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História After all, I love you – NAMJIN - Pare com isto


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Taekook? Maybe.

Boa leitura, e desculpe os erros se acontecer.

~~~~~~~~

e morreu

29/5/17

Capítulo 29 - Pare com isto


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Pare com isto

Jin

Persegui Kookie. O mesmo andava em disparada. Foi só ele dobrar o corredor que começou a correr.

– Jungkook! – gritei, ficando irado.

 Poxa, o que custa parar de correr?

As pessoas olhavam e ficavam confusas: O que está havendo?

Jungkook virou a direita em um corredor que nunca entrei, e muito menos sabia da existência. Aqui não têm mais ninguém, apenas nós dois correndo. Jungkook finalmente parou de correr, mas continuou andando e virou a direita novamente. Quando dobrei também, dei de cara com um Jungkook chorando e sentado no chão.

Ele só olhou meus tênis e abraçou os joelhos. Estava em prantos. Acho que nunca vi Kookie chorar assim, muito menos por alguém.

– Oh, Kookie... – me ajoelhei e o abracei por cima. – Não fique assim.

– Eu não escolhi isso. – disse com raiva e um pouco de desdém, parecendo repetir para si mesmo.

– Não escolheu o quê?

Ele fungou.

– Tudo isso. – ele suspirou igual uma criança. – Tudo isso de gostar de uma pessoa que não gosta de mim e ver essa pessoa beijando outra pessoa na qual pensei que sempre estaria ali. – disse de cabeça baixa, fazendo suas palavras saírem abafadas. – E ainda por cima por essa pessoa ser um garoto. – comentário preconceituoso. Soltei Jungkook não acreditando no que ele havia dito. O mesmo levantou a cabeça. – Sério, não há problemas nisso. –  fungou. Ele quis se referir a mim, que não havia problemas em ser eu gay, mas para ele em si, sim. – O problema sou eu. – continuou.

Sentei-me no piso e fiz perna de índio.

– Quer falar sobre? – perguntei.

Ele assentiu, ainda chorando.

– Diga-me então.

– Taehyung. – foi o que ele disse, olhando para seu joelho.

– Você gosta dele, não é? – perguntei.

Kookie me olhou cessando o choro, olhando-me perplexo, como se aquilo não estivesse estampado em seu rosto. E logo assentiu.

– Como você...?

– Assim como eu não engano você, você não me engana.

Ele confirmou com a cabeça.

– E qual o problema nisso tudo? – continuei.

Ele me olhou como se eu fosse louco.

– Taehyung? – deduziu, ironicamente.

– Não vejo problemas em você gostar dele. – disse eu. – Até entendo você, mas ao que parece, eles não queriam me, ou nos, machucar.

– Tenho medo de tanta coisa... – disse. 

Kookie pareceu pensar sobre tudo em uma fração de segundo e voltou a chorar.

– O quê, por exemplo? – perguntei, colocando minha mão sobre a sua, que estava em seu joelho, fazendo-o carinhos.

Ele suspirou.

– Taehyung é hétero. – apontou. – Segundo, eu deveria ser hétero. Quer dizer, minha mãe pensa que sou. E aí vem o terceiro aspecto: como explicarei para minha mãe que não sou hétero?

Jungkook não tem problemas com isso, no fundo eu sei que não, ele tem problemas com o que a família dele vai pensar depois disso.

A família de Jungkook (como grande parte das famílias da Coréia) é ao estilo tradicional, ser diferente seria praticamente ser errado.

Kookie é o do tipo certinho. Todos da família dele o conhecem como O mais estudioso, O mais inteligente, O orgulho da família, O herdeiro, – e por último e não mais tão importante –, O hétero.

– Seria terrível – continuou –, ela me trataria diferente, como se eu tivesse mudado, sendo que não mudei. E o resto da minha família? Meu Deus, eu vou ser tipo um rei rebaixado para um bobo da corte.

Eu vi as lágrimas voltarem para os seus olhos, prontas para cair se ele piscasse.

Fiquei em silêncio e suspirei.

– Você está preocupado com a posição que vai tomar ou em ser feliz? O que mais importa agora para você? – perguntei; eu realmente queria ouvir a resposta dele.

Jungkook parou de pensar no que devia estar pensando há um segundo, cessando consequentemente as lágrimas, para me fitar e pensar em uma resposta.

– Não é a "posição" que vou tomar, o fato é a minha família-

– O problema é sua família te tratar diferente, sendo que você sempre foi o amado e de repente não é mais, só porque é homossexual, sendo que nada mudou. – o interrompi.

– É isso. – confirmou. – E eu não estou preocupado com posição alguma, só quero ser feliz, mas tenho medo da maneira que eu encontrarei para ser.

– Pelos julgamentos?

– É.

– Acho que quando você se importa demais com o que as pessoas dizem à sua volta, você jamais será completamente feliz e de bem consigo mesmo. Procure saber o que te faz feliz, e não o que faz os outros felizes às suas custas, se é que me entende.

– Entendo perfeitamente, pode acreditar. – senti tristeza em sua voz.

– Você tem algum problema sobre gostar de Taehyung? Por ele ser quem ele é, ou era só isso?

– Ainda não estou totalmente convencido de que eles estão arrependidos. – disse ele. – Mas estou deixando para ver no que dá, pois ele tem se tornado alguém diferente do Taehyung que eu conhecia, ou pensava conhecer... eu não sei... – Kookie levou as mãos até o rosto e secou as lágrimas.

– Eu confesso que acredito neles. – disse eu. – Eles tem se mostrado pessoas melhores, não é? Por isso está confuso, né?

– É... – disse Kookie.

– E Sayuri? Qual o problema? – perguntei.

Kookie olhou para o piso e observava cada detalhe.

– Acho que não gosto de perder. – pensou alto. – Não posso negar que já gostei dela e ainda gosto um pouco, mas nada demais...

– Espera, quê? – interrompi com um sorriso que não consegui conter nos lábios.

– Sim, Jin, eu gostei de Sayuri do outro jeito. – disse ele entediado, como se fosse óbvio. – Mas eu me fazia de durão e de que não gostava, quem nunca fez isso?

Apontei meu dedo para cima, involuntariamente.

– Você não vale. – disse ele.

– Por quê? Qual o bullying com a minha pessoa? – perguntei rindo. – Você acha que não sou capaz de ser durão – mostrei meus bíceps e fiz pose de durão. Era difícil não rir. – e fazer alguém cair de amores por mim por isso?

Ele riu.

– É exatamente isso.

– Idiota. – ri.

Ele suspirou e retomei minha pose de conselheiro.

– Enfim, não pensava que Sayuri partiria para outra logo. – completou.

– Você gosta de quem, afinal? – perguntei.

– Taehyung. – falou detestando a ideia. – Sayuri, no caso, foi só paixonite.

– Ah, entendi. Você não acha que devia falar com ele? – sugeri.

Kookie negou.

– Você acha que ele tem uma bola de cristal e vai adivinhar? – perguntei. – Claro que depois dessa de sair correndo, eles devem ter percebido.

– Não queria chamar a atenção para mim, mas fiquei com raiva e tive de bater o armário. Merda, agora todo mundo sabe. – disse, colocando as​ mãos na cabeça.

– Inclusive Taehyung. – destaquei. – Eu não queria ser você.

– Obrigado pela motivação. – disse, agora me olhando.

– Disponha. – sorri.

Kookie sorriu fraquinho.

– O que você estava fazendo? Você sumiu. – perguntei.

Ele olhou para os lados e depois para o chão. Não disse nada.

– O que você estava fazendo? – perguntei de novo.

– Nada. – disse. – Apenas andando.

– Pela escola? – achei esquisito. – Quem anda sozinho pela escola por diversão?

– Bem... eu.

– Humm. – falei desconfiado.

Kookie pareceu pensar sobre o que havia dito e assentiu para si mesmo, meio que confirmando a versão para si.

– Vem. – disse eu, me levantando. Peguei o punho de Kookie, fazendo-o levantar e o dei um abraço. – Taehyung não vai te maltratar. – garanti. – Porque se ele fizer isso, ele vai se ver comigo. – soltei um risinho.

– Nem uma formiga tem medo de você, Jin.

– Ok, ok. – concordei. – Então ele vai se ver com Namjoon.

– Agora eu senti firmeza. – e soltou um risinho.

Demos risinhos rápidos.

– Amo você, Kookie, não quero você mal, tudo bem? – disse eu.

Ele assentiu no meu ombro e de repente reiniciou o choro.

O abracei mais forte e fiz carinho nas suas costas. Eu queria conforta-lo, mas eu não sabia o que dizer. Sempre me sinto um idiota quando o assunto é consolar as pessoas.

Pensei em dizer "fale com Taehyung" mas e se ele estivesse afim de Sayuri? Isso seria um problema. "Sua mãe vai te aceitar.", mas a verdade é que eu não sabia. O que adianta eu o deixar confiante para no fim o tombo ser grande? "Está tudo bem.", mas a verdade é que não está. "Não chore, Kookie." ou "minha casa estará sempre aberta para você.", mas desse jeito parece que estou pensando que a mãe dele vai o colocar para fora de casa.

– Tenho certeza que no fim tudo vai dar certo. Estou aqui para o que você precisar. – foi o que eu consegui dizer.

Ele fungou; estava parando de chorar.

– Obrigado. Obrigado mesmo, eu precisava falar sobre isso com alguém.

– Você sempre ouve meus problemas, nada mais justo do que eu ouvir os seus e tentar ajudar.

Ele me soltou e assentiu, depois se abaixou, pegou seus livros e a mochila.

– Acho melhor irmos. – disse.

Assenti.

Jungkook passou a mão pelos olhos por uma última vez, tentando se livrar das lágrimas, e respirou fundo.

– Vamos nessa. – disse ele, começando a andar.

– O que você vai dizer a eles?

– Nada.

– Mas vão perguntar.

– E eu não vou responder.

– Ah, então ok, Kookie. Mas vem cá, como você conhece essa parte da escola?

– Tinha uma época que minha mãe me largava na escola, você lembra? Então. Ela me largava e eu chegava muito cedo porque ela entrava cedo, então eu procurava lugares onde eu poderia ler ou estudar, onde ninguém ficasse berrando ou conversando na minha volta. Encontrei aqui. Tem um em outro lugar também, mas é mais para a outra extremidade da escola.

– Hum.

– E como você pode ver, não há câmeras. – comentou. – No outro também não tem.

– Rá! De grande utilidade isso. – brinquei e dei uma olhadela em volta conferindo.

É verdade, não há câmeras. Será que é pega ratão? Porque não é possível só dois pedaços da escola – que conheçamos – não ter câmeras.

É bom ficar esperto.

– Nunca se sabe. – deu de ombros. Jungkook tinha passos largos.

– Você já fez algo inadequado num desses dois pedaços da escola?

– Não – foi sua resposta –, pode ser armadilha.

– É, eu também pensei nisso. Você sabe o que há nessas portas? – perguntei.

Havia quatro portas no corredor. Duas de cada lado das paredes.

Ele deu de ombros, olhando para elas.

– Nunca abri. Vai que é um lugar onde nos vigiam pelas câmeras? Vai que a diretora esteja lá dentro? Vai que tenha alguém transando? Eu não, Deus me livre.

Ri.

– Por quê alguém...? – mas me interferi, deixando a frase no ar.

– Eu sei o que você ia dizer, seu safado. – disse Kookie sorrindo.

– Mas é, ninguém pensa que alguém vai estar transando dentro de uma escola. – comentei.

– Até ir lá e transar. – completou.

– Exatamente.

Voltamos ao corredor dos armários. Pensei que Jungkook fosse negar, não querer ir até lá depois da atenção que chamou para si, mas ele não disse nada e pareceu não se importar.

Quando chegamos, os meninos ainda estavam no mesmo lugar, com exceção de Sayuri e Taehyung que se juntaram a Namjoon, Hoseok e Yoongi para conversar. Percebe-se que o clima está pesado entre eles e Taehyung parece preocupado, enquanto Sayuri estava quieta, mas não conseguia esconder a sua ansiedade trocando o peso do seu corpo de uma perna para a outra discretamente.

– Acho que você vai ter de se explicar. – comentei baixinho, enquanto nos aproximavámos.

– Também estou achando. – lamentou. – O engraçado é que agora eles se importam. – falou com um certo desdém.

– Ah, eles não tem culpa. Eles não sabiam. – rebati. – Se eles soubessem, não o fariam, tenho certeza.

Kookie fez um protesto com a boca e não disse nada.

Namjoon foi o primeiro a nos ver. Ele não estava conversando, só estava ali, parado, ouvindo alguém falar algo. Ele olhava-me nos olhos, parecia procurar respostas. Respostas que não dei. Não ainda. Ele entendeu o recado e deixou quieto.

Taehyung foi o segundo a perceber que estávamos nos aproximando e caminhou em nossa direção. Sayuri e todos os outros perceberam que Taehyung saiu da rodinha e vinha em nossa direção. Sayuri veio logo atrás de Taehyung.

Senti as pernas de Jungkook vacilarem por uma fração de segundo. Vi o garoto se desequilibrar, mas todos que viram, fingiram não ver. Foi uma vacilada não tão na cara, mas que percebia-se.

Eu sabia que Sayuri iria querer se explicar ou saber o que aconteceu. Ela tinha um olhar culpado.

O sinal soou e se eu fosse Jungkook, agradeceria eternamente a Deus e o seu horário.

– Ah, estamos atrasados! – comentou Kookie em alto e bom som, puxando meu punho, saindo do caminho que fazíamos para irmos até os meninos. 

Taehyung parou de andar e me olhou ser arrastado: ah, qual é! Um qual é doído. Impressão minha ou... ele queria chorar?

Me desculpei com o olhar e ele ficou para trás, com Sayuri parando logo ao seu lado. Ele estava desamparado, como se quisesse explicar, mas não pudesse. E de fato não podia.

Olhei para Namjoon e ele assentiu compreensivo para mim. Nam mexeu os dedos em um celular invisível. O mesmo mandaria uma mensagem. Assenti e comecei a andar realmente ao lado de Kookie, ao invés de deixar ser arrastado.

– Sorte a sua. – disse eu.

– Sorte mesmo. – comentou aliviado. Ele já havia soltado meu punho.

Entramos na sala. Fomos uns dos primeiros.

– Sabe que vai ter que falar depois, não sabe?

– Por mim, não sendo agora, tudo bem.

Tirei minha mochila e me sentei, com Kookie sentando-se ao meu lado.

– Você tem que falar com ele. – falei, me lembrando da expressão que Taehyung fez assim que Kookie me puxou.

– Eu vou. – disse ele como se dissesse a sua mãe "ok, vou esquentar minha comida, não se preocupe.", seis horas da manhã nas férias.

Ele tirava seus materiais da mochila.

– Sério, fale com ele. – insisti. – Promete?

Kookie parou e me olhou. Ele fitou meus olhos e assentiu: eu já disse que vou.

– Então tudo bem. – disse eu.

Nossa, não tive tempo de desejar boa sorte para o Nam.

Peguei meu celular no mesmo momento e entrei no chat.

Eu

Ah, me desculpe, vou explicar o que aconteceu mais tarde. Me desculpe, não tive nem tempo de te dar um beijo e desejar boa prova... mas, enfim, boa prova! Sei que vai se sair bem porque você é uma cara inteligente. (Coloquei emojis fofos e sorridentes, juntamente de corações coloridos.) Nos vemos no almoço. Te amo.

Namjoon visualizou no mesmo instante que a mensagem foi enviada e começou a digitar. Isso sim que eu chamo de ser rápido.

Namjoon

Obrigado! (Um emoji sorrindo) Tudo bem, tudo bem, nossos amigos e suas crises... tudo bem, sei que você vai me explicar depois. Você sempre explica. Amo você. Mal posso esperar para a hora do almoço. Te amo, torça por mim.

Eu

Sempre.

Namjoon visualizou e demorou alguns segundos para responder.

Namjoon

Sempre.

Eu

Aqui não é a culpa é das estrelas.

Namjoon riu.

Eu

Faça a prova e arrase, até depois. Te amo.

Bloqueei a tela e o guardei no bolso, sentindo-o vibrar com uma mensagem – provavelmente – de Namjoon.

Olhei em volta. Praticamente a turma toda já estava na sala em silêncio e sentados. Kookie escrevia algo em seu caderno, estava realmente interessado naquilo. Dei uma olhadela e era só riscos, então deixei para lá.

Virei-me para ele, ficando de lado na classe. Eu olhava diretamente para Kookie, mas eu queria que Taehyung e Hoseok entrassem no meu campo de visão. Vi eles. Os mesmos pareciam não estar olhando para nós então olhei. Taehyung fazia algo em seu celular e Hoseok olhava para a tela. Parecia ser importante.

Peguei meus materiais e o professor adentrou a sala seguido por alguns atrasados, aqueles que chegam exatamente no horário. Nem mais cedo, nem mais tarde, mas exatamente na hora.

* * *

Jungkook


O Jin, como sempre, estava me atrasando e a si próprio para irmos comer.

Eu já havia guardado meus materiais. Hoseok e Taehyung já tinham se aproximado também. Não sei se o Jin fez de propósito, mas não importa. Não importa o que houver, não vou falar. Eu sei que prometi, mas eu não disse quando iria, e esse quando não é agora.

– Jungkook, eu... – Taehyung começou quando se aproximou. Jin ainda guardava seus materiais. Eu estava em pé e de lado para Taehyung. – Desculpe, eu...

– Desculpe pelo quê? – perguntei como se ele fosse louco, virando-me para o mesmo.

– Eu não sei... – disse ele. – Apenas pensei que você não tinha gostado.

– Não é o tipo de coisa que eu amei ver, mas não me importo. – respondi. – Não sei porquê você se importa.

– Porque eu me importo com você. De uma maneira ou de outra, eu me importo. – foi o que ele disse.

A sala já estava vazia. Todos já haviam ido comer, só estava nós quatro ali.

Senti algo dentro de mim borbulhar.
Senti calor e vontade de sorrir. Senti as benditas borboletas no estômago: Então quer dizer que ele se importa comigo? Mas por quê?

Mas eis o que fiz foi ao contrário do que senti: continuei com a mesma expressão. Expressão de tédio.

– Não precisa se importar, estou bem. – falei.

– Precisamos conversar. – anunciou.

– Não precisamos não, já nos resolvemos. E, aliás, eu quero comer.

Jin finalmente "terminou" de guardar seus materiais. O Jin jogou sua mochila nas costas e começou a andar e eu o segui.

– Por favor, Kookie! – insistiu Taehyung, vindo atrás.

Ele devia ser proibido de me chamar pelo apelido, porque eu quase gelei no mesmo lugar, mas eu repetia a mim mesmo: não se iluda, ele só quer se desculpar, ele não gosta de você. Ele só quer mostrar que é bom o suficiente para se redimir. Nada demais.

– Não me chame pelo apelido. Apenas meus amigos me chamam assim. Você não é meu amigo. – falei, me virando para ele.

Ele ficou com a expressão ilegível, mas ela não estava boa, isso dava para perceber.

– Te peço apenas cinco minutos. Apenas isso. – disse.

Olhei para o Jin. Você me prometeu, sua expressão dizia.

– Tudo bem. – falei suspirando. – Mas só cinco minutos. – destaquei.

Taehyung sorriu e pegou meu punho, puxando-me para algum lugar.

Depois de um tempinho, puxei meu punho de volta e comecei a andar por conta própria.

– Eu só queria comer, seria de grande ajuda se você falasse logo. – disse eu.

Nós ainda andávamos. Nunca imaginei que essa escola fosse tão grande.

– Já estamos quase chegando. – disse.

– Quase chegando aonde? – estávamos em uma parte distante de toda a escola. Não existia sinal de vida ali, e da última vez que vi uma câmera foi no corredor do zelador, há três corredores atrás.

– Você faz perguntas demais. – disse Taehyung, abrindo uma porta e me puxando lá para dentro.

– Para que vir para um lugar afastado de toda a escola? Por que está trancando a porta? E de onde você tirou essa chave?

– A única coisa que você precisa saber é: se alguém bater na porta, você entra naquele armário. – ele apontou para o armário. – Distrairei a pessoa e se perguntar de você eu direi que não sei, mas você estará no terceiro corredor. Sem ser o nosso corredor, têm mais três depois desse, de cá para lá. Você vai estar lá lendo. Vá por trás, não por onde viemos. Tem um corredor por trás. – ele mexeu no bolso. – A chave para caso de trancarem a porta por fora. 

Fiquei confuso e olhei para a palma de sua mão com a chave ali.

– O quê? Por quê? Não estou entendendo nada.

– Você entendeu o quê é para fazer?

– Entendi, mas por quê? Por que estamos aqui dentro? – eu vi seu coração bater forte no peito.

Taehyung fechou a mão e deu um passo a frente, deixando um mínimo espaço entre nós.

Ele respirou forte.

Taehyung olhava em meus olhos. Ficamos em silêncio por um tempo, que se tornou uma eternidade de suor na palma da mão, e eu só ouvia nossas respirações e o meu coração batendo forte que chegava a pulsar em meu ouvido.

– Me desculpe, eu não quis beijar Sayuri. – ele quebrou o gelo, mas falava baixinho. Senti seu hálito em meu rosto.

– Você me trouxe até aqui para repetir isso?

– Não. Te trouxe até aqui para dizer que, enquanto eu beijava ela, só pensava em você. Se seus lábios eram daquele jeito. Se você beija bem ou não. Se você vai segurar meu cabelo no meio do beijo, mas de uma forma especial. Se eu vou sentir prazer em estar com você.

Sabe quando você pensa que está sonhando? Que aquilo não pode ser real? Que você fica tão entorpecido que esquece de respirar? Eu agora.

– Desculpe? – não sei nem como consegui falar.

Meu coração parecia que ia explodir.


Notas Finais


Talvez, mas só talvez, eu seja má. Daqui há uma semana vocês saberão o desfecho do nosso querido taekook adhkjsa

Bjooo pra cada um(a) de vocês e até. Se cuidem.

~~~~~~
meu taekook 🌚
meu twitter: @ e_yoonseok
até meu povo e minha pova xjsndj amo vcs szsz

29/5/17


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