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História After all, I love you – NAMJIN - Bar


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Hello, galero, demorei? Mais tarde posto mais dois capítulos. Sim, capítulos. É que vou para a casa do meu pai e lá é ** de postar porque aquelas letrinhas deitadas não vão pelo celular.

(quem viu viu, quem não viu não vê mais KKKKKKK, deu um bgl errado aqui e apaguei o capítulo. Finge que ngm viu)

~~~~~
e aí? suave nessa nave? nxjwdjwns wtf
cola na grade, novinha :3 (qq eu tenho mds) até as notas finais sz

28/5/17

Capítulo 25 - Bar


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Bar

– Preparado? – perguntou, vindo se deitar.

– Eu que devia te perguntar isso.

Ele revirou os olhos e eu sorri.

– Não fique bravo, bebê. – provoquei mais.

– Não me faça te bater por ser um garoto mal. – falou malicioso.

– Deite logo e pare de ser malicioso. – falei.

Ele o fez. Namjoon se deitou por trás de mim me abraçando, já que o mesmo é mais alto.

O filme começou com morte. Eu particularmente adoro. Adoro sangue, mas não pessoalmente. Pessoalmente eu quase desmaio. Sendo na TV, quanto mais sangue melhor.

Depois de vinte minutos de filme, Namjoon já me deixava sem ar de tanto que me apertava contra si, enquanto eu sorria, adorando as mortes.

Ainda não entendi onde o título jus com o filme, mas veremos onde dá.

Alguém bateu na porta e meu coração disparou. No mesmo instante tentei me separar de Namjoon.

– Calme, deve ser minha mãe. – disse Namjoon. – Ela disse que ia preparar pipoca.

Mesmo assim eu tinha medo que alguém nos pegasse ali e criasse um desentendimento.

Namjoon pausou o filme e levantou-se, indo até a porta. E lá estava a senhora Yang Mi com um pote grande de pipoca, acompanhado de um refrigerante 2 litros e copos.

O refrigerante estava em seu braço, apoiado em seu corpo. O pote, à frente de seu corpo. E os copos, em suas mãos. Me perguntou como ela consegue.

Ela sorriu para mim que estava todo errado na cama, mas sorri de volta, sem jeito. Namjoon agradeceu e pegou os copos, largando-os no criado mudo. Até me mexi para ajudar, mas Namjoon já havia dado conta do recado e a senhora Yang Mi fechou a porta, deixando-nos a sós novamente, com um sorriso e um aceno de cabeça antes de se retirar.

Namjoon serviu-nos de refrigerante e me sentei novamente na cama, com o pote no colo como Namjoon havia feito questão.

Ficamos vendo o resto do filme assim. Vez ou outra eu olhava com o canto dos olhos para Namjoon, só para descontrair-me um pouco mais. Eu sentia vontade de rir da sua expressão, mas, claro, não o fiz.

Quando acabou, Namjoon parecia aterrorizado. Ele parou de comer pipoca depois de um tempo. Pensei que ele voltaria a comer, mas fiquei tão vidrado no final do filme que só fui reparar realmente agora.

– Cuidado, o Max virá te pegar. – zombei.

– Pare com isso, é sério. – disse ele.

Sorri e o dei um beijo na bochecha.

– Está tudo bem. – afirmei, mas eu estava com muita vontade de rir.

– Não, não está. Acho que você terá que dormir aqui comigo hoje para me fazer companhia. – sorriu e o terror de repente sumiu de seu rosto.

– Ah tá, desculpe, quem sabe numa próxima?

– Então vamos aproveitar agora. – disse ele, pegando o pote de minha mão e largando-o no criado mudo.

Ele veio para cima de mim, me beijando. Desta vez Namjoon foi mais ao ponto de onde queria chegar. Ele foi mais "agressivo", digamos assim.

Namjoon explorava minha boca com mais agilidade, como se eu fosse fugir. Mas estou gostando. Ele consegue passar por seus beijos o quanto gosta de mim.

Em algum momento ele colocou sua mão em minha nuca e me trouxe mais contra seus lábios.

Separamos para respirar e me permiti sorrir. Ele sorriu de volta e voltou a me beijar.

Namjoon mordeu meu lábio e foi se  afastando devagar. Depois, colocou sua língua dentro de minha boca voltando ao beijo.

Namjoon, em algum momento, parou de me beijar e começou a beijar minha mandíbula, indo em direção ao meu pescoço, onde ele beijava com uma ternura fora do normal, fazendo-me arrepiar.

Sorri e passei meu indicador por sua nuca, fazendo uma linha até seus fios, onde comecei a fazer carinho.

Senti que Namjoon ia fazer um chupão e afastei sua cabeça, empurrando sua testa.

– Não. – falei.

– Eu não ia, só estou chupando. – assegurou.

– Não me faça marcas.

Ele assentiu e voltou a me beijar. Eu jurava que ele ia fazer chupões e eu ficava rijo, mas ele me tranquilizava. Eu também estava com medo de alguém entrar aqui a qualquer momento. Eu tentava curtir, mas é horrível quando você desconfia de alguém que está sob o mesmo teto que você.

Eu estava tentando, juro que eu estava, mas Namjoon parou e me encarou:

– Ok, o que foi? Por que você não para de encarar a porta? Ninguém vai entrar. – garantiu. – Antes não era um problema, por quê agora é?

– Ah, Nam... – eu fiquei quieto e pensava em quais palavras usar.

Meu celular começou a tocar e o procurei pelo meu bolso.

Minha mãe.

– Jin, onde você está? Já está vindo?

Tirei meu celular do ouvido e olhei as horas. Ainda é cedo, 4:35 PM.

– Não, ainda não. – falei.

– Às seis você volta para casa, ok?

– Tudo bem. – e ela desligou.

Vai dar tempo o suficiente para a gente discutir... pensei.

– E então? – perguntou.

– Tenho de ir embora às seis e são quase cinco agora. – falei.

– Tudo bem. Agora me diga: O que te incomoda? Você não quer ficar comigo agora, é isso?

– Não... – como eu diria que eu desconfio do pai dele? – Ok, veja bem, vou ser sincero, tá? – disse eu com convicção, me ajeitando na cama.

Ele assentiu e se sentou ereto.

– Eu desconfio do seu pai, Namjoon.

Ele ia gritar comigo, eu sei que ia. Ele fez menção de gritar, mas fechou a boca e respirou fundo:

– Por quê, Jin? – perguntou calmamente. Acho que ele quis ouvir meu lado da história antes de começar a defender o pai. – Não é porque ele é esquisito, quieto e fala idiotices que seja ele. – completou.

– Desculpe por tudo isso, acabamos de nos reconciliar e já vamos brigar de novo...

– Eu prometo não brigar, apenas quero resolver isso logo para podermos ficar bem. – falou ele e sorriu fraco, encostando na minha mão.

Assenti.

– Eu não sei, algo me diz que não é só o Jimin e que há, sim, alguém por fora que seja maior que o ele nisso tudo. E não é porque fomos amigos e depois namorados. – destaquei. – É que algo me diz que não é só ele, sabe? Você nunca teve essa sensação? – ele assentiu, pensativo. – Pois é, eu estou sentindo. E as coisas conferem, por exemplo: Por que ele sorriu quando você insinuou ter transado com Yuka ao invés de fazer um escândalo? Por que ele veio falar que te daria dinheiro, se quisesse, para sair com garotas? Hoseok disse que ele tem uma empresa e o seu pai tem uma empresa. – Namjoon escutava com atenção e olhava nos meus olhos. Eu tento ter convicção na voz e ser tranquilo, para que pelo menos ele pense sobre. – E último e mais importante: Seu pai nem olha direito na minha cara desde que começamos a ficar juntos.

Namjoon assentiu para tudo e ainda estava pensativo.

– Faz sentido, Jin, mas não dá para falar que é meu pai. Por que ele faria isso? E como ele descobriu?

– Não sei, talvez porque não me aceite ou não aceite você. E não sei como ele descobriu. Pode ter sido Hoseok.

– Não. – falou negando. – Como Hoseok saberia se ele só nos viu juntos quando voltamos às aulas? Isso tudo deve ter começado bem antes... – falou refletindo. – Isso pode começado no bar... Isso, no bar! Armaram para você no bar, você não se lembra? Lembra que desconfiávamos de alguém ter ligado? Ok, foi o Jimin. – falou ponderando. – Mas como ele saberia sendo que ele está no Japão? – aconteceu uma pausa. Namjoon procurava as palavras. – Acho que Xiumin é pago por Jimin também. – falou leve, meio que me consolando por dar aquela notícia.

Se eu não estivesse sentado, teria caído para trás. Que baque.

Passou mil coisas pela minha cabeça. 

Quer dizer que Xiumin nunca quis ser meu amigo? Nada do que ele fez – me divertir, me aconselhar –, nada foi sincero? Meu coração apertou e quis chorar, mas segurei. Não é hora de chorar, é hora de pensar.

De qualquer maneira, pode ter um sentido nisso tudo, mas como ele avisou ao Jimin que estava me beijando? Sua intenção era mesmo me beijar?

– Não sei, Nam. – falei com certa dificuldade. – Como Jimin saberia que Xiumin estava me beijando? Eu não lembro de nenhum espaço de tempo.

– Tente se lembrar. – ele apertou minha mão, meio que querendo me consolar. – Você se lembra dele quando chegou no bar? Se lembra dele?

Tentei forçar a memória, mas estava difícil. Tentei novamente, tentando deixar as emoções de lado.

"Eu havia chegado no bar e fui me sentar. O barman pediu minha identidade, mas eu não quis dar e ele me deu a bebida mesmo assim.

Tomei a bebida em pequenos goles e fiquei me lamentando, pensando em Namjoon. Que ele nunca aceitaria isso. E se Namjoon fosse preconceituoso? Ele nunca havia demonstrado isso, mas eu tinha medo. Medo de ele me machucar se falasse algo. Medo de mesmo que ele não fosse preconceituoso, isso abalasse nossa amizade. E coisa e tal.

"Fiquei um bom tempo olhando as pessoas sorrindo, algumas beijando (eu preferia não olhar), algumas sérias ou até mesmo dançando. Lembro que tinha um garoto sentado meio que escondido do mundo com outro garoto. Ele não estava tão perto, mas nem tão longe de mim e falava com esse outro garoto. Não sei porque ele chamou a minha atenção, mas chamou. Continuei me lamentando e, de repente, comecei a chorar baixinho com meus botões. Então uma voz masculina, ainda ficando grossa, falou comigo.

"Oi, olá. Hã... desculpe, mas não chore." Foi o que ele disse.

"De repente parei de chorar e levantei a cabeça para ver a quem aquela voz pertencia.

"Limpei a garganta e falei: "Hã?"

"Não chore, sorria." dissera ele, o garoto que há minutos estava longe. "O quê aconteceu para um garoto lindo igual você estar chorando?"

"Eu achei meio cantada de caminhoneiro, mas algo me fez responder e não ser grosso.

"Ah... não é nada."

"Claro que é alguma coisa. Qual é o nome dela? Ou dele, não é? Eu não seria um idiota de pensar que somos todos roboticamente criados para gostarmos do sexo contrário."

"Ri disso e lembro de pensar que ele merecia um crédito por suas palavras.

"Isso! Sorria." Falara, sorrindo também.

"O nome dele é Namjoon." Dissera eu, sorrindo e negando para o balcão.

"Como alguém pode chegar e me fazer sorrir em menos de dois minutos de diálogo? Pensara eu.

"Quer se abrir?" Perguntara.

"E eu comecei a falar, pois eu nunca mais o veria mesmo. Falei que eu gostava (gosto) de Namjoon desde que coloquei os olhos nele pela primeira vez, pela segunda, pela terceira e pelas outras milhares de vezes que coloquei os olhos nele. Que eu queria me declarar para ele, mas tinha medo do que aconteceria, porque, até onde eu sabia, Namjoon era hétero e eu não queria acabar com nossa amizade de anos com uma coisa boba.

"O garoto disse que amar nunca será bobo e pediu para eu continuar. Sorri e continuei. Falei que eu me odiava por não tomar uma atitude e tal. Olhei para ele, que me olhava e fitava minha boca. Me arrepiei e quando dei por mim, aquele rapaz estava se aproximando lentamente e eu fazia o mesmo. Nos beijamos.

"Quando separei de leve, dei uma olhadela para onde ele estava sentado antes e não vi seu amigo. Como eu não estava nem aí, voltei a o beijar.

"Abri os olhos quando estava com a cabeça virada para o outro lado. Não sei porque, apenas abri. Senti que eu precisava ver algo. Mas não vi nada.

"Continuei beijando o garoto que tinha o gosto doce nos lábios."

– Merda! – praguejei.

– O quê? – perguntou Namjoon.

– Xiumin deve ser pago também – lamentei-me, mais para mim mesmo do que para Namjoon.

– Me explica, o que você lembrou?

E eu disse a ele exatamente o que eu me lembrava.

O problema era: onde estava o amigo de Xiumin?

– Sinto muito. – disse Namjoon.

– Tudo bem. – assenti.

– Mas a pergunta é: Como o Jimin saberia que sua mãe ia ficar brava?

– Você está insinuando que minha mãe está metida nesse meio? – cuspi.

– Não – falou, se tocando do que disse. –, eu não quis dizer isso, Jin. Me desculpe, só achei curioso.

Fiquei em silêncio. De fato é curioso.

– Mas tem outras coisas de fato intrigantes também. – falei por fim. – Como Hoseok e Taehyung conheceram o Jimin? E se for mesmo o seu pai, como eles todos, incluindo o Jimin, conheceriam o seu pai?

Namjoon assentiu: Viu? Pode não ser ele.

– Sei lá... – falei.

– Que tal curtimos o tempo que nos resta? – perguntou. – Alivie essa cabecinha um pouco. Nada vai nos separar, ok? – disse ele, se aproximando para me beijar.

– Certo. – falei manhoso, assentindo.

Logo estávamos nos beijando novamente.

– Desculpe por acusar seu pai. – disse eu, entre um beijo.

– Tudo bem. – disse, voltando a me beijar.

Depois de alguns beijos, ele se levantou e disse indo até a porta:

– Se isso vai te deixar melhor. – falou, trancando-a.

Sorri assentindo.

– Bem melhor.

Namjoon voltou à cama e nos beijamos um pouco até alguém bater novamente na porta. Namjoon bufou e murmurou algo, indo até ela novamente.

Ele girou a chave devagar para não fazer barulho de que foi trancada e abriu como se tivesse acabado de ir até a porta.

– Nam, quer descer com o Jin para tomar café? – perguntou sua mãe, simpática como sempre.

Ela seria mesmo capaz de ter dito algo ao pai dele?

Namjoon se virou para me olhar. O olhar dos dois caíram sobre mim.

Dei de ombros: Por mim tanto faz.

– Já vamos descer. – foi o que ele disse. – Senhor Kwan já chegou?

Senhor Kwan? Desde quando ele está chamando o pai assim?

Sua mãe pareceu entristecer.

– Não chame seu pai assim, Nam. – disse ela.

– Ele é meu pai? Nem parece. – falou. – Quando ele começar a agir como pai eu volto a chama-lo de pai. Até lá é senhor Kwan, mãe.

Ela suspirou. Não queria discussões. Não comigo ali.

– Tudo bem. Vocês vão descer? – perguntou de novo.

– Sim, mãe, já vamos. – disse ele, robótico. Ela assentiu e saiu.

Namjoon fechou a porta.

– Desde quando você está chamando seu pai de senhor Kwan? – perguntei.

– Desde que ele está todo esquisitão. Para ser mais exato, quando ele veio aqui com aquele papo de dinheiro e garotas. – respondeu.

– Ele não ficou bravo?

– Ficou, mas – ele deu de ombros repetidas vezes e deixou a frase no ar. – O que ele vai fazer? Tirar meu carro e fazer eu ir andando?

– Sei lá. Ele é seu pai, né, Namjoon. – disse eu.

– Mas não parece.

– Apesar de tudo ele continua sendo. – rebati.

– Não quero discutir. – disse ele, encarando minha boca, que, quando dei por mim, eu estava mordendo.

– Que tal a gente descer? – sugeri, me levantando.

– Isso, vamos. – disse, assentindo.

Namjoon se virou para o criado mudo e pegou seu celular. Fiquei tenso.

Logo, estávamos descendo as escadas a caminho da cozinha.

Eu estava tenso. Tenso e com vontade de chorar.

Chorar por causa de Xiumin e de raiva do Jimin. Tenso por causa do pai de Namjoon, que, se estiver metido nisso...

A tensão me pegou de jeito. Senhor Kwan poderia estar, como poderia não estar, lá. Minhas mãos suam como quando tive de ir falar com a minha mãe um dia depois de ela ter me xingado e a mesma ter feito aquele escândalo. Parecia que eu havia molhado minhas mãos embaixo da torneira.

Respirei fundo: não pode ser tão ruim assim.

Parecia que eu ia pedir a mão de Namjoon em casamento, quando, na verdade, eu só ia tomar café com um "amigo".

Entramos na cozinha e a primeira pessoa que eu vi foi logo o senhor Kwan sentado à mesa. Ele tinha um jornal em mãos, como sempre que eu o via.

– Você já foi os chamar? – perguntou ele, por de atrás do jornal.

A mãe de Namjoon preparava algo na pia de costas para ele.

– Sim. – respondeu ela sem tirar os olhos do que estava fazendo.

– Estamos aqui, senhor. – disse Namjoon, aproximando-se para sentar.

Eu estava petrificado. Eu não sabia mais  o meu nome.

Ouvi o senhor Kwan fazer algum barulho com a boca por de trás daquele jornal. Talvez um protesto por seu próprio filho o chamando de senhor. Talvez o café tenha sido engolido na hora errada. Não sei.

– Vem, Jin. – chamou-me Namjoon, batendo na cadeira ao seu lado.

Só então me liguei que de fato eu estava parado na entrada da cozinha. Talvez com uma expressão de terror, mas que se perguntassem algo fora o filme.

Fui até Namjoon e sentei-me ao seu lado. Sua mãe virou-se e nos deu cookies e torradas em um prato.

– Kwan, você pode largar esse jornal, por favor? – disse a senhora Yang Mi, agora nos servindo leite.

Não, deixe ele assim, por favor. Já está difícil assim... Eu queria implorar, mas continuei comendo minha torrada, implorando para ela descer. Tentei não ficar enjoado, mas foi impossível.

No fim, senhor Kwan abaixou o jornal como foi pedido pela mãe de Namjoon.

Ele olhou no rosto do filho, que estava sentado ao seu lado na mesa. Namjoon comia. Logo em seguida ele me encarou. Quase morri, quase desviei o olhar, mas encarei de volta e tentei ser forte e ao mesmo tempo inocente.

Ele abriu a boca para falar algo.

Sem tirar os olhos de mim, ele disse:

– Yang Mi, pode me servir mais café?

Voltei meus olhos a torrada e comi, engolindo-a com leite.

Meu coração estava a mil, mas eu tentava ficar calmo. Não estava funcionando.

– Está uma delícia, mãe. – Namjoon quebrou o silêncio.

– É verdade. – concordei, olhando para a mãe de Namjoon, que soltou um sorriso de satisfação.

Dei mais uma olhadela para o pai de Namjoon e ele tomava seu café com goles grandes, fitando cada um de nós. Um por um.

Comi meus cookies com leite e finalmente a mãe de Namjoon se sentou para comer também.

– Como foi a aula, meninos? – perguntou ela, passando mantega em seu pão.

– Hum? – foi Namjoon que disse. – Ah, foi bem.

– Sua prova é quando mesmo? – perguntou.

– Amanhã. – respondeu.

– Já sabe, não é? Tem que estudar.

Senhor Kwan ouvia tudo com atenção.

– Sim, eu sei. Vou dar mais um estudada depois.

– E você, Jin? Como foi a escola? – perguntou ela. A mesma me olhou de relance e depois voltou-se ao seu café.

– Bem. Minhas provas foram hoje.

Ela me olhou.

– Ah, é mesmo? E como foi?

– Fui bem. – afirmei, apesar de não ter certeza.

– Parabéns. – disse ela, me lançando um sorriso. O mesmo de Namjoon. Igualzinho.

Sorri por um instante me esquecendo que estava tenso, e que talvez quem queira acabar com a minha (nossa) felicidade seja alguém que esteja nesse recinto.

* * *

– Não foi tão ruim assim, foi? – perguntou Namjoon, olhando para a estrada.

São 17:45 PM e estou indo embora.

– Não tanto, mas foi aterrorizante. – falei.

Falávamos do senhor Kwan.

– Eu aprendi a lidar, nem sinto mais nada. É como se a presença dele não estivesse ali, e, de fato, não está. Ele não falar comigo e é a mesma coisa que quando ele não está, porque só falo com a minha mãe.

– Entendi. – disse eu. – Mas não sei... tudo é tão confuso... eu só queria resolver isso logo. Odeio essa situação.

– Quando o Jimin chega?

– Não sei. Ele disse que viria, mas não disse quando. O Jimin disse que teria de falar com o pai, o que eu acho que dificultaria um pouco as coisas para ele.

– Hum, mas você não tem uma base?

Neguei com a cabeça.

– Não, mas sei que quando ele chegar terei de falar com ele. – silêncio por longos instantes. – Temos que falar com o Hoseok e com o Taehyung. Na verdade, com todos os garotos.

– Por quê?

– O Jimin está chegando, Nam. O Hoseok ainda não saiu disso, e nem Taehyung, até onde sei. Então eles terão de fingir que ainda estão agindo contra nós. Temos que combinar direitinho.

– Ah, sim. Entendi.

Quando Namjoon chegou, ele passou seu polegar por minha bochecha e depois depositou um beijo ali, me lançando um sorriso. Sorri de volta, agradeci e saí do carro.

Eu devia dizer a Namjoon que sua ex-namorada está nisso também?

Não quero o fazer sofrer igual a mim. Por mais que ele tenha dito (e Sarah tenha dito também) que ele nunca gostou de Naomi, doeria igual.

Atravessei a rua e entrei em casa.

– Olá, Jin. – disse meu pai. Ele estava indo até a sala no momento em que cheguei.

– Oi, pai. – comprimentei.

– Como foi lá? – ele parou para falar comigo. Ele está com um copo em mãos contendo refrigerante.

– Bem, eu acho.

– Foi o pai dele, não foi? – ele bebericou seu refrigerante.

Assenti.

– Ele fez algo a você? – perguntou ele, e minha mãe surgiu da sala, vindo ao nosso encontro. Ela também esperava uma resposta.

– Não, ele apenas é tenso e trás a tensão consigo. É esquisito.

– Sei como é. – disse meu pai.

Meu pai já trabalhou com o pai de Namjoon. Agora meu pai trabalha em outro local, longe do senhor Kwan. Mas ainda sim é domínio do pai de Namjoon.

– Ele falou algo para você? – perguntou minha mãe.

– Não, mas ficou me encarando esquisito.

Meu pai cochichou algo para minha mãe que ponderou, mas não respondeu.

– O que foi? – perguntei.

Eles se voltaram a mim.

– Nada. – falou ela. – Como foram suas provas? – disse, se aproximando e me dando um beijo na testa.

– Bem. Acredito que fui bem. – respondi, percebendo que ela havia trocado de assunto.

– Parabéns. – ela sorriu.

– Muito bem. – elogiou meu pai, também sorrindo.

– Obrigado.

– Agora suba e se arrume, depois venha aqui para baixo. – disse ela.

Eu sabia que não era nada sério pelo seu tom de voz. Quem sabe ela só queira ficar um tempo comigo.

Concordei e subi as escadas.

Contar a Namjoon sobre Naomi ou não? Essa pergunta está me atormentando.

Quando Jimin chega? Essa me atormenta mais ainda.

E Xiumin? Ele está metido nisso? Isso não me atormenta; me faz querer chorar, o que, para mim, é pior do que tormento. Não gosto de chorar, mas as vezes é difícil segurar.

Yoongi

– Você não está feliz?! – exclamou minha irmã, enquanto eu escovava os dentes.

– Muito. – falei.

– O quê? Não entendi nada. – disse ela. – Cospe.

Cuspi na pia.

– Não. – "repeti".

– Não foi isso que você disse, idiota. – replicou.

Ri.

– Eu disse que estou feliz. – vi seus olhos brilharem. – Mas ainda preferia que esse dia não chegasse. – completei.

– Argh! Você é um completo idiota, sabia? – disse ela, saindo do banheiro e se jogando na cama.

– Eu sei. – falei, rindo.

Enxaguei minha boca com água e voltei ao quarto.

– Sério, Sayuri, estou feliz que você vá estar por lá. – falei, parado à porta do banheiro. Eu secava minhas mãos com a toalha, depois larguei-a na pia.

Sayuri estava jogada na cama de frente para mim, mas fitava o teto. Quando falei isso, ela me olhou e saltou da cama.

– Idiota! – repetiu.

Minha mãe a ensinou a me chamar de irmão, mas a palavra que ela mais me chama é idiota. É quase meu nome no vocabulário dela.

Mas ela disse isso pulando da cama e vindo me abraçar.

– Amo você, idiota, babaca. – disse ela, me sufocando.

– Para, Sayuri. – falei, tentando me soltar. A verdade é que eu queria a abraçar de volta, mas não sei porque tenho essas reações.

– Não paro. Me abrace. – exigiu.

Fiquei parado por breves momentos, mas no fim a abracei. Soltei meus braços, que ela prendia, e a abracei por cima. Sua cabeça bate em meu peito. Sayuri não é o tipo de garota alta, mas o que ela não tem de altura tem de corpo. Não que ela seja Miss mundo em corpo, mas digamos que ela não é de se jogar fora, julgando por corpo.

– Você acha que eu tenho chances com Kookie? – perguntou ela tão baixinho que quase não deu para ouvir. Descobri que ela falava sério.

– Ah, por que você pensa nisso?

– Isso é um não? – ela tirou sua cabeça de meu peito, fitando meus olhos. Seus olhos estavam desiludidos.

Neguei.

– Isso não é um não, é apenas um "pense melhor sobre isso". Sayuri, você pisa nos garotos, você ainda não percebeu? O Kyungsoo​ era um cara legal, não sei porque fez aquilo com ele.

Ela voltou a me abraçar.

– Ele estava beijando aquela vadia. – respondeu.

– Vocês não estavam se quer namorando, Sayuri.

– Pare de me chamar de Sayuri, não é uma conversa formal. – disse ela. Silêncio. – Ok, não estávamos, mas pensei que existia algo entre a gente.

– Ele procurou você por um mês inteirinho! Porra, Sah, algo ele queria. Ele te procurou todos as porras de dia do santo mês, e você nem para o atender para mandar para puta merda. – refleti sobre o que eu disse. – Não fez sentido o que eu falei. – ela negou no meu peito e soltou um risinho. O melhor sorriso que eu poderia receber. – Ele te procurou, foi isso, e você nem para o mandar para puta merda.

– De todas as garotas, por que logo ela?

– Você queria que fosse você, não é, sua safada? – fiz cócegas em sua costela e ela se contorceu, fazendo força para não soltar o abraço.

– Quase isso. – disse ela, sorrindo.

– Por que não deu chances para ele se explicar? – perguntei, realmente curioso.

Na época eu só a consolei.

E como! Ela só chorava, chorava, chorava e, finalmente, chorava. Tudo o que pude fazer foi não tocar no assunto e a consolar, e a engordar dando doces. Talvez ele fosse o cara pelo qual minha irmã se apaixonou loucamente. Talvez o único até hoje.

Mamãe não soube disso. Se ela soubesse, matava Sayuri. Sayuri tinha 13 anos. Foi em meados do ano passado quando aconteceu.

Kookie foi tipo um ocupa espaço. Talvez Sayuri tenha desenhado Kookie de um jeito, sendo o cara ideal para ela, quando, na verdade, ele pode não ser o que ela pensa. Por quê? Porque ele é um ocupa espaço.

Ela suspirou, senti que ia responder, mas pareceu mudar de ideia. Silêncio até ela finalmente falar.

– Porque eu estava sofrendo. Ouvir que ele sentia tesão por outra talvez doesse. – disse ela. – "Desculpe, Sayuri. Sei que somos amigos desde o pré, mas eu não gosto realmente de você. Eu quero mesmo é a Lee. Quero casar e ter filhos com ela, mas você eu quero só amizade." – ela fingiu ser ele falando. Isso nunca aconteceu.

– Seria rude, tenho certeza que ele não falaria isso. – afirmei.

Conheci Kyungsoo. As vezes nas quais saí com Sayuri ele sempre estava lá. Eram inseparáveis, completamente inseparáveis. Se Sayuri pedisse a ele que bebesse o próprio xixi, ele faria sem hesitar nem perguntar o porquê daquilo. Ele não era capacho dela, mas acreditava no que ela dizia e ele acreditava ser o certo.

Kyungsoo não é o tipo que "sente tesão". Sabe quando você olha para alguém e esse alguém é tão angelical/bonito que parece que nem defeca? Esse é ele.

Kyungsoo é bonito, convenhamos. Mas não faria o meu tipo. Mas continua sendo bonito e um bom partido (apesar de tudo) para Sayuri.

Senti o coração dela disparar.

– Por que diz isso? Eu nunca pensei que Kyungsoo faria isso. Foi rude ver aquilo.

– Acho que você tem que falar com ele. Ignora-lo não foi a melhor opção. – disse eu.

Sayuri e Kyungsoo estudam na mesma escola desde o pré. Sayuri estudou numa escolinha e lá conheceu o Kyungsoo. Eram amigos inseparáveis. Kyungsoo riscava o desenho dela, e ela o dele, e assim por diante. Nenhum dos dois se denunciava. Nunca vi alguém guardar segredos tão bem quanto esses dois. Aprenderam a mentir cedo.


Notas Finais


Até depois, bjos

~~~~~~

bjinhos, amo vcs szsz
♥😚

28/5/17


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