

– Mas logo isso para. – declarou Taehyung, mexendo seu achocolatado. – Os professores não vão ficar muito tempo dando aula extra e logo a diretora retira isso.

– Não sei, por que diz isso? – perguntei confuso e curioso.

– A questão é que os professores não vão continuar com isso por muito tempo. – disse Taehyung, voltando o seu olhar para mim. – Eles não vão ficar dando período extra de graça. Se eles se juntarem e protestarem contra isso, ela retira o que mandou.

– Concordo com Taehyung. – disse minha mãe me servindo bolo. – Não é tão fácil assim para eles darem período extra e de graça. Eles poderiam estar dando aula em outra escola e recebendo.

Ponderei.

– Hum, é, não é? Será que ela não pensou nisso antes? Se ela retirar isso agora vai ficar um fuzuê, porque vão pensar que fazer coisas erradas na escola nunca vai dar em nada. – disse eu.

Fiquei com medo de onde meus pensamentos viajaram. Por exemplo: se retirarem isso, ela terá de descobrir quem foi – Namjoon, com uma ajudinha de Kookie – e dar um bom castigo para ser um aviso aos outros de que a escola não está de "brincadeirinhas".

– Ela terá de dar um bom castigo. – analisou Kookie.

Eu e Kookie ficamos tensos. Taehyung tentou mudar de assunto e fazer minha mãe focar nele:

– Então, senhora Tsugumi – ela olhou para ele, se sentando na cadeira –, preciso de alguns concelhos.

Acho que eu e minha mãe fizemos a mesma expressão, pois Taehyung e Kookie riram.

– Vocês são muito parecidos. – disse Kookie sorrindo.

– Parecem irmãos. – comentou Taehyung. 

Minha mãe ficou toda boba, mas não comentou.

– Então, qual o problema, TaeTae? – perguntou ela.

– Minha namorada, se é que posso a chamar assim. – disse ele, dando uma boa abocanhada em seu bolo.

Minha mãe tomou seu achocolatado e engoliu o bolo.

– Vocês tiveram uma DR*? – perguntou.

Por que Taehyung está falando disso? Não entendo. Ele "confia" em nós para isso? Hum, mas bem que eu queria saber sobre, porque, particularmente, eu não acho que eles combinam. Ou, pelo menos, Taehyung parece que não quer combinar com ela. Sei lá, que coisa esquisita de se pensar.

– Não – disse ele negando com a cabeça –, eu apenas acho que não gosto dela.

Isso dá um sentido ao meu pensamento.

– Hum, mas como "acha"?

– Não sei ainda. Me sinto meio esquisito perto dela. Me sinto indiferente e não quero estar perto dela, mas quando ela diz que gosta de mim eu me amoleço e chego a pensar que gosto dela também. – pequena pausa. – Acho, na verdade, que gosto de outra pessoa, senhora. – disse fitando seu achocolatado como se estivesse em transe.

– Hum, e por que você não termina com ela? Você já tentou reacender a chama? – um risinho. Ela meio que pareceu maliciar e ficou séria novamente.

– Tentei sim, e tentei muito. – disse calmo. – Mas não está funcionando.

– E por que você não acaba com isso? – lerguntou.

– Por... por... – ele parecia pensar no que dizer, mas o argumento não vinha. – Não sei.

– Você não quer machuca-la? É isso? –chutou.

Taehyung olhou para ela como se ela tivesse lido os seus sentimentos.

– Acredito que seja isso.

– Talvez ela te odeie no momento, mas se você explicar direitinho à ela, ela vai entender. Não fique com alguém por pena, TaeTae, você só vai estar a machucando e si próprio, porque ao invés de você estar com quem gosta, você está com ela e você vai acabar a tratando como uma pedra no seu sapato.

Taehyung suspirou choroso e tinha um beicinho fofo nos lábios. Ele assentiu.

– Você está certa. – concordou.

Logo ele mudou de expressão para uma alegre, como se tivesse expulsado aquele pensamento ruim da cabeça e o deixado para outra hora, voltando a comer.

Tive de sorrir: só Taehyung mesmo.

– E posso saber de quem é que você pensa que gosta? – perguntou minha mãe. Ela tinha um sorriso malicioso nos lábios.

Cara, adoro a minha mãe.

– Ah – ele olhou para Kookie e depois para mim, e logo em seguida se voltou a minha mãe –, acho melhor não. Pelo menos por enquanto.

– Entendo... Quero ser a primeira a saber! – exclamou ansiosa. 

– A senhora será sim. – ele sorriu nervoso. 

Continuamos comendo e vez ou outra jogando alguma conversa fora. Quando acabamos, levantei-me e retirei a mesa. Não sei, não gosto de sugeria.

Eu estava lavando, Kookie secando e dando as coisas na mão de Taehyung para ele guardar. Taehyung acabou decorando, depois de um tempinho, onde era cada coisa e não me perguntou mais.

Meu pai chegou.

– CHEGUEI NA HORA CERTA. – disse ele, da porta. 

Rimos. Minha mãe estava à mesa vendo algo no celular.

Meu pai demorou um pouquinho e veio até nós. Ele foi até minha mãe na mesa e acredito que deu um beijo no topo de sua cabeça, como ele sempre faz, e disse:

– Temos visitas – falou, como se não tivesse os visto ali antes. – Menos Kookie. Kookie já é quase um móvel.

– Olá, senhor W. – sorriu Kookie com o comentário de meu pai.

– E aí, Kookie, como você está, cara? – disse meu pai.

– Bem, e o senhor?

– Bem. – pequena pausa. – Acho que ainda não fomos apresentados formalmente. – disse, se referindo a Taehyung.

Lavei minhas mãos que antes estavam com sabão. Peguei o pano com Kookie e sequei-as ali.

– Bem, esse é Taehyung. – falei.

Meu pai não expressou reação, mas parecia que ele pensava em algo, logo ele olhou para Taehyung sorrindo:

– Prazer! – exclamou meu pai, estendendo a mão para Taehyung.

– Prazer, senhor. – respondeu Taehyung com um sorriso, apertando a mão de meu pai. – Pode me chamar de Tae, TaeTae ou Taehyung mesmo, senhor. 

– E você pode me chamar de senhor W. Me chamam assim.

– Ok. Então será senhor W. – disse assentindo em concordância ao nome.

* * *

– Por que você trouxe ele aqui em casa, Jin? Você está pirando?! – perguntou minha mãe. – Eu tratei ele super bem e só agora que eu fico sabendo disso?!

– Ele se próprio convidou. – me defendi. – Até tentei não o trazer, mas meio que seria falta de educação eu ser grosso. Mais do que eu fui. – pequena pausa. – Eu já tinha a dito sobre ele, você que não se lembrou, mãe.

Meu pai havia comentado, depois que os garotos foram embora, que ele era o garoto que me atormentava. Meu pai havia percebido, ao contrário de minha mãe.

– O que você disse a ele, Jin? – perguntou meu pai calmo.

– Que eu não entendi o porquê​ de repende eles quiserem ser nossos amigos. A principio, Hoseok está com Yoongi.

– O quê? – perguntou minha mãe chocada.

– Pois é. – assenti devagar.

Meus pais sabem de Taehyung e Hoseok desde o principio. Sempre contei a eles. Mas, apesar de tudo, eles nunca foram na escola. Meu pai disse que eu tinha de saber lidar com os  problemas da vida com sabedoria, para que lá na frente eu soubesse o que fazer. Ao contrário de minha mãe. Ela já pensou em fazer um escândalo, chamando os pais deles, a diretora, etc. Mas de que adiantaria? De nada. Tudo só pioraria dali em diante, certo?

– Mas como assim? – ela estava muito confusa, parecia ter um nó na cabeça.

Meu pai também não entendeu.

– Ele me disse que o amava e que estava ficando as escondidas com Hoseok desde o ano passado. Yoongi disse isso chorando, disse que não seria mais seu capacho e tal.

– E por que ele está com Hoseok agora? – perguntou minha mãe.

– Hoseok o assumiu. – falei num suspiro.

– No coração a gente não manda. – disse meu pai para minha ela que pela sua expressão parecia pensar: "Yoongi tem problemas mentais?"

– Mas de qualquer maneira – disse ela trocando de assunto –, você está meio esquisito, Jin. 

– Esquisito? 

– É. Aposto que foi algo com Namjoon. Namjoon está com ciúmes do Xiumin? Você está assim desde que o Xiumin reapareceu.

Fiquei em silêncio pensando no que dizer, e só então percebi que eu olhava para o chão e que mães nunca erram.

– Foi Namjoon, hã? – falou devagar, como se tivesse acertado pela minha expressão.

Assenti.

– O que aconteceu? – perguntou meu pai.

Suspirei, meio que choroso, parecia que eu iria chorar a qualquer momento.

– Namjoon me mandou uma mensagem dizendo que precisava de mim e que era urgente. – menti um pouquinho para livrar a minha barra. – Eu sei, eu não devia sair de casa para ir atrás dele, mas ele não me disse o que foi e fiquei preocupado. Fui até lá e quando cheguei vi ele deitado com uma garota. – pequena pausa. – Ao que parece ele me traiu. – olhei para meus pais.

Meu pai me fitava com olhar cansado, mas eu sabia que ele prestava a atenção no que eu dizia. Minha mãe estava a ponto de querer matar um.

– Por isso ele mandou as drogas das flores?! EU VOU MATAR AQUELE MOLEQUE.

– Mãe – falei calmo, e quem sabe meio exausto de ter de contar essa história novamente –, deixe-me terminar... 

– Ok, desculpe, querido. – desculpou-se ela, se sentando novamente. 

– Namjoon acordou e tentou se explicar; encostar em mim. Ele gritou com a garota perguntando se ela estava louca, mas a garota estava bem tranquila. O pai de Namjoon junto da mãe dele, apareceram ali e não falaram nada. Eu chorei e saí correndo. – uma longa pausa. – Foi aí que encontrei com Xiumin na rua, comigo caindo por cima dele. Ele andou um pouco comigo e me ouviu e depois me trouxe até em casa.

– O que dizia nas cartas? – perguntou meu pai. – E filho, não se deve dar assunto à estranhos. Sei que Xiumin não era tão estranho assim, um desconhecido. Sei que não, mas você conheceu ele sozinho e ele era um desconhecido. Ele podia ter te drogado naquela noite. Outra, você não deve sair de casa altas horas para ir ver o Namjoon, que aliás, não entendi o porquê das mensagens. – quando ele falou que sabia das cartas, meu coração acelerou.

– Eu sei que não devo fazer essas coisas, pai, desculpe, mas acontece que eu me preocupei, e tal... E o Xiumin, eu sei, foi bem errado, desculpe... Me desculpe.

– Ok, filho, apenas evite de fazer esse tipo de coisa. Se Xiumin não fosse um cara legal ele poderia ter feito coisas ruins a você e ninguém ficaria sabendo. – disse minha mãe.

Assenti.

– Só um segundo. – disse eu, indo em direção às escadas.

Voltei com o envelope em mãos e dei a eles. Depois de ler as cartas meu pai disse:

– Você acreditou nisso tudo? 

– Sim, porque eu amo ele e... Bom, né, amar já é o suficiente.

– É sim. – concordou sorrindo de leve. – E se quer saber, eu também acredito. Não sei sua mãe, mas eu acredito. – pequena pausa. Minha mãe ainda lia a última carta. – Somos homens, Jin. Homens conhecem outros homens, por isso eu e você acreditamos, quem sabe. Mas podemos estar errados, você sabe. Bem, se o que ele diz é verdade, não sei se você percebeu, mas o pai dele foi esquisito. Eu disse para você ter cuidado com ele, você está tendo?

Minha mãe levantou os olhos da carta para me fitar.

A verdade é que eu não estava me cuidando.

– Não... 

– Então tome, porque se você quiser continuar com Namjoon você terá de se cuidar muito, porque ele haje estranho. O pai de Namjoon é muito calculista. E, desta vez, parece que ele deixou escapar a sua boa atuação, pois não teve nem a ideia de fingir brigar com Namjoon por causa da garota.

– Espere, você está insinuando que...

– Estou. 

– Por que ele faria isso? – disse eu meio chocado, procurando a parte em que Namjoon fala sobre o pai.

Apesar de eu já ter suposto isso, ouvir isso de uma pessoa de fora era diferente.

"Eu disse para meu pai que ela veio aqui chorando, pedindo ajuda. Que ela iria dormir na minha cama e eu lá embaixo, só que senti muito sono e preferi deitar ao seu lado mesmo.
Ele não interrogou, nem nada. Apenas deu um risinho de canto de boca. Ainda não entendi o sentido do riso. Ele se retirou e minha mãe ficou me olhando: eu não acredito nisso, me conte a verdade.
Meu pai a chamou e ela fez um sinal de "depois" com as mãos e eu concordei. 
Ela fechou a porta."

– Por que talvez ele não goste de homossexuais e não queira que o próprio filho seja. 

Levantei meus olhos da folha. 

– Pensei que pudesse ser isso, mas como ele saberia? Me recuso a pensar que a mãe de Namjoon contou ao pai dele. Ela deve saber que o pai dele é assim. Por que ela faria isso?

– Ai eu já não sei, talvez ele saiba de saber. Vocês andam muito juntos na rua? 

Ponderei.

– É... Acho que as vezes. – disse eu. – Mas nunca de mãos dadas. – disparei.

– Hum, eu disse para você ter cuidado, Jin.

– Você já viu essa garota antes, Jin? – perguntou minha mãe, se referindo a Yuka.

– Ela é da nossa escola. – respondi.

Ela assentiu pensativa.

– Mesmo assim, amor – disse voltada a meu pai –, como ele saberia? E por que ele faria isso tudo? Ele tem retardo mental?

– Não sei, esse é o problema. – disse meu pai. – Mas vai dizer que o riso não confere com tudo, e tudo isso que está acontecendo?

– E o Jimin nessa história? – perguntei.

Meu pai ponderou. 

– Pois é, o Jimin não encaixa. – disse minha mãe depois de um tempinho. – Não podemos dizer que foi o pai de Namjoon só porque ele é meio estranho e quietão.

– Talvez eu tenha me precipitado. – falou meu pai, afinal. Pausa. – Você acha que Namjoon traiu ele? – perguntou para minha mãe.

– Acho o Namjoon com cara de cretino. – falou.

Não consegui não rir.

– Também acho. – falei e comecei a rir, não sei se de nervoso. – Mas isso não quer dizer nada. Eu acredito nele.

– Ok, e quando sai esse exame? – perguntou ela.

– Depois de amanhã, acho. – respondi.

– No exame saberemos. – disse ela e se levantou, se retirando, mas sem antes depositar um beijo no topo de minha cabeça.

– Ela está meia nervosa. – cochichou meu pai.

– Por isso?

Ele assentiu.

– Talvez. Ela não gosta de ver você assim, ela disse para mim que foi um erro te falar que foi o Jimin. Ela não quer te preocupar.

– Estou bem com isso. – falei. Mas não, não estou.

– Não está não. O Jimin foi seu amigo por grande parte da sua vida e de repente faz isso? Eu pelo menos não ficaria bem. – não respondi. Ocorreu um pequeno silêncio. – Mas tome cuidado, ok? Não deixe de nos enformar das coisas. Estamos aqui para te ajudar. – ele se levantou, me beijou no topo da cabeça e saiu. 

Fiquei ali sentado um pouco tentando digerir as coisas. Quando dei por mim, eu estava chorando. Eu não queria ficar sem Namjoon, não queria que seu pai fosse mal e quieto, não queria que ele tivesse dado aquele risinho, não queria que aquela idiota estivesse no quarto de Namjoon, não queria que Yoongi amasse o Hoseok, não queria que Taehyung tivesse vindo aqui. Eu não queria nada disso.

Comecei a andar em círculos pensando no que eu poderia fazer, mas cheguei a conclusão que eu só poderia falar com Hoseok. Seria o meu melhor. 

Bateram na porta. Respirei fundo e tentei parecer bem. Sequei minhas lágrimas e juntei minhas cartas no sofá dentro do envelope. Fui até a porta.

– Oi, Jin, eu... – disse Xiumin e se interrompeu, parando para me fitar. – O que aconteceu? Eu te mandei mensagens e você não me respondeu, fiquei preocupado.

Preocupado?

Por que eu falei assim com ele? Qual o meu problema? As pessoas não tem que pagar por meus problemas.

– Desculpe, eu... – pequena pausa, senti o choro subir. – Está acontecendo várias coisas agora e eu não sei mais em quem confiar, em quem desconfiar, e eu não queria ser rude. Desculpe. – e caí no choro. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3 posto capítulo novo em breve <3 bjinhos e até <3

~~~~~~~~
DR* = discussão de relação.
oioi, espero que tenham gostado. altas teorias :3 agora que a fic começa de verdade, aí que gostoso
khe jdnwjdwn

meu twitter: @ e_yoonseok
até 😚

28/5/17


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...